Romeu Carlos Alziro Gehlen

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Romeu Gehlen
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Nome completo Romeu Carlos Alziro Gehlen
Nascimento
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Morte
Local
Ocupação

Romeu Carlos Alziro Gehlen

Biografia

Nasci no dia 25 de outubro de 1947, em Carazinho (RS). Sou filho de Carlos Alziro Gehlen e Olívia Eitelwein Gehlen. Tenho dois irmãos, Irineu Gehlen (advogado) e Geni Gehlen (pensionista do Exército Nacional).

Meu pai era serrador e gerenciava as empresas que se ocupavam do corte e industrialização de madeira no interior de São José do Ouro (na época distrito de Lagoa Vermelha). Já com sete anos de idade, ajudava meu pai nos serviços da serraria e acompanhava, na mata, o corte de pinheiros conduzidos por fileiras de bois até os estaleiros e de lá carregados em caminhões até as serrarias, onde eram industrializados.

Mais tarde, com cerca de dez anos, fomos residir na sede do distrito de São José do Ouro (então, designado de Valzumiro Dutra), onde frequentei a escola básica (primário) até o Quinto Livro. Lá, exerci algumas atividades na venda de frutas, pintor, engraxate. Mais tarde, participei de um exame de seleção dentre uns 600 candidatos para ingressar no Colégio Agrícola de Erechim, tendo sido aprovado em 11º lugar. Em regime de internato, estudei quatro anos, concluindo o ginásio e exerci cargos políticos estudantis, dentre eles a presidência do Centro de Estudantes.

Com vontade de estudar em colégio mais qualificado, ousei prestar exame na Escola Técnica de Agricultura de Viamão, escola modelo no país, por onde passaram figuras importantes como Leonel Brizola e tantos outros. Com dificuldades financeiras, já aos 18 anos, fui a Porto Alegre e enfrentei uma vaga disputadíssima para o ingresso na ETA, posto que acorriam estudantes de todo o país para estudar na consagrada escola. Aprovado, cursei o segundo grau e, naquele educandário, também fui eleito para a presidência do Centro de Estudantes (Cecat) e participei do movimento estudantil junto à União Gaúcha de Estudantes Secundários (Uges) no auge da Revolução Militar (1968), oportunidade em que liderei movimentos estudantis e greves e acabei tendo meus direitos políticos estudantis cassados.

Em 1969, vim residir em Passo Fundo, com o objetivo de cursar uma faculdade. Inicialmente, trabalhei como frentista no Posto Amarelinho, de Moacir Padilha, na Av. Brasil. Logo, fui aceito para estagiar como professor no Colégio Federal de Sertão e prestei vestibular para a Faculdade de Direito da UPF. Enquanto cursava a faculdade, exerci o magistério público estadual e federal. Em 1972, fui convidado a coordenar o Projeto Rondon e, numa noite de encontro de estudantes, conheci a Vanda Cunha, com quem me casei. Tivemos três filhos: Alexandre, Felipe e Wagner. Felipe cursou engenharia Elétrica/eletrônica e trabalha em Porto Alegre. Wagner e Alexandre são advogados e dividem comigo o escritório de advocacia Gehlen Advogados Associados. Alexandre casou com a advogada e professora universitária Cibele Borghetti, do que já resultaram duas lindas netas (Rafaela e Bruna).

Em 1974, concluí a faculdade e logo assumi por completo o novel e próspero escritório. Muito trabalho e estudo me conduziram à advocacia, atividade que ocupava todo o meu tempo e que eu fazia, como faço até hoje, com alegria e senso de justiça.

Em 1978, fui convidado pelo saudoso professor e juiz do Trabalho Alcione Niederauer Corrêa para ser seu auxiliar na disciplina de Legislação Social na Faculdade de Economia da UPF. Abriu-se um concurso público para a disciplina de Direito do Trabalho na Faculdade de Direito em 1987. Aprovado, passei a lecionar nesta faculdade. Portanto, somam-se mais de trinta anos junto ao magistério superior.

Como aperfeiçoamento profissional, fiz duas pós-graduações em Direito Civil, Contratos e Responsabilidade Civil. Participei de inúmeros congressos e cursos ligados à área do direito.

Exerci cargos como coordenador da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra; conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção do Rio Grande do Sul; membro da Câmara de Disciplina e Ética da OAB; presidente do Lions Clube Norte; fundador e presidente da Associação Atlética Cosmos, na qual participei vários anos como atleta na disputa de campeonatos estaduais de futebol de salão (joguei contra a seleção brasileira e a seleção gaúcha). Sou membro do Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul e recebi a Comenda Osvaldo Vergara da OAB e títulos pelo exercício profissional. O escritório Gehlen/Advogados, ao longo desses 35 anos, percorreu o Brasil no atendimento de processos, atuando nas mais diferentes áreas do direito.

Tenho gosto pela leitura e escrevi alguns trabalhos que foram publicados: As transformações do contrato de trabalho; a coluna jornalística Ponto de parada; Castro Alves, o condor; A coexistência social do direito; A natureza jurídica do décimo terceiro salário; Perspectivas de mudanças no direito do trabalho; Castro Alves, o poeta; A Revolução Farroupilha; A boa fé no novo código civil brasileiro.

Adotei Passo Fundo como minha terra. Aqui formei uma família e uma sólida postura profissional.

Meu pai gostava de cavalos. Quando eu era pequeno, já andava no lombo de cavalos. Adulto, passei a criar cavalos da raça quarto de milha. Apaixonado pela raça, incluo-me em cavalgadas com amigos e em exercícios de tiro de laço. A par disso, sempre pratiquei esportes e atualmente faço natação.

A vida é feita de momentos e o aprendizado acontece todos os dias. Em qualquer tempo se pode aprender coisas novas e conviver com o caminhar da história. Acredito que o homem deve marcar a sua existência, respeitando a natureza e o ser humano, lutando por ideais de liberdade e respeito à vida.

Títulos, prêmios e honrarias

Livros e publicações de sua autoria

Livros e publicações com sua participação

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Referências


  1. Relação de Acadêmicos e Patronos da APLetras - Em 11/05/2008, por Santina Rodrigues Dal Paz
  2. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas