Eu fui um marginal
Eu fui um marginal | |
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Descrição da obra | |
Autor | Fidélis Dalcin Barbosa |
Título | Eu fui um marginal |
Assunto | Contos |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2013 |
Páginas | 154 |
ISBN | 978-85-8326-047-9 |
Formato | Papel 15 x 21 cm |
Editora | Edições EST |
Publicação | 1984 |
Eu fui um marginal Eu fui um marginal. Fui assaltante e ladrão. Estive na iminência de me tornar assassino. Uma dezena de vezes, revolver em punho, fiz pontaria para matar... A história é longa e dramática, triste e humilhante para mim. Todavia, no áspero caminho que eu trilhava, um dia brilhou um raio de luz. No meio desse raio de luz, surgiu uma mão poderosa e amiga. Mão poderosa e amiga que me conduziu do charco às estrelas, do diabo a Deus, do inferno ao céu... Recuperei-me. Agora, recuperado, sinto prazer em narrar a minha história. A minha dramática história.
Apresentação
APRESENTAÇÃO, por Dante de Laytano
UM ESCRITOR QUE AMA DE VERDADE SEU RIO GRANDE DO SUL NOVO E COLONIAL
Fidélis Dalcin Barbosa é autor fecundo e sua abordagem de preferência as áreas de ficção literária e história constituem-se quase que uma raridade na tímida bibliografia da nossa Província, procurando um tema sem uso - o da colônia e o italiano -, escrevendo bastante. Sua operosidade impressiona tanto quanta um brilhante posicionamento que Ihe permite, pelo fato de possuir forte e perene espírito criativo dosado de equilíbrio de linguagem, gramática e estilo com a expressão liberada que Ihe traça as normas do entrecho proposto, um lugar de destaque na história das letras rio-grandenses.
Não somente por ter escrito, editado e publicado 30 títulos. O que já seria uma forma de defini-lo como um escritor de um dom de trabalho infatigável na busca da montagem do livro como obra de arte. Ele o faz. E bem. Trata-se na verdade de um escritor com facilidade de trânsito pelo emaranhado mundo da imaginação. Ele a explora com inteligência, lega-nos romances, contos, novelas, biografias e estudos, etc. Considere-se entretanto a grande virtude deste escritor que se impõe porque se apresenta a destacar uma região que não foi sondada por ninguém. Poucos se lembram dela. Não há duas linhas e se as há pouco são conhecias e estão na maioria das vezes esquecidas e ninguém as encontra mais. Ele soube justamente valorizar o colono italiano, a geografia da colonização peninsular e cuidar de salientar a beleza, a paisagem, o universo e a criatura num Rio Grande do Sui ainda por ser descoberto pelo escritor. Ele não. Investiu, e sereno, decidido e realizando uma obra imensa, caudal magnífico, obrario que se retrata o ítalo-gaúcho. Evidente que ele procurou outros assuntos, e se houve com precisão e uma perfeição diante de um diagnóstico de síntese moral e espiritual da descrição. Pronta para ser vista. Interpretada como ela na lucidez da herança antropológica.
Passando os olhos pela vasta bibliografia, e toda aproveitável no retrato de outro Rio Grande inexplorado, atende-se logo pelo planejamento literário que se propôs o autor. Cinco livros seus ele os dedica a uma temática e que logo a denomina de - Prisioneiros -. Assim um livro chama-se "Prisioneiro da Montanha" e outro denomina-se "Prisioneiros do Campo", "Prisioneiros do Abismo" e “Prisioneiros dos Bugres". A intenção do Autor está visível em sobressair a paisagem, não em dimensionar, mas colocar em ação numa natureza determinada do cenário que foi destinado e vivido pelo gaúcho de ascendência italiana. Somente conhecendo-se a geografia da colonização italiana pode-se então notar ou perceber-se que o domínio do meio físico, natural e paisagístico impõe sua influência. Não decisiva, certo. Mas interligando a criatura e o solo, a gente e a paisagem, o colono e a natureza.
A obra de Fidélis Dalcin Barbosa é um investimento proposital no pequeno tema. O assunto fica sempre na dependência do burgo, do limitado e do minúsculo. A temática sem a amplitude sofisticada das grandes teses. Mas no fundo, neste segundo escalonamento da classificação, assim meio superficial de sua obra, ele se passa, com mil cuidados para a linha colonial, o distrito e a capela ou o travessão e a própria colônia. É o caso de seu livro, aliás creio que se trata do melhor que ele escreveu - "A Coloninha" -, a biografia do elogio das virtudes e da vocação religiosa na missão piedosa de servir a Deus, Nosso Senhor. Pois, é uma catarinense, Amábile Visintainer (Madre Paulina), fundadora da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. Agora surge Nova Trento, a faina agrícola, a luta material, o vencer o deserto verde, a luta contra a prática habitual do abandono do Governo. O sistema relegando sempre os que não têm prestígio e vivem dos favores da mãe terra, com suas agruras e batalhas. O livro tem várias edições, já foi traduzido para o italiano e a TV Globo, poderosa, o usou durante uma hora num Programa do Globo Rural. Preocupado com os redutos minúsculos que legam figuras, ideias e lições, então o Autor lança - "São Virgílio da Segunda Légua" -, primor de apreciação do resumo de uma cultura. Num ambiente reduzido de contornos. (Segue...)
Índice
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- 2013 - A versão e-book foi lançada na 27ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida de 01 a 10 de novembro de 2013.
Referências
- ↑ BARBOSA, Fidélis D. (1984) Eu fui um marginal -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2013. 154 páginas. E-book