Difference between revisions of "Gomercindo dos Reis"
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Revision as of 10:05, 28 February 2022
Gomercindo dos Reis | |
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Nome completo | Gomercindo dos Reis |
Nascimento | 4 de fevereiro de 1898 |
Local | Pinheiro Marcado, Carazinho/RS |
Morte | 11 de outubro de 1965 |
Local | Passo Fundo/RS |
Ocupação | Poeta, jornalista e político |
Gomercindo dos Reis filho de Clarinda Dornelles dos Reis e de Fernando José dos Reis, nasceu a 4 de fevereiro de 1898, na Fazenda Capão Bonito, 4° Distrito de Passo Fundo, denominado Jacuizinho, mais conhecido por Pinheiro Marcado, distrito que pertence ao município de Carazinho, casou-se com dona Aida Michel Worm, de Porto Alegre, tendo três filhas passo-fundenses, professoras Lóia, Nema e Nira, faleceu dia 11 de outubro de 1965, com 67 anos de idade, em Passo Fundo.
Biografia, Histórico
Nasceu na localidade de Pinheiro Marcado (Carazinho) no dia 4 de fevereiro de 1898, que à época, integrava o então vasto território de Passo Fundo. Seu nome é uma homenagem ao general maragato Gomercindo Saraiva, principal comandante rebelde da Revolução de 1893. E se conservou fiel, ao longo de sua vida, aos princípios defendidos pelo Partido Federalista, defendendo o parlamentarismo, filiado ao Partido Libertador (PL). Transferiu-se muito cedo para a Capital do Estado, onde se integrou à imprensa e ao grupo de escritores parnasianos. Começou a publicar seus poemas em 1915, em revistas e jornais consagrados como O Malho, Fon-Fon, Vida Chic e Ilustração Pelotense, além dos jornais passo-fundenses O Nacional, Diário da Manhã e A Tarde. Gomercindo dos Reis firmou seu estilo literário na primeira metade do Século XIX, lendo os poetas maiores da chamada Belle Époque, fundamentalmente os parnasianos. A exemplo de outros poetas passo-fundenses, seus contemporâneos, como Antônio Donin, André Pithan e Severino Ronchi, permaneceu fiel aos seus modelos. Assim, majoritariamente, em sua obra, a poesia é metrificada. Praticou, principalmente, a redondilha maior e o decassílabo. Cultuou, entre os poemas, de forma fixa, o soneto e o sonetilho, prática que o filiam como um continuador da Poesia da Belle Époque.
O poeta passou incólume pelo Modernismo, a Geração de 45 e as vanguardas, como o Concretismo. Poeta, crítico, pesquisador da história, jornalista e político, foi um dos fundadores do Grêmio Passo-Fundense de Letras e, até seu falecimento, integrou a Academia Passo Fundense de Letras. Publicou centenas de poemas e textos em prosa, parcela dos quais está reunida em três livros: Defendendo a verdade: crítica administrativa ao Sr. Arthur Ferreira Fº na vigência do Estado Novo (Passo Fundo, 1947); Jardim de urtigas, versos satíricos e humorísticos (Imprensa Oficial, Porto Alegre, 1957) e Nuvens e rosas, versos líricos (Imprensa Oficial, 1957). Deixou inédito um álbum com poemas e prosas por ele selecionados, pouco antes do seu falecimento.
Além de integrar a atual Academia Passo Fundense de Letras, de 7 de abril de 1938 a 11 de outubro de 1965, fazendo parte de diversas diretorias, Gomercindo dos Reis foi um dos organizadores e membros fundadores do Instituto Histórico de Passo Fundo. Muito contribuiu para o estudo da história local. Nenhum poeta cantou com tamanha intensidade de sentimento a Capital do Planalto. Gomercindo não participou das ações bélicas da Revolução de 1923, mas integrou-se aos grupos de retaguarda e cantou a bravura dos liberadores que se levantaram contra a ditadura positivista.
Pouco tempo depois de encerrada a Revolução, fixou residência em Passo Fundo, dedicando-se à literatura. Profissionalmente, foi um dos nossos primeiros corretores de imóveis. Profundamente atento à realidade passo-fundense, sustentou vigorosas polêmicas pela imprensa. A primeira delas e mais séria, em princípios de 1931, foi contra a venda da praça da Vila Rodrigues (em frente à atual Igreja Santa Teresinha). Enfrentou todo o poder do velho Partido Republicano Rio-Grandense. Acabou preso por ordem do chefe do Executivo Municipal. Após três dias de cadeia, diante da indignação da comunidade, que ameaçava invadir o presídio para libertá-lo, foi solto.
Desde as árvores plantadas na Avenida General Netto, na parte fronteira à sua residência, a outros temas de assuntos comunitários, jamais deixou de manifestar sua opinião, tanto em prosa quanto em verso (em destaque neste texto, pode-se notar o fervor federalista de Gomercindo dos Reis em seu soneto Ser maragato).
Esse soneto, aliás, foi altamente premonitório, pois a 3 de outubro daquele ano, contingentes de cavalarianos maragatos passo-fundenses invadiam Santa Catarina, fazendo a vanguarda da Revolução de 30. Ou será que Gomercindo dos Reis sabia de mais coisas, sintetizadas no verso "É jamais, jamais admitir vingança!"
Escreveu outros livros: Canções do Rio Grande - Jardim de Urtigas: Cuidado: versos humorísticos - A tragédia da Cruzinha - Defendendo a verdade -
Participação na APLetras
- 1961 - Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 46[1]
- 1989 - Patrono da APLetras cadeira nº 32[2]
- 1996 - Odalgil Nogueira de Camargo, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 32[3]
- 2001 - Paulo Domingos da Silva Monteiro, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 32[4]
EEEF Gomercindo Dos Reis
- 1962 - EEEF Gomercindo Dos Reis - Gomercindo dos Reis é patrono da Escola Estadual localizada na rua João Vergueiro, 116 - Vila Cármem
- 2021 - Localização EEEF Gomercindo Dos Reis
Denomina a Rua Gomercindo dos Reis
- 1965 - Denomina Rua - Localizada no Loteamento Parque Recreio Entre Rios
Monumento Gomercindo dos Reis
- 2016 - Homenageado: Gomercindo dos Reis - Localização: Rua Coronel Pelegrini, Praça Capitão Jovino - Construtor: Desconhecido - Projeto: Desconhecido - Material: em pedra basalto polido e placas indicativas, em basalto - Apoio:
- Rua Coronel Pelegrini, Praça Capitão Jovino - Construído em alvenaria revestida de pedra basalto polido, autor desconhecido, localizado em frente a Igreja Sana Terezinha.
Títulos, prêmios e honrarias
- 1954 - Membro Fundador do IHPF[5]
Livros e publicações de sua autoria
- 1957 - Nuvens e Rosas: versos líricos[6]
Conteúdos de seu acervo
Conteúdos relacionados
- 1963 - Os Imortais de Passo Fundo, biografias[7]
- 1995 - Vultos da História de Passo Fundo, biografias[8]
- 2002 - Comércio Século XX Passo Fundo, Biografias[9]
- 2004 - Alguns poetas passo-fundenses - Em 30/04/2004, por Paulo Domingos da Silva Monteiro
- 2008 - Defendendo a Verdade - Em 28/07/2008, por Paulo Domingos da Silva Monteiro
- 2008 - Gomercindo dos Reis: o Poeta de Passo Fundo - Em 11/06/2008, por Paulo Domingos da Silva Monteiro
- 2010 - Vultos da História de Passo Fundo 2ª Edição, biografias[10]
- 2008 - Relação de Acadêmicos e Patronos da APLetras - Em 11/05/2008, por Santina Rodrigues Dal Paz
- 2019 - As homenagens ao Pai da História - Em 31/10/2019, por Eduardo Roberto Jordão Knack
Referências
- ↑ SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. Passo Fundo: NI. 80 páginas. 30-33
- ↑ LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 52
- ↑ LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 53
- ↑ LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 54
- ↑ CARVALHO, Djiovan V; MIRANDA, Fernando B S; MATTOS, Izabela N. (2019). Dar realidade a um ideal -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 92 páginas. E-book, P. 80
- ↑ REIS, Gomercindo. (1957). Nuvens e Rosas. -Pôrto Alegre: Imprensa Oficial. 116 páginas. Digitalizado
- ↑ SANTOS, Sabino R. (1963). Os Imortais de Passo Fundo. Passo Fundo: NI. 74 páginas
- ↑ NASCIMENTO, Welci, DAL PAZ Santina R. (1995). Vultos da história de Passo Fundo, Passo Fundo, Projeto Passo Fundo, (2014) E-book, 126 páginas. 72-75 p.
- ↑ HEXSEL, Conrado A, GÂRATE, Hector E.(2002). Comércio Século XX Passo Fundo. -Passo Fundo: Berthier. 379 páginas174-175 p Livro
- ↑ NASCIMENTO, Welci, DAL PAZ, Santina R. (2010). Vultos da história de Passo Fundo 2ª Edição, Passo Fundo, Projeto Passo Fundo, (2012) E-book. 164 páginas. 93-96 p.