Prisioneiros dos Bugres
Prisioneiros dos Bugres | |
---|---|
Descrição da obra | |
Autor | Fidélis Dalcin Barbosa |
Título | Prisioneiros dos Bugres |
Assunto | História |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2015 |
Páginas | 144 |
ISBN | 978-85-8326-171-1 |
Formato | Papel 15 x 21 cm |
Editora | Lar Católico |
Publicação | 1966 |
Prisioneiros dos Bugres É uma história empolgante. Apaixonante. Página dramática e altamente ilustrativa na nossa literatura indianista. Episódio épico da eterna luta entre o indígena e o colonizador. Epopéia escrita no seio da mata virgem que, no último quartel do século passado, vestia de negro a serrania alpestre dos rios das Antas e do Caí, às vésperas da chegada das primeiras levas de imigrantes italianos; os bravos imigrantes que, a exemplo dos alemães que os antecederam, com um toque de magia transformaram completamente a natureza bruta num vergel de esplêndidas cidades. Em criança, escutei, embevecido, dos lábios de meu pai a história que vou contar. Ela já vem narrada com fartos pormenores pelo Mons. Matias José Gensweidt, em alemão, e muito bem traduzida em português pelo Ir Eugênio Damião e editada pela Livraria Selbach, de Porto Alegre, sob o título de “As Vítimas do Bugre”
Apresentação
APRESENTAÇÃO, por MÁRIO GARDELIN[2]
Fidélis Dalcin Barbosa é um escritor fecundo. Seus livros garantem-lhe um lugar de destaque na história do Rio Grande do Sul. Bastaria, porém, se nada mais houvesse escrito, PRISIONEIROS DOS BUGRES para obter-lhe a imortalidade. E a razão disto é muito simples: He vulgarizou ainda mais a história comovente, apaixonante e curiosa de Jacó Versteg, descendente dos barões de Von Ameringen. O cenário é Caxias do Sul, o antigo “Campo dos bugres”, bem como a região de colonização italiana.
A história de Jacó Versteg tem-nos chamado intensamente a curiosidade. Hoje He descansa em Desvio Blauth, ao lado da sua esposa. Filhos, netos e bisnetos perpetuam-lhe o nome em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Sua aventura, dolorosa e triste, é a maior fonte de informações sobre a região colonial italiana, antes da vinda dos imigrantes. As informações de Jacó, sobre costumes, usos, maneira de viver e de pensar dos índios, deitam um poderoso raio de luz na selva espessa.
Estuda-se, nos dias de hoje, o silvícola desta região. Numerosas são as grutas com ossadas humanas; encontram-se covas de uso desconhecido; há instrumental lítico em grande parte das colônias. O indígena povoou esta região certamente a 8 mil anos antes de Cristo. Repitamos: 8 mil anos. Das sucessivas migrações que por aqui passaram, somente restam lembranças arqueológicas, que a paciência dos cientistas escava. O indígena histórico, que aqui encontramos, teve sua vida observada e narrada pelos jesuítas: assim, o cenário onde se desenrola o drama de Jacó Versteg estava povoado no século XVII por índios gês, pertencentes aos grupos ibirajaras e caaguaras. Os caaguaras, segundo Aurélio Porto, teriam ocupado mais o campo, enquanto que os ibirajaras se localizavam mais na selva. Ibirajara quer dizer “senhor do pau”, pois andavam com grandes bastões, com que eram exímios na arte de pelejar. Esses índios desapareceram, em grande parte, com a bandeira de Antônio Raposo Tavares, em 1636. Depois da razia bandeirante, deve ter-se criado um grande vácuo, que foi preenchido pelos caingangues, originários do norte e que se fundiram com os sobreviventes. Consta que os caingangues são ainda hoje exímios na luta com bastões. Seria herança dos ibirajaras? (Segue...)
Índice
|
|
Conteúdos relacionados
- 2016 - A versão e-book foi lançada na IV Semana das Letras da Academia Passo-Fundense de Letras ocorrida de 05 de Maio de 2016.
Referências
- ↑ BARBOSA, Fidélis D. (1966) Prisioneiros dos Bugres -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2015 144 páginas. E-book
- ↑ Diretor do Departamento Municipal de Turismo de Caxias do Sul.