Difference between revisions of "Sueli Gehlen Frosi"

From ProjetoPF
Jump to navigation Jump to search
(Nova pessoa)
 
(6 intermediate revisions by the same user not shown)
Line 39: Line 39:


== Biografia ==
== Biografia ==
Nasci no inverno de 1947, em uma família de origem alemã. De quatro filhas, fui a segunda e tive também um irmão. Meu pai Elmo Nicolau Gehlen e minha mãe Theolina Gehlen só não foram colonos, porque se dedicaram à costura desde muito jovens, ofício que permitiu que tivéssemos uma vida muito boa e estudássemos no Colégio Notre Dame, em Chapada e Passo Fundo, onde estudei até o final do ginásio. O colegial fiz no Instituto Educacional, curso de Técnico em Contabilidade. Através do último vestibular oral e escrito foi que entrei na Universidade de Passo Fundo, na primeira turma de Ciências Contábeis da instituição.
Devo enfatizar a formação clássica e rígida que tive, não só na escola, mas em casa também. Minha mãe, mulher que reputo pioneira e desbravadora contra o obscurantismo medieval que ainda imperava à época em que meus irmãos e eu nascemos, insurgiu-se contra a possibilidade de termos que parar nossos estudos e, munida de enorme coragem, convenceu meu pai, muito bem instalado com sua alfaiataria, a morar em uma cidade maior e com mais recursos. Foi ela e outras mulheres corajosas de seu tempo que deram possibilidade aos filhos de romper com o moralismo vitoriano que engessava a sociedade. Foi ela também quem, teimosamente, decidiu que estudaríamos, teríamos livros, sendo apoiada pelo nosso pai que, largando tudo, trouxe-nos para Passo Fundo, onde enfrentamos dificuldades durante muitos anos.
Meus pais nos encorajaram a estudar e a trabalhar cedo. Desse modo, trabalhei de dia e estudei à noite desde os quinze anos. Paguei com o meu trabalho os meus estudos, meus livros, meus vestidos de baile e meus uniformes profissionais, meus sapatos de trabalhar e de dançar. Tive uma juventude linda, perfeitamente equilibrada e saudável. O cansaço de muito trabalho, seguido pelo cansaço de muito estudo, faziam parte de um estilo de vida recompensado por muito cinema, boliche e bailes.
Aos vinte e três anos, casei-me com o Domingos. Tivemos cinco filhos, três homens e duas mulheres e tivemos uma vida sem percalços, mas não monótona. Nossa casa cheia de crianças não só nossas, foi de uma ebulição produtiva e pedagógica. Aprendemos, em meio a tanta gente, a dividir, a cuidar, a preservar o que tínhamos. Entendemos que só conseguiríamos fazer tudo o que deveria ser feito, se houvesse colaboração e solidariedade, pois meus pais, quando velhos, passaram a morar conosco.
Nos anos em que amparamos e cuidamos dos nossos velhos, tivemos oportunidade de aprender e proporcionamos oportunidade aos filhos de ver, que há tarefas que devem ser realizadas com amor, para que sejam leves e tragam felicidade. Cuidar dos nossos queridos não deve ser um fardo, mas algo desejável. Aprendemos todos a não fugir do que nos cabe e desempenhamos nossas tarefas com responsabilidade.
Durante os anos em que cuidamos dos filhos e dos pais, além do trabalho, Domingos e eu realizamos também um lindo trabalho voluntário na Escola de Pais do Brasil, uma entidade que ajuda pais, futuros pais e agentes educadores a formar verdadeiros cidadãos. O trabalho desenvolvido encaminhou-me a outras tarefas em outras entidades, o que me obrigou a aprimorar-me em minha formação humanística. Considero-me autodidata em muitos assuntos, como em pedagogia, psicologia, sociologia e tantas áreas do conhecimento necessárias a quem trabalha com pais e educadores. Aos cinquenta e seis anos ingressei no Instituto Superior de Filosofia Berthier e cursei a Faculdade de Filosofia. Foram três anos densos, questionadores, ricos, que me encorajaram a escrever cada vez mais e a mostrar o que produzia.
O livro Vida (Ifibe, 2007) é uma coletânea das crônicas publicadas em jornais, revistas e blogs. É o resultado da vivência engajada e da participação direta em atividades com foco nos direitos humanos, no cuidado de crianças e adolescentes e no meu entusiasmo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. Minha atuação voluntária sempre esteve pautada pela expectativa de que o ECA tivesse plena implementação.
Minhas incursões na literatura foram intensas desde pequena, na medida em que fui uma leitora curiosa e incansável, o que levei pela vida afora. Escrever sempre foi um prazer, que se tornou um compromisso e depois uma obrigação. Sempre escrevi crônicas, o que considero uma fotografia de um momento feita com palavras e era só o que eu conseguia fazer. O poema foi algo visceral, espontâneo, inesperado. Sento e escrevo e é simples assim e delicioso pra mim. Minha grande novidade e a mais sofrida é a ficção, mas é algo que estou conseguindo vencer. Escrevo contos e gosto deles. O que mais vou fazer no quesito escrever, não sei, mas não consigo mais parar. Com meu ingresso na Academia Passo-Fundense de Letras em 2010, em uma solenidade emocionante, começava uma etapa de frenéticas transformações pessoais. Compreendi a dimensão do que representa ser uma acadêmica, quando participei do IV Concurso Literário Rachel de Queiroz ? a Dama da Literatura Brasileira, como uma das coordenadoras. A confreira Marilise Brockstedt Lech e eu obtivemos, como resultado de meses de trabalho, a cooperação de alunos do ensino médio da nossa cidade, na forma de biografias, resenhas de livros, análise de crônicas e poemas, o que foi reunido no livro Rachel de Queiroz: olhares de jovens passo-fundenses (Berthier, 2011), que contou com o apoio da Secretaria Municipal de Desporto e Cultura.
Desde minha posse na APLetras, minha produção literária está tomando forma, havendo projetos em andamento, como a participação em uma coletânea de contos, através do Projeto Passo Fundo, assim como em um livro de poemas. Está sendo organizado um livro de crônicas, poemas e contos que terá como título Gostos, amores e cores, que está provocando em mim uma grande expectativa.


== Títulos, prêmios e honrarias ==
== Títulos, prêmios e honrarias ==


* 2010- Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 17<ref>LECH, Osvandré LC. (2013). [https://projetopassofundo.wiki.br/:File:75%20anos%20da%20Academia%20Passo%20Fundense%20de%20Letras.pdf 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras]. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 57</ref>
* 2010- Acadêmico ocupante da [[Ernani Guaragna Fornari|cadeira APLetras nº 17]]<ref>LECH, Osvandré LC. (2013). [https://projetopassofundo.wiki.br/images/8/87/75_anos_da_Academia_Passo_Fundense_de_Letras.pdf 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras]. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 57</ref>


== Livros e publicações de sua autoria ==
== Obras ==


== Livros e publicações com sua participação ==
* 2007 - Vida: Crônicas<ref>FROSI, Sueli G.. (2007). Vida: Crônicas -Passo Fundo: Ifibe. 2007. NI páginas</ref>
* 2013 - Compaixão<ref>FROSI, Sueli G.. (2013). Compaixão -Passo Fundo: Ifibe. 2013. NI páginas</ref>
* 2014 - Uma nova criança para um novo mundo<ref>FROSI, Sueli G.. (2014). Uma nova criança para um novo mundo -Passo Fundo: Ifibe. 2014. NI páginas</ref>
*2023 - Artigos Sueli Gehlen Frosi<ref>FROSI, Sueli G. (2023) [https://projetopassofundo.wiki.br/images/2/2e/Artigos_Sueli_Gehlen_Frosi.pdf Artigos Sueli Gehlen Frosi] -Passo Fundo, Monografia, 35 páginas</ref>
*2023 - Contos Sueli Gehlen Frosi<ref>FROSI, Sueli G. (2023) [https://projetopassofundo.wiki.br/images/8/8f/Contos_Sueli_Gehlen_Frosi.pdf Contos Sueli Gehlen Frosi] -Passo Fundo, Monografia, 26 páginas</ref>
*2023 - Crônicas Sueli Gehlen Frosi<ref>FROSI, Sueli G. (2023) [https://projetopassofundo.wiki.br/images/7/7a/Cr%C3%B4nicas_Sueli_Gehlen_Frosi.pdf Crônicas Sueli Gehlen Frosi] -Passo Fundo, Monografia, 11 páginas</ref>
*2023 - Poesias Sueli Gehlen Frosi<ref>FROSI, Sueli G. (2023) [https://projetopassofundo.wiki.br/images/a/a8/Poesias_Sueli_Gehlen_Frosi.pdf Poesias Sueli Gehlen Frosi] -Passo Fundo, Monografia, 8 páginas</ref>


== Conteúdos de seu acervo ==
== Conteúdos de seu acervo ==
=== Imagens ===
{| class="wikitable mw-collapsible mw-collapsed"
|[[File:Vida Crônicas.jpg|center|thumb|182x182px|2007 - Vida Crônicas]]
|[[File:Compaixão.jpg|center|thumb|180x180px|2013 - Compaixão]]
|[[File:Uma nova criança para um novo mundo.jpg|center|thumb|177x177px|2014 - Uma nova criança para um novo mundo]]
|
|
!
|}


== Conteúdos relacionados ==
== Conteúdos relacionados ==
* 2014 - [[Maria Queixuda]] - Em 09/12/2014, por Sueli Gehlen Frosi


== Referências ==
== Referências ==
[[Category:Autores]]
<references />
[[Category:APL Acadêmicos]]
[[Category:APL Acadêmicos]]

Latest revision as of 15:01, 19 April 2023

Sueli Gehlen Frosi
Sueli Gehlen Frosi.jpg
Nome completo Sueli Gehlen Frosi
Nascimento 25 de Agosto de 1947
Local Carazinho, RS
Ocupação

Sueli Gehlen Frosi

Biografia

Nasci no inverno de 1947, em uma família de origem alemã. De quatro filhas, fui a segunda e tive também um irmão. Meu pai Elmo Nicolau Gehlen e minha mãe Theolina Gehlen só não foram colonos, porque se dedicaram à costura desde muito jovens, ofício que permitiu que tivéssemos uma vida muito boa e estudássemos no Colégio Notre Dame, em Chapada e Passo Fundo, onde estudei até o final do ginásio. O colegial fiz no Instituto Educacional, curso de Técnico em Contabilidade. Através do último vestibular oral e escrito foi que entrei na Universidade de Passo Fundo, na primeira turma de Ciências Contábeis da instituição.

Devo enfatizar a formação clássica e rígida que tive, não só na escola, mas em casa também. Minha mãe, mulher que reputo pioneira e desbravadora contra o obscurantismo medieval que ainda imperava à época em que meus irmãos e eu nascemos, insurgiu-se contra a possibilidade de termos que parar nossos estudos e, munida de enorme coragem, convenceu meu pai, muito bem instalado com sua alfaiataria, a morar em uma cidade maior e com mais recursos. Foi ela e outras mulheres corajosas de seu tempo que deram possibilidade aos filhos de romper com o moralismo vitoriano que engessava a sociedade. Foi ela também quem, teimosamente, decidiu que estudaríamos, teríamos livros, sendo apoiada pelo nosso pai que, largando tudo, trouxe-nos para Passo Fundo, onde enfrentamos dificuldades durante muitos anos.

Meus pais nos encorajaram a estudar e a trabalhar cedo. Desse modo, trabalhei de dia e estudei à noite desde os quinze anos. Paguei com o meu trabalho os meus estudos, meus livros, meus vestidos de baile e meus uniformes profissionais, meus sapatos de trabalhar e de dançar. Tive uma juventude linda, perfeitamente equilibrada e saudável. O cansaço de muito trabalho, seguido pelo cansaço de muito estudo, faziam parte de um estilo de vida recompensado por muito cinema, boliche e bailes.

Aos vinte e três anos, casei-me com o Domingos. Tivemos cinco filhos, três homens e duas mulheres e tivemos uma vida sem percalços, mas não monótona. Nossa casa cheia de crianças não só nossas, foi de uma ebulição produtiva e pedagógica. Aprendemos, em meio a tanta gente, a dividir, a cuidar, a preservar o que tínhamos. Entendemos que só conseguiríamos fazer tudo o que deveria ser feito, se houvesse colaboração e solidariedade, pois meus pais, quando velhos, passaram a morar conosco.

Nos anos em que amparamos e cuidamos dos nossos velhos, tivemos oportunidade de aprender e proporcionamos oportunidade aos filhos de ver, que há tarefas que devem ser realizadas com amor, para que sejam leves e tragam felicidade. Cuidar dos nossos queridos não deve ser um fardo, mas algo desejável. Aprendemos todos a não fugir do que nos cabe e desempenhamos nossas tarefas com responsabilidade.

Durante os anos em que cuidamos dos filhos e dos pais, além do trabalho, Domingos e eu realizamos também um lindo trabalho voluntário na Escola de Pais do Brasil, uma entidade que ajuda pais, futuros pais e agentes educadores a formar verdadeiros cidadãos. O trabalho desenvolvido encaminhou-me a outras tarefas em outras entidades, o que me obrigou a aprimorar-me em minha formação humanística. Considero-me autodidata em muitos assuntos, como em pedagogia, psicologia, sociologia e tantas áreas do conhecimento necessárias a quem trabalha com pais e educadores. Aos cinquenta e seis anos ingressei no Instituto Superior de Filosofia Berthier e cursei a Faculdade de Filosofia. Foram três anos densos, questionadores, ricos, que me encorajaram a escrever cada vez mais e a mostrar o que produzia.

O livro Vida (Ifibe, 2007) é uma coletânea das crônicas publicadas em jornais, revistas e blogs. É o resultado da vivência engajada e da participação direta em atividades com foco nos direitos humanos, no cuidado de crianças e adolescentes e no meu entusiasmo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. Minha atuação voluntária sempre esteve pautada pela expectativa de que o ECA tivesse plena implementação.

Minhas incursões na literatura foram intensas desde pequena, na medida em que fui uma leitora curiosa e incansável, o que levei pela vida afora. Escrever sempre foi um prazer, que se tornou um compromisso e depois uma obrigação. Sempre escrevi crônicas, o que considero uma fotografia de um momento feita com palavras e era só o que eu conseguia fazer. O poema foi algo visceral, espontâneo, inesperado. Sento e escrevo e é simples assim e delicioso pra mim. Minha grande novidade e a mais sofrida é a ficção, mas é algo que estou conseguindo vencer. Escrevo contos e gosto deles. O que mais vou fazer no quesito escrever, não sei, mas não consigo mais parar. Com meu ingresso na Academia Passo-Fundense de Letras em 2010, em uma solenidade emocionante, começava uma etapa de frenéticas transformações pessoais. Compreendi a dimensão do que representa ser uma acadêmica, quando participei do IV Concurso Literário Rachel de Queiroz ? a Dama da Literatura Brasileira, como uma das coordenadoras. A confreira Marilise Brockstedt Lech e eu obtivemos, como resultado de meses de trabalho, a cooperação de alunos do ensino médio da nossa cidade, na forma de biografias, resenhas de livros, análise de crônicas e poemas, o que foi reunido no livro Rachel de Queiroz: olhares de jovens passo-fundenses (Berthier, 2011), que contou com o apoio da Secretaria Municipal de Desporto e Cultura.

Desde minha posse na APLetras, minha produção literária está tomando forma, havendo projetos em andamento, como a participação em uma coletânea de contos, através do Projeto Passo Fundo, assim como em um livro de poemas. Está sendo organizado um livro de crônicas, poemas e contos que terá como título Gostos, amores e cores, que está provocando em mim uma grande expectativa.

Títulos, prêmios e honrarias

Obras

  • 2007 - Vida: Crônicas[2]
  • 2013 - Compaixão[3]
  • 2014 - Uma nova criança para um novo mundo[4]
  • 2023 - Artigos Sueli Gehlen Frosi[5]
  • 2023 - Contos Sueli Gehlen Frosi[6]
  • 2023 - Crônicas Sueli Gehlen Frosi[7]
  • 2023 - Poesias Sueli Gehlen Frosi[8]

Conteúdos de seu acervo

Imagens

2007 - Vida Crônicas
2013 - Compaixão
2014 - Uma nova criança para um novo mundo

Conteúdos relacionados

Referências

  1. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 57
  2. FROSI, Sueli G.. (2007). Vida: Crônicas -Passo Fundo: Ifibe. 2007. NI páginas
  3. FROSI, Sueli G.. (2013). Compaixão -Passo Fundo: Ifibe. 2013. NI páginas
  4. FROSI, Sueli G.. (2014). Uma nova criança para um novo mundo -Passo Fundo: Ifibe. 2014. NI páginas
  5. FROSI, Sueli G. (2023) Artigos Sueli Gehlen Frosi -Passo Fundo, Monografia, 35 páginas
  6. FROSI, Sueli G. (2023) Contos Sueli Gehlen Frosi -Passo Fundo, Monografia, 26 páginas
  7. FROSI, Sueli G. (2023) Crônicas Sueli Gehlen Frosi -Passo Fundo, Monografia, 11 páginas
  8. FROSI, Sueli G. (2023) Poesias Sueli Gehlen Frosi -Passo Fundo, Monografia, 8 páginas