Esporte Clube Atlético

Esporte Clube Atlético
Foto:
Nome	Esporte Clube Atlético
Data	25 novembro de 1949
Local	rua Bento Gonçalves

Esporte Clube Atlético Fundado em 25 novembro de 1949, durou apenas três anos, extinto em 1952

Histórico

Era o mês de novembro de 1949. Descontentes em seus times e envergonhados pelas acachapantes goleadas sofridas pelo 14 de Julho e Gaúcho ante o Internacional de Porto Alegre, um grupo de jogadores resolveu formar outro clube. Eram liderados por Centenário Índio do Amaral, José Ecil dos Santos Borges, Nery Simão, Jorge Berthier de Almeida e Avas Lima. Reunidos na residência de José Ecil Borges, na rua Bento Gonçalves, onde funciona o Bar Ouro Verde, deram a nova agremiação o nome de Esporte Clube Atlético. Como todos eram ex-alunos do Instituto Educacional, seu uniforme tinha as cores azul e branca. Era o dia 25 de novembro de 1949.

Esporte Clube Atlético Foto: 1951 Daniel Czamanski

No campo do IE, em dezembro do mesmo ano, disputou sua primeira partida não oficial, contra o Comercial de Passo Fundo. Vitória por 7 a 3, com Nery marcando o primeiro gol. O time dessa partida foi o seguinte: Vinícios, Noio e Moisés; Avas, Centenário e Marcos; Nê, Danésio, Berthier, Nery e Ganducha.

Em fevereiro de 1950, o Atlético solicitou sua filiação junta a Liga Passo-fundense e à Federação Rio-Grandense de Futebol e elegeu sua primeira Diretoria: presidente, Maurício Sirotski Sobrinho; 1º vice-presidente, Luiz Carlos Silveira; 2º vice-presidente, Mário Machado; 1º secretário, José Carnacini Filho; 2º secretário, Segundo Brasileiro dos Reis; 1º tesoureiro, Nilson Figueiredo; 2º tesoureiro, Odil Perez; Consultor Jurídico, Dr. Carlos Galves. Conselho Deliberativo: Dr. Sabino Arias, Dr. Alberto Lago, Dr. Herculano Annes, jornalista Múcio de Castro e Raul Lângaro. Conselho Fiscal: Clemente Almeida, jornalista Túlio Fontoura, Alberto Berthier de Almeida e Adônis Lima.

Formal e juridicamente constituído e também filiado às entidades esportivas, o Atlético passou a treinar no campo da Vila Exposição, em área pertencente ao Sr. Vitório Verardi, situada onde hoje está edificada a unidade número 1 da Semeato.

O primeiro compromisso oficial deu-se no dia 29 de abril de 1950 ante o Independente, na rodada inaugural do citadino. O resultado foi empate em um gol. O alvi-anil jogou com Flávio, Costamilan e Edson; Zizi, Centenário e Avas; Berthier, Nery, Micuim, Ari e Pepino Silva. Coube a Nery anotar o primeiro gol, agora oficialmente.

Nesse mesmo ano o Atlético sagrou-se vice-campeão da cidade, ao vencer uma partida extra, contra o 14 de Julho.

Em 1951, o clube chegou ao seu auge. Tornou-se campeão passo-fundense ao bater o 14 de Julho no Estádio Dr. Celso da Cunha Fiori. O jogo realizou-se numa quarta-feira, dia 29 de agosto, ante um grande público. Após empate em um gol no tempo regulamentar, a vitória do caçula por 1 a 0 veio na prorrogação. O Atlético venceu com Flávio, Avas e Edson; Vete, Zizi e Centenário; Berthier, Eblen, Nery, Silveira e Caíco. O meio Eblen jogou no lugar do titular Sebo, machucado. O 14 de julho perdeu com Vêncio, Gago e Pilar; Celso, Silvestrim e Auro; Cauduro, Zeca, Pupe, Gradin e Célio. Os gols foram marcados por Caíco e Nery para os campeões e Célio para os vencidos.

Representando a cidade no estadual de amadores, venceu o Lutador de Estação Getúlio Vargas por 3 a 2 fora e 6 a 0 em casa. Na seqüência da competição, jogou contra o Ipiranga de Erechim, no dia 16 de novembro, qaundo inaugurou o Estádio Vitório Verardi, na Vila Exposição. Derrota por 7 a 0 e fim de um sonho.

Novamente foi vice-campeão citadino em 1952, ao perder para o Independente por 3 a 1.

Em 1953, o campeonato da cidade esvaziou-se, pois o 14 de Julho e o Gaúcho aderiram ao profissionalismo. O certame restringiu-se a apenas três disputantes. Então, com duas rodadas, o Atlético retirou-se para nunca mais voltar.

A verdade é que o clube não tinha sócios, nem torcedores. As despesas eram custeadas pelos próprios jogadores e dirigentes. As despesas com o futebol começavam a se avolumar e como o propósito do clube era ser essencialmente amador, seus comandantes acharam por bem encerrar as atividades. Alguns jogadores voltaram a seus clubes de origem e o Esporte Clube Atlético passou para a história.

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