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* 1939 - Acadêmico ocupante da [[Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos|cadeira APLetras nº 16]]<ref>SANTOS, Sabino R. (1965). [https://projetopassofundo.wiki.br/images/1/18/Academia_Passo_Fundense_de_Letras_breve_hist%C3%B3rico.pdf Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico]. -Passo Fundo: NI. 80 páginas Digitalizado. p.38</ref> | * 1939 - Acadêmico ocupante da [[Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos|cadeira APLetras nº 16]]<ref>SANTOS, Sabino R. (1965). [https://projetopassofundo.wiki.br/images/1/18/Academia_Passo_Fundense_de_Letras_breve_hist%C3%B3rico.pdf Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico]. -Passo Fundo: NI. 80 páginas Digitalizado. p.38</ref> <ref>SANTOS, Sabino R. (1965). [https://projetopassofundo.wiki.br/images/1/18/Academia_Passo_Fundense_de_Letras_breve_hist%C3%B3rico.pdf Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico]. -Passo Fundo: NI. 80 páginas Digitalizado. p.37</ref> | ||
*1954 - Membro Fundador do IHPF<ref>CARVALHO, Djiovan V; MIRANDA, Fernando B S; MATTOS, Izabela N. (2019). [https://projetopassofundo.wiki.br/images/d/da/Dar_realidade_a_um_ideal.pdf Dar realidade a um ideal] -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 92 páginas. E-book, P. 80</ref> | *1954 - Membro Fundador do IHPF<ref>CARVALHO, Djiovan V; MIRANDA, Fernando B S; MATTOS, Izabela N. (2019). [https://projetopassofundo.wiki.br/images/d/da/Dar_realidade_a_um_ideal.pdf Dar realidade a um ideal] -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 92 páginas. E-book, P. 80</ref> | ||
Revision as of 10:11, 7 March 2022
Píndaro Annes | |
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Nome completo | Píndaro Odilon Brasileiro Annes |
Nascimento | 24 de março de 1894 |
Local | Cruz Alta (RS) |
Morte | 16 de fevereiro de 1969 |
Local | Porto Alegre |
Ocupação | Comerciante, professor, contador |
Píndaro Odilon Brasileiro Annes nasceu em 24 de março de 1894, em Cruz Alta (RS), filho de Gezerino Lucas Annes e de Maria Prestes Annes. O casal teve como filhos, em ordem de idade, João Waldelirio, Píndaro Annes, Horizontina Miguelina Prestes Annes e Serenita Catarina Prestes Annes. Casou-se, em 1919, com Antônia Soares de Mello, tendo com ela três filhos: Cirano Annes (técnico rural), Sergio Paulo Annes (médico psiquiatra), Maria Amélia Annes (funcionária da contadoria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul).
Biografia, Histórico
No mesmo ano de seu nascimento, Píndaro já estava em Passo Fundo, e, em 1903, iniciou estudos na escola particular primária do professor João Goulart, onde vigorava o regime da palmatória.
Em 1905, passou a estudar no colégio São Pedro, dos irmãos maristas. Iniciou sua vida profissional muito jovem e, já aos catorze anos de idade, foi fotógrafo, tendo feito a primeira foto da capela Nossa Senhora da Conceição Aparecida em 1908. A seguir, trabalhou de topógrafo para a V.F.R.G.S., na construção da linha férrea Passo Fundo /Marcelino Ramos.
Voltando a Passo Fundo, instalou uma torrefação de café com o nome Cafelaria São Thomé (prédio ainda existente, em frente ao Banrisul, da Av. Brasil). Fabricava as marcas Café Pureza, misturado com açúcar mascavo; Café Mãe Preta, usados nos bares para cafezinho, e Café Mikado, torrado e moído com exclusividade para ser vendido pela Cooperativa da Viação Férrea do R.G.S. No final da década de 1910, Pindaro Annes, com seus amigos Antão Chagas, Celeste Corá e João Lopes, conseguiu a instalação do Tiro de Guerra 225 em Passo Fundo, situado entre as ruas Lavapés e Eduardo de Brito, a 20m da Rua Fagundes dos Reis, lado direito, no sentido norte.
Casou-se, em 1919, com Antonia Soares de Mello, tendo com ela três filhos: Cirano Annes (técnico rural), Sergio Paulo Annes (médico psiquiatra), Maria Amélia Annes (funcionária da contadoria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul).
No início dos anos vinte, Pindaro fez um curso de contador (curso comercial), no Colégio Machenzie, em São Paulo. Após formado, participou das seguintes atividades: Inspetor do Ensino Federal no Instituto Ginasial (atual Instituto Educacional), no Colégio Notre Dame e nos distritos pertencentes a Passo Fundo, como Erechim, Tapejara etc. Pertencia à maçonaria, apresentado por Gabriel Bastos; foi membro do Rotary Club; frequentava a Igreja Metodista; foi colaborador dos jornais locais O Nacional, Diário da Manhã e do São Paulo Imparcial, do centro do Brasil, com crônicas e poemas; integrou, ainda, o Grêmio Passo-Fundense de Letras (atual APLetras). Em 1937, devido ao golpe de Estado, foi preso com Celso Fiori, João Junqueira da Rocha, Eduardo Barreiro e outros acusados de comunistas. Pindaro foi fundador do Hospital de Caridade (atual Hospital da Cidade) em 20/07/1914, fazendo parte da Diretoria, a partir de 20/12/1914, como 2º secretário. E, neste nível de comando, esteve por 57 anos, ocupando outros cargos, como 1º secretário, de vice-presidente (1925-36), presidente (1937-1960) e conselheiro (1961-1972). Sua dedicação ao Hospital foi algo de notável.
Pindaro não pensava no lado financeiro, pois no início dos anos 1940, deixou o Rotary, a Igreja Metodista e a maçonaria. Também fechou a torrefação de café. Permaneceu como inspetor dos cursos comerciais, de onde tirava o seu sustento, já que seu trabalho no hospital era voluntário. Dedicava diariamente o restante do tempo livre ao hospital. Em 1917, indicou ao hospital que alugasse uma casa afastada (na Rua Gal. Osório, esq. Gal Neto, atual Sicredi, antes propriedade de Oribe Marques) a fim de tratar os doentes com a gripe espanhola, o que de fato ocorreu assim como a erradicação da epidemia no início de 1919. Durante suas gestões, construiu a maternidade, multiplicou a área construída com pavilhões para salas de cirurgia clínica e farmácia. Comprou uma granja para abastecimento de verduras, leite, frutas e carnes. Solicitou e recebeu verbas do município, estado e União, para diversas obras de ampliação e criação do curso de enfermagem em 1941. Pindaro Annes não completou sua última gestão na diretoria do hospital.
Nos primeiros dias de 1969, aos 75 anos, sentindo-se doente, foi residir em Porto Alegre, onde faleceu em seguida, em 19 de fevereiro, sendo sepultado nesta mesma cidade, bem como sua esposa Antoninha, falecida nove anos após, aos 80 anos.
Como complemento, vale a pena citar mais alguns fatos fundantes característicos de Pindaro Annes. Sua descendência de pai e mãe é composta por pessoas que tiveram participações muito marcantes na história de Passo Fundo. Seus pais Gezerino Lucas Annes e Maria Prestes Annes, moravam aqui, mas devido à Revolução Federalista de 1893, bem como muitas outras famílias, migraram para Cruz Alta em fuga dos combates nos arredores.
Em 1894, retornaram para Passo Fundo, no mesmo ano em que nasceu Pindaro Annes, assim, pode-se dizer que nasceu em Cruz Alta por imposição da guerra civil. Pindaro é descendente, trineto de Manoel José das Neves e de sua mulher Reginalda Nascimento Rocha, casal oriundo de São José dos Pinhais/Província de São Paulo, hoje estado do Paraná, que doaram à Igreja Nossa Senhora da Conceição parte da Sesmaria recebida, uma quadrada de três quilômetros por três, ao redor da Capela se construiu Passo Fundo. Sua mãe Maria ao se casar com Gezerino Lucas Annes, irmão do Cel Gervásio Lucas Annes, chefe republicano deixou a família parte Maragata por seu pai e parte Chimanga pela família do marido. Tinha 16 anos quando perdeu seu pai, provavelmente de um infarto do miocárdio.
Por ocasião do golpe de estado de 1937, foi preso sob a acusação de comunista, tal como foram Celso Fiori, João Junqueira Rocha, Eduardo Barreiro, Victor Benites. Casou em 1919, com Antonia Soares de Mello, filha de Antonio Manoel de Mello e de Amélia dos Santos Soares, ele de Rio Pardo e ela de Santana do Livramento. Tiveram três filhos: Cyrano Annes que foi Técnico Rural, mais dedicado à Topografia, que se casou com a viúva Juracy Finardi, ajudando-a a criar seu três filhos: Anete, João Vicente e José Carlos e tendo com ela mais dois: Fernando e Silvana; Sérgio Paulo Annes, médico psiquiatra e psicanalista, casado com Heloisa Conceição Aguillar Chagas que tiveram sete filhos: Beatriz, Clarice, Elizabeth, Roberto, Ricardo, Cláudio e Leonardo. A filha de Pindaro, Maria Amélia Annes, contabilista como o pai, aposentou-se como funcionária da Contadoria da Fazenda do estado do Rio Grande do Sul.
Píndaro Annes trabalhou como topógrafo na construção da estrada de ferro Passo Fundo – Marcelino Ramos, na região de Viadutos. Mais tarde criou a Cafelaria São Thomé. Formado contador, atuou como professor e inspetor federal de ensino. Exerceu por mais de 30 anos a presidência do Hospital de Caridade. Fez parte do Grêmio, depois Academia Passo Fundense de Letras, desde a fundação, bem como do Instituto Histórico de Passo Fundo. Faleceu em Porto Alegre em 16 de fevereiro de 1969.
Cafelaria São Thomé - Sócio(s): Pindaro Annes - Ramo(s) de Atuação: Torrefação e moagem de café; Situada na Avenida Brasil n° 164 - Fone 118 - Fundada na década de 1910 - O prédio ainda existente em frente ao Banrisul, no centro - Fabricava as seguintes marcas de café - Café Pureza, misturado com açúcar mascavo - Café Mãe Preta, usado nos bares para cafezinho, e Café Mikado, torrado e moído com exclusividade, para ser vendido pela Cooperativa da Viação Férrea do R.G. S.
Títulos, prêmios e honrarias
- 1939 - Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 16[1] [2]
- 1954 - Membro Fundador do IHPF[3]
Patrono APLetras
- 1970 - Severino Ronchi, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 25[4]
- 1975- Patrono da APLetras cadeira nº 25[5]
- 1982 - Octacílio Moura Escobar, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 25[6]
- 2005- Francisco Mello Garcia, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 25[7]
Livros e publicações com sua participação
Conteúdos de seu acervo
Conteúdos relacionados
- 1963 - Os Imortais de Passo Fundo, biografias[8]
- 2002 - Comércio Século XX Passo Fundo, Biografias[9]
- 2008 - Relação de Acadêmicos e Patronos da APLetras - Em 11/05/2008, por Santina Rodrigues Dal Paz
- 2009 - Píndaro Odilon Brasileiro Annes, dados biográficos - Em 24/09/2009, por Sergio Paulo de Mello Annes
- 2015 - Genealogia Píndaro Annes: notas históricas[10]
Referências
- ↑ SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. -Passo Fundo: NI. 80 páginas Digitalizado. p.38
- ↑ SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. -Passo Fundo: NI. 80 páginas Digitalizado. p.37
- ↑ CARVALHO, Djiovan V; MIRANDA, Fernando B S; MATTOS, Izabela N. (2019). Dar realidade a um ideal -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 92 páginas. E-book, P. 80
- ↑ LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 49
- ↑ SANTOS, Sabino R. (1975). Anuário APLetras 1975. -Passo Fundo: Berthier. 70 páginas. Fragmento Digitado.
- ↑ LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 52
- ↑ LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 54
- ↑ SANTOS, Sabino R. (1963). Os Imortais de Passo Fundo. -Passo Fundo: NI. 86 páginas Fragmento Digitalizado. p.69
- ↑ HEXSEL, Conrado A, GÂRATE, Hector E.(2002). Comércio Século XX Passo Fundo. -Passo Fundo: Berthier. 379 páginas Digitalizado. p.281-282
- ↑ ANNES, Sergio P. (2015). Genealogia Píndaro Annes: notas históricas -Passo Fundo: Dissertação. 65 páginas