Armando Araújo Annes, homem público

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Armando Araújo Annes, homem público

Em 25/06/1982, por Delma Rosendo Gehm


Em 1881, a 13 de fevereiro, nascia em Passo Fundo aquele que se tornaria ilustre homem público de sua terra natal: Armando Araújo Annes.

Filho de um varão de estirpe, Cel. Gervásio Lucas Annes e de D. Etelvina Araújo Annes, Armando soube honrar a terra que lhe serviu de berço, abraçando por 3 vezes a curul municipal.

Passou sua infância em Passo Fundo e a adolescência no Colégio Nossa Senhora da Conceição, em São Leopoldo, e na famosa Escola do Professor Montanha, em Porto Alegre.

1903 - Abriu uma casa comercial em Porto Alegre, "A Progressista", na atual rua Uruguai, a qual prosperou rapidamente.

1909 - Seguiu para a Europa, onde permaneceu por 2 anos, quando residiu pelo espaço de 1 ano em Paris, tendo visitado Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Bélgica, Holanda, Hungria, Polônia, Inglaterra e Suíça.

Regressando ao Brasil, resolveu voltar a residir em Passo Fundo, onde continuou a dedicar-se ao comércio, fundando a Casa Bancária Armando Annes.

1924 - Embora jamais tivesse tomado parte na vida política do município, foi eleito Intendente Municipal dirigindo os destinos desta comuna, até 1929.

Cumpre-nos apreciar neste trabalho alguns dados referentes a sua gestão municipalista, conforme relatórios apresentados.

1927 - Calçamento da cidade.

"Iniciando em 1926, a título de experiência a primeira quadra, a ninguém por certo, surpreenderá, se dissermos que em breve a cidade estará com suas principais ruas completamente calçadas".

"Atualmente se acham prontas as quatro faces da Praça Marechal Floria no, bem como a Avenida General Netto que mede 30 metros de largura".

"Começamos agora o calçamento da Avenida Brasil, uma das mais belas da cidade de Passo Fundo."

"Antes, porém, organizamos um projeto desse serviço no qual concretiza­mos a maneira de vencermos as duas dificuldades apresentadas nessa via públi­ca: uma, devido à sua largura irregular que vai de 29 a 70 metros: outra, devido à grande desnível em sentido transversal com maior pronunciamento nas ime­diações do Clube Comercial. Por esse projeto, previmos, portanto, a situação dos prédios situados na ala norte; não obstante a isso, alguns proprietários mais apreensivos, julgavam que as suas casas fossem ficar soterradas. Em breve os seus receios dissiparam-se, ante a primeira quadra calçada que era, exata­mente, a mais acidentada".

"O dr. Souto Ribeiro, a cerca de 5 anos, quando engenheiro desta muni­cipalidade organizou um projeto para o calçamento dessa avenida, não tendo posto em execução por circunstâncias várias daquela época".

"Esse projeto, estabelecia 5 metros para os passeios, jardins ao longo de toda a quadra, com passagens, somente nos cruzamentos com outras ruas e dois trânsitos de 10 metros de largura cada um".

"Observando atentamente, como nos competia, de acordo com V. Sa. ficou assentado que o calçamento da Avenida seria feito do seguinte modo:

"Largura dos passeios 3 metros.

Largura de cada rua, 12 metros.

Jardins centrais, com passagens nos encruzamentos e também no meio das quadras, com 12 metros.

"Nos cruzamentos, foram feitos círculos de raios variáveis, a proporção que as quadras vão se alargando, protegendo desse modo os postes de ferro da iluminação pública. Por esse motivo, quando atingirmos a largura de 70 me­tros teremos, jardins formando verdadeiras praças na nossa Avenida, com cer­ca de-40 metros, a fim de serem conservadas constantemente e as dimensões de cerca de 12 metros para as ruas laterais".

"Assim, calçamos no corrente ano uma área de 22.311 m2, 86 na qual despendemos a elevada soma de 189:650$810 (cento e oitenta e nove contos, seiscentos e cinquenta mil e oitocentos e dez réis), excluindo, naturalmente, as despesas com cordões, bueiros, etc., proveniente do calçamento".

"A Lei de Orçamento de 1927, estabelece a contribuição de um terço da área calçada, cada proprietário, em relação a metragem dos seus prédios ou então o imposto de 1 $000 (um mil réis) por m2 daquela mesma área".

"Até a terminação do meu quatriênio, deverá ficar toda a Avenida Bra­sil calçada até a rua Teixeira Soares, por esta Praça Tamandaré e provavelmente, as ruas General Bento Gonçalves, Coronel Chicuta e parte da Moron".

PRAÇAS DA CIDADE -  "Marechal Floriano, Tamandaré e Caridade, além dos jardins da Avenida Brasil, eis as nossas praças para as quais dedica esta secção especial cuidado, por intermédio do nosso jardineiro, o sr. José Pracini. Na praça Marechal Floriano, foram introduzidos vários melhoramentos, conforme relatei na parte oportuna, tornando-a muito aprazível e frequentada. No próximo ano, deverá ficar provida de uma rede hidráulica, para o que já estamos providenciando, tal como foi feita na Tamandaré".

"Na pedreira estão sendo feitos os cordões de concreto para o calçamento dos passeios da Praça Tamandaré; igual mente, para esse fim já temos, prontos, cerca de 900 m2 de mosaico.

Pelo nosso jardineiro, foram plantadas as seguintes árvores:

Na Praça da República: Acácia Mimosa, Ligustrum Japônico e Oleandrum, 60 mudas.

Na Praça da Caridade: Cinamomos 20 mudas. Roseiras 64 mudas. Arbustos diversos 30 mudas. Ligustrum 500 mudas.

Na Praça Tamandaré: Roseiras 90 mudas.

No futuro Parque do Matadouro: Árvores de várias espécies 220 mudas.

No Matadouro: Plátanos e Cinamomos 100 mudas; Árvores frutíferas vindas de Pelotas, 39 mudas.

Na Avenida Brasil (jardins): Ligustrum Japônico, 17 mudas.

Na Estrada da Pedreira: Robinia Soudo e Acácias, 90 mudas.

Todas essas mudas são produtos do nosso viveiro, com exceção das 39 encomendadas de Pelotas e que são árvores frutíferas adquiridas pelo preço de 169$800 (cento e sessenta e nove mil e oitocentos réis).''

"Fornecemos, ainda, regular quantidade de mudas para particulares, en­tre os quais mencionaremos: Via Férrea desta cidade Plátanos 20 mudas. Quartel do 8.o Regimento, cinamomos 50 mudas, a outros, Plátanos e Cinamomos, 150 mudas, e muitas outras qualidades de flores".

"A nossa despesa com a conservação de todas essas praças, elevou a im­portância total de 6:990$000. Como se vê, foi notável a economia feita, se levarmos em conta que no ano passado, neste mesmo serviço dispendemos a quantia de 10:756$700".

"Este ano não foram podados os plátanos da avenida em virtude da mo­dificação que vem sofrendo em sua arborização aquela rua".

TURMA DA CIDADE - „para a conservação das ruas da cidade e limpe­za, dispomos de uma turma sob a capatazia do sr. José Conti que conosco vem trabalhando a cerca de três anos.

Essa turma, aumentada ou diminuída conforme requerem os serviços, fez movimentos de aterro ou corte, 15 quadras. Ocupou-se, ainda, dos grandes aterros dos pontilhões do Barracão e Pinheirinhos; reformou a ponte do Pi­nheiro Torto e, atualmente, está aterrando os vazios da 1a. parte, ponte de al­venaria rio Passo Fundo.

Até 31 de outubro, a sua despesa atinge 16 709S300".

ATERRO DA RUA CANABARRO - "Antiga aspiração dos moradores da Vila Rodrigues, o aterro da rua General Canabarro, vem ligar aquela vila ao centro da cidade, encurtando de muita distância. Esse melhoramento é to­da a justiça, em face do progresso que vai tendo aquele local, além das fábricas importantes lá instaladas; o sr. João Langaro está construindo grande edifício para o benefício de madeiras".

1929 - TRIGO - "A Diretoria da Agricultura, Indústria e Comércio, criada este ano pelo dr. Presidente do Estado, enviou a este município 110 sacos de trigo, de várias qualidades, para serem distribuídos entre os colonos, o que fiz, por intermédio dos subintendentes nos diversos distritos, com a determinação de que o colono será obrigado a devolver ao Município, na colheita próxima, se for boa, o dobro da semente que receber, para nova e maior distribuição".

"Pelo esboço da geografia agrícola, da Repartição de Estatística do Esta do, vê-se que o município de Passo Fundo ocupa o segundo lugar na produção de trigo, calculada em 10.500 toneladas na safra de 1927 a 1928.

"O nosso ilustre conterrâneo Francisco Antonino Xavier e Oliveira já em 1927, preocupado com o plantio desse precioso cereal em nosso municí­pio, em seu "Relatório de Propaganda Agrícola" nos forneceu a respeito, importantes dados e interessantes esclarecimentos, lembrando as palavras do dr. Reinhold Hensel, conhecido naturalista alemão que quando aqui esteve em 1865, disse que os municípios de Passo Fundo e Vacaria podiam fornecer trigo, cevada e centeio a todo Império".

"Seja-nos permitido transcrever, a título de contingente histórico, os seguintes períodos: "Na primeira estatística agrícola que se organizou depois da instalação do município, ocorrido a 7 de agosto de 1857, já o trigo figurava com uma plantação de 1.600 litros, lançada à terra em 1858, e da qual veio resultar uma colheita de 19.200 sacos. Seis anos depois um lavrador do 1.o dis­trito colhia mais 100 alqueires dessa planta fazendo jus ao prêmio de 2:000S 000 que a Assembleia Legislativa instituíra para estimular a cultura".

Em 1857, como consta no arquivo da Câmara Municipal, já a sementei­ra ocupava, no município, uma extensão de 653.400 metros quadrados coloca da em quarto lugar no quadro das plantações do ano".

"Não me foi possível organizar um quadro exato da produção do trigo deste município em 1928, e pelo que venho observando não há exagero em que se calcular a próxima safra superior a 250.000 sacos".

"A farinha de trigo está isenta impostos, mas o trigo em grão paga imposto de estatística, que será para o exercício vindouro diminuindo 30 por cen­to".

"Foram exportados, naquele ano, 19.1 5 ^cos de trigo em grão".

NOVAS RUAS - AVENIDAS E PRAÇÃO - "Considerando a necessidade de regulamentar a abertura de novas ruas, avenidas e praças na cidade e as provadas as denominações das 40 ruas e praças da primeira e 37 ruas e 3 pra­ças da segunda, já foi determinado o trabalho".

INSTRUÇÃO PÚBLICA - 1929 - "Conforme prometi, em longo discur­so à guisa de orientação do governo, depois de haver prestado compromisso legal, do cargo de Intendente, perante o Conselho Municipal, procurei imediatamente ficar ciente do estado da instrução pública, e, desde então desenvolvê-la, o melhor; possível, de modo a levá-la por todos os recantos do município, mesmo porque a instrução primária é a célula-mater da organização social.

Como se sabe e consta da mensagem de 1928, as 35 aulas subvencionadas pelo Governo do Estado, por intermédio da Intendência, foram mandadas fechar, durante o segundo semestre, por motivos, diz-se, de dificuldades nasci­das com o novo serviço de estatísticas. Em julho, em viagem que fiz pelo inte­rior, verificando o enorme prejuízo e grande alarme em todos os distritos por falta dessas aulas, poucas verdadeiramente, mas necessárias, procurei a todos os srs. Sub-lntendentes, mandando dizer aos professores, de minha parte, que continuassem com o funcionamento regular das aulas, porque eu em 1929, conseguiria do Estado o pagamento ou o faria do meu próprio bolso, e assim todas elas foram reabertas".

"De fato, mandei em janeiro, regularizar todos os mapas escolares, de­vidamente visado pelos Sub-lntendentes e pelo respectivo funcionário da Re­partição de Estatística, requerendo o pagamento da subvenção de 21:000$ 000, o que foi pelo dr. Secretário do Interior, imediatamente deferido". .

"Em vez de 48 aulas subvencionadas pelo município, em 1928, passa­mos a ter, em 1929 mais de 25, isto é 73".

"O Município auxilia a aula mantida pela Conferência de São Vicente de Paulo com a importância de 1:800$000 por ano e subvencionada o equi­parado Instituto Ginasial com 4:000$000 anuais".

"Além disso para 300$000 e 400$000 por mês, de aluguel dos prédios em que funcionam, respectivamente o Grupo Escolar de Carazinho e a Escola Complementar desta cidade, que funciona no Edifício do Clube Pinheiro Ma­chado, à Avenida Brasil

"A Escola Complementar, de reais e incomparáveis benefícios, uma magnífica conquista para Passo Fundo, foi criada por Decreto n. 4.273 de 5 de março último assinado pelos drs. Getúlio Vargas e Oswaldo Aranha".

"Em breve a nossa cidade será dotada de dois grandes e belos edifícios, um na Avenida Brasil esquina da rua Marcelino Ramos, destinado ao Colégio Notre Dame, cuja construção está orçada em cerca de 500:000$000 e outro para o Ginásio Nossa Senhora da Conceição, dirigido pelos Irmãos Maristas".

"Em 1922, organizei quadros estatísticos, chegando à conclusão de que funcionavam no Município 98 aulas, com a matrícula de 5.083 alunos".

"Em 1924, a matrícula atingiu a 5.359 alunos, com 119 aulas".

"Em 1929, 159 aulas com a matrícula de 8.029 alunos. Assim temos: 1922 - 98 aulas - matrícula 5.083; 1924 - 119 aulas - matrículas 5.359; 1929 - 159 aulas - matrícula 8.029. Como se depreende, temos melhorado muito nes­se particular".

Armando Araújo Annes foi pioneiro inconteste da remodelação da cidade de Passo Fundo.

Coube a ele iniciar em seu primeiro período administrativo, o calçamen­to da cidade que até então (1924), não existia. Coube-lhe, também ter inicia­do, posteriormente, o asfalto.

Nesse segundo período administrativo (1948-1951), o sr. Prefeito rece­beu visitas ilustres e que serão dignadas a nota: Dr. Adail Morais, DD. Secreta rio do Governo do Estado, General Rafael Danton Garrastazu Teixeira, Comandante da 3a. D.I., o qual proferiu na ocasião expendida conferência no Grêmio Passofundense de Letras (hoje Academia Passofundense de Letras), Desembargador João Solon Macedonia Soares, Coronel Amarilio Osório da 7a C.R.E., sediada em Lagoa Vermelha e que, aqui, com o sr. Prefeito, talharam assuntos relevantes ligados ao problema de estradas, hoje maravilhosamente concluídas Lagoa Vermelha - Passo Fundo.

No setor educacional abriu novos rumos para a municipalidade.

Por decreto n. 61 de 22 de maio de 1948 criou a cadeira de horticultura nos Grupos Escolares e nas Escolas de primeira categoria.

Tornou obrigatório nas escolas municipais, o trabalho manual para meninas, pois sabia que a criança que exercita o manejo das mãos, não tardará em compreender que todo o serviço é uma peça de movimento universal.

Esse pensamento de Armando Annes, emitido há aproximadamente mais de um quarto de século, vimos hoje concretizado nos Ginásios Polivalentes, com as Escolas de Área, onde os alunos ao completarem o primeiro ciclo de estudos (no caso o velho primário), devem procurar uma profissão honrada e honesta.

Não esqueceu os professores e por decreto de 20 de abril de 1948 criou a Escola Rocha Pombo, com a finalidade de reciclar professores e preparar ele mentos para o magistério municipal.

A matrícula nas escolas municipais que em 1948 assentiam a 6.528 no termino do seu segundo mandato alcançaram 8.953 alunos.

O número de escolas foi ampliado e a verba para o ensino municipal foi acrescida de 100 por cento no seu valor inicial em 1948.

Para normalizar a energia elétrica (encontrou a cidade às escuras), adquiriu, sem empréstimo, um grupo Diesel elétrico de 300 HP e mais outro de 1330 HP e construiu uma nova usina hidroelétrica no rio Jacuí com 150 HP, solucionando então esse grave problema da falta de energia (na época).

Entre outras obras públicas, construiu o matadouro municipal adquirindo a invernada que o serve, com 1.955.250 m2; reconstruiu o velho chafariz estabelecido em 1863; montou a britadeira municipal, cuja utilidade se tem feito sentir desde então; estabeleceu uma fábrica de tubos de cimento.

Coube-lhe então, a aquisição de numerosas máquinas destinadas à pavimentação de ruas e estradas. Remodelou a Cadeia Civil e substituiu a velha ponte de madeira sobre o Rio Passo Fundo (por outra de alvenaria que há pouco foi ampliada. Construiu o edifício do Corpo de Bombeiros e um ossário com urnas, no Cemitério.

Dedicou especial atenção às estradas do município, construindo inúmeras pontes e bueiros, para facilitar o tráfego.

Incrementou o serviço de assistência pública. Ao deixar o seu segundo período governamental, deixou o município sem dívidas e com considerável saldo em caixa, que passou ao seu sucessor.

A maioria esmagadora de votos que guindaram Armando Annes ao Poder Executivo (em duas gestões, provaram a sua popularidade, o seu valor ad­ministrativo e seu espírito de liderança, equilíbrio e justiça, como chefe de uma comunidade.

Todos esses méritos já haviam sido ressaltados e o seu valor reconhecido e provado quando de 1932 a 1935 por delegação do então Presidente do Estado, General José Antônio Flores da Cunha, então chefe do extinto Par­tido Republicano Liberal no Rio Grande do Sul, e de cuja grei partidária Ar mando Annes era líder nesta região, desenvolvendo intensa atividade políti­ca em prol de sua agremiação em todo o município, ocupara a curul municipal.

Amigo pessoal e grande admirador de Flores da Cunha, Armando An­nes foi pessoa de inteira confiança do Chefe do Executivo Gaúcho, e diri­gente máximo do PRL. Mas, não obstante suas tarefas políticas, o prefeito Armando Annes jamais descurou dum cuidado permanente e dum zelo especial pela administração do município, adotando iniciativas as mais valiosas, notadamente no setor das obras públicas, proporcionando o bem-estar da população.

Depois da instauração do Estado Novo no País, a dez de novembro de 1937, Armando Annes retirou-se definitivamente da política, solidário como seu velho amigo e chefe. General José Antônio Flores, da Cunha.

Somente em 1946, após a redemocratização do País, Armando Annes, com uma atuação serena voltou a se manifestar politicamente, expressando pendores pela agremiação do Brigadeiro Eduardo Gomes, a extinta União De­mocrática Nacional. Foi então que surgindo o pleito municipal, constituiu-se uma coligação dos partidos (Partido Trabalhista Brasileira e a União Democrá­tica Nacional), elegendo Armando Araújo Annes para as funções de Prefeito de Passo Fundo.

Armando Annes foi coproprietário de "O Nacional", após sua funda­ção, integrante da antiga firma H. Annes e Cia. (constituída dos irmãos, dr. Herculano Araújo Annes, Armando Araújo Annes e Gervásio Araújo Annes). Os dois primeiros foram proprietários desta empresa jornalística até 1945, quando transmitiram, por venda, ao diretor-proprietário, jornalista Mucio de Castro (falecido em 31.09.1981).

Armando Araújo Annes faleceu a 18 de agosto de 1967, já octogenário cercado do carinho dos seus familiares, da amizade, da admiração e do reco­nhecimento dos passo-fundenses e do respeito dos seus coestaduanos e patrí­cios.

Referências