Selma Gandini Costamilan

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Selma Costamilan
Selma Gandini Costamilan.jpg
Nome completo Selma Gandini Costamilan
Nascimento 01 de Setembro de 1926
Local Montenegro/RS
Morte
Local
Ocupação

Selma Gandini Costamilan

Biografia

Natural de Montenegro (RS), Selma é a 10ª filha de Sebastião Gandini e Amália Zanatta Gandini, que tinha uma pequena fábrica de queijos. Em Tapejara (RS) seu pai foi um dos pioneiros e destacados comerciantes de madeiras da região.

Nascida em 1º de setembro de 1926, Selma fez seus primeiros estudos na Escola Medianeira de Todas as Graças, continuando na Escola Complementar, já em Passo Fundo, e na Escola São José, de Vacaria. Fez o curso de complementação Pedagógica para Magistério no Colégio Normal Bom Conselho de Passo Fundo, depois, a Formação Pedagógica no Centro de Pesquisa e Orientação Educacional da SEC, por quatro anos. Realizou, também, diversos cursos de extensão universitária para ensino musical e regência de coral. Também cursou Teologia Pastoral, durante quatro anos, para o exercício da disciplina de Educação Religiosa. Cursou, em etapas, mil horas de treinamento para o exercício de serviço social escolar no Departamento de Assistência ao Educando.

Sempre atualizada, a professora Selma fez o curso superior de Pedagogia Especial, na UPF, para educação de deficientes mentais e de aprendizagem, dentro da psicopedagogia, numa intensa pesquisa na área da educação especial, motivada pelos desafios de lentidão de aprendizagem que encontrou nos programas do Serviço Social Escolar, no antigo Mobral, e nas próprias escolas de currículo regular.

Iniciou sua carreira como professora particular em 1955, passando, um ano depois, para a rede estadual, no Grupo Escolar Fernando Borba, de Tapejara. Em 1960, transferiu-se para Marau (RS), onde foi coordenadora do Sedep (Serviço de Expansão Descentralizada do Ensino Primário), cargo de elevada confiança do governo daquela época, em que o Programa semeou o Estado do Rio Grande do Sul com escolas, e no qual Selma foi destaque, por seu espírito dinâmico e criativo. Em meados de 1964, transferiu residência para Passo Fundo, onde foi designada pela 7ª DE à Escola Lucille Fragoso de Albuquerque, no bairro Valinhos, na qual realizou trabalho de Serviço Social, além de exercer classe. Destacou essa escola num Seminário de Artes, compondo, também, o hino daquele educandário, cantado até hoje.

Em 1966, passou a exercer suas funções na Escola Estadual Antonino Xavier e Oliveira, da Vila Luiza, em Passo Fundo, onde, além de dar aulas de música e educação religiosa, engajou-se na luta para a solução de problemas daquela vila, como a construção da escola, da Igreja São Judas Tadeu e do monumento e do coral que levou o nome de Padre Jacques. Destacou a escola com muitos trabalhos premiados, entre eles o 1º lugar com peça teatral escrita e dirigida por ela e apresentada por 35 crianças da escola, na Semana do Exército em 1971, no concurso promovido pelo comandante do então denominado 16º RCMEC, o cel. Edu Villa de Azambuja.

Selma fundou e dirigiu por seis anos o ?Coral Vicentino Padre Jacques?, composto por alunos da Escola Antonino Xavier, que se destacou em toda a região, levando a palavra do Evangelho. Compilou várias biografias de pessoas ilustres e históricos de empresas, trabalho que faz parte do acervo da Biblioteca da Escola Antonino Xavier em dois volumes com o título de Conhecimento de valores de Passo Fundo. ?Àquela época a gente caminhava quilômetros. Eu tinha muito entusiasmo e vigor. E me sentia muito bem fazendo esse trabalho?, afirmou Selma.

Na Vila Luíza, fundou e foi diretora da Conferência Vicentina Padre Jacques, junto a um grupo de professoras, para atendimento ao escolar carente. Em 1972, a convite da 7ª DE, passou a integrar a equipe do Departamento de Assistência ao Educando, sendo responsável pelo ?Programa de Serviço Social Escolar?, que coordenou a organização e legalização dos círculos de pais e mestres dos municípios da 7ª Região Escolar, com o objetivo primordial de dar assistência ao menor carente. Presidiu, também, a antiga Comissão Municipal do Mobral, a convite do ex-prefeito Wolmar Salton, cargo considerado Destaque Nacional, constando com menção honrosa, assinada pela Coordenação Estadual e Nacional.

Nos últimos anos, até sua aposentadoria, em março de 1984, exerceu funções junto ao Eenav, ministrando aulas de Educação Religiosa, coordenando um clube de jovens, promovendo organizações festivas, além de prestar serviço de delegações públicas da escola. Como conselheira do 7º Núcleo do Cpers, Selma procurou a união dos professores junto à entidade. Escreveu o histórico do Cpers na 7ª região, num livro lançado festivamente no 7º Núcleo. Durante dez anos, presidiu o Conselho Comunitário de Assistência aos Presidiários e lutou para a oficialização da Escola Municipal do Presídio Regional de Passo Fundo, na época da administração de Fernando Carrion. Com ideias avançadas referentes à Educação Social, Selma mantém a preocupação com a Educação Especial para presidiários. Lutou, engajada a um grupo de pessoas, para a recuperação de detentos e sua reintegração ao convívio familiar. Selma Gandini Costamilan casou-se, em 1947, com Iedo João Costamilan, na cidade de Tapejara. É mãe de Ben Hur Tadeu, D?Artagnan, Tâmara, Arquimedes José e Clarice. Seus netos são D?Artagnan, Cristiano, Tavane, Renato, Amanda e Angelo.

Tia Selma, como é chamada por seus sobrinhos e muitos de seus ex-alunos e pessoas que ela ajudou, realizou um sem-número de trabalhos assistenciais, visitando pessoas carentes na periferia da cidade e entrando em contato com as autoridades para a solução de problemas, além de manter estreito contato com a imprensa local. Por seus trabalhos, já recebeu diversas honrarias, dentre elas Menção Honrosa da Qualidata, da Academia Passo-Fundense de Letras, do Exército, do Clube de Oficiais da Brigada Militar, da Câmara de Vereadores e muitos outros.

Selma é autora dos livros Passo Fundo, nome próprio feminino; César Santos, a trajetória de um pioneiro e publicou artigos em revistas e jornais sobre assuntos diversos.

Títulos, prêmios e honrarias

Livros e publicações de sua autoria

Livros e publicações com sua participação

Conteúdos de seu acervo

Conteúdos relacionados

  • 2008 - Relação de Acadêmicos e Patronos da APLetras[2]

Referências

  1. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 55
  2. «Relação de Acadêmicos e Patronos da APLetras». - WikiName - Santina Rodrigues Dal Paz - projetopassofundo.wiki.br.