A Revolucionária Moron

From ProjetoPF
Jump to navigation Jump to search

A Revolucionária Moron

Em 30/11/2012, por Osvandré Luiz Canfield Lech


A Revolucionária Moron[1]

OSVANDRÉ LECH[2]


A rua nunca teve outro nome. Chama-se Moron, desde a primeira Planta Geral da Vila, em 1865, logo depois da emancipação, em 1857. A origem espanhola do nome nada tem a ver com nossa cultura, ou com os primeiros habitantes. Segundo o historiador Welci Nascimento, o nome é homenagem a uma batalha ocorrida em 1852, nos Campos de Moron, arredores de Buenos Aires, onde tropas brasileiras derrotaram o exército de Rosas. Provavelmente, alguns soldados brasileiros que participaram da batalha vieram residir em Passo Fundo, e sugeriram o inusitado nome. A Moron iniciou revolucionária!

Atualmente, esta importante e badalada rua possui quase 7 km de comprimento. De um lado, se destaca a construção civil, nos altos do Boqueirão; e do outro, na baixada, o intenso movimento interbairros, e de chegada e saída de pessoas na região da rodoviária. É na sua região central, no entanto, que se localiza o charme e o modernismo da Morom.

O trecho entre a Cel. Chicuta e a Fagundes dos Reis é o próprio “coração da cidade”, com calçadas alegres, lojas requintadas, cafés lotados de formadores de opinião e a rua congestionada, pois “passar pela Moron” é mais que dar uma volta de carro. Muito próximo deste trecho – “in a walking distance” - estão os bancos, clubes, cinemas, livrarias, bares. O verdadeiro universo passo-fundense está na Moron ou ao redor dela. Se você relaciona Oscar Freire com

São Paulo e Padre Chagas com Porto Alegre, a melhor rua para definir Passo Fundo é a Moron. Sim, a revolucionária Moron!

Referências

  1. Publicado na revista “+ Moron” edição 2 , Ago2012
  2. Osvandré Lech, médico e escritor, é presidente da Academia Passo-Fundense de Letras