Independente Grêmio Atlético de Amadores

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Independente GAA
Independente GAA.jpg
Nome Independente Grêmio

Atlético de Amadores

Data fundação 21 de outubro de 1941
Local Hotel Avenida

Independente Grêmio Atlético de Amadores Fundado no dia 21 de outubro de 1941, quando se reuniram pessoas da alta camada da sociedade passofundense, no então requintado Hotel Avenida.

Histórico

Descontentes com decisões tomadas por alguns diretores do S. C. Gaúcho, um grupo de dirigentes resolveu criar uma dissidência, dando vida a outra agremiação. Esse grupo arregimentou pessoas integrantes da elite da sociedade passo-fundense. No dia 21 de outubro de 1941, nos salões de festa do Hotel Avenida, fundaram o Independente Grêmio Atlético de Amadores, com as cores preta e branca.

Na oportunidade definiram o quadro social e elegeram a primeira Diretoria: presidente Deoclécio Rostro; 1º vice-presidente, Elpidio Ferreira Barbosa; 2º vice-presidente, Vitalino Trindade; 1º secretário, Leorino Reis; 2º secretário, Jaime Laus. Conselho Fiscal, Dr. Miguel Kozma, Dr. Oscar Klein, Tulio Fontoura, Dr, Sabino Arias e Paulo Coelho. Conselho Consultivo, Waldir Ceconi, Adolfo Floriani, Dr. José Carré, Dorval Rodrigues, João Schapke, Mucio de Castro e Joaquim Musa. Primeira Comissão Técnica, Tenente Maximiliano Ferreira, Ulisses Laus e Alceu Laus.

No primeiro mês de existência, o clube contabilizava exatos 118 sócios. Definiu seu elenco, buscando jogadores nos colégios Conceição e Instituto Educacional, especialmente.

Agora, era começar a jogar. No dia 4 de janeiro de 1942, disputou sua primeira partida, sem o cuidado de escolher o adversário. Convidou para um amistoso o Riograndense, bi-campeão citadino e serrano. Achando uma grande petulância do clube debutante, o “ferrinho” aplicou indiscutíveis 7 a 2. Foi a primeira lição do Independente, formado com Susin, Dossa e Gerdy; Rádio (Sororó), Elpídio e Áureo; Pastor, Flávio, Rico, Nino e Noio. Flávio fez o gol inaugural da história do clube.

No dia 19 de fevereiro de 1942, filiou-se à Federação Riograndense de Futebol de Futebol, e no mesmo ano disputou seu primeiro citadino. Nessa época, o clube treinava nos campos dos colégios e jogava nos estádios adversários. A primeira tentativa de possuir campo próprio foi o sonho de adquirir a área onde hoje está situado o Estádio Wolmar Salton, não conseguindo acordo para a transação.

Em 1946, bastante reforçado, o alvi-negro conseguiu conquistar seu primeiro campeonato citadino. Venceu o 14 de Julho numa partida memorável por 3 a 2. Com o Estádio da Vila Vergueiro lotado, o IGAA saiu perdendo, com gol de Pregentino. Vadila Marques e Nino viraram ainda no primeiro tempo. Flávio fez o terceiro e Pupe descontou. Os times jogaram assim: o Independente com Caio, Josino e Barão; Bino, Célio e Dall’Agnol; Noio, Avas, Vadila Marques, Nino e Flávio. O 14 de Julho com Timpa, Pupe e Nardo; Nery, Gradin e Bazei; Camboim, Pregentino, Gojo, Chinês e Lili. O árbitro da partida foi o então Promotor Público Dr. Abbadé dos Santos Ayub.

Nessa época, era presidente do clube o Sr. Hugo Lisboa, representante do laboratório e pessoa vastamente relacionada na cidade e região. Foi um dos grandes beneméritos do clube alvi-negro. Em sua gestão, o IGAA recebeu do Sr. Aparício Lângaro a doação de uma área para construção de seu estádio. O doador estava fazendo um loteamento nas proximidades e, como conta o Dr. Murilo Annes, deduziu que a construção de um estádio, pertencente a um clube de elite, não só valorizaria a área, como também atrairia compradores para os lotes. O termo de doação teria a seguinte cláusula: na área, necessariamente se construiria o estádio do Independente. Se algum dia o clube deixasse de existir, a doação reverteria ao Poder Público Municipal, desde que mantivesse no local uma praça de esportes. Caso contrário, o imóvel voltaria a pertencer à sua família.

O estádio, todo cercado, tinha um pequeno pavilhão, um excelente gramado, com drenagem, a primeira em estádio da cidade, pista de atletismo, copa e espaço reservado para construção de quadra de basquete. O anfitrião recebeu, para inauguração, a visita do Grêmio Porto-alegrense, no dia 1º de abril de 1951. ao estádio deu-se o nome de Tingaúna, que, na língua tupy-guarani, quer dizer preto e branco. As cores do clube.

O Independente sagrou-se hepta-campeão citadino de amadores de 1952 a 1958. Salienta-se que, a partir de 1953, competia somente com o Riograndense. Gaúcho e 14 de Julho haviam aderido ao regime profissional.

Nesse período, venceu três vezes o campeonato regional. Em 1053, chegou à semifinal do estadual de amadores, perdendo para o Internacional de São Borja, na terceira partida realizada em Santo Ângelo. Em 1954, perdeu novamente a semifinal, também para o Internacional de São Borja, na decisão em Santa Maria. Em 1957 foi vice-campeão estadual, perdendo a final para o Internacional, em São Borja. O elenco vice-campeão era composto pelos seguintes jogadores: Bertóglio, Egídio, Godinho, Alceu, Níveo, Valdemar, Demóstenes, Pisseti, Paulo Afonso, Evaldo, Paulistinha, Reissoli, Hansen, Sarandi, Alberi e Daltro Pinto.

Em 1960 a 1964, somou um tetra-campeonato citadino. Nesse período foi campeão serrano em 1962 e 1964.

Em 1962, realizou uma campanha digna de registro. Superou na primeira fase o Grêmio de Marau, Santa Isabel de Gaurama e Guaíba de Getúlio Vargas. Na seqüência, bateu o Gaúcho de Serafina Corrêa. Daí foi disputar a final da série azul do campeonato estadual contra o Brasil de Farroupilha, hoje representante da divisão do futebol profissional. No primeiro jogo, na serra gaúcha, vitória do IGAA por 4 a 3, gols de Bertóglio (2), Anselmo e Edú. Em casa foi derrotado por 5 a 2. O confronto decisivo se deu em Guaporé, vitória por 4 a 2, gols de Bertóglio (2), Juarez e Carmo, e festa pela maior conquista da história do clube passo-fundense. Presidido pelo inigualável Alceu Laus, o clube tinha como preparador técnico Antonio Severo de Freitas, o ex-goleiro Pirata, e os seguintes jogadores: Luiz Sacchet, Flávio Belotti, Jatir Bilibio, Lindomar Franzon, Miguel Ambrósio, Ben-hur Fontana, Walter Machado, José Juarez Rodrigues, Carmo Lammel, Edino Bertóglio, Juan Garcya Reyes, Anselmo Alves dos Santos, Wilmar de Souza, Headerley Lopes, Edú Pimentel, Zilmar Varella, Aldo Bonisoni e João Mamedes.

Em 1964, conquistou o terceiro lugar no campeonato estadual. Em 1966 e 1967 foi bi-campeão regional. Após amargar um longo período sem conquistas, o IGAA venceu a Copa Pedro Sirângelo, em 1976, competição em nível estadual. Foi seu último grande feito.

O Independente Grêmio Atlético de Amadores continua disputando o certame municipal. Sua história mais marcante compreende o dia de sua fundação até a morte do Sr. Alceu Laus, seu nome mais ilustre. Alceu Laus foi o incansável dinamizador do futebol amador da cidade, especialmente do Independente, clube que tanto amou.

Muitos nomes fizeram parte da história do clube, engrandecendo o esporte amador passo-fundense, como Deoclécio Rostro, Elpídio Ferreira Barbosa, Vitalino Trindade, Dr. Herculano Araújo Annes, Breno Reis, Eduardo Barreiro, Ulisses Laus, Jaime Laus, Hugo Lisboa, outro expoente da história alvi-negra, Vitório Verardi, Constantino Pelegrini, Ivo Risieri Tasca, Arlindo Agostini, Avelino Andreis, Capitão Geraldo Majela Bernardes, Capitão Oswaldo Di Primio, Genuíno Di Primio, Osmar Zerwes, Dr. Murilo Coutinho Annes, Flávio Annes, Arthur Culmann Canfield, José Bertóglio, Constante Tasca, Ivo Biazus, Alady Berleze de Lima, Agostinho Dall’Agnol, Pedro Bertagnoli, Miguel Wairich, Pedro Piovesan, Amilcar Rostro, Egidio Reolon, Sady Viana, Américo Otero, Talito Fauth Mendonça, Paulo Giongo, Ney Lucca e outros.

Campos de futebol através do tempo

Estádio Tingaúna

  • 1951 - O Independente inaugurou seu estádio (Scherer)[1]
  • 1951 - Estádio do IGAA Independente Grêmio Atlético de Amadores - A partida inaugural, no dia 1º de abril de 1951, teve a presença do Grêmio Porto-Alegrense, pela primeira vez em solo de Fagundes dos Reis.
  • 1955 - LEI Nº 660 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1955[2] - Art. 1º- Fica adotada a nomenclatura de Ruas e Praças da cidade, organizada pela Comissão Especial de Nomenclatura de Ruas, da Câmara Municipal de Vereadores, que vai anexar a esta Lei, em relação alfabética, aprovada pelo Poder Legislativo. -Rua Praça Independente GAA, na V. Independente (atual campo do Estádio Tingaúna - Localização[3]
  • 2010 -Estádio Tingaúna, Dados Históricos Em 24/11/2010, por Marco Antônio Damian

Títulos, prêmios e honrarias

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Conteúdos relacionados

  • 1961 - LEI Nº 977, DE 25 DE NOVEMBRO DE 1961[4] - Art. 1º Fica reduzida a dotação prevista no artigo 3º da Lei nº 922 de 28/11/1960, para o exercício de 1962, a qual será distribuída às seguintes entidades.. - d) Independente G.A.A;
  • 1962 - LEI Nº 1018. DE 7 DE DEZEMBRO DE 1962[5] -Art. 1º O Município concederá no exercício de 1963, o auxílio às entidades desportivas seguintes e assim discriminadas;
  • 1982 - Independente Grêmio Atlético de Amadores (GEHM, Delma. (1982). pg.163-166) [6]
  • 1997 - Futebol de Passo Fundo (DAMIAN, Marco A. (1997). pg. 45-48)[7]

Veja também

Referências

  1. 1951 - - Estádio Tingaúna (Independente GAA0) - site do Futebol de Passo Fundo
  2. LEI Nº 660 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1955 - leismunicipais.com.br.
  3. Praça Independente - Google maps.
  4. LEI Nº 977, DE 25 DE NOVEMBRO DE 1961 - leismunicipais.com.br.
  5. «LEI Nº 1018. DE 7 DE DEZEMBRO DE 1962». leismunicipais.com.br.
  6. GEHM, Delma. (1982). Passo Fundo através do tempo - volume 2: fatos, usos, costumes e valores -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. E-book (2016) Vol.2.; 350 páginas.
  7. DAMIAN, Marco A. (1997). Futebol de Passo Fundo -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo (2011). 134p. ; Ebook.