Difference between revisions of "Seara Velha"

From ProjetoPF
Jump to navigation Jump to search
(Created page with "{| class="wikitable" style="float: right; margin-left: 20px; margin-top: -5px; width=100%" |+ |- ! colspan="2" style="text-align:center;" |Titulo |- align="center" | colsp...")
 
(Inserir referencia)
Line 4: Line 4:
|-
|-


! colspan="2" style="text-align:center;" |Titulo
! colspan="2" style="text-align:center;" |Seara Velha


|- align="center"
|- align="center"


| colspan="2" |Capa
| colspan="2" |[[File:Seara Velha.jpg|center|thumb|[https://projetopassofundo.wiki.br/images/5/5e/Seara_Velha_digitado.pdf Downloads]  Transcrito  -  [https://projetopassofundo.wiki.br/images/6/68/Seara_Velha.pdf Downloads]  Digitalizado]]


|-
|-
Line 18: Line 18:
|Autor
|Autor


|
|[[Francisco Antonino Xavier e Oliveira|Francisco Antonino Xavier]]
[[Francisco Antonino Xavier e Oliveira|e Oliveira]]


|-
|-
Line 24: Line 25:
|Título
|Título


|
|Seara Velha
 
|-
 
|Subtítulo
 
|


|-
|-
Line 36: Line 31:
|Assunto
|Assunto


|
|História


|-
|-
Line 42: Line 37:
|Formato
|Formato


|E-book (formato PDF)
|Digitalizado (formato PDF)


|-
|-
Line 48: Line 43:
|Editora
|Editora


|Projeto Passo Fundo
|Tipografia Independência


|-
|-
Line 54: Line 49:
|Publicação
|Publicação


|
|1932


|-
|-
Line 60: Line 55:
|Páginas
|Páginas


|
|76


|-
|-
Line 66: Line 61:
|ISBN
|ISBN


|
|N I


|-
|-
Line 72: Line 67:
|Impresso
|Impresso


|Formato
|Formato 21 cm


|-
|-
Line 78: Line 73:
|Editora
|Editora


|
|Tipografia Independência


|-
|-
Line 84: Line 79:
|Publicação
|Publicação


|
|1932


|}
|}


'''Seara Velha'''
'''Seara Velha''' Era corrente, nos ultimos dias do Imperio, que, no cruzamento das atuais ruas Moron e Quinze de Novembro, nesta cidade, então vila, jazia enterrada uma panela de dinheiro... Provas disso, na crença popular, eram, de um lado, a espessa moita de capim Santa Fé que lá existia; e de outro, a versão de que no logar, ainda baldio, abeirando a mata que dali foi repontada depois, e sulcado por córrego profundo que manava de lagôa formada no centro da depressão hoje ocupada pela quadra em que está instalado o “O Nacional”, assombramentos eram vistos de vez em quando, fazendo, naturalmente, com que o transeunte crédulo que por lá passasse á noite, sugestionado pela má fama do sitio, o transpuzesse de ôlho acêso e com o coração a trabalhar com mais pressa que normalmente


== Apresentação ==
== Apresentação ==
''Primeiro Capítulo, pelo Autor''
A tapera de Chicuta
Ha tempos, indo á região de Tamandaré, no atual municipio de Carasinho, passei pela tapera de Chicuta (1), nela me detendo por minutos nessa atitude que é propria do observador que contempla ruinas que se entrelaçam com o seu passado e fazem reviver a sua saudade.
Naquele sitio aí desolado, em que estivera eu, ha mais de 40 anos, sob o teto do vencedor de Cabalero, só restavam algumas arvores e essas mesmas quasi sêcas, demonstrando que não tardariam a morrer de todo, passando a nús esqueletos brancos das frondes que outrora ostentaram.
Talvez por isso e sentindo ali o hálito da morte, a minha lembrança, ao envez de ser excitada pela contemplação do sitio, como que mergulhou em torpor ...
É que as taperas como aquela, são como os túmulos: arrastam para realidade acabrunhadora o espirito, que, vendo-as assim tão tristes, tão desoladas, não póde coordenar a sua manifestação num raciocínio lúcido — automatisa-se, sentindo mas não podendo exprimir o que pensa.
--- 0 ---
Também, depois que a História recolheu o sangue do martir que ali morou, por essa forma encerrando a fé de oficio que ele trouxera da guerra da Tríplice Aliança contra Solano Lopes, para que viverem mais aquelas arvores, si eram, na sua decrepitude, arvores de um tumulo em cujo fundo a gloria de Chicuta não carecia de sombra para viver?!


== Índice ==
== Índice ==
* A tapera de Chicuta 3
* O Echo da Verdade 5
* A nobreza de Miranda 10
* O registro de Fagundes 12
* João de Vergueiro e a província de Missões 14
* Parada interrompida 17
* A luz pública de dantes 20
* Semente prodigiosa 24
* Combate frustrado 26
* O Monge 29
* A luzinha 33
* A panela da rua Moron 37
* Zona lendária 41
* A pipoca 46
* Bandeirinhas coerentes 47
* Convocação histórica - Coronel Miranda 51
* A BANDEIRA 56
* Dr. James de Oliveira Franco e Souza 59
* O CLUBE 67
* A capela do Pinheiro Torto de São Miguel 71
* PADRE GUEDES 74
* 10 DE ABRIL - Gervásio Lucas Annes-Gervasio 79
* O VALEIRO 82
* UM BRAVO 87


== Conteúdos relacionados ==
== Conteúdos relacionados ==

Revision as of 09:17, 13 February 2022

Seara Velha
Downloads Transcrito - Downloads Digitalizado
Descrição da obra
Autor Francisco Antonino Xavier

e Oliveira

Título Seara Velha
Assunto História
Formato Digitalizado (formato PDF)
Editora Tipografia Independência
Publicação 1932
Páginas 76
ISBN N I
Impresso Formato 21 cm
Editora Tipografia Independência
Publicação 1932

Seara Velha Era corrente, nos ultimos dias do Imperio, que, no cruzamento das atuais ruas Moron e Quinze de Novembro, nesta cidade, então vila, jazia enterrada uma panela de dinheiro... Provas disso, na crença popular, eram, de um lado, a espessa moita de capim Santa Fé que lá existia; e de outro, a versão de que no logar, ainda baldio, abeirando a mata que dali foi repontada depois, e sulcado por córrego profundo que manava de lagôa formada no centro da depressão hoje ocupada pela quadra em que está instalado o “O Nacional”, assombramentos eram vistos de vez em quando, fazendo, naturalmente, com que o transeunte crédulo que por lá passasse á noite, sugestionado pela má fama do sitio, o transpuzesse de ôlho acêso e com o coração a trabalhar com mais pressa que normalmente

Apresentação

Primeiro Capítulo, pelo Autor

A tapera de Chicuta

Ha tempos, indo á região de Tamandaré, no atual municipio de Carasinho, passei pela tapera de Chicuta (1), nela me detendo por minutos nessa atitude que é propria do observador que contempla ruinas que se entrelaçam com o seu passado e fazem reviver a sua saudade.

Naquele sitio aí desolado, em que estivera eu, ha mais de 40 anos, sob o teto do vencedor de Cabalero, só restavam algumas arvores e essas mesmas quasi sêcas, demonstrando que não tardariam a morrer de todo, passando a nús esqueletos brancos das frondes que outrora ostentaram.

Talvez por isso e sentindo ali o hálito da morte, a minha lembrança, ao envez de ser excitada pela contemplação do sitio, como que mergulhou em torpor ...

É que as taperas como aquela, são como os túmulos: arrastam para realidade acabrunhadora o espirito, que, vendo-as assim tão tristes, tão desoladas, não póde coordenar a sua manifestação num raciocínio lúcido — automatisa-se, sentindo mas não podendo exprimir o que pensa.

--- 0 ---

Também, depois que a História recolheu o sangue do martir que ali morou, por essa forma encerrando a fé de oficio que ele trouxera da guerra da Tríplice Aliança contra Solano Lopes, para que viverem mais aquelas arvores, si eram, na sua decrepitude, arvores de um tumulo em cujo fundo a gloria de Chicuta não carecia de sombra para viver?!

Índice

  • A tapera de Chicuta 3
  • O Echo da Verdade 5
  • A nobreza de Miranda 10
  • O registro de Fagundes 12
  • João de Vergueiro e a província de Missões 14
  • Parada interrompida 17
  • A luz pública de dantes 20
  • Semente prodigiosa 24
  • Combate frustrado 26
  • O Monge 29
  • A luzinha 33
  • A panela da rua Moron 37
  • Zona lendária 41
  • A pipoca 46
  • Bandeirinhas coerentes 47
  • Convocação histórica - Coronel Miranda 51
  • A BANDEIRA 56
  • Dr. James de Oliveira Franco e Souza 59
  • O CLUBE 67
  • A capela do Pinheiro Torto de São Miguel 71
  • PADRE GUEDES 74
  • 10 DE ABRIL - Gervásio Lucas Annes-Gervasio 79
  • O VALEIRO 82
  • UM BRAVO 87

Conteúdos relacionados

Referências