Jurandyr Algarve
Jurandyr Algarve | |
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Nome completo | Jurandyr Algarve |
Ocupação | advogado |
Jurandyr Algarve nasceu no dia 13 de outubro de 1917 em Laguna, Santa Catarina, filho de Eurico Bernardes Algarve e Basílica de Oliveira Algarve, e faleceu em 13 de julho de 2001;
Biografia
Jurandir levou uma vida nômade. Vivia de um lado para outro. Não costumava parar num lugar muito tempo. Foi um grande aventureiro. Somente depois de casado conseguiu fixar-se em Passo Fundo. Orgulha-se de ser Catarinense. Nasceu na histórica Laguna, em 13 de outubro de 1917. onde passou os primeiros anos de sua vida. (SANTOS, Sabino R. (1963). Pag 51)[1]
Jurandyr Algarve, advogado, professor, segundo filho de Eurico Bernardes Algarve e Basílica de Oliveira Algarve, nasceu em Laguna, Santa Catarina, no dia 13 de outubro de 1917, e faleceu em 13 de julho de 2001, tendo concluído seus estudos, anteriormente ao ingresso no curso de Ciências Jurídicas e Sociais, no Instituto Educacional de Passo Fundo. Colou grau em fevereiro de 1959, como bacharel em Direito, na UFRGS. Após formado iniciando sua carreira como advogado, continuou desempenhando sua função como funcionário público municipal por mais alguns anos, tendo, inclusive, exercido o cargo de secretário do município, por mais de uma vez, e diretor do ensino municipal.
Foi homenageado pela Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção de Passo Fundo, como Advogado Exemplar, destaque 1993, oportunidade em que esteve presente o falecido deputado federal Jorge Alberto Mendes Ribeiro, que também prestou a sua homenagem. Sua inscrição na OAB/RS era 2309, uma das mais antigas entre os colegas ainda vivos, tendo exercido a advocacia, em todas as áreas do Direito. No início da carreira atuou em diversos júris, inclusive como defensor dativo. Em meados do ano de 1999, pela gravidade de sua enfermidade, viu-se obrigado a deixar de exercer sua profissão.
Foi professor universitário, jubilado pela UPF, tendo lecionado na Faculdade de Direito local, Direito de Família e Sucessão, e Direito das Obrigações, ocasião em que participou de vários seminários, integrando a mesa organizadora, e deslocando-se com alguns de seus alunos ao domicílio dos conferencistas, a fim de convida-los para os eventos. Participou da Diretoria da OAB/RS, Subseção de Passo Fundo, por duas gestões. Autor de publicações editadas em revistas jurídicas, tais como a Revista dos Tribunais, a Revista Forense e a Revista Síntese, sendo mencionado, ainda, na obra jurídica de Francisco José Cahali, "União Estável e Alimentos entre Companheiros". Enquanto advogado, teve muitas de suas causas citadas em acórdãos, em diversas revistas jurídicas, entre elas, RT, RF, RTJRGS.
Foi membro da Academia Passo-Fundense de Letras, por vários anos, tendo, como patrono, Arthur Ferreira Filho. E de sua autoria o romance intitulado "Marta", publicado em 1947, influenciando seu neto mais velho, Luís Marcelo Algarve, a concorrer a uma cadeira na digna APL.
Foi pai e avô querido e admirado pelos sete filhos, três enteados e dezoito netos.
O Dr. Jurandyr Algarve permaneceu em plena atividade até o ano de 1999, quando teve que deixar a vida jurídica para tratar de uma enfermidade que o consumia cotidianamente. Ocupava o seu dia da melhor maneira possível, vivendo entre o escritório e a biblioteca de casa. Preparava no momento um material de reminiscências da vida profissional, com algumas críticas ao comportamento jurídico.
Vasculhando os arquivos do jornal Res Publicae, do Diretório Acadêmico João Carlos Machado, da Faculdade de Direito da UPF, encontramos uma entrevista inédita realizada pelo jornal, em 1999, com o professor Jurandyr, onde ele afirmara que a dedicação à pesquisa é a alma do estudioso do direito, e que a verdadeira pesquisa jurídica ficou em segundo plano
Até meados do século XX, nos anos 40 e 50, encontramos apenas dois romancistas em Passo Fundo : Jurandir Algarve, autor de um único romance, Marta (1947); e Jorge Edeth Cafruni, também com um único romance impresso, Irapuã (1955) e Irapuã (1962). A maioria dos escritores passo-fundenses não é de nativos, mas de pessoas que adotaram o município. É o caso de Cafruni e de Algarve. Este casou com uma passo-fundense, deixando gerações de descendentes que contribuem para a prosperidade de Passo Fundo. (Paulo Domingos da Silva Monteiro, 2003)[2]
Títulos, prêmios e honrarias
Membro da APLetras
- 1961 - Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 21 [3] (SANTOS, Sabino R. (1965). pg.30-33-34-36-37)[4]
Conteúdos de seu acervo
Conteúdos relacionados
- 1947 - Marta
Referências
- ↑ SANTOS, Sabino R. (1963). Os Imortais de Passo Fundo. -Passo Fundo: NI. 86 páginas Fragmento Digitalizado.
- ↑ Dois romancistas passo-fundenses - Em 31/12/2003, por Paulo Domingos da Silva Monteiro
- ↑ Relação de Acadêmicos e Patronos da APLetras - Em 11/05/2008, por Santina Rodrigues Dal Paz
- ↑ SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. -Passo Fundo: NI. 80 páginas Digitalizado