Difference between revisions of "Gabriel Pereira da Costa Bastos"

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== Biografia, Histórico ==
== Biografia, Histórico ==
Comerciante, organizador da sociedade civil, político militante, poeta e prosador, é filho de Antônio José Pereira Bastos e Joaquina da Costa Bastos, nascido em Santa Maria, no dia 9 de janeiro de 1859. Ali realizou estudos primários com o professor Alfredo Calazans. Mudou-se para Soledade e, posteriormente, em 1885, fixou residência em Passo Fundo, onde manteve uma casa de comércio e casou-se com Lucinda Araújo Bastos, com quem teve os filhos: Alzira Bastos Guimarães, Manuel Araújo Bastos, Olga Bastos de Morais, Mário Araújo Bastos, Alcinda Bastos Rodriguez, Cecy Bastos Quadros, Brasileiro Araújo Bastos, Edith Bastos Miranda, Americano Araújo Bastos e Hiran Araújo Bastos. Depois de viúvo, casou-se com Juvência Annes Bastos (irmã de Gervásio Lucas Annes), não tendo filhos nesta união.
É tarefa difícil, mas compensadora rememorar os vultos do passado que nos legaram a segurança presente, deixando nos estímulos para uma vez mais lançarmos sementes que como aquelas, hão de frutificar no futuro. Ocuparemo-nos do ilustre varão Gabriel Bastos. Nascido em Santa Maria da Boca do Monte, a 9 de janeiro de 1859, era filho de Antônio José Pereira Bastos e de Joaquina da Costa Bastos. (GEHM, Delma R. (1982). pág. 268-273)<ref>GEHM, Delma R. (1982). [https://projetopassofundo.wiki.br/images/1/1a/Passo_Fundo_atrav%C3%A9s_do_tempo_Vol._2.pdf Passo Fundo através do tempo - volume 2: fatos, usos, costumes e valores] -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 2016. Vol.2. 354 páginas. E-book</ref>
 
----Tendo sido liquidadas, poucos anos antes, as casas bancárias Armando Annes & Cia., o intendente, [[Armando Araújo Annes]], em seu relatório de 1928, informou sobre o Banco Popular de Passo Fundo, funcionando à maneira do sistema Luzzatti:  “Este instituto cooperativista, inaugurado em 2 de janeiro passado (1927), está em franco e próspero funcionamento, ainda orientado por seu organizador que sem remuneração alguma vem prestando seus serviços e nada cobra de aluguel dos compartimentos de prédio seu ocupados pelo banco... Neste intuito foram tomadas cem ações para o município.”  Tratava-se de mais uma iniciativa desse intendente, que, como afirmou ao assumir a intendência, iria administrar, afastando-se da política.  Foi fundado, também, a Sociedade Cooperativa de Consumo de Responsabilidade. (GEHM, Delma R. (1978) , pág 231)<ref name=":03">GEHM, Delma R. (1978) [https://projetopassofundo.wiki.br/images/0/04/Passo_Fundo_atrav%C3%A9s_do_tempo_Vol._1.pdf Passo Fundo através do tempo - volume 1: histórico e administrativo] -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo.  2016. Vol.1. 352 páginas. E-book.</ref>
Participou ativamente da vida social, política e econômica de Passo Fundo. Após a Proclamação da República, fez parte do 1º Conselho Municipal Constituinte, que dirigiu os destinos desta terra, assim constituído: Gabriel Bastos, José Pinto de Morais e Gerônimo Lucas Annes, permanecendo neste posto de 1889 a 1891.
 
Durante um mês, em 1893, exerceu o mandato de intendente constitucional, quando solicitou ao então governador do estado, dr. Júlio Prates de Castilhos, sua exoneração. Naquele mesmo ano, Passo Fundo era palco de sangrenta luta, da célebre Revolução Federalista. Gabriel Bastos, como muitos, transfere-se com sua família para Cruz Alta.
 
Cidadão de espírito arejado, sempre pronto a servir à sua comunidade, iniciou também em Cruz Alta serviços à sociedade. Foi presidente do Conselho Escolar de 1898 a 1899; estimulou a criação de um centro comercial; incentivou a criação do Clube Comercial, sendo o primeiro vice-presidente deste e manteve o jornal A Propagadora. Foi colaborador dos jornais O Viajante, Cruz Alta e Município Revista.
 
Retornando a Passo Fundo em 1902, e estando viúvo, Gabriel Bastos contraiu novas núpcias com Juvência Annes Bastos. Nesse ano, tornou-se um dos pioneiros da indústria madeireira, dando grande impulso ao comércio da região. Em 1903, foi presidente do Conselho Escolar do município, enfatizando a criação de escolas isoladas, no interior, e públicas, na cidade. Em 1907, o Clube Aurora da Serra de Cruz Alta enviou um ofício agradecendo os valorosos serviços que prestou àquela sociedade, quando lá residiu. Colaborou nos jornais Echo da Verdade, 17 de Julho, O Gaúcho e O Nacional.
 
Gabriel Bastos foi um beletrista, um amigo do progresso, um idealista. Voltou à vice-intendência nos quadriênios 1908-1912 e 1920-1924. De 1916 a 1920, foi 2º suplente do Juiz Distrital.
 
Em 1914, foi nomeado pelo então presidente do estado, Antônio Augusto Borges de Medeiros, para a comissão executiva do Partido Republicano, juntamente com o dr. Nicolau de Araújo Vergueiro e o sr. Pedro Lopes de Oliveira.
----Tendo sido liquidadas, poucos anos antes, as casas bancárias Armando Annes & Cia., o intendente, [[Armando Araújo Annes]], em seu relatório de 1928, informou sobre o Banco Popular de Passo Fundo, funcionando à maneira do sistema Luzzatti:  “Este instituto cooperativista, inaugurado em 2 de janeiro passado (1927), está em franco e próspero funcionamento, ainda orientado por seu organizador que sem remuneração alguma vem prestando seus serviços e nada cobra de aluguel dos compartimentos de prédio seu ocupados pelo banco... Neste intuito foram tomadas cem ações para o município.”  Tratava-se de mais uma iniciativa desse intendente, que, como afirmou ao assumir a intendência, iria administrar, afastando-se da política.  Foi fundado, também, a Sociedade Cooperativa de Consumo de Responsabilidade. (GEHM, Delma R. (1978) , pg 231)<ref name=":03">GEHM, Delma R. (1978) [https://projetopassofundo.wiki.br/images/0/04/Passo_Fundo_atrav%C3%A9s_do_tempo_Vol._1.pdf Passo Fundo através do tempo - volume 1: histórico e administrativo] -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo.  2016. Vol.1. 352 páginas. E-book.</ref>
----GABRIEL BASTOS, Rua (Vila Nicolau Vergueiro)
----GABRIEL BASTOS, Rua (Vila Nicolau Vergueiro)


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|[[File:Aborígenes Pan-Americanos.jpg|center|thumb|170x170px|1950 - Aborígenes Pan-Americanos]]
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*2008 - [[Gabriel Bastos, poeta e prosador]] '''-''' Em 28/07/2008, por [[Paulo Domingos da Silva Monteiro]]
*2008 - [[Gabriel Bastos, poeta e prosador]] '''-''' Em 28/07/2008, por [[Paulo Domingos da Silva Monteiro]]
*2011 - [[Gabriel Bastos, dados biográficos]] '''-''' Em 13/01/2011, por [[Marco Antônio Damian]]
*2011 - [[Gabriel Bastos, dados biográficos]] '''-''' Em 13/01/2011, por [[Marco Antônio Damian]]
*2013 - [[Gabriel Bastos, uma reflexão]] '''-''' Em 18/07/2013, por [[Júlio Cesar Perez]]


== Referências ==
== Referências ==

Revision as of 17:41, 26 November 2022

Gabriel Bastos
Gabriel Bastos.jpg
Nome completo Gabriel Pereira da Costa Bastos
Nascimento 9 de janeiro de 1859
Local Santa Maria, RS
Morte 25 de julho de 1950
Local Passo Fundo, RS
Ocupação comerciante,

Gabriel Pereira da Costa Bastos filho de Antônio José Pereira Bastos e Joaquina da Costa Bastos, nascido em Santa Maria, no dia 9 de janeiro de 1859, casou-se com Lucinda Araújo Bastos, com quem teve os filhos: Alzira Bastos Guimarães, Manuel Araújo Bastos, Olga Bastos de Morais, Mário Araújo Bastos, Alcinda Bastos Rodriguez, Cecy Bastos Quadros, Brasileiro Araújo Bastos, Edith Bastos Miranda, Americano Araújo Bastos e Hiran Araújo Bastos. Depois de viúvo, casou-se com Juvência Annes Bastos (irmã de Gervásio Lucas Annes), não tendo filhos nesta união. Faleceu em Passo Fundo no dia 25 de julho de 1950;

Biografia, Histórico

É tarefa difícil, mas compensadora rememorar os vultos do passado que nos legaram a segurança presente, deixando nos estímulos para uma vez mais lançarmos sementes que como aquelas, hão de frutificar no futuro. Ocuparemo-nos do ilustre varão Gabriel Bastos. Nascido em Santa Maria da Boca do Monte, a 9 de janeiro de 1859, era filho de Antônio José Pereira Bastos e de Joaquina da Costa Bastos. (GEHM, Delma R. (1982). pág. 268-273)[1]


Tendo sido liquidadas, poucos anos antes, as casas bancárias Armando Annes & Cia., o intendente, Armando Araújo Annes, em seu relatório de 1928, informou sobre o Banco Popular de Passo Fundo, funcionando à maneira do sistema Luzzatti: “Este instituto cooperativista, inaugurado em 2 de janeiro passado (1927), está em franco e próspero funcionamento, ainda orientado por seu organizador que sem remuneração alguma vem prestando seus serviços e nada cobra de aluguel dos compartimentos de prédio seu ocupados pelo banco... Neste intuito foram tomadas cem ações para o município.” Tratava-se de mais uma iniciativa desse intendente, que, como afirmou ao assumir a intendência, iria administrar, afastando-se da política. Foi fundado, também, a Sociedade Cooperativa de Consumo de Responsabilidade. (GEHM, Delma R. (1978) , pág 231)[2]


GABRIEL BASTOS, Rua (Vila Nicolau Vergueiro)

Comerciante, político e escritor. Nasceu em Santa Maria da Boca do Monte no dia 9 de janeiro de 1859. Após residir em Soledade, transferiu-se para Passo Fundo em 1885. Ali estabeleceu uma casa comercial; fez parte do 1º Conselho Municipal Constituinte e foi Intendente Constitucional. Durante a Revolução Federalista (1893-1895), residiu em Cruz Alta. Retornou a Passo Fundo em 1902, quando prosseguiu com suas atividades comerciais no ramo da indústria madeireira. Foi presidente do Conselho Escolar Municipal em 1903 e entre 1908-1912 e 1920-1924 foi vice-intendente. Membro do Clube Pinheiro Machado, hoje Academia Passo-fundense de Letras. Residia na esquina da avenida Brasil com a rua Quinze de Novembro, frentes Sul e Oeste. Faleceu em Passo Fundo no dia 25 de julho de 1950, aos 91 anos.

Fontes: Lei 660 de 23/12/1955; GEHM, D. R. Passo, p. 156-159. v. 2.


Títulos, prêmios e honrarias

  • 1883 - Sócio do Clube Literário Amor à Instrução[3]
  • 1883 - Eleito Presidente do Clube Literário Amor à Instrução[3]
  • 1889 - Membro da uma Junta Governativa[4]
  • 1891 - Eleito para o primeiro Conselho Municipal da República[4]
  • 1893 - Foi nomeado como Intendente[4]
  • 1955 - Lei de 1955 660[5] denomina a Rua Gabriel Bastos - NS V. Vergueiro.; Localização[6]

Participação na APLetras

  • 1939 - Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 9 [7] (SANTOS, Sabino R. (1965). pg.34 - 36 - 38)[8]
  • 1939 - Oscar Kneipp, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 14 (SANTOS, Sabino R. (1965). pg.38)[8]
  • 1947 - Mário Daniel Hoppe, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 14 (LECH, Osvandré LC. (2013). pg.43)[9]
  • 1961 - Patrono da APLetras cadeira nº 14 (SANTOS, Sabino R. (1965). pg.30-33-37)[8]
  • 1995 - Milton Guimarães da Silva, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 14 (LECH, Osvandré LC. (2013). pg.53)[9]
  • 2012 - Marisa Potiens Zilio, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 14 (LECH, Osvandré LC. (2013). pg.54-257)[9]

Obras

Livros

Conteúdos de seu acervo

Tipo Conteúdos do acervo - ProjetoPF Abrir Pasta
Fotos Pasta com os arquivos de fotos digitalizados Downloads

Imagens

1944 - Da mocidade à velhice
1948 - A Atlântida
1950 - Aborígenes Pan-Americanos
Avenida Brasil Casa Gabriel Bastos em 2000
Inauguração Ponte do Rio Herval em 1936 01
Integrantes da elite política local na década em 1910

Conteúdos relacionados

Referências

  1. GEHM, Delma R. (1982). Passo Fundo através do tempo - volume 2: fatos, usos, costumes e valores -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 2016. Vol.2. 354 páginas. E-book
  2. GEHM, Delma R. (1978) Passo Fundo através do tempo - volume 1: histórico e administrativo -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 2016. Vol.1. 352 páginas. E-book.
  3. 3.0 3.1 116 Anos de Ativismo Cultural - 1883 2009. Em 06/07/2009, por Paulo Domingos da Silva Monteiro
  4. 4.0 4.1 4.2 Eleições Municipais de 1857 a 1947 Em 2010, por Marco Antônio Damian
  5. Lei Ordinária 660 1955 de Passo Fundo RS - leismunicipais.com.br.
  6. Rua Gabriel Bastos - Google maps.
  7. Relação de Acadêmicos e Patronos da APLetras - Em 11/05/2008, por Santina Rodrigues Dal Paz
  8. 8.0 8.1 8.2 SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. -Passo Fundo: NI. 80 páginas Digitalizado
  9. 9.0 9.1 9.2 LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas
  10. BASTOS, Gabriel P C. (1944) Da mocidade à velhice -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2013. 112 páginas. E-book
  11. BASTOS, Gabriel P C. (1948) A Atlântida-Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2013. 204 páginas. E-book
  12. BASTOS, Gabriel P C. (1950) Aborígenes Pan-Americanos -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2013. 38 páginas. E-book