Siloé Rocha Bordignon
Siloé Rocha Bordignon | |
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Nome completo | Siloé Rocha Bordignon |
Ocupação | professora |
Genealogia |
Siloé Rocha Bordignon
Biografia, Histórico
Uma breve história de vida de Siloé
Quando Siloé Vargas Junqueira da Rocha nasceu em 24 de fevereiro de 1929, em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil, seu pai, Antonio Junqueira da Rocha, tinha 36 anos e sua mãe, Laura Marques Vargas, tinha 37 anos. Ela casou-se com Euclydes Bordignon em 31 de janeiro de 1951, em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil. Ela faleceu em 22 de janeiro de 1993, em sua cidade natal, com 63 anos.
O ano de 1929 apenas tinha começado em Passo Fundo, Estado do Rio Grande do Sul, quando, aos 24 de fevereiro, nascia na Rua Capitão Araújo, número 719, quarta filha do casal Antonio Junqueira da Rocha e Laura Vargas Junqueira da Rocha, que recebeu o nome de SILOÉ VARGAS JUNQUEIRA DA ROCHA.
Estudou na Escola Complementar de Passo Fundo, onde foi aluna da primeira turma de magistério da Escola Norma Oswaldo Cruz, concluindo o curso com um grupo reduzido de seis colegas, suas amigas pela vida afora - algumas das quais voltaram a compartilhar de sua vida, trabalhando como professoras nas mesmas escolas.
Logo após formada, iniciou sua carreira trabalhando como professora primária no distrito do Pulador, onde, por dificuldades de transporte e locomoção próprias da época -1950 -, residiu durante um longo ano.
Em janeiro de 1951 casou-se com Euclydes Bordignon e foi morar em Getúlio Vargas, lecionando então no Grupo Escolar Padre Manoel da Nóbrega.
Exatamente um ano depois, ao retornarem para Passo Fundo, continuou a lecionar como professora estadual, primeiramente no Grupo Escolar Protásio Alves e a partir de 1958, até sua aposentadoria em outubro de 1980, no Curso de Aplicação da Escola Normal Osvaldo Cruz, trabalhando principalmente com classes de alfabetização.
Pertencendo a uma família tradicionalmente voltada à vida da comunidade e, principalmente, ligada à busca de soluções para os problemas enfrentados pelas crianças e populações de baixa renda de Passo Fundo, tão logo lhe foi possível, e estando com seus quatro filhos criados - Laura Eliza, Fabíola, Maria Lúcia e Thales, passou a dedicar-se, como voluntária, ao trabalho desenvolvido pela Sociedade de Auxílio à Maternidade e à Infância - SAMI.
Iniciou, dando continuidade ao trabalho de sua mãe que integrou os quadros da SAMI desde a sua fundação, em 20.04.1942. Foi algo que começou de mansinho, entrando aos poucos em sua vida. Mas como o serviço voluntário é algo que cativa e envolve aqueles que a ele se dedicam, em 1972 Siloé já estava participando ativamente da vida e dos destinos daquela Entidade, integrando a Diretoria como 1ª Secretária.
A partir de sua aposentadoria, em 1980, aumentando sua disponibilidade de tempo, passou a intensificar a sua atuação na diretoria daquela casa, exercendo cargo de 1ª Tesoureira, Vice-Presidente até que, em junho de 1986, com a saída de Passo Fundo de sua amiga e companheira de voluntariado a Sra. Esther Bacaltchuck, incansável e dedicada Presidente, foi escolhida para presidir a SAMI.
Começaram, nesse momento, sete anos inesquecíveis para todos aqueles que deles participaram. Tempos de dificuldades superados com garra, determinação e muito amor, principalmente pelas crianças que diariamente vinham para a SAMI, em busca de carinho, atenção, aprendizado, alimento e vestuário. Tempos em que os recursos escassos, obrigavam a buscar incansável e continuamente o envolvimento da comunidade sempre sensível aos chamados, veementemente formulados. Tempos de alegria e gratificação pela certeza de se ter a recompensa maior, que é a verificação de que o trabalho foi bem feito, de ver nas crianças e nas famílias que integraram a "grande família da SAMI" o resultado positivo do trabalho e esforço dedicados.
Após sua aposentadoria como professora, organizou-se com algumas colegas, formando um grupo chamado "Sempre Ativas" que, por alguns anos, reuniu-se na realização de trabalho voluntário junto a entidades de Assistência Social corno, por exemplo, a APAE de Passo Fundo.
Com um grupo de funcionários do Banco do Brasil S.A., desejosos de realizar um trabalho social voluntário na comunidade passo-fundense, intercedeu junto ao Gabinete da 1ª Dama do Estado, Sra. Dionéia Soares, obtendo recursos que viabilizaram a construção de novas instalações para um ponto de atendimento do CEBEM - Centro de Bem Estar do Menor, em terreno e mão de obra cedidos pela Prefeitura Municipal, e que boje integra a rede como creche municipal.
Com a fundação da AIPAS - Associação das Instituições Particulares de Assistência Social, em 1984, da qual participou, a atuação voluntária de Siloé expandiu-se ainda mais, muito além dos muros da SAMI, uma vez que sempre foi uma batalhadora das causas sociais e viu brotarem as primeiras sementes rumo à realização de um trabalho social em rede, em Passo Fundo.
Foram dias de mobilizações e campanhas de sensibilização da comunidade para o trabalho de Assistência Social, desenvolvido na época praticamente pela sociedade civil organizada.
Enquanto isso, o trabalho junto à SAM1 continuava cada vez mais intenso, com o número de crianças atendidas aumentando e a Entidade continuando sempre a cumprir seus propósitos de atender além da infância, à maternidade através das entregas de enxovais aos recém-nascidos. Estes eram e continuam sendo, até hoje, confeccionados por senhoras também voluntárias que compartilhavam as tardes de quarta-feira na Entidade, ano após ano.
No final da década de 80, a partir do trabalho realizado na AIPAS, sentiu-se a necessidade de envolvimento das, então surgidas, entidades governamentais e a ampliação da participação das não-governamentais. Foi quando atuou ativamente do surgimento do COMPASSO - Conselho Municipal de Promoção Humana e Assistência Social de Passo Fundo, que mais tarde evoluiu para a criação do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente COMDICA.
Foram muitas as assembleias para discussão e encaminhamento da Lei Municipal que, em 1991 criaria o COMDICA. Delas Siloé participou com 100% de frequência às reuniões, e mais tarde, de campanhas para eleição e instalação desse Conselho, do qual viria a ser Conselheira nos anos que lhe restavam viver. Na 1ª Diretoria participou da Comissão que tinha a atribuição de melhor conhecer a realidade e carências de cada uma das entidades, propondo o reordenamento institucional preceituado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, recém-criado.
No momemto de viabilizar o funcionamento do Conselho Tutelar em Passo Fundo, integrou a Comissão Eleitoral que efetivou o processo de eleição e posse dos primeiros Conselheiros Tutelares.
Em decorrência das visitas realizadas pelo COMDICA, surgiu a necessidade de organização das Políticas Municipais de Assistência Social. Foi novamente um momento de participação ativa, levantando problemas e buscando soluções junto às entidades e estabelecendo contatos permanentes com a LBA com a finalidade de garantir a continuidade do atendimento às crianças, não somente da SAMI, da qual continuava Presidente, mas de todas as entidades
conveniadas.
Em abril de 1992 organizou, em conjunto com a Diretoria, Professores e Funcionárias da SAMI, as festividades que coroaram os 50 anos da Entidade na vida da comunidade.
Em 22 de janeiro de 1993 faleceu, estando ainda no exercício da Presidência da SAMI à qual dedicou tantos anos de sua vida, deixando um exemplo a seguir e a ser lembrado por todos aqueles que a sucederem.
Em 13 de julho de 2001, ao ser comemorado pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente - CEDICA, os 10 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, recebeu em Porto Alegre a Menção Honrosa na categoria "In Memorian" da II Edição do Prêmio "Direitos da Criança e do Adolescente", instituído por aquele Conselho e pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através da Secretaria do Trabalho, Cidadania e Assistência Social.
Em janeiro de 2002 lhe foi conferido o mesmo prêmio "In Memorian" da I Edição do Prêmio "Direitos da Criança e do Adolescente" instituído pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Passo Fundo, em reconhecimento ao seu trabalho na área da criança em nossa comunidade.
Em 09 de março de 2010 teve oficializada a designação de seu nome, por ato do prefeito municipal Dr. Airton Lângaro Dipp, para a escola municipal que funciona nas dependências da Sociedade de Auxílio à Maternidade e à Infância desde 1968, e que através do Decreto n° 28/2010, de 19/02/2010, passou a denominar-se ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL SILOÉ ROCHA BORDIGNON.
Títulos, prêmios e honrarias
EMEI Siloé Rocha Bordignon
- 2008 - DECRETO Nº 112 DE 31 DE JULHO DE 2008[1] - Art. 1º Ficam criadas, oficialmente, a partir desta data, as Escolas Municipais de Educação Infantil a seguir relacionadas, com as seguintes denominações: XXIII - Escola Municipal de Educação Infantil Siloé Rocha Bordignon, localizada na Rua Morom, 2260, Bairro Centro, em Passo Fundo/RS. (Redação acrescida pelo Decreto nº 28/2010) - Localização[2]
Sociedade de Auxílio à Maternidade e à Infância - SAMI
- 1986 - A partir de sua aposentadoria, em 1980, aumentando sua disponibilidade de tempo, passou a intensificar a sua atuação na diretoria daquela casa, exercendo cargo de 1ª Tesoureira, Vice-Presidente até que, em junho de 1986, com a saída de Passo Fundo de sua amiga e companheira de voluntariado a Sra. Esther Bacaltchuck, incansável e dedicada Presidente, foi escolhida para presidir a SAMI.
Obras (Euclydes Bordignon)
- 1993 - Dicionário Português-Interlíngua
- 1998 - História da Família Bordignon
- 1986 - Iniciação à Astronomia Vol I
- 1986 - Iniciação à Astronomia Vol II
Conteúdos de seu acervo
Imagens
Conteúdos relacionados
- 2001 - Passo Fundo Nome Próprio Feminino, Biografias (SILVA, Geraldo C, COSTAMILAN Selma. (2001). pg.239-241)[3]
- 2010 - Vultos da História de Passo Fundo 2ª Edição, biografias (NASCIMENTO, Welci, DAL PAZ, Santina R. (2010). pg. 147-151)[4]
Referências
- ↑ DECRETO Nº 112 DE 31 DE JULHO DE 2008 - leismunicipais.com.br
- ↑ EMEI Siloé Rocha Bordignon - Google Maps
- ↑ SILVA, Geraldo C, COSTAMILAN Selma. (2001). Passo Fundo Nome Próprio Feminino. -Passo Fundo: Tittos Arte Gráfica. 276 páginas Digitalizado.
- ↑ NASCIMENTO, Welci, DAL PAZ, Santina R. (2010). Vultos da história de Passo Fundo 2ª Edição -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2012. 164 páginas. E-book.