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== Títulos, prêmios e honrarias ==
== Títulos, prêmios e honrarias ==


=== Fundador do IHPF ===
*1954 - Membro Fundador do IHPF (CARVALHO, Djiovan V; MIRANDA, Fernando B S; MATTOS, Izabela N. (2019).pg.80)<ref>CARVALHO, Djiovan V; MIRANDA, Fernando B S; MATTOS, Izabela N. (2019). [https://projetopassofundo.wiki.br/images/d/da/Dar_realidade_a_um_ideal.pdf Dar realidade a um ideal] -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 92 páginas. E-book,</ref>
*1954 - Membro Fundador do IHPF (CARVALHO, Djiovan V; MIRANDA, Fernando B S; MATTOS, Izabela N. (2019).pg.80)<ref>CARVALHO, Djiovan V; MIRANDA, Fernando B S; MATTOS, Izabela N. (2019). [https://projetopassofundo.wiki.br/images/d/da/Dar_realidade_a_um_ideal.pdf Dar realidade a um ideal] -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 92 páginas. E-book,</ref>



Revision as of 16:34, 11 February 2023

Gomercindo dos Reis
Gomercindo dos Reis.jpg
Nome completo Gomercindo dos Reis
Nascimento 4 de fevereiro de 1898
Local Pinheiro Marcado, Carazinho/RS
Morte 11 de outubro de 1965
Local Passo Fundo/RS
Ocupação Poeta, jornalista e político

Gomercindo dos Reis filho de Clarinda Dornelles dos Reis e de Fernando José dos Reis, nasceu a 4 de fevereiro de 1898, na Fazenda Capão Bonito, 4° Distrito de Passo Fundo, denominado Jacuizinho, mais conhecido por Pinheiro Marcado, distrito que pertence ao município de Carazinho, casou-se com dona Aida Michel Worm, de Porto Alegre, tendo três filhas passo-fundenses, professoras Lóia, Nema e Nira, faleceu dia 11 de outubro de 1965, com 67 anos de idade, em Passo Fundo.

Biografia, Histórico

Nasceu na localidade de Pinheiro Marcado (Carazinho) no dia 4 de fevereiro de 1898, que à época, integrava o então vasto território de Passo Fundo. Seu nome é uma homenagem ao general maragato Gomercindo Saraiva, principal comandante rebelde da Revolução de 1893. E se conservou fiel, ao longo de sua vida, aos princípios defendidos pelo Partido Federalista, defendendo o parlamentarismo, filiado ao Partido Libertador (PL). Transferiu-se muito cedo para a Capital do Estado, onde se integrou à imprensa e ao grupo de escritores parnasianos. Começou a publicar seus poemas em 1915, em revistas e jornais consagrados como O Malho, Fon-Fon, Vida Chic e Ilustração Pelotense, além dos jornais passo-fundenses O Nacional, Diário da Manhã e A Tarde. Gomercindo dos Reis firmou seu estilo literário na primeira metade do Século XIX, lendo os poetas maiores da chamada Belle Époque, fundamentalmente os parnasianos. A exemplo de outros poetas passo-fundenses, seus contemporâneos, como Antônio Donin, André Pithan e Severino Ronchi, permaneceu fiel aos seus modelos. Assim, majoritariamente, em sua obra, a poesia é metrificada. Praticou, principalmente, a redondilha maior e o decassílabo. Cultuou, entre os poemas, de forma fixa, o soneto e o sonetilho, prática que o filiam como um continuador da Poesia da Belle Époque.

O poeta passou incólume pelo Modernismo, a Geração de 45 e as vanguardas, como o Concretismo. Poeta, crítico, pesquisador da história, jornalista e político, foi um dos fundadores do Grêmio Passo-Fundense de Letras e, até seu falecimento, integrou a Academia Passo Fundense de Letras. Publicou centenas de poemas e textos em prosa, parcela dos quais está reunida em três livros: Defendendo a verdade: crítica administrativa ao Sr. Arthur Ferreira Fº na vigência do Estado Novo (Passo Fundo, 1947); Jardim de urtigas, versos satíricos e humorísticos (Imprensa Oficial, Porto Alegre, 1957) e Nuvens e rosas, versos líricos (Imprensa Oficial, 1957). Deixou inédito um álbum com poemas e prosas por ele selecionados, pouco antes do seu falecimento.

Além de integrar a atual Academia Passo Fundense de Letras, de 7 de abril de 1938 a 11 de outubro de 1965, fazendo parte de diversas diretorias, Gomercindo dos Reis foi um dos organizadores e membros fundadores do Instituto Histórico de Passo Fundo. Muito contribuiu para o estudo da história local. Nenhum poeta cantou com tamanha intensidade de sentimento a Capital do Planalto. Gomercindo não participou das ações bélicas da Revolução de 1923, mas integrou-se aos grupos de retaguarda e cantou a bravura dos liberadores que se levantaram contra a ditadura positivista.

Pouco tempo depois de encerrada a Revolução, fixou residência em Passo Fundo, dedicando-se à literatura. Profissionalmente, foi um dos nossos primeiros corretores de imóveis. Profundamente atento à realidade passo-fundense, sustentou vigorosas polêmicas pela imprensa. A primeira delas e mais séria, em princípios de 1931, foi contra a venda da praça da Vila Rodrigues (em frente à atual Igreja Santa Teresinha). Enfrentou todo o poder do velho Partido Republicano Rio-Grandense. Acabou preso por ordem do chefe do Executivo Municipal. Após três dias de cadeia, diante da indignação da comunidade, que ameaçava invadir o presídio para libertá-lo, foi solto.

Desde as árvores plantadas na Avenida General Netto, na parte fronteira à sua residência, a outros temas de assuntos comunitários, jamais deixou de manifestar sua opinião, tanto em prosa quanto em verso (em destaque neste texto, pode-se notar o fervor federalista de Gomercindo dos Reis em seu soneto Ser maragato).

Esse soneto, aliás, foi altamente premonitório, pois a 3 de outubro daquele ano, contingentes de cavalarianos maragatos passo-fundenses invadiam Santa Catarina, fazendo a vanguarda da Revolução de 30. Ou será que Gomercindo dos Reis sabia de mais coisas, sintetizadas no verso "É jamais, jamais admitir vingança!"


GOMERCINDO DOS REIS, Rua (Bairro Parque Recreio) / Escola (Localizada na Vila Carmen) / Placa (Cap. Jovino. Em frente à igreja Santa Terezinha)

Poeta e jornalista. Nasceu na Fazenda Capão Bonito, 4º Distrito de Passo Fundo, no dia 4 de fevereiro de 1898. Transferiu-se para Santa Maria com 18 anos, onde trabalhou no comércio e onde também foi ferroviário e professor. Fez parte do Grêmio Cívico Rio grandense de Porto Alegre. Participou ativamente da revolução de 1923, apoiando os liberais liderados por Assis Brasil. Em Passo Fundo, dedicou-se a escrever poesias e trabalhou como contador em 1924. Membro da Academia Passo-fundense de Letras e do Instituto Histórico de Passo Fundo. Publicou as poesias Nuvens e Rosas e Jardim de Urtigas, entre outras. De 1928 a 1932, liderou uma campanha que reverteu a venda de uma área e a manteve como uma praça, hoje chamada Cap. Jovino, na Vila Rodrigues, onde há uma placa em sua homenagem. Faleceu em Passo Fundo no dia 11 de outubro de 1965.

Fontes: Lei 1.190 de 09/11/1965; NASCIMENTO, W. e DAL PAZ, S. R. Vultos.


Títulos, prêmios e honrarias

Fundador do IHPF

  • 1954 - Membro Fundador do IHPF (CARVALHO, Djiovan V; MIRANDA, Fernando B S; MATTOS, Izabela N. (2019).pg.80)[1]

Patrono APLetras

Escola Estadual, EEEF Gomercindo Dos Reis

  • 1962 - Gomercindo dos Reis é patrono da Escola Estadual, EEEF Gomercindo Dos Reis, localizada na rua João Vergueiro, 116 - Vila Cármem - Localização[5]
  • 1976 - Cronologia do ensino em Passo Fundo (GEHM, Delma R. (1979) pg 34 e 41)[6]

Rua Gomercindo dos Reis

  • 1965 - LEI Nº 1190/1965[7] - Art. 1º Ficam denominadas, como seguem as Ruas do Loteamento Parque Recreio Entre Rios , de acordo com a planta aprovada pela Prefeitura Municipal: Rua C- Gomercindo dos Reis; - Localização[8]

Monumento Gomercindo dos Reis

  • 2016- Ficha Técnica  Homenageado: Gomercindo dos Reis - Localização: Rua Coronel Pelegrini, Praça Capitão Jovino - Autor do projeto: Desconhecido - Construtor: Desconhecido - Ano: 2016 - Escultor:  Desconhecido - Técnica:  Inscrição em pedra basalto -  Material:  Basalto -  Dimensões/peso , Desconhecido -  Características Gerais: em pedra basalto polido e placas indicativas - Propriedade do Acervo:  PMPF - Estado/Conservação: Bom estado de conservação - Apoio: PMPF

Obras

Conteúdos de seu acervo

Tipo Conteúdos do acervo - ProjetoPF Abrir Pasta
Fotos Pasta com os arquivos de fotos digitalizados Downloads

Imagens

1957 - Nuvens e Rosas: versos líricos
Gomercindo dos Reis e Antonino Xavier em 1950
Gomercindo dos Reis e família em 1935
Inauguração do monumento ao fundador da cidade em 1957
Primeiras casas na parte nova em 1866
Capela de São Teodoro de 1866
Áurea Gomes em 1938
Marly Helena Lima em 1936
Célia Ferreira em 1957
Therezinha Ferreira em 1957
Maria Augusta Corrêa em 1957
Lóia dos Reis em 1957
Nema dos Reis em 1957
Nira dos Reis em 1957
EEEF Gomercindo Dos Reis em 2021
Monumento Gomercindo dos Reis em 2021 1
Monumento Gomercindo dos Reis em 2021 2
Monumento Gomercindo dos Reis em 2021 3
Monumento Gomercindo dos Reis em 2021 4
Monumento Gomercindo dos Reis em 2016

Conteúdos relacionados

Referências

  1. CARVALHO, Djiovan V; MIRANDA, Fernando B S; MATTOS, Izabela N. (2019). Dar realidade a um ideal -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 92 páginas. E-book,
  2. Relação de Acadêmicos e Patronos da APLetras - Em 11/05/2008, por Santina Rodrigues Dal Paz
  3. SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. -Passo Fundo: NI. 80 páginas Digitalizado.
  4. 4.0 4.1 4.2 LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas
  5. EEEF Gomercindo Dos Reis - Google Maps
  6. GEHM, Delma R. (1979) Cronologia do ensino em Passo Fundo -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2012. 70 páginas. E-book
  7. LEI Nº 1190/1965 - leismunicipais.com.br
  8. Rua Gomercindo dos Reis - Google Maps
  9. REIS, Gomercindo. (1957). Nuvens e Rosas. -Pôrto Alegre: Imprensa Oficial. 116 páginas. Digitalizado
  10. REIS, Gomercindo. (1957). Jardim de urtigas, versos satíricos e humorísticos -Porto Alegre: Imprensa Oficial. NI páginas
  11. REIS, Gomercindo. (1947). Defendendo a Verdade. -Passo Fundo: Emp. Gráfica Editora. NI páginas
  12. SANTOS, Sabino R. (1963). Os Imortais de Passo Fundo. -Passo Fundo: NI. 86 páginas Fragmento Digitalizado.
  13. NASCIMENTO, Welci, DAL PAZ, Santina R. (1995). Vultos da história de Passo Fundo -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2014. 126 páginas. E-book,
  14. HEXSEL, Conrado A, GÂRATE, Hector E.(2002). Comércio Século XX Passo Fundo. -Passo Fundo: Berthier. 379 páginas Digitalizado.
  15. NASCIMENTO, Welci, DAL PAZ, Santina R. (2010). Vultos da história de Passo Fundo 2ª Edição -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2012. 164 páginas. E-book.