Celso da Cunha Fiori
Celso Fiori | |
---|---|
Nome completo | Celso da Cunha Fiori |
Nascimento | 19 de julho de 1905 |
Local | Pelotas/RS |
Morte | 2 de outubro de 1990 |
Local | Passo Fundo/RS |
Ocupação | advogado, professor |
Celso da Cunha Fiori nasceu em 19 de julho de 1905 em Pelotas, filho de Antonino Gentil Fiori e Leonídia da Cunha Fiori. Casou-se com Florinha com quem teve três filhos: Renan, Renato e Lúcia.
Biografia, Histórico
Celso Fiori foi advogado e professor.
De origem pobre e humilde, seus pais Antônio Gentil Fiori e Leonídia da Cunha Fiori, casaram em Pelotas, em 1904 e foram residir em Porto Alegre. Não havendo maternidade naquela época, o nascimento do primeiro e único filho do casal deu-se, segundo o costume, na casa dos avós maternos, em 19 de julho de 1905.
Após o nascimento, veio para Porto Alegre, onde se criou e realizou os primeiros estudos.
Mais tarde, sobrevindo um período de grande crise, aperturas e desemprego, seu pai ingressou na Viação Férrea, como modesto conferente, situação que levou a família a residir em diversos lugares do Estado, como Santa Maria, Pelotas, Carlos Barbosa e Bento Gonçalves.
No começo de sua vida, ainda menino, desempenhou as mais diferentes ocupações. Foi aprendiz de sapateiro em Pelotas, na sapataria de Pedro Cunha, e, mais tarde, aprendiz de alfaiate, na Alfaiataria Atilano.
Com algumas economias provenientes de seus ordenados, resolveu tirar um curso comercial, matriculando-se no Colégio Santo Antônio, dos Irmãos Maristas, em Garibaldi, onde diplomou-se guarda-livros em 1922.
No ano seguinte transferiu-se para Porto Alegre, onde se mantinha fazendo escritas comerciais e lecionando português e matemática para candidatos a vestibular na Faculdade de Engenharia e, deste modo, conseguindo tirar os “preparatórios” para ingressar no curso superior com o grande mestre irmão Weibert.
Entrou em contato com a poesia quando, em Santa Maria, esteve parando em casa de seu tio João Belém, grande poeta gaúcho, que acabava de publicar o magnífico livro de versos “Páginas Perdidas” e que repete até hoje de memória. Escolheu João Belém para patrono de sua cadeira na Academia Passo Fundense de Letras.
Enquanto fazia os preparatórios, em Porto Alegre, fez dois cursos de filosofia. Com o jesuíta Padre Werner aprendeu lógica e filosofia e com o professor Raul Bitencourt fez um curso completo de psicologia.
Com três coisas esteve sempre empenhado na vida: trabalho, estudo e futebol.
O esporte ocupava primeiro lugar e se a aula ou o trabalho coincidem com a hora de treinamento aquelas coisas ficavam para depois. E assim chegou a campeão porto-alegrense de futebol e foi titular da posição de centro médio, tanto do time da Faculdade de Direito como do escrete universitário.
Veio a Passo Fundo em 1926, jogando no F.C. Porto Alegre, primeiro clube da capital, que veio a esta cidade, e aqui veio radicar-se no ano seguinte.
Fundou a Liga Passo Fundense de Futebol e construiu o primeiro estádio nesta cidade, para o G.E. 14 de Julho, ao qual foi dado o seu nome - Estádio Dr. Celso da Cunha Fiori, próximo à ponte do Rio Passo Fundo, não mais existente.
Adotou Passo Fundo como sua terra e contribuiu através de vários empreendimentos, nos mais variados setores, auxiliando o progresso e desenvolvimento da cidade, que ajudou com a construção de edifícios. Entre outros, é de ressaltar o Edifício Morom em frente ao Banco do Brasil e o Edifício Fiori, onde foi colocado o primeiro elevador da cidade.
Outra obra que merece destaque pelo aspecto social é a construção do Turis Hotel e Cine-Pampa, majestosa obra, orgulho de Passo Fundo, por ele idealizada e realizada e na qual trabalhou durante dez anos sem remuneração.
Iniciou com alguns amigos as primeiras granjas de plantio de trigo e que serviram de modelo e fundou várias firmas comerciais e industriais, entre as quais é de ressaltar a fábrica de implementos agrários Mesegaz, Giavarina S.A.
Foi empregado n’O Nacional e manteve na rádio ZYF-5 um programa sob o título “Recordar é viver”, aos domingos de meio dia.
É um dos fundadores da Academia Passo Fundense de Letras, da qual foi o seu primeiro presidente e organizador. Também foi um dos membros fundadores do Instituto Histórico de Passo Fundo.
Ao lado de outros, fundou a Sociedade Pró-Universidade de Passo Fundo, cujos estatutos redigiu, e dirigiu todos os trabalhos para adaptação do prédio onde instalou-se a Faculdade de Direito, na qual foi professor da cadeira de Direito Comercial e Diretor. Constando assim como um dos fundadores da Universidade de Passo Fundo.
Recebeu a medalha Osvaldo Vergara da OAB Rio Grande do Sul.
Em 25 de junho de 1930, casou-se em Encruzilhada, com d. Florinha, com quem teve três filhos: Renan, Renato e Lúcia.
Faleceu em Passo Fundo, no dia 02 de outubro de 1990.
Títulos, prêmios e honrarias
- 1939 - Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 6[1]
- 1950 - Eleito Presidente da APLetras[2]
- 1950 - Eleito Presidente da APLetras[3]
- 1954 - Membro Fundador do IHPF[4]
Livros e publicações de sua autoria
Livros e publicações com sua participação
Conteúdos de seu acervo
Conteúdos relacionados
- 1963 - Os Imortais de Passo Fundo, biografias[5]
- 1975 - Anuário APLetras 1975, biografias[6]
- 2008 - Relação de Acadêmicos e Patronos da APLetras[7]
Referências
- ↑ SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. Passo Fundo: NI. 80 páginas. 38
- ↑ SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. Passo Fundo: NI. 80 páginas. 39
- ↑ LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 40-41
- ↑ CARVALHO, Djiovan V. (2019). Dar realidade a um ideal, Passo Fundo, Projeto Passo Fundo, 2019. 92p. E-book, P. 80
- ↑ SANTOS, Sabino R. (1963). Os Imortais de Passo Fundo. Passo Fundo: NI. 74 páginas
- ↑ SANTOS, Sabino R. (1975). Anuário APLetras 1975. Passo Fundo: Berthier. 70 páginas. 7 - 65 Fragmento
- ↑ «Relação de Acadêmicos e Patronos da APLetras». - WikiName - Santina Rodrigues Dal Paz - projetopassofundo.wiki.br.