Difference between revisions of "Revolução de 1923"

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== Histórico==
== Histórico==
Revolução. A palavra tão conhecida e tão cara aos gaúchos, voltou, enfim, a ser pronunciada em 1923. Como em 1835 e em 1893,os gaúchos pegavam em armas. Em setembro de 1922, Borges de Medeiros iniciou uma consulta aos municípios do Rio Grande do Sul para saber se seus correligionários apoiariam, pela quinta vez, sua reeleição à presidência do Estado. O nosso estado era o único no país onde a Constituição garantia a reeleição do Presidente – assim era chamado o governador – toda a vez que obtivesse ¾ dos votos. Este polêmico dispositivo fora um dos motivos determinantes da sangrenta Revolução Federalista de 1893.A resposta à consulta de Borges foi positiva: apenas o general Antônio Neto e Armando Ferreira, genro do falecido Júlio de Castilhos, lhe negaram seu apoio. A proporção que a data da eleição se aproximava, os adversários se eriçavam: “ Não é um pleito que se aproxima é uma revolução que começa; não é um escrutínio entre dois nomes, é um duelo entre a ditadura e a liberdade”, bradou em plenário, o deputado federalista Artur Caetano”, segundo registrou o jornal Correio do Povo.
É importante destacar que, na época, o Rio Grande do Sul, vivia um verdadeiro colapso econômico, reflexo da crise mundial do pós-guerra e dos empréstimos tomados pelo governo estadual, que provocaram uma atmosfera de insatisfação coletiva. Estudantes, operários, comerciantes, empresários, produtores rurais, todos clamavam por mudanças urgentes. Os ruralistas, sem crédito, alarmados pela concorrência do gado platino, viam-se às voltas também com um surto de febre aftosa que dizimava seus rebanhos já maltratados por um inverno rigoroso, seguido de longo período de seca e de uma praga de gafanhotos. Os criadores rurais, reunidos em uma comissão de emergência, passaram a exigir de Borges de Medeiros uma medida de “salvação pública”, que consistiria na concessão de um crédito especial à categoria. O dinheiro, propuseram, podia vir de uma fatia dos gordos empréstimos internacionais destinados originalmente às obras de infraestrutura. Borges recusou, o que selou a ruptura definitiva com o governo, evocando o princípio positivista de que o Estado jamais deveria intervir na economia, a não ser em casos relacionados aos serviços públicos. Amparar os pecuaristas, no seu entender, significaria patrocinar um privilégio de classe. (Os 90 anos da revolução - Primeira Parte - José Ernani de Almeida)


== Títulos, prêmios e honrarias==
== Títulos, prêmios e honrarias==
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Revolução de 1923
Corpo de Patriotas em 1923
Nome Revolução de 1923
Data
Local

Revolução de 1923 foi o movimento armado ocorrido durante onze meses daquele ano no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em que lutaram, de um lado, os partidários do presidente do Estado, Borges de Medeiros (Borgistas ou Ximangos, que usavam no pescoço como distintivo ou característica o lenço branco) e, de outro, os revolucionários, aliados de Joaquim Francisco de Assis Brasil (Assisistas ou Maragatos, que usavam no pescoço como distintivo o lenço vermelho).

Histórico

Revolução. A palavra tão conhecida e tão cara aos gaúchos, voltou, enfim, a ser pronunciada em 1923. Como em 1835 e em 1893,os gaúchos pegavam em armas. Em setembro de 1922, Borges de Medeiros iniciou uma consulta aos municípios do Rio Grande do Sul para saber se seus correligionários apoiariam, pela quinta vez, sua reeleição à presidência do Estado. O nosso estado era o único no país onde a Constituição garantia a reeleição do Presidente – assim era chamado o governador – toda a vez que obtivesse ¾ dos votos. Este polêmico dispositivo fora um dos motivos determinantes da sangrenta Revolução Federalista de 1893.A resposta à consulta de Borges foi positiva: apenas o general Antônio Neto e Armando Ferreira, genro do falecido Júlio de Castilhos, lhe negaram seu apoio. A proporção que a data da eleição se aproximava, os adversários se eriçavam: “ Não é um pleito que se aproxima é uma revolução que começa; não é um escrutínio entre dois nomes, é um duelo entre a ditadura e a liberdade”, bradou em plenário, o deputado federalista Artur Caetano”, segundo registrou o jornal Correio do Povo.

É importante destacar que, na época, o Rio Grande do Sul, vivia um verdadeiro colapso econômico, reflexo da crise mundial do pós-guerra e dos empréstimos tomados pelo governo estadual, que provocaram uma atmosfera de insatisfação coletiva. Estudantes, operários, comerciantes, empresários, produtores rurais, todos clamavam por mudanças urgentes. Os ruralistas, sem crédito, alarmados pela concorrência do gado platino, viam-se às voltas também com um surto de febre aftosa que dizimava seus rebanhos já maltratados por um inverno rigoroso, seguido de longo período de seca e de uma praga de gafanhotos. Os criadores rurais, reunidos em uma comissão de emergência, passaram a exigir de Borges de Medeiros uma medida de “salvação pública”, que consistiria na concessão de um crédito especial à categoria. O dinheiro, propuseram, podia vir de uma fatia dos gordos empréstimos internacionais destinados originalmente às obras de infraestrutura. Borges recusou, o que selou a ruptura definitiva com o governo, evocando o princípio positivista de que o Estado jamais deveria intervir na economia, a não ser em casos relacionados aos serviços públicos. Amparar os pecuaristas, no seu entender, significaria patrocinar um privilégio de classe. (Os 90 anos da revolução - Primeira Parte - José Ernani de Almeida)

Títulos, prêmios e honrarias

  • 1965 - LEI Nº 1176 1965[1] - Art. 1º Ficam denominadas, como seguem, as Ruas do Loteamento Bairro São José de acordo com a planta aprovada pela Prefeitura Municipal: Rua A-3- General Portinho - Localização[2]

Conteúdos de seu acervo

Imagens

General Zeca Netto em 1923 Desc
Hospital na Revolução em Erechim em 1923
General Portinho e seu Estado-Maior em 1923
José Gomes Portinho - História de Cachoeira
Corpo de Patriotas em 1923
Forças Borgistas em 1923
General Firmino de Paula em 1923

Conteúdos relacionados

  • 1923 - Revolução de 1923[3] conforme página da Wikipédia, a enciclopédia livre.
  • 1923 - Em Campo do Meio, reuniram os federalistas ou maragatos, uma força de 1080 homens, ao mando de um jovem passo-fundense, Quim César, contando com o apoio de Ramão Fagundes, destemido gaúcho destas paragens. Era o ano de 1923. Em Coxilha, encontrava-se Jango do Padre, bem como Fernando Goelzer, enquanto no Pontão se movimentava Simeão Machado e no Carazinho o general João Rodrigues Menna Barreto, chefe militar das operações, ao qual se juntara o coronel Lolico, no Pinheiro Torto. (Gehm, 1978, pg 192-214)[4]
  • 1923 - A 1º de novembro chegou a Porto Alegre (1923), o Gal. Setembrino de Carvalho, ministro da Guerra, como enviado especial do Presidente da República, encarregado de negociar a paz no Rio Grande, depois de ouvir as partes degladiantes. Uma manifestação pública de desagrado empanhou a saudação que o dr. João Carlos Machado, em nome do Governo do Estado, iria fazer ao visitante...... Dia 15 de dezembro foi assinado o Pacto de Pedras Altas, em cujos termos, entre outros, há os seguintes compromissos: o princípio da não reeleição do Presidente do Estado, para o período imediato; adaptação da legislação federal, nos pleitos estaduais e municipais; disposição, atribuindo à justiça ordinária, o julgamento de recursos relativos às eleições municipais; Eleição do Vice-Intendente e não sua indicação pelo intendente eleito; fiscalização federal no alistamento e processo eleitoral, etc. (Gehm, 1978, pg 2015-217)[4]
  • 1923 - Finda a Revolução Federalista, Júlio de Castilhos governou o Estado durante dois anos. Como bom Administrador, ocupou-se sobretudo na restauração das finanças, conseguindo reduzir a dívida pública de 7.855 contos de reis para 4.502 em 31-1-1897, quando o saldo em caixa do Tesouro do Estado alcançava 3.535 contos de réis. Destacou-se na organização da Justiça Civil, decretação de impostos, realização de obras públicas (linhas telegráficas, navegação fluvial e lacustre), regulamentação de Rendas e Coletorias, reorganização da Secretaria de Obras Públicas, colonização em pequenas propriedades (em visita a Caxias, cognominou-a de "Pérola das Colônias"), criação dos serviços de Higiene do Estado, regulamentação do exercício da Medicina sem diplomação, promulgação do Código de Organização Judiciária, garantias a magistratura assegurando-lhe independência ante o Poder Executivo estadual, abolição do Júri, criação da Assistência Judiciária, serviços policiais (administrativos aos municípios e judiciários ao Estado), abolição do inquérito policial, regulamentação do Tesouro do Estado, ampliação do Hospício São Pedro e da Casa de Córrego, promulgação da lei eleitoral do voto a descoberto, reorganização da instrução primaria com introdução do "colégio distrital, criação de comissões de terras públicas e colonização e anteprojeto da Lei de Terras Públicas, conforme regulamento de Pereira Parobé. (Barbosa, 1976 pg 208-260)[5]
  • 2007 - A revolução que iniciou em Passo Fundo - Em 07/08/2007, por Paulo Domingos da Silva Monteiro
  • 2012 - GENERAL PORTINHO, Rua (Bairro São José) - José Gomes Portinho nasceu em Cachoeira do Sul no dia 1º de setembro de 1814. Participou da Revolução Farroupilha (1835-1845) no lado revolucionário e na campanha contra Rosas em 1852, na Argentina. Recebeu o posto de brigadeiro honorário do exército brasileiro em 1858. Lutou na guerra do Paraguai, recusando o título de Barão de Cruz Alta por ser republicano. Faleceu no dia 8 de agosto de 1886, aos 71 anos. - Fontes: Lei 1.176 de 09/09/1965; FLORES, M. Dicionário, p. 413-414; BOCORNY, L. Histórico, p. 67.
  • 2013 - Os 90 anos da Revolução de 1923 (Parte I) - Em 19/04/2013, por José Ernani de Almeida
  • 2013 - Os 90 anos da Revolução de 1923 (Parte II) - Em 26/04/2013, por José Ernani de Almeida
  • 2013 - Os 90 anos da Revolução de 1923 (Final) - Em 03/05/2013, por José Ernani de Almeida

Referências

  1. LEI Nº 1176 1965 - leismunicipais.com.br
  2. Rua General Portinho - Google Maps
  3. «Revolução de 1923». Wikipédia, a enciclopédia livre.
  4. 4.0 4.1 GEHM, Delma R. (1978) Passo Fundo através do tempo - volume 1: histórico e administrativo -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 2016. Vol.1. 352 páginas. E-book p.79-86
  5. BARBOSA, Fidélis D (1995). História do Rio Grande do Sul –Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, E-book, (2013); 336 páginas