Joaquim Maria Machado de Assis

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Machado de Assis
Machado de Assis.jpg
Nome completo Joaquim Maria Machado de Assis
Nascimento 21 de junho de 1939
Local Rio de Janeiro/GB
Morte 29 de setembro de 1908
Local Rio de Janeiro/GB
Ocupação

Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 – Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, considerado por muitos críticos, estudiosos, escritores e leitores um dos maiores senão o maior nome da literatura do Brasil. Wikipédia[1]

Biografia

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, no Morro do Livramento, subúrbio do Rio de Janeiro. É filho de Francisco José de Assis, pintor de paredes, e Maria Leopoldina Machado de Assis, de afazeres domésticos. Era neto de escravo alforriado e, bem cedo, perdeu a mãe, a irmã e o pai, que se casara em segundas núpcias com Maria Inês, irmã de Maria Leopoldina.

Machado de Assis cresceu como menino pobre, mal nutrido, epiléptico e gago. Alguns referem que teria frequentado escola pública. Se o fez, não foi com a regularidade necessária. Com quatorze anos, passou a auxiliar sua madrasta na venda de doces em um colégio do bairro. Mantinha contato com os alunos e não está afastada a hipótese de que tenha frequentado alguma aula nas horas vagas. Foi um autodidata que aproveitou as poucas oportunidades que o convívio e as bibliotecas públicas lhe ofereceram. O padre Silveira Sarmento ministrou-lhe, gratuitamente, aulas de francês e latim. Foi sua madrinha, Maria José Mendonça Barroso, quem o amparou materialmente e o colocou em contato com pessoas cultas e influentes.

Moço pobre, autodidata e metódico, despertou a atenção do incentivador de novos talentos Francisco de Paula Brito, dono de livraria e do jornal A Marmota Fluminense. Machado de Assis passou a integrar o elenco redatorial do jornal. Lá, conheceu e conviveu com várias personalidades da literatura brasileira da época, entre elas, Joaquim Manoel de Macedo, José de Alencar, Gonçalves Dias e Manoel Antônio de Almeida, diretor da Imprensa Nacional, que o contratou como tipógrafo. Continuou escrevendo e publicando seus trabalhos em vários jornais do Rio de Janeiro, tornando-se conhecido por seu estilo descritivo e sutil e por sua ironia amarga e sarcástica. Mais tarde, trabalhou em ministérios do Império, galgou postos de chefia e, por decreto do Imperador D. Pedro II, foi nomeado Oficial da Ordem da Rosa, em 1888.

Em 1896, Machado de Assis liderou o movimento para fundar a Academia Brasileira de Letras, da qual foi primeiro presidente, cargo que, por mérito e por deferência de seus confrades, exerceu, em caráter perpétuo, até o fim de seus dias. Ocupou a cadeira 23, que tinha como patrono José de Alencar. Em 12 de novembro de 1869, casou com Carolina de Novais, com quem viveu durante 35 anos. Contrariamente ao amor ficcional dos personagens dos seus livros, conviveu harmoniosamente com a esposa, que foi sua inspiradora e incentivadora.

Quase toda sua obra foi construída durante a convivência com ela. A obra de Machado de Assis abrange quase todos os gêneros literários: poesia, teatro, romance, crônicas e contos. Seu legado literário é imenso: quatro volumes de poesias, nove obras teatrais, nove romances e muitos contos, reunidos em sete volumes. Crisálidas, seu primeiro livro de poesias, foi publicado em 1864 e Ressurreição, seu primeiro romance, em 1872. Seus romances, Dom Casmurro e Memórias póstumas de Brás Cubas foram traduzidos para muitas línguas, entre elas, alemão, espanhol, francês e inglês. Alguns dos seus trabalhos foram adaptados para televisão, teatro e cinema.

Foi no conto que Machado de Assis se sublimou, embora tenha sido um expoente em todos os gêneros literários. Sempre deu mais valor à reflexão e à análise do que à ação dos seus personagens. O pessimismo pautou sua vida e obra. Contribuiu para isso sua infância. É estranhável que o sucesso de sua carreira e sua vida feliz com Carolina não tenham tido força suficiente para suavizar o amargor dos seus personagens.

Como outros gênios, sofreu críticas e contestações, mas, insuficientes para macular o brilho e o valor da sua obra. Harold Bloom, professor da Universidade de Yale e um dos mais conceituados críticos literários da atualidade, em seu livro O Gênio, inclui Machado de Assis entre os cem escritores mais brilhantes de todos os tempos.

Pode-se afirmar que Machado de Assis é uma das maiores expressões literárias do nosso país, senão a maior, e um dos grandes nomes da literatura mundial. O escritor faleceu em 29 de setembro de 1908. É uma honra e uma responsabilidade tê-lo como patrono.

Títulos, prêmios e honrarias

Rua Machado de Assis

  • 1955 - LEI Nº 660 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1955[2] - Art. 1º- Fica adotada a nomenclatura de Ruas e Praças da cidade, organizada pela Comissão Especial de Nomenclatura de Ruas, da Câmara Municipal de Vereadores, que vai anexar a esta Lei, em relação alfabética, aprovada pelo Poder Legislativo. -Rua Machado de Assis LO -V-Vera Cruz - Localização[3]

Patrono APLetras

  • 1970 - William Richard Schisler Filho, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 30 (LECH, Osvandré LC. (2013). pág.49)[4]
  • 1975- Patrono da APLetras cadeira nº 30 (SANTOS, Sabino R. (1975). Fragmento)[5]
  • 1988 - Edy Isaias, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 30 (LECH, Osvandré LC. (2013). pág. 52)[4]
  • 2005 - Alberto Antônio Rebonatto, Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 30 (LECH, Osvandré LC. (2013). pág. 54)[4]

Conteúdos de seu acervo

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Referências

  1. https://pt.wikipedia.org/wiki/Machado_de_Assis
  2. «Lei Ordinária 660 1955 de Passo Fundo RS». leismunicipais.com.br.
  3. Rua Machado de Assis - Google Maps
  4. 4.0 4.1 4.2 LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas
  5. SANTOS, Sabino R. (1975). Anuário APLetras 1975. Passo Fundo: Berthier. 70 páginas. Fragmento
  6. GEHM, Delma R. (1979) Cronologia do ensino em Passo Fundo -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2012. 70 páginas. E-book