Getúlio Vargas Zauza

From ProjetoPF
Revision as of 19:28, 26 April 2023 by Projetopf (talk | contribs) (→‎Obras)
(diff) ← Older revision | Latest revision (diff) | Newer revision → (diff)
Jump to navigation Jump to search
Getúlio Vargas Zauza
Getúlio Vargas Zauza.jpg
Nome completo Getúlio Vargas Zauza
Nascimento 28 de dezembro de 1929
Local Santiago / RS
Ocupação psicólogo

Getúlio Vargas Zauza Nascido em Santiago, zona rural, em 28 de dezembro de 1929,filho de João Batista Zauza Filho e Outubrina Vargas Zauza, casado com a professora Aiesa Magali Sousa Zauza.

Biografia

Nasci em Santiago, zona rural, em 28 de dezembro de 1929, domingo, às quatro da madrugada. Meus pais são João Batista Zauza Filho e Outubrina Vargas Zauza. Aos sete anos, fui matriculado na escola em que meu pai era professor. Era o tempo em que se escrevia sobre uma lâmina de ardósia (lousa) com um estilete do mesmo material. Usavam a palmatória (uma peça feita de madeira formada com uma espécie de roda com doze furos e um cabo) para corrigir as faltas dos alunos. Meu pai nunca batia ele mesmo na palma da mão do faltoso. Quando necessário, escolhia um dos alunos bem comportados para aplicar a corrigenda. Evidentemente, era só de efeito moral, ninguém batia forte. Um dia, talvez por conversar de mais, a mim foi aplicado o castigo (bolo, assim o chamavam). Isso foi mais ou menos aos dois meses de aula. Terminada a aula fomos todos para casa. Eu nunca mais voltei para a escola. Tampouco ninguém me mandou voltar.

A partir desse momento, sempre me empenhei em aprender a ler, escrever, decorar a tabuada. Para isso, sem pedir auxílio, precisei cinco anos de esforço. Aos doze anos, apoiado por minha mãe, fui estudar na cidade. Matriculei-me no Grupo Escolar Apolinário Porto Alegre, onde declarei meu método de aprendizado, mesmo assim avaliaram-me e entrei no 2º ano do primário. No seguinte semestre, eu e mais dois fomos promovidos para o 3º ano por nossas excelentes notas.

No fim do ano, não pude prestar exames por ter sido acometido de tifo. Como, por sorte, consegui me salvar, voltei ao colégio no ano seguinte, devendo repetir o terceiro ano. No primeiro dia de aula, estava eu na fila aguardando a entrada (era assim naquele tempo), a professora perguntou-me porque estava ali. Expliquei-lhe o motivo. Então ela conduziu-me ao gabinete da diretora e disse que eu deveria frequentar o quarto ano, pois era um bom aluno e que ela assumia a responsabilidade de eu poder acompanhar bem as tarefas de aprendizado daquele nível. Assim é que em três anos conclui o curso primário, com quinze anos.

Como eu havia recebido a promessa de ser encaminhado ao Rio de Janeiro, quando meu irmão Tito João, 2º tenente do exército, retornasse da Itália, se retornasse, pois era combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB), fiquei na cidade trabalhando numa fábrica de bebidas, ao mesmo tempo em que, à noite, assistia aulas num curso de madureza (supletivo de lº grau).

Como meu pai não tinha mais nenhum filho em casa, voltei para auxiliá-lo na administração e execução das tarefas. Ao terminar a Segunda Guerra Mundial, meu irmão retornou e segui com ele para o Rio de Janeiro, onde fiquei até junho de 1946, quando ingressei como soldado, aos 16 anos, na Força Aérea Brasileira. Em 1947, prestei exame de admissão à Escola Técnica de Aviação em São Paulo. Lá, estive até o fim de 1949, quando conclui estudos de eletrônica. Voltei ao Rio no início de 1950. Trabalhei até 1956 no Laboratório de Pesquisa e Padronização, com projetos e certificação de qualidade de equipamentos. Nesse mesmo ano, fui transferido para o Rio Grande do Sul. Em 1957, prestei vestibular para História Natural. Durante o curso, fui presidente da entidade estudantil Centro de Pesquisas Hermann Van Hiering. Durante a gestão, criei a Semana Científico-Didática, de apresentação de trabalhos de iniciação científica, tanto de laboratório como bibliográficos, após avaliados por professores da PUCRGS e da Ufrgs. Em 1958, criei a Semana de Divulgação Científica, destinada aos universitários e ao público em geral. Depois, ingressei no Curso de Formação de Psicólogo, que, na época, era de nível de pós-graduação, com a duração de três anos, recebendo o grau de psicólogo em 18 de dezembro de 1963.

Em 1964, iniciei a atividade profissional, tendo como prioridade a clínica, embora tenha também trabalhado com psicologia organizacional e escolar. Ainda nesse ano, fui trabalhar como voluntário no Instituto Santa Luzia (das Irmãs de São Vicente de Paulo), de educação de deficientes visuais, onde permaneci até 1973, colaborando na Psicologia Escolar, Clínica e na Pedagogia. Meu principal trabalho era a elaboração de um projeto inovador para a educação musical das crianças da pré-escola à quarta série, cujos resultados foram apresentados no Congresso para Educação de Deficientes Visuais, em Curitiba (PR). Em Passo Fundo, além de exercer a clínica, organizei e coordenei por nove anos a equipe técnica da Escola Som Só do Amanhã da Apae. De 1975 a 1983, desenvolvi projetos de assistência psicopedagógica a professoras e crianças das séries iniciais com dificuldade de aprendizagem. Atualmente, exerço apenas a psicoterapia de adultos e excepcionalmente de adolescentes. Também colaborei com artigos sobre psicologia, educação e política (teoria) no jornal O Nacional. Publiquei o livro de poemas Cânticos de amor à vida, em 1984. Sou membro ativo da APLetras. Brevemente, lançarei um livro de poemas: Solidão e dor, inspirado em sofrimentos de pacientes. Ainda na PUCRGS, fui por dez anos professor assistente da cadeira de Fisiologia Vegetal. Na UPF, lecionei Psicologia da Educação durante o ano de 1974. Colaborei como psicólogo nas Apaes de Carazinho e Não-Me-Toque por vários anos.

Títulos, prêmios e honrarias

Membro da APLetras

  • 1986- Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 16 [1] (LECH, Osvandré LC. (2013). pg.30)[2]
  • 1986 - Eleito Presidente da APLetras (LECH, Osvandré LC. (2013). pg.40-41)[2]

Obras

Conteúdos de seu acervo

Imagens

1984 - Cânticos do amor à vida
2008 - Divã: lágrimas e libertação
2009 - Energia Psíquica e Psicoterapia Objetiva: Teoria e prática
2011 - Solidão e Dor
2013 - Método de estudo

Conteúdos relacionados

  • 2001 - Passo Fundo Nome Próprio Feminino, Biografias (SILVA, Geraldo C, COSTAMILAN Selma. (2001). pg.18 Aiesa Magali Sousa Zauza)[10] -

Referências

  1. Relação de Acadêmicos e Patronos da APLetras - Em 11/05/2008, por Santina Rodrigues Dal Paz
  2. 2.0 2.1 LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas
  3. ZAUZA, Getúlio V. (1984) Cânticos do amor à vida -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2011. 68 páginas. E-book
  4. ZAUZA, Getúlio V. (2008) Divã: lágrimas e libertação -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2011. 84 páginas. E-book
  5. ZAUZA, Getúlio V. (2009) Energia Psíquica e Psicoterapia Objetiva: Teoria e prática -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2011. 110 páginas. E-book
  6. ZAUZA, Getúlio V. (2011) Solidão e Dor -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 142 páginas. E-book
  7. ZAUZA, Getúlio V. (2013) Método de estudo -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 44 páginas. E-book
  8. ZAUZA, Getúlio V. (2023) Artigos Getúlio Vargas Zauza -Passo Fundo: 287 páginas. PDF
  9. ZAUZA, Getúlio V. (2023) Poesias Getúlio Vargas Zauza -Passo Fundo: 161 páginas. PDF
  10. SILVA, Geraldo C, COSTAMILAN Selma. (2001). Passo Fundo Nome Próprio Feminino. -Passo Fundo: Tittos Arte Gráfica. 276 páginas Digitalizado