Estanislau de Barros Miranda

From ProjetoPF
Revision as of 10:04, 15 April 2023 by Projetopf (talk | contribs) (→‎Biografia, Histórico)
(diff) ← Older revision | Latest revision (diff) | Newer revision → (diff)
Jump to navigation Jump to search
Lalau Miranda
Estanislau de Barros Miranda
Nome completo Estanislau de Barros Miranda
Ocupação pecuarista
Genealogia

Estanislau de Barros Miranda nasceu em 24 de novembro de 1853 em Coxilha, RS, casado com sua prima, Eufrasina Cardoso (Sinhá), tendo desse casamento duas filhas, sendo uma, Heponina Cardoso Miranda e Idolina Oliveira Miranda, faleceu em 9 de janeiro de 1916 em Passo Fundo,

Biografia, Histórico

Uma breve história de vida de Estanislau

Quando Estanislau de Barros Miranda nasceu em 24 de novembro de 1853, em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil, seu pai, Cel. Francisco de Barros Miranda, tinha 41 anos e sua mãe, Maria Prudencia de Souza, tinha 28 anos. Ele casou-se com Eufrosina Prudencia de Oliveira em 5 de junho de 1875, em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil. Eles tiveram pelo menos 6 filhos e 8 filhas. Ele faleceu em 9 de janeiro de 1916, em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil, com 62 anos.


Estanislau de Barros Miranda, o Lalau, era casado com sua prima, Eufrasina Cardoso (Sinhá), irmã do Cel. Amâncio de Oliveira Cardoso, havendo, desse casamento, duas filhas, sendo uma, Heponina Cardoso Miranda, casada com Aristóteles Lima, tendo dedicado sua vida às lides campeiras e ao comércio herdado de seu pai, continuando com a compra e venda de gado, o armazém de campanha, o pouso de tropas e tropeiros, um soque de erva e um engenho de madeiras, situado no atual Desvio Meneghetti.

Na entrevista que realizamos, numa tarde de temporal, dia 27 de março de 1992, a veneranda senhora, Idolina Oliveira Miranda (viúva do falecido Alfredo Ceceli Capuani), nascida em 25 de junho de 1899, e na ocasião com 93 de idade, filha de Estanislau de Barros Miranda e de Eufrasina Oliveira Cardoso, perfeitamente lúcida e prestativa, em fluente conversa, dentre muitas outras coisas, nos contou que o seu avô Francisco mandou o Estanislau (Lalau), estudar em Rio Pardo, num colégio em regime de internato; e que seu pai era um grande carreirista, cantor, dançador, tocador de violão, e que sabia fazer todos os aperos, além de ser um exímio campeiro.

Dona Idolina nos relata que sua avó materna, Balbina de Oliveira Cardoso, casou com doze anos, e que ela só começou a ir à igreja aos treze. E, quando tinha procissão, dona Zica ia ao lado da bandeira, com uma prima e mais a filha do sinhô. Juntos estavam o Lalau Miranda, Maria, Prudência, Isabel, Antônio Lima, Francisco Salinet, João Lima, Sinhô e seus tios avós, acompanhados de mais de oitenta pessoas.

A histórica Igreja de São Sebastião, nos disse ela, foi gestada por seu pai, em sua casa, oportunidade em que foi feito um documento, assinado por todos os presentes, solicitando ao Bispo de Santa Maria que designasse um padre, para dirigir os trabalhos da construção de uma igreja, ou autorizasse uma comissão de moradores para tal fim, que havia necessidade premente de ter uma igreja, pois por ali já existia um cemitério, que se originou com o sepultamento de dez mortos no Combate do Guamirim, em 1893. No mesmo local, iniciaram os sepultamentos da vizinhança, o que apressou a ida de um próprio, levando em mãos o documento ao bispado de Santa Maria.

Autorizado, o padroeiro escolhido para a novel igreja, foi São Sebastião, porque a reunião inicial para a construção, fora realizada no dia do Santo, 20 de janeiro. Construída no lado norte do riacho, era muito frequentada pelos devotos. Outrossim, tornaram-se lenda as suas festas e cavalhadas, até que um incêndio a consumiu em 1923, sendo reerguida pelos devotos, no lado sul do dito riacho, que passou a se denominar também de São Sebastião. Até hoje existem o cemitério e a igreja, graças a Estanislau de Barros Miranda.

O patrono do Centro de Tradições Gaúchas Lalau Miranda, de Passo Fundo, que aparece numa foto histórica, trajado a gaúcho, e montado no seu parelheiro, em frente à primitiva Casa Branca, no dia do seu 45° aniversário, nasceu em 24 de novembro de 1853 e faleceu em 9 de janeiro de 1916. Seu mausoléu encontra-se no Cemitério Municipal da Vila Vera Cruz, de Passo Fundo.

Registramos ainda que foi vereador, neste município, na legislatura de 1877 a 1881, e 3° Suplente de Juiz de Paz, no 3º Distrito de Coxilha. No Exército, galgou as divisas de Alferes. Adquiriu terras de Lúcio Martins de Miranda, no Mato Castelhano. Era republicano atuante, e foi proprietário da Invernada da Arvinha, também no 3º Distrito.

Praticante do tradicionalismo, como já disse, envolvido nas coisas do rincão de São Sebastião, deixou, inclusive, registros sobre o folclore, o comportamento e as atitudes do povo gaúcho, motivos pelos quais foi lembrado pela população passo-fundense e regional, para a edificação do Centro de Tradições Gaúchas “Lalau Miranda”, fundado em 24 de março de 1952, verdadeiro templo da prática da cultura gaúcha, entidade pioneira no Planalto, que mantém acesa a chama do nosso tradicionalismo e a memória desse ilustre gaúcho serrano.

Títulos, prêmios e honrarias

Membro da Câmara Municipal

  • 1876 - Eleito para o Conselho Municipal[1]

CTG Lalau Miranda

  • 1952 - No dia 24 de março foi fundado o CTG Lalau Miranda em homenagem ao tradicionalista Estanislau de Barros Miranda, mais conhecido por Lalau Miranda.

Hípica do CTG Lalau Miranda

  • 1956 - LEI Nº 679 DE 14 DE MAIO DE 1956[2] - Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a ceder ao CTG Lalau Miranda o uso da Gleba de terra com a área de 35,700 m2, situada na Vila Vera Cruz, subúrbios desta cidade havida pela Prefeitura Municipal de Passo Fundo por doação da Firma Schilling Goelser e Cia LTDA, conforme escritura pública, lavrada no 2º Tabelionato livro 63 folhas 93 e 94, e registrado no Cartório de Imóveis, sob nº 39.318, ás folhas 261, do livro 3-ZZ, para o fim de nela estabelecer um hipódromo.(Área localizada entre as Ruas Alegrete, Machado de Assis, São Sepé e Rua Marau. - Localização[3]
  • 1963 - Em 27/01/1963 a inauguração da Hípica do CTG Lalau Miranda - Vila Vera Cruz, Passo Fundo.
  • 1992 - Como se costumava ouvir, "as festas grandes do gaúcho era o cotejo da cancha reta". A concessão de uma gleba de terra, para que o CTG LALAU MIRANDA construa sua cancha de carreira.

Conteúdos de seu acervo

Imagens

Inauguração Hípica do CTG Lalau Miranda em 1963

Conteúdos relacionados

Referências