Uma família, uma história
Uma família, uma história | |
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Descrição da obra | |
Autor | Ana Maria Seganfredo |
Título | Uma família, uma história |
Subtítulo | os primórdios da família Seganfredo
no Rio Grande do Sul |
Assunto | História |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2018 |
Páginas | 220 |
ISBN | 978-85-8326-342-5 |
Impresso | Formato |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2018 |
Uma família, uma história Esta história pode iniciar com Antonio Seganfredo (1851- 1912) filho de Pellegrino Seganfredo e Maria Volpato que ali pelos idos de 1880 partiu da Itália com um grupo de compatriotas para trabalhar na abertura da estrada Buarque de Macedo que vai de Nova Prata a Montenegro, mas também em busca da tão almejada fortuna muito difundida naqueles tempos de penúria para atrair imigrantes para o Brasil.
Apresentação
Introdução, pela Autora
Ao longo de vinte e cinco anos pesquiso documentos e troco informações sobre meus antepassados. Isto despertou em mim a vontade de conhecer mais profundamente a história dos nonnos italianos, pois quem não conhece o passado dos seus não sabe quem é.
A certidão de nascimento de meu avô paterno Pellegrino Seganfredo foi o primeiro documento que recebi, orientada pelo frei Rovilio Costa. Ao receber este documento minha alegria foi tanta que não mais parei de pesquisar. Dali em diante surgiram no meu caminho diversas pessoas, parentes brasileiros e italianos, dos quais destaco Alessandro Seganfreddo, italiano, descendente de Luigi Seganfreddo, o único de nosso ramo de família que permaneceu na Itália. Posso dizer que me tornei uma estudiosa da história do Rio Grande do Sul e do Brasil, mas sobretudo da emigração, das memórias de muitos acontecimentos e fatos que marcaram a história de Pellegrino Seganfredo (Mason Vicentino 1816-1899) e de Maria Volpato. Com a ajuda de Alessandro Seganfreddo de Maróstica, Itália, pertencente ao mesmo ramo de família que guardou com ele por, pelo menos dez anos as histórias contadas por mim, pude organizar este livro de memórias dos primeiros imigrantes Seganfredo no Rio Grande do Sul. A busca de documentos, a troca de informações com ele e com tantos outros parentes italianos e brasileiros foi contínua.
Esta história pode iniciar com Antonio Seganfredo (1851- 1912) filho de Pellegrino Seganfredo e Maria Volpato que ali pelos idos de 1880 partiu da Itália com um grupo de compatriotas para trabalhar na abertura da estrada Buarque de Macedo que vai de Nova Prata a Montenegro, mas também em busca da tão almejada fortuna muito difundida naqueles tempos de penúria para atrair imigrantes para o Brasil. Aqui chegando empregou-se nesta empresa como ajudante de cozinheiro e líder de um grupo de trabalhadores. Passados alguns anos Antonio retornou para a Itália com a determinação de convencer o núcleo familiar a emigrar. Lucia e Giuseppe com suas famílias partiram de Mason Vicentino em 1891 e aportaram no Brasil em janeiro de 1892. Estabeleceram-se em Nova Bassano, como parte dos primeiros colonizadores. Posteriormente Luigi e Carlo com os pais Pellegrino e Maria Volpato partiram em 1897. Porém a primeira tragédia aconteceu antes de deixar a Itália. Chegaram ao porto de Genova para embarcar mas Luigi foi impedido pois sua esposa Giullia Bellinaso estava grávida. Carlo partiu com a família e os pais já anciãos. Luigi retornou para Mason Vicentino. Ali as famílias se separaram e nunca mais tornaram a se encontrar pessoalmente.
A história dos personagens é simples, pessoas do cotidiano: um agricultor, um sacerdote, uma mãe de família…Porém estas histórias estão revestidas de um significado especial naqueles tempos de fome e de miséria na Itália. Ah! a América…Talvez na América...era um sonho, uma miragem...um desejo de muitas famílias que queriam fugir da pobreza! Fugir dos seus pobres vilarejos! Por isso acreditavam nas palavras de muitos charlatães que pintavam o novo mundo como um paraíso! Mas quando chegavam ao destino final, a terra prometida muitas vezes se revelava um inferno! Desilusão! Mas bem, tinham de enfrentar. A esta família de Pellegrino e Maria Volpato aconteceu que, ao invés de vir para o Rio Grande do Sul onde já estavam Giuseppe e Lucia foram enviados a trabalhar em uma fazenda de café em Minas Gerais, na região de Sacramento, precisamente no município de Conquista, localizado no Triângulo Mineiro, sudeste do Brasil. Dormiam na antiga senzala e o fazendeiro os pagava com o suficiente para não morrerem de fome. Foi um milagre o velho Pellegrino com 81 anos ter sobrevivido a estas vicissitudes.
Com este relato muitas famílias ítalo-brasileiras lendo estas páginas poderão recordar do seu próprio passado nos espelhos do tempo.
Este trabalho foi elaborado sobretudo pela vontade de não deixar cair no esquecimento a nossa história e colocar lado a lado as vivências destas famílias separadas pelo infortúnio por mais de 100 anos! Ana Maria Seganfreddo
Ana Maria Seganfredo
Formada em ciências UPF Teologia-parcial língua italiana-entende;
escreve, traduz pesquisa POVOAMENTO DE CIRÍACO;
escreveu o livro:Uma família, uma história
Índice
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Referências
- ↑ SEGANFREDO, Ana M. (2018) Uma família, uma história -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 220 páginas. E-book