Difference between revisions of "Seara Velha"
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'''Seara Velha''' | '''Seara Velha''' Era corrente, nos ultimos dias do Imperio, que, no cruzamento das atuais ruas Moron e Quinze de Novembro, nesta cidade, então vila, jazia enterrada uma panela de dinheiro... Provas disso, na crença popular, eram, de um lado, a espessa moita de capim Santa Fé que lá existia; e de outro, a versão de que no logar, ainda baldio, abeirando a mata que dali foi repontada depois, e sulcado por córrego profundo que manava de lagôa formada no centro da depressão hoje ocupada pela quadra em que está instalado o “O Nacional”, assombramentos eram vistos de vez em quando, fazendo, naturalmente, com que o transeunte crédulo que por lá passasse á noite, sugestionado pela má fama do sitio, o transpuzesse de ôlho acêso e com o coração a trabalhar com mais pressa que normalmente | ||
== Apresentação == | == Apresentação == | ||
''Primeiro Capítulo, pelo Autor'' | |||
A tapera de Chicuta | |||
Ha tempos, indo á região de Tamandaré, no atual municipio de Carasinho, passei pela tapera de Chicuta (1), nela me detendo por minutos nessa atitude que é propria do observador que contempla ruinas que se entrelaçam com o seu passado e fazem reviver a sua saudade. | |||
Naquele sitio aí desolado, em que estivera eu, ha mais de 40 anos, sob o teto do vencedor de Cabalero, só restavam algumas arvores e essas mesmas quasi sêcas, demonstrando que não tardariam a morrer de todo, passando a nús esqueletos brancos das frondes que outrora ostentaram. | |||
Talvez por isso e sentindo ali o hálito da morte, a minha lembrança, ao envez de ser excitada pela contemplação do sitio, como que mergulhou em torpor ... | |||
É que as taperas como aquela, são como os túmulos: arrastam para realidade acabrunhadora o espirito, que, vendo-as assim tão tristes, tão desoladas, não póde coordenar a sua manifestação num raciocínio lúcido — automatisa-se, sentindo mas não podendo exprimir o que pensa. | |||
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Também, depois que a História recolheu o sangue do martir que ali morou, por essa forma encerrando a fé de oficio que ele trouxera da guerra da Tríplice Aliança contra Solano Lopes, para que viverem mais aquelas arvores, si eram, na sua decrepitude, arvores de um tumulo em cujo fundo a gloria de Chicuta não carecia de sombra para viver?! | |||
== Índice == | == Índice == | ||
* A tapera de Chicuta 3 | |||
* O Echo da Verdade 5 | |||
* A nobreza de Miranda 10 | |||
* O registro de Fagundes 12 | |||
* João de Vergueiro e a província de Missões 14 | |||
* Parada interrompida 17 | |||
* A luz pública de dantes 20 | |||
* Semente prodigiosa 24 | |||
* Combate frustrado 26 | |||
* O Monge 29 | |||
* A luzinha 33 | |||
* A panela da rua Moron 37 | |||
* Zona lendária 41 | |||
* A pipoca 46 | |||
* Bandeirinhas coerentes 47 | |||
* Convocação histórica - Coronel Miranda 51 | |||
* A BANDEIRA 56 | |||
* Dr. James de Oliveira Franco e Souza 59 | |||
* O CLUBE 67 | |||
* A capela do Pinheiro Torto de São Miguel 71 | |||
* PADRE GUEDES 74 | |||
* 10 DE ABRIL - Gervásio Lucas Annes-Gervasio 79 | |||
* O VALEIRO 82 | |||
* UM BRAVO 87 | |||
== Conteúdos relacionados == | == Conteúdos relacionados == |
Revision as of 09:17, 13 February 2022
Seara Velha | |
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Descrição da obra | |
Autor | Francisco Antonino Xavier |
Título | Seara Velha |
Assunto | História |
Formato | Digitalizado (formato PDF) |
Editora | Tipografia Independência |
Publicação | 1932 |
Páginas | 76 |
ISBN | N I |
Impresso | Formato 21 cm |
Editora | Tipografia Independência |
Publicação | 1932 |
Seara Velha Era corrente, nos ultimos dias do Imperio, que, no cruzamento das atuais ruas Moron e Quinze de Novembro, nesta cidade, então vila, jazia enterrada uma panela de dinheiro... Provas disso, na crença popular, eram, de um lado, a espessa moita de capim Santa Fé que lá existia; e de outro, a versão de que no logar, ainda baldio, abeirando a mata que dali foi repontada depois, e sulcado por córrego profundo que manava de lagôa formada no centro da depressão hoje ocupada pela quadra em que está instalado o “O Nacional”, assombramentos eram vistos de vez em quando, fazendo, naturalmente, com que o transeunte crédulo que por lá passasse á noite, sugestionado pela má fama do sitio, o transpuzesse de ôlho acêso e com o coração a trabalhar com mais pressa que normalmente
Apresentação
Primeiro Capítulo, pelo Autor
A tapera de Chicuta
Ha tempos, indo á região de Tamandaré, no atual municipio de Carasinho, passei pela tapera de Chicuta (1), nela me detendo por minutos nessa atitude que é propria do observador que contempla ruinas que se entrelaçam com o seu passado e fazem reviver a sua saudade.
Naquele sitio aí desolado, em que estivera eu, ha mais de 40 anos, sob o teto do vencedor de Cabalero, só restavam algumas arvores e essas mesmas quasi sêcas, demonstrando que não tardariam a morrer de todo, passando a nús esqueletos brancos das frondes que outrora ostentaram.
Talvez por isso e sentindo ali o hálito da morte, a minha lembrança, ao envez de ser excitada pela contemplação do sitio, como que mergulhou em torpor ...
É que as taperas como aquela, são como os túmulos: arrastam para realidade acabrunhadora o espirito, que, vendo-as assim tão tristes, tão desoladas, não póde coordenar a sua manifestação num raciocínio lúcido — automatisa-se, sentindo mas não podendo exprimir o que pensa.
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Também, depois que a História recolheu o sangue do martir que ali morou, por essa forma encerrando a fé de oficio que ele trouxera da guerra da Tríplice Aliança contra Solano Lopes, para que viverem mais aquelas arvores, si eram, na sua decrepitude, arvores de um tumulo em cujo fundo a gloria de Chicuta não carecia de sombra para viver?!
Índice
- A tapera de Chicuta 3
- O Echo da Verdade 5
- A nobreza de Miranda 10
- O registro de Fagundes 12
- João de Vergueiro e a província de Missões 14
- Parada interrompida 17
- A luz pública de dantes 20
- Semente prodigiosa 24
- Combate frustrado 26
- O Monge 29
- A luzinha 33
- A panela da rua Moron 37
- Zona lendária 41
- A pipoca 46
- Bandeirinhas coerentes 47
- Convocação histórica - Coronel Miranda 51
- A BANDEIRA 56
- Dr. James de Oliveira Franco e Souza 59
- O CLUBE 67
- A capela do Pinheiro Torto de São Miguel 71
- PADRE GUEDES 74
- 10 DE ABRIL - Gervásio Lucas Annes-Gervasio 79
- O VALEIRO 82
- UM BRAVO 87
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Referências