Heloisa Goelzer de Almeida

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Heloisa Almeida
Heloisa Goelzer de Almeida
Nome completo Heloisa Goelzer de Almeida
Ocupação assistência social
Genealogia

Heloisa Goelzer de Almeida nasceu em 17 de março de 1927, em Passo Fundo,filha de Otaviano Goelzer e Edith Regina Issle, casou-se com Odorico Adão Bastos de Almeida, faleceu em 5 de julho de 2021 em Passo Fundfo

Biografia

Uma breve história de vida de Heloísa

Heloísa Goelzer nasceu em 17 de março de 1927, em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil filha de Otaviano Goelzer e Edith Regina Issler. Ela casou-se com Odorico Adão Bastos de Almeida em 1946. Ela faleceu em 5 de julho de 2021, em sua cidade natal, com 94 anos.


Descendente de uma tradicional família de empreendedores rurais de nossa região, mais precisamente do Butiá, pros lados de Coxilha, onde nasceu e incorporou os traços atávicos de tempera de sua família e da cultura gaúcha, ela representa o que há de mais austero, determinação, disciplina e amor ao próximo. Falo de Eloísa Goelzer de Almeida, uma gigante não na estatura física, mas de coração, espírito e talento, mais necessariamente na estatura moral, demonstrada na sua verve de servir. (Jabs Paim Bandeira, 2010)[1]


A parte florestal do imenso território de Passo Fundo do início do século XX foi descrito pelo historiador passo-fundense Francisco Antonino Xavier e Oliveira: “A parte florestal de Passo Fundo é de uma imensa riqueza. Só no sertão do Rio Uruguai, se calculam mais de trezentas léguas quadradas de matas. Dessa gigantesca floresta há, ainda, as grandes serras do Rio do Peixe, do Mato Castelhano, do Português. Há, também, as serras do ligeiro, do Taquari, do Turvo e do Rio da Várzea. Reunidos, ocupam por muitas léguas quadradas… ” (Welci Nascimento e Santina Rodrigues Dal Paz, 2012)[2]


Certo dia do mês de outubro de 2011, acompanhado de José Mattei, fomos à localidade de Butiazinho, à procura de butiazeiro. Saímos da cidade de Passo Fundo, em direção a Mato Castelhano. Na encruzilhada do Povinho Velho, à esquerda, rumamos para a granja dos Matteis, familiares de Dionísio Mattei, um dos primeiros plantadores de soja e milho daquela região. Percorremos vários quilômetros, à procura de butiazeiros e nada de encontrar um só pé. (Welci Nascimento e Santina Rodrigues Dal Paz, 20100002)[3]


Semana passada fomos em rápida passagem à coxilha. Parece mentira! Quem viu e quem vê! Em anos passados, uma verdadeira cidade de madeira, com as inúmeras firmas, entre as quais, o principal comércio era a madeira. As fábricas de beneficiamento do pinho bruto faziam a música do amanhecer, com as máquinas das aplainadeiras, serra-fita e outras. Os operários que faziam o grande progresso de Coxilha, eram como instrumentos sob a batuta de supostos maestros. (Santina Rodrigues Dal Paz, 2012)[4]


Corria o ano de 1972. Era o dia 18 de setembro, quando Heloisa recebe um ofício assinado pelo Diretor da Escola Normal “Oswaldo Cruz”, hoje Escola Estadual Nicolau de Araújo Vergueiro de Passo Fundo, Dr. Jesus Almeida. O ofício dizia: “Levo ao conhecimento de Vossa Senhoria que a contagem de votos acusou o seu nome, como vencedora da eleição, para presidente do Círculo de Pais e Mestres da Escola Normal Osvaldo Cruz e Colégio Estadual Nicolau de Araújo Vergueiro”. (Welci Nascimento, 2012)[5]


Nasceu em Passo fundo, Rio Grande do Sul, dia 17 de março de 1927. Servidora Pública Federal. Eleita pelo Movimento Democrático Brasileiro para a 8ª Legislatura, foi 3ª Secretária da Câmara no biênio 1981/1983. Foi Presidente da Comissão de Legislação e Redação e membro titular da Comissão de Obras Públicas e Nomenclatura de Ruas. Devido à volta do pluripartidarismo em 1980, optou pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro.


A dona Heloisa, como é mais conhecida pelos passo-fundenses, aos 83 anos, conserva a disposição que marcou sua trajetória de vida. Nasceu em Passo Fundo, no dia 17 de março de 1927. Filha de Octaviano Goelzer e Edithe Issler Goelzer, descendentes dos primeiros casais alemães que chegaram em Passo Fundo. Passou sua infância e parte da adolescência, correndo pelos campos e subindo em árvores na Fazenda do Butiá. Em 1936, com nove anos de idade, Heloisa inicia os estudos no Colégio Notre Dame, no entanto, recusou convites para ingressar na vida religiosa pela vontade que sempre alimentou de casar e ter filhos. Quando casou, Heloisa foi morar em Coxilha, então distrito de Passo Fundo. Em 1956, com 29 anos de idade, Heloisa deixou o distrito de Coxilha e fixou residência na cidade de Passo Fundo, sua terra natal. Passou, então, a exercer as funções de secretária na Fábrica de Calçados Modelar, empresa montada por seu esposo. Desde os tempos em que residia em Coxilia, Heloisa acompanhava o marido nas reuniões políticas. Ideais socialistas já estavam enraizadas em suas entranhas. Afirmava: ?Diferenças sociais, para mim não existem. As atitudes do ser humano é que são diferentes?. A vida de Heloisa foi profundamente marcada por sua dedicação ao trabalho social em favor das pessoas excluídas. Dedicou-se a ?gritar por aqueles cujos gritos não são ouvidos?. Participou da organização do Comitê da Cidadania contra a Fome e a Miséria; ajudou a fundar o Clube da Saúde Arthur Leite, entidade beneficente que auxiliava as pessoas carentes. Percebendo necessidade de atender as crianças abandonadas nas ruas de Passo Fundo, as meninas grávidas e outras realidades de exclusão e marginalização social, coordenou a criação da Escola Assistencial Manoel Peres que ficou conhecida como Casa Lar, entidade que iniciou suas atividades no dia 12 de outubro de 1967. Também defendeu e lutou pelo reconhecimento dos direitos da mulher do campo. Fomentou, dentre outras iniciativas, a realização de encontros regionais das mulheres camponesas. Seu empenho favoreceu o desencadeamento do Movimento em favor dos Direitos da Mulher do Campo, em Passo Fundo.


Em 15 de julho de 1995 foi criado o comitê Municipal contra a Fome e a Miséria por um grupo de mulheres liberadas por Heloisa Goelzer de Almeida. Heloisa Almeida, como é conhecida, sempre foi uma mulher ligada a mobilizações assistenciais, dentre suas iniciativas, foi responsável pela criação da Casa Lar Lídia Moshetti, entidade organizada pelo Clube da Saúde Dr. Arthur Leite.  


A primeira mulher a ingressar no Rotary Club de Passo Fundo,, nasceu em 17 de março de 1927 neste município, cresceu na fazenda do avô Fernando Goelzer, no distrito de Butiá, cresceu em meio a natureza brincando com animais e plantas. (SILVA, Geraldo C, COSTAMILAN Selma. (2001). pg.106)[6]


Títulos, prêmios e honrarias

Vereadora

  • 1977 - Eleita Vereadora na 8ª Legislatura, 31/01/1977 a 31/01/1983

Vereador emérito

  • 2003 - RESOLUÇÃO DE MESA n° 19/2003 de 15 de Dezembro de 2003[7] - Art. 1º É concedida, nos termos da Resolução nº 031/2001,de 10 de setembro de 2001, a distinção de VEREADORA EMÉRITA DE PASSO FUNDO a senhora Heloísa Goelzer de Almeida, por relevantes serviços prestados ao Poder Legislativo do Município de Passo Fundo.

Conteúdos de seu acervo

2012 - Dona Heloisa: memórias[8]
Ônibus Comitê da Cidadania Contra a Fome em 2007
Ônibus Comitê da Cidadania Contra a Fome em 2007 2

Conteúdos relacionados

Referências

  1. Xirua do Butiá - Em 08/06/2007, por Jabs Paim Bandeira
  2. O Butiá Em 19/10/2012, por Welci Nascimento e Santina Rodrigues Dal Paz
  3. Vamos ao Butiá? - Em 19/10/2012, por Welci Nascimento e Santina Rodrigues Dal Paz
  4. Pensando e Escrevendo - Em 30/11/2012, por Santina Rodrigues Dal Paz
  5. A HELOISA NO CÍRCULO DE PAIS E MESTRES - Em 19/10/2012, por Welci Nascimento
  6. SILVA, Geraldo C, COSTAMILAN Selma. (2001). Passo Fundo Nome Próprio Feminino. -Passo Fundo: Tittos Arte Gráfica. 276 páginas Digitalizado.
  7. Resolução de 2003 019 Vereador emérito, Em 15/12/2003, por Câmara de Vereadores
  8. NASCIMENTO, Welci, DAL PAZ, Santina R. Dona Heloisa: memórias -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 92 páginas. E-book