Difference between revisions of "Manoel José das Neves"

From ProjetoPF
Jump to navigation Jump to search
Line 85: Line 85:
=== Imagens ===
=== Imagens ===
{| class="wikitable mw-collapsible mw-collapsed"
{| class="wikitable mw-collapsible mw-collapsed"
![[File:Monumento Cabo Neves.jpg|center|thumb|200x200px|Monumento Cabo Neves]]
!
![[File:Inauguração Monumento Cabo Neves.jpg|center|thumb|150x150px|Inauguração Monumento Cabo Neves]]
![[File:Inauguração Monumento Cabo Neves.jpg|center|thumb|150x150px|Inauguração Monumento Cabo Neves]]
![[File:Medalha Cabo Neves 1827 - 2014.jpg|center|thumb|150x150px|Medalha Cabo Neves 1827 - 2014]]
!
![[File:Medalha Cabo Neves 1827 - 2014 Diploma.jpg|center|thumb|150x150px|Medalha Cabo Neves 1827 - 2014 Diploma]]
!
![[File:Convite Inauguração Monumento Cabo Neves.jpg|center|thumb|208x208px|Convite Inauguração Monumento Cabo Neves]]
!
![[File:Monumento Cabo Neves planta 2 em 2014.jpg|center|thumb|221x221px|Monumento Cabo Neves planta 2 em 2014]]
!
|-
|-
|
|

Revision as of 22:51, 15 September 2022

Cabo Neves
Foto:
Nome completo Manoel José das Neves
Nascimento 1790
Local São José dos Pinhais/PR
Morte 1853
Local Passo Fundo
Ocupação militar, pecuarista

Manoel José das Neves nascido por volta do ano 1790 em São José dos Pinhais, Comarca de Curitiba, Província de São Paulo. Quando faleceu, em 1853, a sede de sua “pequena fazenda pastoril e agrícola” já era sede do 4º distrito de Cruz Alta e da Freguesia da Nossa Senhora da Conceição do Passo Fundo.

Biografia, histórico

O rei português, D. João VI, acalentava um velho sonho: estender a fronteira portuguesa no Brasil até o rio da Prata. Em 1811, um exército de três mil homens, soldados paulistas, catarinenses e gaúchos, sob as ordens do governador Diogo de Souza, se desloca rumo a Montevidéu e varre coxilhas e povoados.

Por outro lado, milicianos argentinos cruzam a fronteira, hostilizam os moradores e saqueiam fazendas do lado rio-grandense. Depois de muitas lutas, a Banda Oriental foi anexada ao Império Português com o nome de Província Cisplatina, e D. Pedro, Imperador do Brasil, fortaleceu essa política, enviando tropas com destino a Montevidéu.

No entanto, com o decorrer do tempo, o Brasil reconheceu a perda das terras. Os custos esvaziaram os cofres do Tesouro Nacional Imperial e as elites políticas acabaram retirando o apoio ao Imperador.

A história de Passo Fundo registra que um militar com o nome de MANOEL JOSÉ DAS NEVES, tendo sido ferido gravemente num dos campos de batalha travados na Guerra Cisplatina, em favor do Império Brasileiro, retirou-se da luta como herói nacional.

Restabelecido, Manoel José das Neves requereu ao Comando Militar, sediado em São Borja, uma gleba de terra na região norte do Rio Grande do Sul para morar com sua família. O Imperador, reconhecendo a lealdade do requerente, autorizou a doação de uma sesmaria que se estendia das barrancas do rio Passo Fundo ao rio Pinheiro Torto, segundo a tradição. Essa área abrangeria, hoje, a área urbana da cidade de Passo Fundo.

Uma sesmaria correspondia a 6.600 metros. Dessa parte, Manoel José das Neves doou a metade para Nossa Senhora da Conceição Aparecida, registrando a terra na Mitra Diocesana da Capital da Província, Porto Alegre, para, nesse terreno, construir uma Capela em honra à Mãe de Deus.

A Capela foi construída com a autorização da autoridade eclesiástica, a pedido do Sr. Joaquim Fagundes dos Reis, Juiz de Paz do Povoado de Passo Fundo. A referida Capela situava-se, mais ou menos, no lugar onde, hoje, encontra-se a Catedral N. Sra. Aparecida.

Para aprovar tal doação, a sua filha legítima e herdeira, Maria da Rocha Prates, por meio de Escritura Pública, registra no Cartório de Registros de Passo Fundo, em 1884, o seguinte: “Há mais de quarenta anos, meus finados pais fizeram a doação de terra à Padroeira da Paróquia de Passo Fundo...” Depois de estabelecer os limites da doação, assinou, a rogo, seu filho Antônio Ferreira Prestes Guimarães.

Manoel José das Neves, aqui chegando com sua mulher Reginalda e seus pertences, incluindo alguns escravos, fundou uma fazenda, indo se arranchar nas proximidades de um arroio que, mais tarde, iria se chamar de arroio Lava-Pés, nas proximidades, hoje, da esquina das ruas Uruguai e Dez de Abril. A morada, ele a denominou de “Fazenda Nossa Senhora Aparecida”. Reza a tradição que Manoel José das Neves, logo em seguida, mudou sua morada para um lugar mais alto e seco, onde hoje está situada a Praça Tamandaré.

A escritora passo-fundense Delma Rosendo Ghem, em um dos seus livros sobre a história de Passo Fundo, disse que Manoel José das Neves, o “Cabo Neves”, deveria ter 40 anos de idade, tendo ele nascido no ano de 1787.

O historiador Francisco Antonino Xavier e Oliveira, na sua obra “Anais do Município de Passo Fundo”, escrita em princípio do século XX, diz: “...em 1843, moravam em Passo Fundo, aproximadamente, nove famílias, entre estas, a do Sr. Manoel José das Neves...”.

O Sr. Sérgio Paulo Anes, tetraneto de Manoel José das Neves, residente na cidade de Cruz Alta, nos informou, por escrito, que “Manoel José das Neves Vultos da História de Passo Fundo 35 era natural de São José dos Pinhais, Paraná, nascido em cerca de 1790, tendo falecido em Passo Fundo em 1835. Casou com dona Reginalda do Nascimento Rocha, natural de Lapa, Paraná, tendo recebido uma sesmaria no alto da Serra de Passo Fundo, em 1828”.

Com a eclosão da Revolução Farroupilha, em 1835, Manoel José das Neves ficou fiel às forças do Imperador. Por esse gesto, foi elevado à patente de Capitão da Guarda Nacional, com jurisdição no território de Passo Fundo.

Como se vê, as datas que registram a vida de Manoel José das Neves são as mais desencontradas. Sabe-se que, em Passo Fundo não há registro de seu falecimento nem o lugar de seu sepultamento. Não foi, ao que se sabe, eregido monumento em praça pública e nem dado nome a uma rua ou avenida, na área central da cidade, para perpetuar a sua memória. É desconhecido, também, ato oficial que diga: “Manoel José das Neves é o fundador da cidade de Passo Fundo”. Porque teriam as autoridades municipais, ao longo do tempo, esquecido esses fatos?

O que se diz da pessoa de Manoel José das Neves é que ele era um homem simples e desapegado dos bens materiais. Vivia dos seus negócios de animais, sua cultura intelectual era a da época. “Pouco sabia ler, pouco escrever  e fazer as quatro operações aritméticas”, registra a escritora e historiadora Profa. Delma Rosendo Ghem, membro da Academia Passo-Fundense de Letras. Seu procedimento, no entanto, era de um homem decidido e valente, como o de todos os desbravadores, que vinham arriscar-se por estas plagas...


Manoel José das Neves, o Cabo Neves, paulista-curitibano nascido por volta do ano 1790 em São José dos Pinhais, Comarca de Curitiba, Província de São Paulo. Foi soldado de milícias na Legião Paulista. Lutou na Guerra Cisplatina em regimento de Cavalaria da 2ª linha do Exército Brasileiro. Gravemente ferido no Combate do Rincão das Galinhas, 24 de setembro de 1825. Recuperado, porém incapacitado para o serviço militar, foi promovido a cabo e dispensado.

No final de 1827 o Cabo Neves, vindo de São Borja, arranchou-se com a família, agregados, escravos e algum gado junto à nascente do Goiexim (hoje Chafariz da Mãe Preta). Depois construiu sua morada permanente próximo à atual Praça Tamandaré. Estava fundada a cidade de Passo Fundo.

Mediante requerimento obteve, da Comandância Militar de São Borja, em 30 de novembro de 1831, a concessão de uma gleba de terras quadradas no Alto Uruguai. Algo muito impreciso para designar o terreno hoje parte da cidade de Passo Fundo.

No posto de Capitão da Guarda Nacional Neves combateu os rebeldes farroupilhas.


Monumento Cabo Neves

  • 2015 - Homenagem à Manoel José das Neves, construído na Av Sete de Setembro, Praça Itália Aldo Alessandri

Terrenos Foreiros de Passo Fundo

  • 1954 - Lei de 1954 519 [1] - É o Poder Executivo autorizado a receber, da Mitra Diocesana de Passo Fundo, a cessão e renúncia a favor deste Município, de todos e quaisquer direitos que ela tenha ou possa ter sobre os terrenos de alvará, chamados foreiros, desta cidade.
  • 2007 - Terrenos foreiros ou de alvará Em 07/08/2007, por Paulo Roberto Magro

Medalha Cabo Neves 1827 - 2014

  • 2014 - Medalha comemorativa ao Primeiro morador de Passo Fundo - Cabo Neves, uma iniciativa do Comitato Piazza Itália. Esta medalha, confeccionada em bronze,  poderá ser adquirida pelos internautas e colecionadores. Reserve a sua, uma edição especial comemorativa, confeccionada em número reduzido.
  • A Medalha Cabo Neves é livre para ser usada por Instituições Civis, como Comenda para reconhecimento por serviços prestados.

Títulos, prêmios e honrarias

  • 1965 - Lei de 1965 1150[2] Denomina a Rua Cabo Neves - Localização[3]

Conteúdos de seu acervo

Imagens

Inauguração Monumento Cabo Neves

Conteúdos relacionados

Referências

  1. Lei Ordinária 1954 519 de Passo Fundo RS - leismunicipais.com.br.
  2. Lei Ordinária 1965 1150 de Passo Fundo RS - leismunicipais.com.br.
  3. Rua Cabo Neves - Google maps.
  4. GEHM, Delma (1982). Passo Fundo através do tempo - volume 2: fatos, usos, costumes e valores -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. E-book (2016) Vol.2.; 350 páginas. 295-302
  5. GEHM, Delma. (1989). Passo Fundo através do tempo - volume 3: enfoques gerais -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. E-book (2016) Vol.3.; 268 páginas. 55-57 pg.
  6. PEREIRA, Cláudio N, (2004).Genealogia Tropeira Rio Grande do Sul Séculos XIX e XX Volume II, 2004. 356p. 280-281 Monografia
  7. NASCIMENTO, Welci. (2005). As Ruas de Passo Fundo do Século XIX -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. E-book (2014) 136 páginas 15-18 pg.
  8. NASCIMENTO, Welci, DAL PAZ, Santina R. (2010). Vultos da história de Passo Fundo 2ª Edição -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2012. 164 páginas. E-book. p.35-37
  9. D'ÁVILA, Ney EP. (2015). Cabo Neves: fundador da cidade de Passo Fundo -Passo Fundo, Projeto Passo Fundo. E-book. 54 páginas