Vultos da história de Passo Fundo 2ª Edição

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Vultos da história de Passo Fundo 2ª Edição
Descrição da obra
Autor Welci Nascimento
Autora Santina Rodrigues Dal Paz
Título Vultos da história de Passo Fundo
Subtítulo 2ª Edição
Assunto Histórica
Formato E-book (formato PDF)
Editora Projeto Passo  Fundo
Publicação 2012
Páginas 164
ISBN 978-85-64997-82-0
Impresso Formato 15 x 21 cm
Editora Berthier
Publicação 2010

Vultos da história de Passo Fundo 2ª Edição Esta é uma coletânea de biografias dos patronos das escolas de Passo Fundo, entes caros nossos, que aqui nasceram ou trabalharam. A morte os leva, mas deixaram vivas, para estímulo do presente e do futuro, as lembranças dos feitos que contribuíram para o desenvolvimento de Passo Fundo e do Rio Grande do Sul. As pessoas que passam, quando conseguem perdurar pelos bons exemplos, não morrem. A ideia de organizar esta coletânea de biografias nasceu na Academia Passo-Fundense de Letras e amadureceu no contato com as autoridades municipais. O objetivo desta segunda edição é contar a nossa história e tornar conhecidas as pessoas que deram seu nome às nossas escolas, aqui nasceram e residiram, contribuindo com o desenvolvimento educacional de Passo Fundo. Esta edição revisada e ampliada procura atender os pedidos dos professores e alunos, uma vez que a primeira edição está esgotada. Passo Fundo, agosto de 2010. Os Autores

Apresentação

Primeiro Capítulo, pelo Autor

Um pouco da história

Nas Regiões do Planalto e do Alto Uruguai, onde se situava o antigo território de Passo Fundo, se desenvolvia, magnificamente, o pinheiro (Araucária brasiliensis), a erva-mate (Ilex paraguariense), onde os índios, Coroados e Ibiraiaras, encontravam ótimos alimentos nas grandes sementes, denominadas pinhões, e, como bebida aromática, faziam uso do “mate”, obtido com folhas de erva-mate, além, é claro, dos inúmeros caules, frutos, raízes de que se utilizavam para a sua sobrevivência.

Passados os anos, o historiador passo-fundense, Francisco Antonino Xavier e Oliveira, em uma de suas obras, descreve, no início deste século, a situação dos índios no território de Passo Fundo: “Os índios, na sua maior parte, vivem de caça e de frutas silvestres, sendo diminuto o número dos que têm domicílio fixo. Preparam arcos e flechas, cordas, chapéus, balaios e outros artefatos feitos de embira, taquara e outras fibras, artigos que saem a vender pelos lugares povoados”.

O território de Passo Fundo fez parte de Província organizada pelos padres jesuítas. Esta parte do Rio Grande do Sul, coberta de matas, era denomina- da de “Missões Orientais do Uruguai”, sujeita à jurisdição do Povo de São João Batista, fundada em 1698.

Nesta fase, desenvolve-se, no Rio Grande do Sul, sob a orientação dos padres jesuítas, a exploração da agricultura, dos ervais e da pecuária, representada por considerável criação de muares e gado vacum e que constituíam um dos principais motivos de cobiça do elemento colonizador, já radicado nas terras do Paraná.

Os primeiros tropeiros paulistas que por aqui chegaram, vieram da região de Curitiba. Com a incorporação do Planalto Rio-Grandense à Coroa Portuguesa, graças à façanha de Borges do Canto, intensificaram-se as descidas dos paulistas e paranaenses para os campos do Planalto. O caminho era: Curitiba, Lajes, Campos de Vacaria, seguindo a lombada da Coxilha Grande.

Uma das primeiras expedições que atingiram o Planalto Rio-Grandense foi comandada por Athanagildo Pinto Martins, por volta de 1816, vindo da cidade de Castro, no Paraná. O nome de Athanagildo aparece, com frequência, na história de Cruz Alta e Palmeira das Missões.

Por volta de 1827, chega, no Planalto Médio, o ocupante inicial do núcleo que formaria a cidade de Passo Fundo. Era Manoel José das Neves, que chegava com sua família e seus pertences, trazendo uma carta passada pelo Comando Militar de São Borja, dizendo que o tropeiro Manoel José das Neves recebia, pelos serviços prestados ao Império, uma gleba de terra localizada na região norte da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, que se estendia das barrancas do rio Passo Fundo até as imediações do Pinheiro Torto.

O primeiro morador do futuro povoado denominou sua terra de “Fazenda Nossa Senhora da Conceição Aparecida”. Nascia Passo Fundo, ao longo da estrada dos tropeiros.

Com a chegada de outros paulistas e curitibanos, incluindo Joaquim Fagundes dos Reis, o “Patriarca de Passo Fundo”, ia se formando o povoado, ao longo da estrada, com início no “Boqueirão”.

Graças à liderança de Joaquim Fagundes dos Reis, homem austero e de uma força moral elevada, em 1847, o povoado foi elevado à categoria de Freguesia, denominação dada sob aspecto eclesiástico com o nome de “Nossa Senhora da Conceição Aparecida”.

Em 28 de janeiro de 1857, a Vila de Passo Fundo foi desmembrada do território de Cruz Alta, constituindo-se numa comunidade autônoma, cujo município foi instalado em 7 de agosto do mesmo ano com a posse dos conselheiros.

Em 1892, sob o regime republicano, o município teve que se adaptar aos moldes da República. Seu primeiro Intendente foi o cidadão Frederico Guilherme Kurtz.

No início do século, por volta de 1914, o Código de Posturas do Município de Passo Fundo determinava que todo cidadão que desejasse edificar em terreno público deveria requerer a competente licença ao Intendente. O concessionário tinha o prazo de um ano para edificar todo o espaço, devendo apenas pagar os impostos. Era uma forma de facilitar o desenvolvimento da cidade.

Territorialmente, Passo Fundo era um verdadeiro colosso. Abrangia as zonas que hoje formam os municípios de Soledade, Guaporé, Carazinho, Erechim, Nonoai, entre outros. Para termos ideia da grandiosidade do território, nas primeiras décadas deste século sua área ainda era de 10.500 km2

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Referências