Carlos de Danilo Quadros

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Carlos de Danilo Quadros
Carlos de Danilo Quadros.jpg
Nome completo Carlos de Danilo Quadros
Nascimento 19 de janeiro de 1922
Local Passo Fundo/RS
Morte 9 de janeiro de 2005
Local
Ocupação

Carlos de Danilo Quadros nasceu em Passo Fundo, no dia 19 de janeiro de 1922, filho de Álvaro Schell de Quadros e Genny Leite de Quadros, casado com Maria Josephina Gonçalves Prado, tiveram três filhas: Maria Terezinha, Sheila de Lourdes e Helena Maria.

Biografia

Avião pousa no campo do Sport Club Gaúcho Foto: 1942 Armando Czamanski

Carlos de Danilo Quadros integrava o Grêmio Passo-Fundense de Letras. Participou da histórica assembleia que transformou aquele Grêmio na atual Academia Passo-Fundense de Letras. Sua cadeira era a de número 37 e seu patrono, o jornalista Assis Chateaubriand.

Danilo Quadros, como era mais conhecido, nasceu em Passo Fundo, no dia 19 de janeiro de 1922, filho de Álvaro Schell de Quadros e Genny Leite de Quadros. Viveu sua infância e adolescência no Boqueirão, em Passo Fundo. Iniciou seus estudos no Grupo Escolar “Fagundes dos Reis”. Estudou, também, no então Grupo Escolar Protásio Alves e no Colégio Conceição, no turno da tarde, porque pela manhã trabalhava no 2º Cartório de Notas do sr. Honorino Malheiros. Isso nos idos de 1936, com apenas 14 anos de idade.

No cartório, graças à dedicação do funcionário Jerônimo Marques, funcionário do Cartório, aprendeu datilografia; na escola fez vários amigos, entre eles Leonel de Moura Brizola. A amizade se consolidou com o tempo e perdurou durante a existência de ambos. Desde menino começou a sonhar com o jorna- lismo, profissão que passou a conhecer em 1937, no jornal ‘O NACIONAL’, onde ingressou em 6 de setembro. Iniciou como cobrador e, depois, passou a repórter. Em 1941, a convite do coronel Arthur Ferreira Filho, foi trabalhar na Prefeitura Municipal de Passo Fundo.

Em 1942, consorciou-se com Maria Josephina Gonçalves Prado a quem dedicou seu amor até o final da vida. Tiveram três filhas: Maria Terezinha, Sheila de Lourdes e Helena Maria.

Taça Bardahl das Mil Milhas Foto: 1961 Deoclides Mario Czamanski

Como funcionário público trabalhou no antigo Instituto Nacional do Pinho, onde ingressou em 1948, como Chefe do Serviço do Rio Uruguai para o setor madeireiro, com sede em Chapecó. Começou aí a luta pela construção da ponte sobre o Rio Uruguai em Goio-Em, que uniria Santa Catarina e Rio Grande do Sul, na rodovia que ainda passa por Passo Fundo. Havia outra corrente poderosa que pretendia a construção dessa mesma ponte, no local denominado Praia Bonita, no sentido Chapecó-Erexim, isolando Passo Fundo. Na antiga Autarquia chegou a exercer as elevadas funções de Delegado Regional do Instituto Nacional do Pinho, com sede em Porto Alegre.

Na política, integrou as hostes do PTB, como bom getulista que era. Foi eleito vereador em Passo Fundo, em 1960.

Foi no jornalismo, no entanto, que se realizou plenamente e prestou inestimáveis serviços às coletividades passo-fundense, gaúcha e brasileira.

Sua paixão pelo trabalho nos meios de comunicação era a essência da sua vida profissional. Em 1945 fundou, em Passo Fundo, o “Diário da Tarde”, órgão de cunho informativo e político, mais tarde transformado em vespertino anticomunista e de orientação católica. Nessa mesma época, graças a seu trabalho e orientação, foi criada a Associação dos Jornalistas de Passo Fundo, mais tarde transformada em Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Passo Fundo, primeira entidade do gênero no interior do Brasil. A “carta constitutiva” para o funcionamento legal do sindicato foi entregue pessoalmente pelo dr. João Goulart, Vice-Presidente da República, de quem o jornalista era amigo, em 20 de outubro de 1957. Na ocasião, o Ministro do Trabalho, Persival Barroso, fez a solene entrega da medalha de “Honra ao Mérito!” ao Jornalista Danilo Quadros, pelos relevantes serviços prestados à classe.

Em 1950, fundou e dirigiu, em Chapecó, o “Jornal do Povo”. No ano seguinte passou a colaborar com o “Diário de Notícias” de Porto Alegre, onde se destacou pela reportagem que denunciava a interferência de militares argentinos em solo pátrio, de ampla repercussão nacional. Igualmente célebres foram as entrevistas com Getúlio Vargas, no tempo de retiro do ilustre brasileiro na fazenda do Itu, em São Borja. Participou, como integrante da imprensa brasileira, de vários congressos nacionais e internacionais, entre eles o de Chicago.

Como representante do jornalismo do sul do país, foi contemplado com bolsa de estudos de 90 dias, nos Esta- dos Unidos, em 1960. Durante o curso foi convidado e integrou a comitiva de jornalistas americanos e internacionais que cobriram a entrevista coletiva do Presidente Dwigt Eisenhower. Foi, também, entrevistado pela “A voz da América”, onde discorreu sobre assuntos brasileiros e sobre a repercussão da visita de Eisenhower ao Brasil . Em 1953, fundou, em Porto Alegre, a “sucursal dos jornais sulinos” e, em 1955, em Passo Fundo, a “sucursal dos Diários Associados”.

Trabalhou, como repórter, no “Diário de Notícias” de Porto Alegre e na Televisão Piratini e, como redator, na sucursal da Agência Nacional, no Rio Grande do Sul.

Além do sindicato dos Jornalistas Profissionais de Passo Fundo, integrou a Associação Brasileira de Imprensa, a Academia Brasileira de Jornalistas e a Academia Brasileira de Jornalismo, na qualidade de titular da Cadeira nº 8. Em 1983, tomou posse como confrade efetivo na Ordem dos Jornalistas do Brasil, sucessora da Ordem dos Velhos Jornalistas do Brasil, com sede no Rio de Janeiro, que tem como atribuição, entre outras, a de escolher os profissionais merecedores da medalha “Mérito Jornalístico”.

Por onde passou, deixou sua marca indelével de divulgador de notícias de excepcional capacidade, de cidadão digno e de homem que veiculava os acontecimentos de sua época com prudência e responsabilidade...

Recebeu reconhecimento e gratidão nos lugares em que trabalhou. Pelo significado, destacamos a homenagem que lhe prestou a Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre, em 3 de outubro de 1977, quando completava 40 cunstâncias diversas, teve a oportunidade de estar próximo do poder e de ser amigo dos poderosos do seu tempo. Jamais usou da amizade e da sua influência em benefício próprio. Sempre propugnou pelas causas mais importantes da comunidade, especialmente de sua terra natal.  Por tudo isso e por muito mais que aqui não vai transcrito, Carlos de Danilo Quadros foi um homem que honrou Passo Fundo e a Academia Passo-Fundense de Letras. Deixou-nos em 9 de janeiro de 2005.

É por causa de confrades como ele que a nossa Academia consegue manter-se, ininterruptamente, viva e ativa por mais de 72 anos.

CARLOS DE DANILO QUADROS- Vereador na 4ª Legislatura, 31/12/1959 a 31/12/1963;

Nasceu em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, dia 19 de janeiro de 1922. Formado em Jornalismo pela Empresa Brasileira de Notícias- Agência Nacional, exerceu a profissão de Jornalista.

Eleito pelo Partido trabalhista Brasileiro para a 4ª Legislatura. Foi membro titular da Comissão de Orçamento e tomada de Contas e da Comissão de Obras Públicas e Nomenclatura de Ruas.

Foto: Foto registra o pouso do primeiro avião em Passo Fundo, em 1942. O aviador passo-fundense, radicado no Rio de Janeiro, Ruy Della Méa, saiu do Rio de Janeiro em direção à Porto Alegre. Deixou Florianópolis e pousou em Passo Fundo, para reabastecimento, para depois seguir viagem. O pouso foi efetuado no campo do Sport Club Gaúcho, na Vila Vergueiro. Uma multidão encontrava-se no local, incluindo autoridades. No flagrante o jornalista Múcio de Castro (terno escuro) ao lado do também jornalista Carlos De Danilo Quadros(paletó branco) e uma multidão de curiosos. (Arquivo de Marco Antonio Damian)

Títulos, prêmios e honrarias

Livros e publicações de sua autoria

Livros e publicações com sua participação

Conteúdos de seu acervo

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Referências

  1. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 46
  2. SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. -Passo Fundo: NI. 80 páginas Digitalizado. p.37
  3. SANTOS, Sabino R. (1963). Os Imortais de Passo Fundo. -Passo Fundo: NI. 86 páginas Fragmento Digitalizado. p.25