Difference between revisions of "Praça Tamandaré"

From ProjetoPF
Jump to navigation Jump to search
Line 64: Line 64:


=== Equipamentos na Praça ===
=== Equipamentos na Praça ===
'''Quiosque da Praça Tamandaré'''
 
==== '''Quiosque da Praça Tamandaré''' ====
*1925 - PRAÇAS - Sob os cuidados do competente jardineiro, as nossas praças publicas, já se apresentam com novo e deslumbrante aspecto; haja vista a da Matriz ou Tamandaré, onde entre alegretes graciosos, plátanos e roseiras em flor, ergue se o vistoso Kiosque (Fig 7) de material, construído sobre um octógono central e mais quatro compartimentos em em cruz, melhoramento esse que devemos a um industrialista (Willy & Albuquerque)  desta terra que o desfrutará  por 16 anos, findos os quais, passará a fazer parte do patrimônio municipal. (Relatório 1925 pg 48)<ref>1925 - [https://projetopassofundo.wiki.br/images/6/62/1925_Relat%C3%B3rio_do_Intendente_Armando_de_Ara%C3%BAjo_Annes.pdf Relatório do Intendente Armando Araújo Annes]</ref>
*1925 - PRAÇAS - Sob os cuidados do competente jardineiro, as nossas praças publicas, já se apresentam com novo e deslumbrante aspecto; haja vista a da Matriz ou Tamandaré, onde entre alegretes graciosos, plátanos e roseiras em flor, ergue se o vistoso Kiosque (Fig 7) de material, construído sobre um octógono central e mais quatro compartimentos em em cruz, melhoramento esse que devemos a um industrialista (Willy & Albuquerque)  desta terra que o desfrutará  por 16 anos, findos os quais, passará a fazer parte do patrimônio municipal. (Relatório 1925 pg 48)<ref>1925 - [https://projetopassofundo.wiki.br/images/6/62/1925_Relat%C3%B3rio_do_Intendente_Armando_de_Ara%C3%BAjo_Annes.pdf Relatório do Intendente Armando Araújo Annes]</ref>
* 1930 - Ao final da década de 1930, já haviam desaparecido os quiosques da Praça Tamandaré e o da Praça da Vila Rodrigues (hoje Praça Cap. Jovino da Silva Freitas ou Jovino Freitas).  A Igreja Matriz que desde 1906, após sua inauguração, concentrava os fiéis da fé católica, traziam grande movimento à Praça Tamandaré, pois os tríduos, as novenas, os casamentos, os batizados, as crismas, as procissões, fa­ziam dessa Praça ponto obrigatório. A gasosa gelada (geladeira com barras de gelo da cervejaria da época), aí reunia/não só crianças e jovens, mas também os mais idosos para a cervejinha no verão. A Matriz era a única igreja que servia a zona urbana, razão por que a afluência à Praça."  (Gehm, 1982 pg 254)<ref name=":0">GEHM, Delma (1982). [https://projetopassofundo.wiki.br/images/1/1a/Passo_Fundo_atrav%C3%A9s_do_tempo_Vol._2.pdf Passo Fundo através do tempo - volume 2: fatos, usos, costumes e valores] -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. E-book (2016)  Vol.2.; 350 páginas.</ref>
* 1930 - Ao final da década de 1930, já haviam desaparecido os quiosques da Praça Tamandaré e o da Praça da Vila Rodrigues (hoje Praça Cap. Jovino da Silva Freitas ou Jovino Freitas).  A Igreja Matriz que desde 1906, após sua inauguração, concentrava os fiéis da fé católica, traziam grande movimento à Praça Tamandaré, pois os tríduos, as novenas, os casamentos, os batizados, as crismas, as procissões, fa­ziam dessa Praça ponto obrigatório. A gasosa gelada (geladeira com barras de gelo da cervejaria da época), aí reunia/não só crianças e jovens, mas também os mais idosos para a cervejinha no verão. A Matriz era a única igreja que servia a zona urbana, razão por que a afluência à Praça."  (Gehm, 1982 pg 254)<ref name=":0">GEHM, Delma (1982). [https://projetopassofundo.wiki.br/images/1/1a/Passo_Fundo_atrav%C3%A9s_do_tempo_Vol._2.pdf Passo Fundo através do tempo - volume 2: fatos, usos, costumes e valores] -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. E-book (2016)  Vol.2.; 350 páginas.</ref>
Line 99: Line 100:
![[File:Praça Tamandaré em 1931 01 Cândido Athayde d Avila.jpg|center|thumb|150x150px|Praça Tamandaré em 1931]]
![[File:Praça Tamandaré em 1931 01 Cândido Athayde d Avila.jpg|center|thumb|150x150px|Praça Tamandaré em 1931]]
![[File:Quiosque da Praça Tamandaré.jpg|center|thumb|150x150px|Quiosque da Praça Tamandaré]]
![[File:Quiosque da Praça Tamandaré.jpg|center|thumb|150x150px|Quiosque da Praça Tamandaré]]
![[File:Caixa d Água da Praça Tamandaré.jpg|center|thumb|150x150px|Caixa d Água da Praça]]
![[File:Caixa d Água da Praça Tamandaré.jpg|center|thumb|150x150px|Caixa d Água da Praça em 1931]]
!
!
!
!

Revision as of 15:03, 5 September 2022

Praça Tamandaré
Praça Tamandaré Foto: 1916 Desconhecido
Nome Praça Tamandaré
Data 06 de março de 1865
Local Praça do Tamandaré

Praça Tamandaré Em 1913 o Intendente Municipal Coronel Pedro Lopes de Oliveira denominou-a de Praça Tamandaré. Mesmo assim, por muitos anos, a população continuou chamando-a de Praça da Igreja. Nesse mesmo ano iniciou-se a arborização do local com a plantação de bambus e árvores nativas.

Histórico

Em 1892 foi inaugurada a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição Imaculada, na Rua Uruguai. Idealizada desde 1863, o projeto do templo ficou vários anos arquivado, mas finalmente naquele ano abriu suas portas aos fiéis. Defronte a igreja, um terreno amplo servia para que os passo-fundenses se reunissem a aguardar as missas. Foi então que o Poder Público resolveu dar ao local a forma de uma praça. Assim, ficou conhecida como Praça da Igreja. Com o imponente templo ao seu lado, o logradouro passou a ser a primeira praça do recém criado Município de Passo Fundo, pois até 1891, ainda se chamava Vila de Passo Fundo.

Em 1913 o Intendente Municipal Coronel Pedro Lopes de Oliveira denominou-a de Praça Tamandaré. Mesmo assim, por muitos anos, a população continuou chamando-a de Praça da Igreja. Nesse mesmo ano iniciou-se a arborização do local com a plantação de bambus e árvores nativas. Foi em 1916, ainda sob o governo do Coronel Pedro Lopes de Oliveira, que foram plantados os plátanos, que hoje frondosos, cercam o local, emoldurando com rara beleza a quase centenária Praça Tamandaré.

Na gestão do Intendente Armando Araújo Annes, em 1925, a Prefeitura Municipal iniciou um trabalho mais contundente para transformação e embelezamento da praça. Foi construído um quiosque, que através de concorrência pública escolheu seu ecônomo. O quiosque, além do tradicional café, possuía barbearia e engraxateria. Ficou sendo o ponto de encontro dos passo-fundenses aos domingos. Na mesma época foi inaugurada profusa iluminação elétrica, deixando a mais assimétrica praça da cidade ainda mais bela, alegre e segura. Suas vias de passagem foram calçadas com revestimento de mosaico. Anos mais tarde o quiosque foi demolido, deixando mais espaço à seus freqüentadores.

O belíssimo monumento que embeleza a parte central da Praça Tamandaré foi o primeiro construído em Passo Fundo. Trata-se do busto do Coronel Gervásio Annes, uma figura importante e antológica do meio político da cidade. Foi Intendente Municipal entre 1896 e 1908, chefe do Partido Conservador, depois Partido Republicano e chefe revolucionário na Revolução Federalista de 1893, ao lado dos legalistas. O Coronel Gervásio faleceu no dia 4 de abril de 1917. Seus amigos e correligionários, pertencentes ao Clube Pinheiro Machado, tendo a frente o Senhor Júlio Edolo de Carvalho, presidente da Comissão Promotora da Homenagem à Gervásio Annes, angariaram fundos para a construção do monumento.

Foram quase cinco anos de trabalho do escultor Pinto do Couto, que residia no Rio de Janeiro, para confecção da espetacular obra de arte. O busto do Coronel Gervásio, talhado em bronze, foi inaugurado na Praça Tamandaré, no dia 27 de fevereiro de 1920. O inflamado discurso na inauguração do monumento foi proferido pelo historiador e Presidente do Grêmio Literário Passo-fundense, Francisco Antonino Xavier e Oliveira.

Desde aquela época até os dias atuais as pessoas fazem a mesma pergunta: Por que o monumento está virado de costas para a igreja? Uma das respostas dos historiadores é a de que na época havia um confronto entre a Igreja Católica e a Maçonaria, por questões ideológicas e de poder. Sendo o Coronel Gervásio membro da Maçonaria, bem como as pessoas que mandaram erigir o monumento, assim ficou determinado.

Por volta de 1943, o Prefeito Interino Moacir Índio da Costa queria mudar o busto para a Avenida Brasil, defronte ao Paço Municipal. A idéia, porém, não foi adiante.

Desde o ano 2000, um grupo de moradores das proximidades da praça criaram a Associação dos Amigos da Praça Tamandaré. A entidade, sem fins lucrativos e decretada como de utilidade pública, busca diuturnamente junto ao Poder Público recursos para a revitalização, embelezamento e segurança da Praça Tamandaré, de vital importância como ponto turístico e de lazer e a mais freqüentada de Passo Fundo.

Monumentos na Praça

Monumento Busto Gervásio Lucas Annes

  • Autorizado construir um Monumento Busto de Gervásio Lucas Annes[1] na Praça Tamandaré
Monumento Vicentinos
  • Autorizado construir um Monumento aos Vicentinos[2] na Praça Tamandaré

Marco Manoel Jose da Neves

Marco Giusepe Garibaldi

Equipamentos na Praça

Quiosque da Praça Tamandaré

  • 1925 - PRAÇAS - Sob os cuidados do competente jardineiro, as nossas praças publicas, já se apresentam com novo e deslumbrante aspecto; haja vista a da Matriz ou Tamandaré, onde entre alegretes graciosos, plátanos e roseiras em flor, ergue se o vistoso Kiosque (Fig 7) de material, construído sobre um octógono central e mais quatro compartimentos em em cruz, melhoramento esse que devemos a um industrialista (Willy & Albuquerque) desta terra que o desfrutará por 16 anos, findos os quais, passará a fazer parte do patrimônio municipal. (Relatório 1925 pg 48)[3]
  • 1930 - Ao final da década de 1930, já haviam desaparecido os quiosques da Praça Tamandaré e o da Praça da Vila Rodrigues (hoje Praça Cap. Jovino da Silva Freitas ou Jovino Freitas). A Igreja Matriz que desde 1906, após sua inauguração, concentrava os fiéis da fé católica, traziam grande movimento à Praça Tamandaré, pois os tríduos, as novenas, os casamentos, os batizados, as crismas, as procissões, fa­ziam dessa Praça ponto obrigatório. A gasosa gelada (geladeira com barras de gelo da cervejaria da época), aí reunia/não só crianças e jovens, mas também os mais idosos para a cervejinha no verão. A Matriz era a única igreja que servia a zona urbana, razão por que a afluência à Praça." (Gehm, 1982 pg 254)[4]
Caixa d Água da Praça

Eventos na Praça

Associação dos Amigos da Praça Tamandaré

  • 2000 - Decreto de 2000 111[5] - Art. 1º Fica declarada de Utilidade Pública, a ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA PRAÇA TAMANDARÉ, pessoa jurídica, inscrita no CNPJ sob nº 04.064.719/0001-47, sem fins lucrativos, situada à Rua Quinze de Novembro, 525, nesta cidade de Passo Fundo, Estado do Rio Grande do Sul

Títulos, prêmios e honrarias

Praça do Tamandaré

  • 1865 - Ata de 1865[6] denomina a Praça do Tamandare - Fragmentos da Ata registrada no Copiador Oficial: Ofícios e Ordens pela Câmara Municipal da Vila de Passo Fundo (1857 - 1867), copiada do livro.

Praça da Igreja

  • 1892 - Denominação popular. Defronte a igreja, um terreno amplo servia para que os passo-fundenses se reunissem a aguardar as missas.

Cancha de Futebol

  • 1906 - Entre 1906 e 1910 este foi o local onde se começou a jogar futebol na cidade. (Scherer)[7]

Praça Tamandaré

  • 1913 - Ato de 1913 203[8] Denomina a Praça Tamandaré – entre as rua do Uruguay, Paissandú, dr. Marcelino e Teixeira Soares..

Conteúdos de seu acervo

Imagens

Praça Tamandaré em 1931
Quiosque da Praça Tamandaré
Caixa d Água da Praça em 1931
Monumento Vicentinos
Busto Gervasio Annes em 1926

Conteúdos relacionados

Referências

  1. Gervásio Lucas Annes - Empresário e politico
  2. Sociedade São Vicente de Paulo - Entidade Assistencial
  3. 1925 - Relatório do Intendente Armando Araújo Annes
  4. GEHM, Delma (1982). Passo Fundo através do tempo - volume 2: fatos, usos, costumes e valores -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. E-book (2016) Vol.2.; 350 páginas.
  5. Decreto 2000 111 de Passo Fundo RS - leismunicipais.com.br.
  6. Ata de 1865 Denomina ruas e praças em Passo Fundo - Prefeitura Municipal
  7. Cancha da Praça Tamandaré - site do Futebol de Passo Fundo
  8. Ato de 1913 203 Denomina ruas de Passo Fundo - Prefeitura Municipal
  9. NASCIMENTO, Welci. (2005). As Ruas de Passo Fundo do Século XIX -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. E-book (2014) 136 páginas 107-109 pg.