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* 2007 - [[Vida e obra de Euclides da Cunha]] '''-''' Em 30/06/2007, por [[Dilse Piccin Corteze]]


== Referências ==
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Euclides da Cunha
Euclides da Cunha.jpg
Nome completo Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha
Nascimento 20 de janeiro de 1866
Local Cantagalo/RJ
Morte 15 de agosto de 1909
Local Cantagalo/RJ
Ocupação engenheiro

Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha (Cantagalo, 20 de janeiro de 1866 — Rio de Janeiro, 15 de agosto de 1909) foi um escritor e jornalista brasileiro. Wikipédia[1]

Biografia

Nasceu na fazenda Saudade, em Cantagalo (Rio de Janeiro), filho de Manuel Rodrigues da Cunha Pimenta e Eudóxia Alves Moreira da Cunha. Órfão de mãe desde os 3 anos de idade, Euclides passa a viver em casa de parentes em Teresópolis, São Fidélis e na cidade do Rio de Janeiro. Em 1883 ingressa no Colégio Aquino, onde foi aluno de Benjamin Constant Botelho de Magalhães, que muito influenciou sua formação introduzindo-lhe à filosofia positivista. Em 1885, ingressa na Escola Politécnica e, no ano seguinte, na Escola Militar da Praia Vermelha, onde novamente encontra Benjamin Constant Botelho de Magalhães como professor.

Euclides da Cunha nasceu em 20 de Janeiro de 1866, na fazenda Saudade, Cantagalo (RJ). Morreu no bairro da Piedade, aos 42 anos, assassinado pelo jovem cabo Dilermando Reis, amante de sua mulher, Ana Maria Cunha, filha do Coronel Sólon Ribeiro, importante personalidade da República. A vida de Euclides da Cunha foi marcada pela tragédia. Órfão de mãe aos três anos de idade, foi entregue aos cuidados de vários parentes. Do Rio de Janeiro foi para Salvador e depois para São Paulo. Sua vida era feita de diferentes casas, bairros e afetos entrecortados. Sua mente, uma sucessão de múltiplas paisagens. Composições que só ajudariam o geógrafo, o sociólogo e o antropólogo surpreendentes que ele se revelaria anos mais tarde.

Desde muito cedo, Euclides da Cunha foi tido como gênio por seus contemporâneos. Sua mente lúcida impressionava. Apesar do temperamento arredio e turbulento, sempre soube preservar as amizades. Foi amigo de intelectuais e de gente poderosa, como o barão do Rio Branco. Mas nunca conheceu o afeto feminino.

Um homem de personalidade obsessiva e passional, assim foi o escritor Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha, que levou uma vida errante e aventureira. Muitas vezes, como jornalista, outras como engenheiro e militar, viajou por todo o país. Escreveu dois livros de ensaios. Contrastes e confrontos, de 1907; A margem da História, de 1909, e um relatório técnico, Peru versus Bolívia, de 1907. Sua grandeza como escritor, porém, deve-se à obra Os sertões.

Até a Campanha de Canudos, Euclides da Cunha foi um defensor incondicional do novo regime. Sua história se confunde em muitos momentos com a própria história da República. No Colégio Aquino, onde cursou o secundário, foi aluno do grande mentor republicano, Benjamim Constant. Logo depois, Euclides ingressou no Exército ? onde chegou a tenente ? e também na Escola Militar do Rio de Janeiro, que formava engenheiros para a construção de estradas, portos e pontes.

Republicano apaixonado, o escritor desembarcou no dia 7 de setembro de 1897, em Monte Santo ?base da operação militar? ao lado do ministro da Guerra, general Machado Bittencourt. Pensava defender a República contra um levante bárbaro e monarquista. A quarta Campanha contra Canudos estava no final e Euclides da Cunha jamais seria o mesmo. Caberia a ele questionar a República que se formava e ser um dos maiores críticos do Exército Brasileiro. Foi, então, cobrir o evento, como enviado de guerra. O livro Os sertões nasceu de uma reportagem sobre a Guerra de Canudos para o jornal O Estado de São Paulo.

Para compreender a revolta de Canudos era necessário que o sertão viesse à tona, numa nova tradução. Foi essa a grande proeza do jornalista e engenheiro militar Euclides da Cunha, ao publicar seu livro Os sertões, em 1902. Uma obra contundente, que destruía o sonho brasileiro da República e da civilização branca europeizada. Toda a sua obra é marcada por suas viagens. Além de conhecer o Nordeste, visitou o Norte do Brasil, onde chefiou a comissão brasileira que atuava na demarcação das fronteiras. Conheceu de perto, e num curto intervalo de tempo, o ?inferno verde da Amazônia? e o ?Saara vermelho? do sertão e da seca nordestina. Foi um dos primeiros escritores brasileiros a mostrar a miséria e o isolamento a que estava condenada parte dessas populações. Desenvolveu uma literatura das massas marginalizadas do país, sem confissões ou excessos emocionais.

Ele foi o primeiro escritor brasileiro a diagnosticar o subdesenvolvimento do Brasil, referindo-se à existência de dois países contraditórios: o do litoral e o do sertão. Canudos resultou do confronto entre esses dois Brasis, distintos entre si, no espaço e no tempo, pelo atraso de séculos em que vivia mergulhada a sociedade rural.

Títulos, prêmios e honrarias

  • 1955 - LEI Nº 660/1955[2] Denomina Rua Euclides da Cunha
  • 1965 - LEI Nº 1192/1965[3] Denomina Rua F- Euclides da Cunha, do Loteamento Jerônimo Coelho - Localização[4]

Patrono APLetras

  • 1939 - Brasileiro Bastos, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 5 (SANTOS, Sabino R. (1965). pg.38)[5]
  • 2008 - Camilo Leôncio Ribeiro, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 5[6]
  • 1975 - Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 5 (SANTOS, Sabino R. (1975))[7]
  • 1975 - Juan Pedro Ottenstein, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 5 (LECH, Osvandré LC. (2013). pg.50)[8]
  • 1995 - Ironi Gozzi Andrade, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 5 (LECH, Osvandré LC. (2013). pg.53)[8]
  • 2005 - Dilse Piccin Corteze, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 5 (LECH, Osvandré LC. (2013). pg.55)[8]

Conteúdos de seu acervo

Conteúdos relacionados

Referências

  1. Euclides da Cunha - Wikipédia
  2. LEI Nº 660/1955 - leismunicipais.com.br
  3. LEI Nº 1192/1965 - leismunicipais.com.br
  4. Rua Euclides da Cunha - Google Maps
  5. SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. Passo Fundo: NI. 80 páginas
  6. Relação de Acadêmicos e Patronos da APLetras - Em 11/05/2008, por Santina Rodrigues Dal Paz
  7. SANTOS, Sabino R. (1975). Anuário APLetras 1975. Passo Fundo: Berthier. 70 páginas. Fragmento.
  8. 8.0 8.1 8.2 LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas