Praça Tamandaré

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Praça Tamandaré
Praça Tamandaré Foto: 1916 Desconhecido[1]
Nome Praça Tamandaré
Data 06 de março de 1865
Local Praça do Tamandaré

Praça Tamandaré Em 1913 o Intendente Municipal Coronel Pedro Lopes de Oliveira denominou-a de Praça Tamandaré. Mesmo assim, por muitos anos, a população continuou chamando-a de Praça da Igreja. Nesse mesmo ano iniciou-se a arborização do local com a plantação de bambus e árvores nativas.

Histórico

Em 1892 foi inaugurada a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição Imaculada, na Rua Uruguai. Idealizada desde 1863, o projeto do templo ficou vários anos arquivado, mas finalmente naquele ano abriu suas portas aos fiéis. Defronte a igreja, um terreno amplo servia para que os passo-fundenses se reunissem a aguardar as missas. Foi então que o Poder Público resolveu dar ao local a forma de uma praça. Assim, ficou conhecida como Praça da Igreja. Com o imponente templo ao seu lado, o logradouro passou a ser a primeira praça do recém criado Município de Passo Fundo, pois até 1891, ainda se chamava Vila de Passo Fundo.

Em 1913 o Intendente Municipal Coronel Pedro Lopes de Oliveira denominou-a de Praça Tamandaré. Mesmo assim, por muitos anos, a população continuou chamando-a de Praça da Igreja. Nesse mesmo ano iniciou-se a arborização do local com a plantação de bambus e árvores nativas. Foi em 1916, ainda sob o governo do Coronel Pedro Lopes de Oliveira, que foram plantados os plátanos, que hoje frondosos, cercam o local, emoldurando com rara beleza a quase centenária Praça Tamandaré.

Na gestão do Intendente Armando Araújo Annes, em 1925, a Prefeitura Municipal iniciou um trabalho mais contundente para transformação e embelezamento da praça. Foi construído um quiosque, que através de concorrência pública escolheu seu ecônomo. O quiosque, além do tradicional café, possuía barbearia e engraxateria. Ficou sendo o ponto de encontro dos passo-fundenses aos domingos. Na mesma época foi inaugurada profusa iluminação elétrica, deixando a mais assimétrica praça da cidade ainda mais bela, alegre e segura. Suas vias de passagem foram calçadas com revestimento de mosaico. Anos mais tarde o quiosque foi demolido, deixando mais espaço à seus freqüentadores.

O belíssimo monumento que embeleza a parte central da Praça Tamandaré foi o primeiro construído em Passo Fundo. Trata-se do busto do Coronel Gervásio Annes, uma figura importante e antológica do meio político da cidade. Foi Intendente Municipal entre 1896 e 1908, chefe do Partido Conservador, depois Partido Republicano e chefe revolucionário na Revolução Federalista de 1893, ao lado dos legalistas. O Coronel Gervásio faleceu no dia 4 de abril de 1917. Seus amigos e correligionários, pertencentes ao Clube Pinheiro Machado, tendo a frente o Senhor Júlio Edolo de Carvalho, presidente da Comissão Promotora da Homenagem à Gervásio Annes, angariaram fundos para a construção do monumento.

Foram quase cinco anos de trabalho do escultor Pinto do Couto, que residia no Rio de Janeiro, para confecção da espetacular obra de arte. O busto do Coronel Gervásio, talhado em bronze, foi inaugurado na Praça Tamandaré, no dia 27 de fevereiro de 1920. O inflamado discurso na inauguração do monumento foi proferido pelo historiador e Presidente do Grêmio Literário Passo-fundense, Francisco Antonino Xavier e Oliveira.

Desde aquela época até os dias atuais as pessoas fazem a mesma pergunta: Por que o monumento está virado de costas para a igreja? Uma das respostas dos historiadores é a de que na época havia um confronto entre a Igreja Católica e a Maçonaria, por questões ideológicas e de poder. Sendo o Coronel Gervásio membro da Maçonaria, bem como as pessoas que mandaram erigir o monumento, assim ficou determinado.

Por volta de 1943, o Prefeito Interino Moacir Índio da Costa queria mudar o busto para a Avenida Brasil, defronte ao Paço Municipal. A idéia, porém, não foi adiante.

Desde o ano 2000, um grupo de moradores das proximidades da praça criaram a Associação dos Amigos da Praça Tamandaré. A entidade, sem fins lucrativos e decretada como de utilidade pública, busca diuturnamente junto ao Poder Público recursos para a revitalização, embelezamento e segurança da Praça Tamandaré, de vital importância como ponto turístico e de lazer e a mais freqüentada de Passo Fundo.

Praça do Tamandaré

  • 1865 - Ata de 1865 - A que lhe fica mais próxima - Praça do Tamandare - Fragmentos da Ata registrada no Copiador Oficial: Ofícios e Ordens pela Câmara Municipal da Vila de Passo Fundo (1857 - 1867), copiada do livro.

Praça da Igreja

  • 1892 - Denominação popular. Defronte a igreja, um terreno amplo servia para que os passo-fundenses se reunissem a aguardar as missas.

Cancha de Futebol

  • 1906 - Entre 1906 e 1910 este foi o local onde se começou a jogar futebol na cidade. (Scherer)[2]

Praça Tamandaré

  • 1913 - Ato de 1913 203 - Art. 1 – Passarão a denominar-se: Praça Tamandaré – entre as rua do Uruguay, Paissandú, dr. Marcelino e Teixeira Soares.

Associação dos Amigos da Praça Tamandaré

  • 2000 - Decreto de 2000 111[3] - Art. 1º Fica declarada de Utilidade Pública, a ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA PRAÇA TAMANDARÉ, pessoa jurídica, inscrita no CNPJ sob nº 04.064.719/0001-47, sem fins lucrativos, situada à Rua Quinze de Novembro, 525, nesta cidade de Passo Fundo, Estado do Rio Grande do Sul.

Títulos, prêmios e honrarias

Conteúdos de seu acervo

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Referências

  1. 1916 - Cidade de Passo Fundo. Vista parcial. Pespectiva da Praça Tamandaré ao centro. Foto obtida da Igreja Matriz Nossa Sra. da Conceição. À direita, a "Casa dos Padres", canônica da matriz Nossa Sra. da Conceição, demolida em 1995. Aproximadamente neste ponto (encontro das Ruas Paissandu e Teixeira Soares), o Cabo Neves iniciou a cidade de Passo Fundo no final do ano de 1827 ou no início do ano de 1828. - Passo Fundo: memória e fotografia, 1999, Página 18
  2. «1906 - Cancha da Praça Tamandaré)». site do Futebol de Passo Fundo
  3. «Decreto 2000 111 de Passo Fundo RS». leismunicipais.com.br.
  4. NASCIMENTO, Welci. (2005). As Ruas de Passo Fundo do Século XIX -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. E-book (2014) 136 páginas 101-105 pg.