Aureliano de Figueiredo Pinto

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Aureliano de Figueiredo Pinto
Aureliano de Figueiredo Pinto.jpg
Nome completo Aureliano de Figueiredo Pinto
Nascimento 1 de agosto de 1898
Local Tupanciretã/RS
Morte 22 de fevereiro de 1959
Local
Ocupação

Aureliano de Figueiredo Pinto (Tupanciretã, 1º de agosto de 1898 — Santiago do Boqueirão, 22 de fevereiro de 1959) foi um médico, jornalista, poeta, historiador e escritor brasileiro. Wikipédia[1]

Biografia

Aureliano de Figueiredo Pinto em 1930

Aureliano de Figueiredo Pinto é, indiscutivelmente, um dos maiores poetas nativistas de nossa terra de todos os tempos. Com seu vigoroso regionalismo, o nosso idioma, longe de empobrecer-se, adquiriu novas e cintilantes riquezas. Seus poemas, nascidos das vivências campeiras, com invernos, tropeadas, rondas, noites longas, chimarrão e outros temas rudes e belos, são sempre impregnados de comovente humanismo e iluminados pelo sol de sua fulgurante cultura.

A divulgação de seus versos magistrais é, pois, exigência imperiosa de todos os que cultuam as letras pampeanas e que amam nossa Querência.

Nada, nos seus versos, do apenas fácil e pitoresco que caracteriza uma boa parte de poesia gauchesca. A poesia de Aureliano, profundamente ligada à terra, tem uma extraordinária densidade humana, assumindo sua temática, em muitos passos, o sentido de um canto geral que transcende o mero regionalismo.

Poucos livros refletem com mais autenticidade o homem e a paisagem do Rio Grande do que Romances de Estância e Querência.

Aureliano de Figueiredo Pinto nasceu em 1º de agosto de 1898, na fazenda São Domingos, município de Tupanciretã. É filho de Domingos José Pinto e Marfisa Figueiredo Pinto. Exerceu o ofício de médico, mas por essência foi poeta e escritor.

O processo de alfabetização iniciou-se em 1904, quando recebeu aulas de sua mãe. Quatro anos depois, no colégio Santa Maria em Santa Maria , seguiu seus estudos, de onde enviou a sua mãe seus primeiros poemas, iniciando ali seu martírio, sua ressurreição e sua glória: escrever.

Aos 17 anos, nasceu uma grande amizade com Antero Marques, que seria, pela vida afora, companheiro, crítico e confidente, a dividir aulas, pensões, ruas e uma infinidade de cartas. Iniciaram as discussões políticas, literárias e filosóficas, que os levariam a participar da Revolução de 30. Passou a residir em Porto Alegre 3 anos mais tarde, onde preparou o vestibular para Direito, que trocaria mais tarde pela Medicina. Os poemas escritos em meio às anotações escolares antecediam sua estreia com poemas publicados no jornal Correio do Povo, com pseudônimo e nome próprio e nas revistas Kodak e A Máscara, um ano mais tarde. Amigos passaram a classificar seus poemas entre as correntes simbolista e parnasiana. Entre as anotações de aula, Aureliano escreveu o poema Gaudério, que marcaria sua vinculação com o nativismo. Anos depois, Gaudério e Toada de ronda seriam musicados por João Fischer. Segundo testemunhas de Antero Marques, Raul Bopp, entusiasmado com a produção do poeta diria que ?Bilac assinaria estes versos? O poema Toada de Ronda é considerado o marco inicial da poesia nativista no Rio Grande do Sul.

Em 1924, Aureliano partiu para o Rio de Janeiro a fim de estudar Medicina. Lá, cursou o primeiro e o segundo ano e retornou a Porto Alegre. Leu Paja Brava, do Viejo Pancho, que marcou sua produção artística e também livros de poetas regionalistas uruguaios e argentinos, que o influenciaram a escrever poemas em espanhol. Em 1926, voltou aos estudos de Medicina no Rio de Janeiro, mas, no mesmo ano, retornou à capital gaúcha. Somente em 1931, concluiu o curso de Medicina e logo abriu seu consultório em Santiago. Abriu o coração aos campos e aos tipos humanos que o povoam. Apartir dali o trabalho de médico roubou-lhe o tempo de leitura e criação. Passou a fazer viagens ao interior do município, atendendo a chamados médicos e ficou com os peões tomando mate e ouvindo causos. Três anos mais tarde, por falta de dinheiro dos clientes para a compra de remédio, suas práticas médicas foram interrompidas. Aureliano criou um código que foi colocado nas receitas, para que fossem debitadas para alguns de seus amigos. Nessa época, seus poemas foram datilografados por Túlio Piva, para quem produziu textos para serem lidos na rádio local. Em 1937, já com quase 40 anos, passou a dirigir o Posto de Higiene de Santiago. Anos mais tarde, fundou o Hospital de Caridade.

Aureliano casou-se com Zilah Lopes em 29 de dezembro de 1938, com quem teve 3 filhos. Em 1941, trocou Santiago por Porto Alegre, assumiu a subchefia da Casa Civil do interventor Cordeiro de Farias, cargo em que ficou poucos meses, retornando em seguida para Santiago.

Em 1956, começou a reunir e selecionar seus poemas, espalhados entre amigos, para publicá-los em livros. Seu filho José Antônio foi à Editora Globo e ali esperou até ter em mãos dez volumes de Romances de Estância e Querência ? marcas do tempo, o primeiro livro publicado de Aureliano de Figueiredo Pinto.

Aureliano faleceu em 22 de fevereiro de 1959, com câncer.

Em 1963, foi publicado Ad Sodalibus pela Livraria Sulina, seu segundo livro de poesias Romances de Estância e Querência ? Armorial de Estância e outros poemas. Em 1974, foi publicada pela Editora Movimento, a novela Memórias do Coronel Falcão. Em 1975, Noel Guarany recebeu autorização dos familiares do poeta para musicar Bisneto de Farroupilha e Canto do Guri Campeiro

Títulos, prêmios e honrarias

Patrono APLetras

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Referências

  1. https://pt.wikipedia.org/wiki/Aureliano_de_Figueiredo_Pinto
  2. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 49
  3. SANTOS, Sabino R. (1975). Anuário APLetras 1975. Passo Fundo: Berthier. 70 páginas. Fragmento
  4. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 53
  5. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 55