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'''Túlio Fontoura'''
'''Túlio Fontoura''' filho de Waldencock Moreira da Fontoura e Laura de Moura Fontoura, nasceu em Santana do Livramento (RS), aos 22 dias de fevereiro de 1905, casou com Dona Lucy Lima, havendo desse matrimônio uma única filha, a professora Clélia, faleceu em 17 de setembro 1979


== Biografia, Histórico ==
== Biografia, Histórico ==

Revision as of 08:43, 5 November 2021

Túlio Fontoura
Tulio Fontoura.jpg
Nome completo Túlio Fontoura
Nascimento 22 de fevereiro de 1905
Local Sant Ana do Livramento /RS
Morte 16 de setembro de 1979
Local Passo Fundo /RS
Ocupação jornalista

Túlio Fontoura filho de Waldencock Moreira da Fontoura e Laura de Moura Fontoura, nasceu em Santana do Livramento (RS), aos 22 dias de fevereiro de 1905, casou com Dona Lucy Lima, havendo desse matrimônio uma única filha, a professora Clélia, faleceu em 17 de setembro 1979

Biografia, Histórico

Nasceu em Santana do Livramento (RS), aos 22 dias de fevereiro de 1905, filho de Waldencock Moreira da Fontoura e Laura de Moura Fontoura. Estes laços uniam duas famílias tradicionais, cujos troncos se acham referidos entre os primeiros povoadores da campanha rio-grandense. Túlio foi um destacado jornalista, político e intelectual, uma das grandes expressões da cultura, dono de um coração boníssimo, batalhador e incansável. Seus estudos primário e secundário foram realizados em Porto Alegre. Com 17 anos, ingressou na imprensa porto-alegrense como repórter do jornal A Manhã, que fazia campanha em favor de Nilo Peçanha. À época, dava entrada na política, destacando-se como jornalista e exímio político. Encerrado o pleito, fechou o jornal. Imediatamente , passou para A Federação, como porta-voz do Partido Republicano, então dirigido pelo grande jornalista Lindolfo Collor. Com a saída de Collor da direção, também deixou o órgão e ingressou no Correio do Povo, como repórter, onde trabalhou um ano e dois meses, em 1930. Em 1926, resolveu tentar a vida em Passo Fundo, assumindo a direção do semanário A Gazeta. No começo de 1931, fundou o semanário A Luta, jornal que teve vida efêmera, fechando em 1932, por ordem do interventor federal Flores da Cunha, por haver tomado posição em favor dos paulistas, em luta contra a ditadura de Getúlio Vargas.

Tornou-se revolucionário, participando de um movimento armado irrompido na cidade de Soledade, em prol do movimento constitucionalista de São Paulo. Em consequência dessa participação, Flores da Cunha ordenou sua prisão, juntamente com mais um companheiro, o Dr. Victor Graeff, e que fossem levados ao Rio de Janeiro. Em 1933, por interferência ainda da ABI, foram liberados para regressar ao Rio Grande do Sul e a Passo Fundo.

De volta no jornal A Luta, Túlio teve que começar tudo outra vez, como correspondente de A Razão, jornal editado em Passo Fundo. Em 1935, com muita coragem, com muita garra, a 28 de novembro, fundou o Diário da Manhã, que hoje é o orgão-chefe de uma rede de jornais do Sul do país. Obedecendo à sua sólida e competente orientação. Como político, militou no Partido Republicano, no PSD, do qual foi suplente de deputado e membro do Diretório Estadual, e, por último, na Arena, até que esse partido fosse extinto.

Túlio Fontoura casou com Dona Lucy Lima, havendo desse matrimônio uma única filha, a professora Clélia, casada com o Dr. Dyógenes A. Martins Pinto, advogado, professor e jornalista, pais do engenheiro Péricles, do Vinícius e da jornalista Janesca. Como era de muita persistência, ademais de outras virtudes já citadas, durante seus longos anos de trabalho, foi repórter, redator, revisor e dirigente de um jornal que conquistou, palmo-a-palmo, conceito e prestígio.

Como repórter, aprendeu a conduzir um jornal do qual muito se orgulhava. Sem recursos, fundou e manteve um jornal diário em uma cidade do porte de Passo Fundo. ?Refúgio?, seu sítio, era o lugar onde descansava e meditava. De lá, Túlio escrevia o seu Editorial, verdadeira obra literária. ?A história, a sociologia, a economia, a literatura, a filosofia, eram terrenos em que mergulhava, formando não uma vasta erudição livresca, mas uma autêntica cultura revelada em seus editoriais, palestras e discursos, mais ainda na conversa com os amigos? (Cel. Alberto Walter de Almeida,

Porto Alegre, 20/03/1981).

Túlio concorreu a vereador e a deputado estadual, conseguindo expressiva votação. Foi um dos fundadores da Academia Passo-Fundense de Letras e presidente da mesma. Durante o governo de Ildo Meneghetti, foi diretor da Imprensa do Estado do Rio Grande do Sul. Foi também o primeiro diretor do Ensino Municipal de Passo Fundo. Atuou como diretor da Rádio Universitária, tendo sido fundador e vice-presidente do Aeroclube de Passo Fundo; vice-presidente do Lions Club Passo Fundo Centro, além de haver prestado diversos e relevantes serviços públicos.

Túlio Fontoura, em seus 56 anos de plena atividade jornalística, recebeu inúmeras homenagens em vida e após sua morte. Isso porque viveu sempre ajudando o próximo e fazendo de sua profissão um sacerdócio. ?Túlio Fontoura é um símbolo dos combatentes gaúchos?, sua memória mereceu do comandante Saldanha da Gama esse título e seu nome foi perpetuado na capital paulista, num logradouro público, no Parque Ibirapuera, junto ao mausoléu dos veteranos de 1932, pela feliz iniciativa do Cel. Raymundo Menezes. Justa homenagem oferecida ao tenente coronel Túlio Fontoura que, em 1932, lutou ao lado dos paulistas, defendendo o direito de ser livre e se manifestar contra o arbítrio.

A cidade de Chapecó deu seu nome a uma praça pública. Em Passo Fundo, na praça Marechal Floriano, foi fixado um busto seu, em bronze, perpetuando o reconhecimento ao saudoso jornalista. Em Santana do Livramento, seu nome foi dado a uma avenida, assim como em Pelotas. E, em Encruzilhada Müller, seu nome identifica uma escola.

Até o último instante de sua vida, foi batalhador diante da implacável morte em 17 de setembro 1979. Sua família hoje dá continuidade à sua obra que nasceu para ser grande: o seu complexo jornalístico, levado com garra e entusiasmo, fazendo jus a tanto sacrifício de seu criador.

Títulos, prêmios e honrarias

Patrono APLetras

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Conteúdos relacionados

Referências

  1. SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. Passo Fundo: NI. 80 páginas. 38
  2. CARVALHO, Djiovan V. (2019). Dar realidade a um ideal, Passo Fundo, Projeto Passo Fundo, 2019. 92p. E-book, P. 80
  3. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 40-41
  4. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 52
  5. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 207
  6. SANTOS, Sabino R. (1963). Os Imortais de Passo Fundo. Passo Fundo: NI. 74 páginas