Criação do Instituto Educacional

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Criação do Instituto Educacional

Em 1982, por Delma Rosendo Gehm


Criação do Instituto Educacional[1]

1920 – Por Por deliberação do Conselho Municipal as aulas subvencionadas pelo município foram suspensas, continuando as mantidas pelo Estado.deliberação do Conselho Municipal as aulas subvencionadas pelo município foram suspensas, continuando as mantidas pelo Estado.

A 15 de março teve início o funcionamento do Instituto Educacional, criado em fins de 1919. Começou a funcionar em edifício de madeira, que existia nos fundos da Igreja Metodista e foi seu fundador e primeiro diretor o Rev. Jerônimo Daniel, missionário norte-americano e pároco da Igreja Metodista, desta cidade.

O número de alunos, no primeiro dia de aula, excedeu a toda expectativa, em razão de terem ficado preenchidos todos os lugares das salas de aula. Surgiu daí a ideia de construir edifícios amplos e apropriados para o ensino.

O Rev. Jerônimo Daniel, ex-aluno da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, lançou um apelo aos seus ex-professores e ex-colegas da Universidade, tendo conseguido que uma professora daquela instituição, Miss Mary Dechard, movimentasse a campanha com grande sucesso, o que facilitou a construção dos dois grandiosos edifícios onde hoje funcionam aulas, tendo o da rua Paissandu servido para internato, e que hoje abriga aulas também, como o da Av. Brasil.

A construção só foi concluída em 1922 em terreno cedido pela municipalidade, local esse da praça Boa Vista, Av. Brasil, onde foi erguido o edifício com imponente pórtico do estilo jônico, tendo recebido o nome de “prédio Texas”, em reconhecimento à Universidade que patrocinou a campanha financeira, e o segundo “prédio Daniel”, em homenagem ao fundador da instituição.

Iniciadas as aulas, em 1922, a primitiva Escola Paroquial passou a denominar-se Instituto Ginasial de Passo Fundo.

Logo que as construções (“prédio Texas” à Av. Brasil e “prédio Daniel” a rua Paissandu), foram, iniciadas o Rev. Daniel foi transferido desta cidade, sendo substituído pelo Rev. Daniel Lander Betts.

Este, moço ainda, desconhecendo o idioma nacional, viu-se logo envolvido com os problemas que a construção de uma obra de vulto acarreta. Com perseverança, porém, soube vencer todos os obstáculos. Inicialmente funcionaram os cursos primários e de arte, e, mais tarde passou a ministrar o ensino ginasial e comercial.

Em 1926, conseguiu a nomeação de bancas examinadoras, cujos exames eram equiparados, para efeitos legais, aos do Colégio D. Pedro II, do Rio de Janeiro, estabelecimento que por muitos anos, foi considerado padrão para o ensino secundário do Brasil.

Em 1927, por ato de 12 de janeiro, foi considerado Ginásio Municipal, diante das boas condições  pedagógicas que apresentava, como reza a lei referente ao ato, pelo Intendente Armando Araujo Annes.

Extintas as bancas examinadoras, pelo decreto n.º 19.890 de 18 de abril de 1931, foi-lhe criado o sistema de inspeção preliminar, em 18 de agosto do mesmo ano. Em 9 de abril de 1938, por decreto n.º 2.595, recebeu oficialização permanente, contando, também, desde 1933, com inspeção da Escola de Comércio (básico e técnico em contabilidade).

Pelo decreto n.º 11471, de 3 de fevereiro de 1943, recebeu autorização para manter o Curso Colegial (2.º ciclo do ensino secundário), sendo um dos primeiros estabelecimentos de Ensino do Estado a obter esse direito, e passou, então, a denominar-se Instituto Educacional.

A matrícula em 1920 era de 30 alunos, em 1963, 800, em 1973, 810, em 1976, 1.017 alunos.

Cursos que funcionam atualmente, 1976; Pré, primeiro grau e segundo grau. No segundo grau mantém cursos de desenhistas de arquitetura, auxiliar de laboratório de análises químicas, auxiliar de enfermagem, tradutor e intérprete.

Com a construção do prédio que se destina a Laboratórios de análises, recentemente inaugurado, o Instituto Educacional entra em nova fase de progresso, como educandário que atende uma vasta região.

O sistema de internato muito colaborou com o ensino, pois para cá atraiu grande número de estudantes que buscavam, às vezes, de outros Estados, a luz do aprendizado. Há registro que em 1954 o internato teve dificuldades em atender as solicitações para internos, estando com sua capacidade lotada, ou seja de 160 internos.

A direção do Colégio, desde sua fundação, tem sido a que segue; De 1919 a 1920, Jerônimo Daniel; de 1921 a 1924, Daniel Lander Betts, de 1925 a 1927, Charles Lander Betts; de 1925 a 1927, Charles Marshall; 1928, Daniel Lander Betts; 1929 a 1932, Eugen Chesson; 1932 a 1934, William Richard Schisler; 1935, José Pedro Pinheiro; 1936 a 1943, William R. Schisler, 1944 a 1945, Aurélio Amaral; 1946 a 1951, William R. Scchisler; 1952, Daniel Lander Betts; 1953 a 1957, William R. Schisler, de 1958 a 1959, Rev. Sady Machado da Silva; de 1960 a 1963,  Rev. Clory T. Oliveira; 1963 a 1974, Rev. Eduardo Gustavo Otto; 1975 em diante, Rev. Prócoro Velasques Filho.

Referencias

  1. GEHM, Delma R. (1982). Passo Fundo através do tempo - volume 2: fatos, usos, costumes e valores -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo. 2016. Vol.2. 354 páginas. E-book pag. 173