Mauro Gaglietti

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Mauro Gaglietti
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Nome completo Mauro Gaglietti
Nascimento 1 de março de 1961
Local Caxias do Sul (RS)
Ocupação professor

Mauro Gaglietti nasceu no dia 1 de março de 1961, em Caxias do Sul (RS), filho de Nelson Gaglietti e Geny Ida Gaglietti.

Biografia

Pontual! Nasci às seis horas, na fria manhã no dia 1º de março de 1961, em Caxias do Sul (RS). Sou filho de Nelson Gaglietti e Geny Ida Gaglietti. Meu irmão chama-se Charles André Gaglietti. Fui casado, por 24 anos, com a professora Dra. Márcia Helena Saldanha Barbosa (UPF), estando, agora, casado, há cinco anos, com a advogada Natália Formagini Gaglietti. Fui professor na UPF até setembro de 2007, e, desde janeiro de 2008, atuo na Imed. Tornei-me professor e pesquisador no mestrado em Direito na URI em Santo Ângelo (RS) em 2006.

Meu pai era pedreiro, assim como meu avô e bisavô; minha mãe, dona de casa. Estudaram até a quarta série do ensino primário. Eventualmente, liam jornais e revistas; livros, pouco. Confesso que fui leitor comum de uma pequena família que sempre teve o mínimo necessário para viver, residente num bairro católico, de filhos e netos de italianos, que trabalhavam muito, ouviam rádio, assistiam à televisão e prezavam os encontros sociais. As famílias do bairro, nos anos de 1970, apreciavam festas, fazer marmelada, carnear coletivamente um porco, assistir à novela das oito, e, principalmente, ir à missa, onde lia-se publicamente a palavra sagrada. Era comum o livro religioso nas residências. Era manuseado por várias mãos e lido repetidas vezes. Lia-se em voz alta, para toda a família. Escutar isso dava a impressão de que se estava adentrando no campo da verdade. Nos anos 1960 e 1970, os poucos livros que existiam eram lid os diversas vezes e de forma coletiva.

Nos encontros familiares, havia uma mistura, envolvendo os parentes que moravam em diferentes regiões da cidade e os nossos vizinhos. O que mais me atraía, durante essas reuniões, eram as conversas dos adultos em dialeto italiano, tão difícil de entender do que a ?outra língua?, falada pela professora na escola, pelos colegas e demais professores. Da mesma forma, nos programas de televisão, em especial no Jornal Nacional, não se encontravam muitas respostas. Eu ficava horas em frente à TV, assistindo ao noticioso e, de novo, não entendia nada. O horário eleitoral, nos anos 1970, era acompanhado em família, havia comentários e, depois do telejornal, exibia-se a novela, o melhor dentre todos os momentos. No tempo da minha infância, o futebol misturava-se à política, a julgar pelas minhas lembranças. Tanto que eu costumava associar o MDB ao Flamengo e a Arena ao Juventude, adversário do primeiro time. As eleições, naquela década, para algumas prefeituras do país, eram percebidas por mim como um campeonato de futebol. Lembro-me que os candidatos, no horário eleitoral, não falavam. Apenas as suas fotos eram mostradas na tela e o respectivo currículo, lido por uma voz diferente, estranha, parecendo até uma voz de outro mundo. Na escola, discutia-se com os colegas as preferências futebolísticas e políticas. Grupos se formavam, em função, também, dos assuntos que tratavam, e as diferentes posições dentro de cada facção era o que animava as acaloradas discussões.

Na infância, brinquei muito, na maior parte do tempo sozinho, inspirado em filmes de ação e desenhos. Quando surgiu a escola em minha vida, comecei a andar sempre com os colegas e os amigos do bairro. As brincadeiras variavam de acordo com as estações do ano. Que frio que fazia na região da Serra! Nos anos 1960 e 1970, nevava todos os invernos e, muitas vezes, a nevasca fechava as escolas. Sem aulas e em casa o dia inteiro, nessas oportunidades, adorava fazer bonecos de neve e transformar grãos de feijão em olhos, boca, nariz e orelhas. Nos dias de sol, o que eu mais gostava de fazer era jogar futebol durante tardes inteiras, andar de bicicleta, colecionar figurinhas até completar o álbum, brincar de mocinho-ou-bandido e de esconde-esconde. Essa foi a época em que o homem pisou na Lua... (tem muito mais coisas para contar... quer saber mais?).

Pode ser que, a julgar pelo exposto até aqui, não tenha conseguido fazer propriamente uma leitura do início da minha história pessoal. Não acredito que a minha história siga a lógica de um texto escrito. Ora, o fato de se ler uma vida carregada de emoções e significados que não se sabe ao certo se aconteceram realmente para serem lidas, introduz um viés fundamental. Ler uma trajetória como se se tratasse de um discurso, como alguma coisa de que se pode dar uma formulação algébrica, parece-me produzir nela uma alteração essencial. Convido, assim, aos interessados em meus dados biográficos, com detalhes das instituições e empresas onde já atuei, bem como os cargos, as funções e, sobretudo, os fatos que marcaram minha vida (antes e após ter cursado doutorado em História na PUCRS, mestrado em Ciência Política na UFRGS, especialização em História do Brasil e a graduação em Licenciatura em História na UFSM), a acessarem o site Facebook ou o Projeto Passo Fundo. Além disso, tudo o que escrevi ? ou quase tudo ? está registrado no meu currículo online, no site da Plataforma Lattes, disponível em: . As ações sociais em que me envolvi nos últimos tempos podem ser acessadas junto aos seguintes blogs: e . Acrescente-se a tudo isso que os pensamentos postos no papel são apenas pegadas de um caminhante na areia. Assim, posso ver o caminho que ele percorreu, mas, para saber o que viu, precisei usar os meus próprios olhos. Resisti muito às opiniões sobre as coisas. Quando as próprias coisas se alinhavam, minha resistência se encantou. Petrificadas, em imagens, as ideias ficaram, permaneceram como uma pedra no sapato, incomodando...


Títulos, prêmios e honrarias

Membro da APLetras

Obras

Conteúdos de seu acervo

Imagens

2019 - Por que as crianças não vêm com manual?
2006 - Envelhecimento humano
2007 - Dyonélio Machado e Raul Pilla
2007 - Ratos de biblioteca

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Referências

  1. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas
  2. GAGLIETTI, Mauro; SIKORA, Alessandra R; BELLINI, Arléia. (2019) Por que as crianças não vêm com manual? -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 136 páginas. E-book