Para onde vão nossas casas

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Para onde vão nossas casas
Para onde vão nossas casas[1]
Descrição da obra
Autor Agostinho Both
Título Para onde vão nossas casas
Assunto Romance
Formato E-book (formato PDF)
Editora Projeto Passo Fundo
Publicação 2013
Páginas 416
ISBN 978-85-64997-94-3
Formato Papel 15 x 21 cm
Editora UPF
Publicação 1990

Para onde vão nossas casas Elias, o universitário, que parte em busca de outros pedaços de chão, acalentando sempre os sonhos e ideais de seus antepassados.

Conhecedor da natureza humana, o autor coloca uma extraordinária riqueza espiritual nas figuras de sua trama, que refletem toda a profundidade da força, da persistência e da "garra" do gaúcho, mescla dos povos que aqui chegaram, alemães, italianos, portugueses, índios, negros, para formar o povo rio-grandense.

Livro escrito por Agostinho Both, publicado em 1990

Apresentação

da Crônica de Tânia Du Bois

“Apreciava ideias novas, como se fossem frutos após a chuva.”

                   Todo mundo tem uma história do gênero para contar. Encontro o escritor Agostinho Both, que sente prazer em escrever. É o que me permite como leitora a identificar histórias que garantem a sobrevivência dos enredos no romance “Para onde Vão Nossas Casas” (primeiro romance de Agostinho, 1990), com registros preciosos da época, nos quais faz ilações interessantes e atrativas como jogo de possibilidades.

“Estou aqui com uma mão na frente e outra atrás, sem saber qual delas eu tiro. Apenas uma ideia é que me dá um pouco de esperança.”

                   Agostinho reflete em palavras problemas da época, idiossincrasias, anotações e situações envolvidas em questões particulares: a simplicidade, a vontade de vencer os desejos e a luta pela terra são reproduzidas em detalhes na exposição de paisagens, com palavras gostosas de serem lidas.

“As horas tristes não deixam de ter suavidade. A fatalidade

faz a gente deixar as intenções pessoais de lado. A vela

se apaga e a manhã inicia meu novo caminho.”

                   O que tudo indica é que Agostinho, na tentativa de encontrar respostas e retratar o tempo, descreve novos ângulos de leitura sobre ideias necessárias para mostrar aquela realidade da feição colonizada do Brasil; conquistas como resultado do trabalho e da boa vontade do povo, na fervorosa extravagância do autor. Brilhante no que conta a seu modo a saga familiar, a passagem do tempo e o caráter do homem que lá se estabelece: a razão diante das questões do coração.                    O contexto da obra é de inquestionável valor e o autor não se limita pela verdade “empírica” dos fatos. A história urge trazendo lembranças à luz do dia (de hoje), expressando não só o amor, mas a verdade como busca e permanência na imigração, resposta datada no que por si só se impõe: “Para Onde Vão Nossas Casas”.

“Quando minha consciência se abre para entender o que   acontece, bem mais animada e certa se torna minha ação...”

                   Both, com palavras cuidadosas/escolhidas, descreve conflitos de modo a dar tom inédito a situações desconhecidas, com os sentidos se sobrepondo aos interesses para prevalecer a união dos imigrantes.

“... mais vale uma aldeia onde se tem um ao outro em razoável profundidade, que uma grande cidade, onde é revelado muito pouco de cada um...”

                   No desenvolvimento do romance, o autor resgata precursores no conceito “vontade e desejo na força do trabalho”, mostra diferentes variantes em forma de crença e descrença, como parte da conquista e exploração do novo espaço, da nova moradia, da nova cidade e do novo País. Assim, transmite à novas gerações suas memórias sentimentais, como jogo de possibilidades.

“... ao perceber dentro de si, a paixão trocando de cor e estado,

como se fora a própria tempestade! Não poderia esquecer-se

jamais das formas e do tamanho que tem o ser humano...”

                   “Para Onde Vão Nossas Casas” é leitura fluente, onde as emoções de cada personagem se apresentam em trechos de suas vidas, o que Agostinho Both concede, como jogo de possibilidades, ao recontar a história através da ilusão do amor, algo em que o autor acredita para as conquistas, no abrir caminhos em direção ao novo horizonte.

“Parece que a autonomia das pessoas sofre uma crise,

pois entre elas algumas se encheram de vantagens

e o sentido da igualdade foi perdido.”

Índice

  • APRESENTAÇÃO 9
  • AO ABRIR A PORTA 11
  • OS ESCRITOS DE ALBIN DENKEMANN 19
  • EM BUSCA DE UMA ALDEIA 19
  • INTRODUÇÃO 21
  • A CASA PERDIDA 23
  • UM ESTRANHO:A EXTRAORDINÁRIA VIAGEM DO IMIGRANTE ALBIN 41
  • RESUMO DOS ESCRITOS PERDIDOS 93
  • AS CARTAS 139
  • OS ESCRITOS DE BONIFÁCIO DENKEMANN 155
  • A ALDEIA EM CONSTRUÇÃO 155
  • INTRODUÇÃO 157
  • EM BUSCA DE UM LUGAR 159
  • OS FATOS SE SUCEDEM E NELES DISTRAÍDOS GASTAMOS NOSSAS VIDAS 186
  • COM FATOS FORTES TAMBÉM FAZEMOS NOSSAS VIDAS 233
  • OS ESCRITOS DE PIPPO ELIAS DAVOGLIO 279
  • A ALDEIA CONSTRUÍDA 279
  • INTRODUÇÃO 281
  • DE ANDANÇA E ALDEIA 283
  • DE ALGUÉM QUE BUSCOU SEU LUGAR E SUA CASA 320

Conteúdos relacionados

  • 2013 - A versão e-book foi lançada na 27ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida de 01 a 10 de novembro de 2013.

Referências

  1. BOTH, Agostinho. (1990) Para onde vão nossas casas -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2013. 416 páginas. E-book