Pensando e Escrevendo

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Pensando e Escrevendo

Em 30/11/2012, por Santina Rodrigues Dal Paz


Pensando e Escrevendo[1]


Semana passada fomos em rápida passagem à coxilha. Parece mentira! Quem viu e quem vê! Em anos passados, uma verdadeira cidade de madeira, com as inúmeras firmas, entre as quais, o principal comércio era a madeira.

As fábricas de beneficiamento do pinho bruto faziam a música do amanhecer, com as máquinas das aplainadeiras, serra-fita e outras. Os operários que faziam o grande progresso de Coxilha, eram como instrumentos sob a batuta de supostos maestros. Por lá transitavam, junto com caminhões transportadores da madeira bruta, os flamantes carros da época, conduzidos pelos madeireiros, conforme eram chamados.

Entre tantos, lembro de Edmundo Trein, pai do nosso ilustre conterrâneo e amigo Augusto Trein, Mariano Petraco, pai de minha querida comadre Terezinha. Este sempre com uma boina que o caracterizava muito bem. Hugo Alevisi, Ernesto Morsch, Mário Goelzer e tantos outros.

Vagões e mais vagões eram carregados com madeiras e transportados de trem, principalmente para a fronteira. Ou seja, livremente. Havia inclusive um trem internacional que transportava turistas uruguaios e que fazia uma passagem por Coxilha, o que era motivo de atração e encantamento. Apreciavam os passageiros deste trem por suas características, eram todos “gente fina”. Pelo menos na aparência. Havia em Coxilha o Clube Farroupilha, que realizava bailes de saudosas lembranças. Hoje, Coxilha está resumida a uma vila muito sossegada.

Em minha rápida passagem por lá, fiz questão de parar e escutar o murmurar de Tadeu Nedeff. A outra é da firma Franciosi, Fossatti. Aquela musiquinha me fez bem. É nostálgica, já que morei quando casei, naquela terra. Onde o barulho das máquinas era uma música linda. (09/01/1980)

Referências

  1. Assim escrevia Heloisa, em sua coluna Pensando e Escrevendo, para o jornal Diário da Manhã, em 1980. Tratava de assuntos diversos. E o mais palpitante da época era o comércio de madeira. (Santina Rodrigues Dal Paz.)