Júlio Cesar Perez

Júlio Cesar Perez
Nome completo	Júlio Cesar Perez
Nascimento	27 de março de 1968
Local	Gaurama / RS
Ocupação	advogado

Júlio Cesar Perez filho de Achiles Perez e Geni Garcia Perez. Nasceu em 27 de março de 1968, em Gaurama, norte do Rio Grande do Sul. É o quinto filho de seis que o casal teve, sendo ele o mais novo dos quatro filhos homens. Cursou o ensino fundamental e secundário em Gaurama.

Biografia

É filho de Achiles Perez e Geni Garcia Perez. Nasceu em 27 de março de 1968, em Gaurama, norte do Rio Grande do Sul. É o quinto filho de seis que o casal teve, sendo ele o mais novo dos quatro filhos homens. Cursou o ensino fundamental e secundário em Gaurama.

De 1982 a 1985, trabalhou como Menor Estagiário do Banco do Brasil nessa cidade. E, em 1987, veio a residir em Passo Fundo, onde começou o curso de Direito nesse mesmo ano na Universidade de Passo Fundo. Em 1988, fez a reopção para o curso de Letras, nessa mesma Universidade. Curso que não concluiu, abandonando ambas as faculdades em 1989, desiludido com o ensino superior, certo de que para ser escritor ? sonho que alimentava desde os 14 anos ? não precisava dessa formação.

Casou-se em 1990, sendo pai de dois filhos: Guilherme Achiles e Júlia Marina Perez. Nesse mesmo ano, ingressou, através de concurso público, na Caixa Econômica Federal, em Porto Alegre, onde estava decidido a residir para dar andamento ao seu projeto de escrever nas horas vagas. Contudo, com dificuldades financeiras para se manter na Capital, teve que retornar a Passo Fundo, onde reside até a presente data.

Em 1995, voltou para a faculdade de Direito, insatisfeito com a falta de perspectiva que o trabalho lhe oferecia. Nesse mesmo ano, começou a escrever freneticamente, depois que o escritor passo-fundense Jorge Salton, na época, lançando seu primeiro romance, ao responder a pergunta de Júlio sobre como tinha sido seu processo para se tornar um escritor, deu-lhe o seguinte depoimento: ?Eu sempre quis escrever, mas nunca dava jeito. Até que cheguei aos 40 anos e então eu decidi: é agora ou nunca?. Júlio, então com 27 anos, deu-se conta da verdade profunda dessas palavras simples e tomou a mesma decisão: ?Para quê esperar até os 40 anos, se posso começar agora??.

Influenciado, sobretudo, pelas leituras de Kafka, pela filosofia existencialista de Sartre e Camus e extraindo inspiração da sua rotina como bancário em Passo Fundo, o que lhe permitiu o contato com uma variedade muito grande de tipos humanos e de situações curiosas, Júlio começou a escrever, sobretudo contos, muitos dos quais constam do seu último livro ? A bolsa da minha mãe e outros contos.

Contudo, dada a necessidade de retornar à faculdade de Direito, teve que interromper esse processo que só muito mais tarde pôde retomar.

Para dar vazão à necessidade de escrever e extravasar suas angústias como um jovem pai de família, ainda tentando encontrar o seu caminho ? profissional e literário ?, Júlio engajou-se, em 1999, num grupo de poetas que usava espaços públicos e privados para fazer exposições dos seus poemas. Foi a partir de então que a poesia entrou em sua vida, dando origem aos seus dois primeiros livros de poemas ? Expresso instante, de 2006 e Fugaz idade, de 2010.

A experiência de troca de impressões dos poemas produzidos, dentro do grupo, o qual reunia-se semanalmente para a leitura desses poemas, uns para os outros, foi decisivo para dotar o jovem autor da visão do outro de que ele precisava para amadurecer o seu estilo.

De poemas, inicialmente, de cunho quase terapêutico, excessivamente pessoais, o autor foi aprendendo a falar das coisas mais do que de seus sentimentos. Influenciado, sobretudo, por João Cabral de Mello Neto, de quem extraiu esse olhar para as coisas do mundo; por Manuel Bandeira, de quem procurou extrair o lirismo das coisas simples, mas bem ditas da vida e por Fernando Pessoa ? ele mesmo e pelo heterônimo Álvaro de Campos ?, o autor foi burilando o seu estilo até chegar à forma com que depois compôs seus dois primeiros livros.

O primeiro, compilando criações que abarcam um período mais amplo ? em torno de 10 anos ? com poemas de muitas épocas, próprio dos escritos ainda de formação. O segundo já evidenciando um estilo mais seguro e característico.

Em 2012, graças ao incentivo e apoio do Projeto Passo Fundo, uma iniciativa de um empresário local para estimular os novos autores a tirar das gavetas os seus originais, o autor lançou o seu livro de contos ? A bolsa da minha mãe e outros contos ?, com muitos dos contos escritos em 1995 e outros mais recentes. Um livro, portanto, de estilo muito diversificado, como seu primeiro livro de poemas, que o autor espera aprimorar através da retomada da escrita em prosa.

Júlio é adepto da ideia de que tudo o que um autor escreve e publica, na verdade, é apenas uma pequena parte do que conhece e viveu, pois ninguém deve escrever sobre aquilo que não tenha absoluto domínio ou experiência. Assim, a tão decantada originalidade que a literatura sempre procura não terá nenhum mistério, pois ela será uma decorrência inevitável dos fatos de quem a viveu. E diz mais: dois pontos de vistas jamais serão os mesmos sobre os mesmos fatos.

Desde 2004, Júlio trabalha no Tribunal de Contas do Estado, em Passo Fundo, como auditor público externo. Em 2012, foi eleito para integrar a Academia Passo-Fundense de Letras. E o autor é também colaborador do Projeto Passo Fundo.

Títulos, prêmios e honrarias

• 2012- Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 8 (LECH, Osvandré LC. (2013). pg.54-257)