Delma Rosendo Gehm

From ProjetoPF
Jump to navigation Jump to search
Delma Gehm
Delma Rosendo Gehm 2.jpg
Nome completo Delma Rosendo Gehm
Ocupação professora
Genealogia

Biografia

Uma breve história de vida de Delma

Quando Delma Rosendo nasceu em 7 de outubro de 1917, seu pai, Manoel Thomaz Rosendo, tinha 39 anos e sua mãe, Universina Ribas, tinha 29 anos. Ela faleceu em 29 de maio de 2008, em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil, com 90 anos.


Primeira mulher a presidir a Academia Passo-Fundense de Letras (1972-1973), a destacada educadora Delma Rosendo Gehm era filha de Manoel Tomaz e Universina Ribas Rosendo e irmã de Dalva Rozendo Montano. Nascida em 07 de outubro de 1917, veio a falecer em 29 de maio de 2008, tendo vivido toda sua vida em Passo Fundo, cidade que muito amou e valorizou. Nesses 91 anos de vida construiu sua linda família e deixou muitas heranças culturais para seus descendentes e conterrâneos que hoje se orgulham ao relembrar seus incalculáveis feitos. Foi em 2 de setembro de 1939, aos 22 anos, contraiu núpcias com o comerciante Waldemar Daniel Gehm. Desta união nasceram as filhas Valéria, casada com Polidoro Mendes da Costa; Silvana, casada com José Carlos Moraes; e Carla, casada com Paulo Sérgio Dumoncel Hoff, as quais lhes concederam os seguintes netos e bisnetos: Jorge André Gehm da Costa; Carlos Alexandre Gehm da Costa, casado com Linéia Michelin da Costa e pai de Alexandre; Fernando Gehm Moraes, casado com Lidia Mariana Fiuza e pai de Gregório; Beatriz Gehm Moraes; Daniela Gehm Moraes; Ana Paula Gehm Hoff, casada com Marcus Vinicius Brito Dias e mãe da Catarina, do Cristhiano e do Flávio; Paulo Marcelo Gehm Hoff, casado com Ana Amélia Fialho Oliveira Hoff e pai da Camila, da Juliana, da Isabela; e Paulo Sérgio Gehm Hoff casado com Daniella Predosa.

Historiadora de grande renome, a professora Delma sempre procurou estar presente na vida da comunidade. Era uma mulher extremamente ativa e pronta para participar de debates que dissessem respeito a valores morais, cívicos e culturais. Como tal, revelou-se uma boa política no mais elevado sentido da palavra. Com paciência, soube coligir fatos e, assim, registrou a história de Passo Fundo através de fontes confiáveis. ?Foi uma historiadora que procurava, na dimensão da plenitude humana, ser fiel e honesta aos fatos que descrevia?, citou o historiador Welci Nascimento no panegírico organizado para homenageá-la em 2008, ano de seu falecimento, e publicado na Revista Água da Fonte, nº 06.

Notórios fatos que envolveram o povo de Passo Fundo foram registrados graças às pesquisas realizadas pela professora Delma. O episódio da Guerra do Paraguai é um exemplo. As novas gerações precisam ficar sabendo dessas coisas, dizia ela. Para isso, há que se ter alguém que pesquise e reescreva a história. Delma ajudou a recuperar a memória da cidade, dando continuidade aos registros de Francisco Antonino Xavier e Oliveira. Em seus pronunciamentos também trazia à tona as ideias de Nicolau de Araújo Vergueiro. ?O que tem sido mais benéfico para o Brasil? As armas ou a literatura?? questionava. Ela costumava debater temas polêmicos, pois era uma oradora nata.

Na política integrou-se ao Partido Federalista (Maragatos), acompanhando caravanas políticas em campanhas eleitorais. Representou, em 1930, a classe estudantil de Passo Fundo, saudando Getúlio Vargas em sua visita à cidade. Em 1964, integrou a ARENA, quando da extinção dos partidos políticos pelo golpe militar. Em 1972, foi candidata a vice-prefeita na chapa de Ivo Biazus, mas, por problemas de saúde, teve de abandonar a campanha.

Desde sua mais tenra infância revelou grande aptidão aos estudos, tendo iniciado sua alfabetização aos quatro anos de idade. Ao longo de sua escolarização estudou latim, francês, grego e matemática, tendo deixado marcas de sua inteligência em todos os educandários por onde passou, seja como mestre ou aprendiz.

Como profissional, Delma trabalhou em diferentes instâncias do magistério, desde a docência no ensino primário em escolas como Protásio Alves, CENAV (EENAV) e Instituto Educacional, até galgar o cargo de Secretária Municipal de Educação e Cultura, na gestão Mário Menegaz, tendo sido a primeira mulher a ocupar este cargo. Aposentou-se em 1966, mas continuou desempenhando diversas atividades de âmbito cultural e educacional. As emissoras de rádio tinham o prazer de entrevistá-la, pois falava com convicção, clareza e objetividade.

Presidiu a Sociedade das Senhoras dos Caixeiros Viajantes, a Sociedade de Amparo à Maternidade e Infância de Passo Fundo (SAMI), a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e o Núcleo da Legião Brasileira de Assistência. Foi Secretária Geral do Núcleo de Voluntárias da Pátria e da Cruz Vermelha Brasileira (no decorrer da Segunda Guerra Mundial) e coordenou cursos profissionalizantes da Fundação Gaúcha do Trabalho. Além disso, foi fundadora do Instituto Histórico e Geográfico de Passo Fundo (1957) e uma das grandes líderes da Liga de Combate ao Câncer. Na Academia Passo-Fundense de Letras teve importante destaque, ocupando ativamente a cadeira 07, cujo patrono é Oswaldo Cruz, entre 17 de setembro de 1971 e o início da década de1990.

Em 2010 seu nome foi eleito para ser a patrona da cadeira 39, desde então ocupada pela psicóloga e escritora, doutoranda em educação, MariliseBrockstedt Lech.

Como escritora, publicou diversos artigos nos jornais O Nacional e Diário da Manhã, abordando os mais diversos temas. Dentre suas principais produções literárias está a obra Cronologia do Ensino em Passo Fundo, editada em 1976. Nesse livro ela registrou o que aconteceu na área educacional, de 1848 a 1976, desde a Imperial Câmara de Cruz Alta até a Câmara Imperial de Passo Fundo. Da criação da mais simples e remota escolinha, lá no meio rural, às faculdades da Universidade de Passo Fundo.

Outra importante obra é Passo Fundo através do tempo, editada em três volumes, patrocinado pelos prefeitos Wolmar Salton, Firmino da Silva Duro e Fernando Machado Carrion, e repassados à SAMI e à APAE em ação beneficente. Trabalhava porque gostava, o que pode ser comprovado em um dos registros feito em uma de suas obras: ?Toda a moral social resume-se nisto: instruir-nos e instruir os outros?.

Após longa enfermidade, essa brilhante mulher que viveu à frente de seu tempo completou sua excepcional trajetória de vida, deixando marcas profundas de exemplo de cidadania e humanidade a todos que a conheceram e àqueles que, agora, conhecem sua história.

Títulos, prêmios e honrarias

Patrono APLetras

  • 1971 - Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 7 [1] (LECH, Osvandré LC. (2013). pg.49)[2]
  • 1972 - Eleita Presidente da APLetras (LECH, Osvandré LC. (2013). pg.40-41)[2]
  • 1989- Patrono da APLetras cadeira nº 39 (LECH, Osvandré LC. (2013). pg.52)[2]
  • 2010 - Marilise Brockstedt Lech, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 39 (LECH, Osvandré LC. (2013). pg.57)[2]

Grão Mérito Fagundes dos Reis

  • 1980 - Resolução nº 5 de 1 de dezembro de 1980[3] [4] - Art. 1º - É conferida a Medalho de Grão Mérito Fagundes dos Reis, às professora Delma Rosendo Gehm nascida em Passo Fundo aos 7 de outubro de 1918, por seus destacados serviços ao Município nos setores de letras, educação e ação social;

Obras

Conteúdos de seu acervo

IHPF Arquivos Privados

Fundo Delma Rosendo Gehm (DRG)

(Nascimento em Passo Fundo/RS dia 07/10/1917 – Falecimento em Passo Fundo/RS dia 29/05/2008)

Datas limite:  1880 - 2008

Descrição do Acervo:

Histórico do Titular:   Delma Rosendo Gehm - Atuou na Escola Protásio Alves, no Colégio Estadual Nicolau Araújo Vergueiro, hoje EENAV, e no Instituto Educacional. Atuou como Secretária Municipal de Educação, na gestão do prefeito Mário Menegaz, sendo a primeira mulher a desempenhar a função. Presidiu a Sociedade das Senhoras dos Caixeiros Viajantes, a Sociedade de Amparo à Maternidade (SAMI), a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e a Academia Passo-Fundense de Letras, tendo sido a primeira presidente mulher na gestão 1972-1973.

Custódia e Aquisição:  O acervo foi doado pelo neto da titular, Carlos Alexandre G. da Costa.

Conteúdo do Acervo: O acervo é composto pela produção intelectual da Professora Delma Gehm, incluindo os originais de suas obras, recortes de jornais, livros e documentos de diversas instituições de Passo Fundo

Quantidade: 19 pastas

Organização:  Os documentos estão mantidos conforme organização da titular, de maneira geral por temática.

Outras Informações

- Prateleira: Acervos Documentais - Delma Rosendo Gehm

- Nome do catálogo:

- Parentescos do doador:

Tipo Conteúdos do acervo - Fundos IHPF Abrir Pasta
Fotos Pasta com os arquivos de fotos digitalizados Downloads

Conteúdos relacionados

Referências

  1. Relação de Acadêmicos e Patronos da APLetras - Em 11/05/2008, por Santina Rodrigues Dal Paz
  2. 2.0 2.1 2.2 2.3 LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas
  3. Resolução nº 5 de 1 de dezembro de 1980 - Prefeitura Municipal
  4. Resolução nº 5 de 1 de dezembro de 1980 - Resolução
  5. GEHM, Delma R. (1979) Cronologia do ensino em Passo Fundo -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2012. 70 páginas. E-book
  6. GEHM, Delma R. (1977) Passo Fundo na Revolução de 1893 -Passo Fundo: João Freitas. 16 páginas. Digitalizado
  7. GEHM, Delma R. (1978) Passo Fundo através do tempo - volume 1: histórico e administrativo -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 2016. Vol.1. 352 páginas. E-book
  8. GEHM, Delma R. (1982). Passo Fundo através do tempo - volume 2: fatos, usos, costumes e valores -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 2016. Vol.2. 354 páginas. E-book
  9. GEHM, Delma R. (1989). Passo Fundo através do tempo - volume 3: enfoques gerais -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 2016. Vol.3. 272 páginas. E-book
  10. SANTOS, Sabino R. (1975). Anuário APLetras 1975. -Passo Fundo: Berthier. 70 páginas. Fragmento Digitado
  11. SILVA, Geraldo C, COSTAMILAN Selma. (2001). Passo Fundo Nome Próprio Feminino. -Passo Fundo: Tittos Arte Gráfica. 276 páginas Digitalizado
  12. DELMA ROSENDO GEHM - Câmara de Vereadores
  13. DELMA ROSENDO GEHM - Câmara de Vereadores