Marta Cristina Schnhorst
Marta Cristina Schnhorst | |
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Nome completo | Marta Cristina Schnhorst |
Ocupação | atleta
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Marta Cristina Schnhorst
Biografia, Histórico
Kitti teve uma agradável surpresa na aula de educação física do Colégio Anchieta, onde estudava em Porto Alegre. Sua professora levou para uma apresentação, atletas de ginástica rítmica.
A música e os movimentos das ginastas encheram de brilho os olhinhos da Kitti, então com sete anos de idade. Quando chegou em casa, disse a sua mãe: “Assisti uma coisa no colégio que quero fazer”. Assim nasceu para a ginástica rítmica a fenomenal atleta Marta Cristina Schnhorst, amavelmente chamada de Kitti pelos familiares e amigos. Ao chegar em sua primeira aula de ginástica no Anchieta, sua instrutora percebeu que ali estava uma grande promessa, graças a sua determinação e biótipo para o esporte e a levou imediatamente para a Sogipa, clube com muito maior estrutura para seu desenvolvimento.
Marta competia na categoria mirim. Foi campeã gaúcha, brasileira e integrou a seleção nacional da categoria. Por força de uma transferência de trabalho de seu pai, a família mudou-se para São Paulo, prometendo a pequena ginasta que ela continuaria treinando e competindo. Na capital paulista foi treinar no Centro Olímpico de Treinamentos e Pesquisas da Prefeitura, no meio de atletas consagrados de todos os esportes. Marta continuou vencendo, agora o campeonato paulista e o brasileiro.
Em 1989, outra mudança. Seu pai funcionário da empresa Bayer foi morar na Alemanha e lá foi Marta e sua mãe Zeni, sua grande incentivadora, dar continuidade a carreira, longe de sua terra. Treinava com ginastas da seleção alemã e foi surpreendida com a convocação para integrar a seleção brasileira no campeonato mundial de ginástica rítmica, em Sarajevo, na Iugoslávia ainda unificada.
Com 15 anos de idade Marta sentiu o clima de guerra. Havia percebido da Alemanha o sentido de liberdade, com a queda do muro de Berlim. Em Sarajevo sentiu o medo da morte rondando aquele povo. Morando de volta no Brasil, novamente foi convocada para o campeonato mundial na Grécia, em 91. Marte embora jovem era experiente em competições internacionais.
Disputara duas Copas Quatro Continentes, no Canadá e Japão. Pan-americano, Jogos Ibero-Americanos, competições sul-americanas, conhecia boa parte do mundo graças a ginástica. Na Grécia obteve a 50º colocação, que lhe valeu a classificação para a Olimpíada de Barcelona, em 92, o sonho de todo atleta.
Ao chegar o dia de sua apresentação, Marta esta só no imenso ginásio de Barcelona repleto. Estava mais bela do que nunca, mas sem ninguém. Nenhuma colega, sem treinadora, absolutamente nenhum brasileiro próximo a ela. Pára piorar seria por sorteio a primeira ginasta a se apresentar. Quando seu nome foi anunciado em espanhol, Marta sentiu ao mesmo tempo todas as emoções que um ser humano pode sentir. Orgulho, medo, tensão. Trêmula entregou a direção da prova sua fita com a música escolhida. Segurou as lágrimas, abriu um sorriso encantador e subiu no tablado.
Ali estavam Marta e Kitti juntas, a primeira sul-americana na ginástica rítmica numa olimpíada. Sua apresentação foi impecável, não o suficiente para medalha, mas para arrancar da enorme platéia aplausos em pé.
A pequena grande passo-fundense estava aliviada. Sua colocação foi o 41º lugar, até hoje registrado no Guiness Book, como a melhor ginasta brasileira em olimpíada. Depois de Barcelona Marta parou de competir, mas não se desligou do esporte. Passou a treinar meninas, primeiro no Clube Sírio Libanês e hoje no Clube Espéria, que tem um sonho, como ela também teve, de um dia tornar-se uma campeã.
Títulos, prêmios e honrarias
Conteúdos de seu acervo
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