Clóvis Beviláqua

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Clóvis Beviláqua
Clóvis Bevilaqua.jpg
Nome completo Clóvis Beviláqua
Nascimento 4 de outubro de 1859
Local Viçosa/CE
Morte 26 de julho de 1944
Local Rio de Janeiro/RJ
Ocupação jurista

Clóvis Beviláqua (Viçosa do Ceará, 4 de outubro de 1859 — Rio de Janeiro, 26 de julho de 1944) foi um jurista, legislador, filósofo, literato e historiador brasileiro, além de um dos responsáveis pela elaboração do Código Civil de 1916. Wikipédia[1]

Biografia

Clóvis Beviláqua, jurista cearense, nasceu em 1859, em Viçosa do Ceará (CE) e faleceu em 1944, no Rio de Janeiro (RJ).

Autor de diversas obras nas áreas do Direito e da Filosofia, notabilizou-se, sobretudo, pela autoria do Projeto do Código Civil, o qual redigiu em 6 meses, durante o ano de 1901, vindo a ser aprovado apenas em 1916, após longos debates no Congresso Nacional. Rui Barbosa, encarregado de estudar o projeto, emitiu um longo parecer sobre o mesmo, estudando-lhe sobretudo, a vernaculidade do texto. A propósito do assunto, Clóvis, homem de uma modéstia sem par, escreveu, em 1906, A defesa do Projeto do Código Civil Brasileiro, do qual se extrai o seguinte trecho ilustrativo do seu pensamento: ?A língua que usamos deve nos merecer afetuoso cuidado, mas, como observou um escritor espanhol, as línguas vivem de heresias, a ortodoxia condu-las à morte. Muitas ideias dificilmente se exprimiriam com as frases usadas pelos clássicos e é absurdo que mutilemos as ideias porque no guarda-roupa dos séculos passados não encontramos um traje talhado para ela?. Clóvis cita também, na mesma obra, outros autores para definir que, para ele, língua seria o que disse Schoefle, ?a capitalização simbólica do trabalho intelectual de um povo,? continuamente a remodelar-se, a enriquecer-se de formas novas, a ganhar energia e delicadeza de expressão. Por isso bem sentenciou Araripe Júnior, quando afirmou: ?O escritor que não se utiliza da língua viva de seu tempo, será um mau escritor ou um escritor incompleto?.

Após a sua aprovação, em 1916, o texto da lei foi elogiado pela crítica nacional e internacional como um modelo de clareza e boa técnica, tanto que vigeu até 2003, quando foi substituído pelo Novo Código Civil.

Clóvis formou-se pela Faculdade de Direito de Recife em 1882, atuando depois como professor de filosofia e de direito comparado, nesta mesma faculdade. Foi ainda promotor público, em Alcântara (MA), deputado constituinte pela Assembleia Legislativa do Ceará e consultor jurídico do Ministério do Exterior, cargo pelo qual se aposentou em 1934. Também foi membro-fundador da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira de número 14.

Suas obras mais importantes são: Direito das obrigações; Direito de família; Criminologia e direito, todas de 1896. E mais: Direito das sucessões, de 1899 e Comentários ao Código Civil, em 6 volumes, de 1916.

É considerado, sobretudo pela autoria do Projeto do Código Civil, como o grande renovador do direito civil brasileiro, o qual ainda era regido na época pelas vetustas Ordenações Afonsinas, das quais até mesmo Portugal já tinha se livrado desde 1867.

Títulos, prêmios e honrarias

Avenida Clóvis Beviláqua

  • 1959 - LEI Nº 863 DE 31 DEDEZEMBRO DE 1959[2] - Art. 1º Fica denominada de Av. Clóvis de Vilaqua - Eminente Codificador das Leis Civis Brasileiras e Notável Júris Consulta Sul - Americano, Homenagem dos Poderes da cidade de Passo Fundo, no seu Centenário de Nascimento. Outubro de 1959 , via principal do Loteamento Santo Antônio.
  • 1959 - LEI Nº 869 DE 31 DE DEZEMBRO DE 1959 - Art. 1º Fica denominada de Av. Clóvis Beviláqua - Eminente codificador das Leis Civis Brasileiras e Notável jurisconsulto Sul-Americano, homenagem dos poderes da cidade de Passo Fundo, no seu Centenário de Nascimento, outubro de 1959 - a via principal do Loteamento Santo Antônio;
  • 1970 - LEI Nº 1376 DE 27 DE FEVEREIRO DE 1970 - Art.. 1º Permanece com o nome Cinelândia a rua situada na região G-19 (Vila São Luiz Gonzaga), e passa denominar-se Clóvis Bivilágua a rua localizada na região J-1 (Bairro Recreio), atualmente também denominada Cinelândia ; - Localização[3]

Patrono APLetras

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Referências

  1. https://pt.wikipedia.org/wiki/Cl%C3%B3vis_Bevil%C3%A1qua
  2. LEI Nº 863 DE 31 DEDEZEMBRO DE 1959 - leismunicipais.com.br
  3. Avenida Clóvis Beviláqua - Google Maps
  4. SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. Passo Fundo: NI. 80 páginas. 38
  5. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 50
  6. SANTOS, Sabino R. (1975). Anuário APLetras 1975. Passo Fundo: Berthier. 70 páginas. Fragmento
  7. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 54 e 257