Ruy Barbosa de Oliveira

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Ruy Barbosa
Ruy Barbosa de Oliveira.jpg
Nome completo Ruy Barbosa de Oliveira
Nascimento 5 de novembro de 1849
Local Salvador/BA
Morte 1 de março de 1923
Local Petropolis/RJ
Ocupação

Ruy Barbosa de Oliveira

Biografia, Histórico

Ruy Barbosa de Oliveira é filho de João José Barbosa de Oliveira e Maria Adélia Barbosa de Oliveira. Nasceu no ano de 1849, em Salvador, na então província da Bahia. Advogado, jurista, político, diplomata, escritor, jornalista, filólogo, tradutor e orador brasileiro, foi um dos intelectuais mais brilhantes do seu tempo, sendo um dos organizadores da República e coautor da Constituição da Primeira República, juntamente com Prudente de Morais. Atuou na defesa do federalismo, do abolicionismo e na promoção dos direitos e garantias individuais.

Foi deputado, senador e ministro. Em duas ocasiões, foi candidato à Presidência da República. Empreendeu a Campanha Civilista contra o candidato militar Hermes da Fonseca. Notável orador e estudioso da língua portuguesa, foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras, sendo presidente entre 1908 e 1919.

Como delegado do Brasil na II Conferência da Paz, em Haia (1907), notabilizou-se pela defesa do princípio da igualdade dos estados. Sua atuação lhe rendeu o apelido de ?O Águia de Haia?. Teve papel decisivo na entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial. Já no final de sua vida, foi indicado para ser juiz da Corte Internacional de Haia, um cargo de enorme prestígio, que recusou. Em 1870, Rui Barbosa graduou-se como bacharel pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (SP) e retornou à Bahia. Em 1871, começou a advogar e estreou no júri. Em 1872, iniciou-se no jornalismo, no Diário da Bahia. Em 1873, assumiu a direção do jornal. Em 1876, casou-se com a baiana Maria Augusta Viana Bandeira. Em 1877, foi eleito deputado à Assembleia da Bahia. No ano seguinte, foi eleito deputado à Assembleia da Corte. Em 1881, promoveu a Reforma Geral do Ensino. Em 15 de novembro de 1889, redigiu o primeiro decreto do governo provisório e foi nomeado ministro da Fazenda de Deodoro da Fonseca.

Em 1891, foi vice-chefe do Governo Provisório. Em 1892, abandonou a bancada do Senado, depois de feita a justificativa em discurso. Dias mais tarde, lançou um manifesto à nação no qual ditou a famosa frase: ?Com a lei, pela lei e dentro da lei; porque fora da lei não há salvação. Eu ouso dizer que este é o programa da República?.

Em 7 de fevereiro de 1893, Rui Barbosa voltou à Bahia para um encontro consagratório com Manuel Vitorino, ocasião em que falou de sua terra: ?Ninho onde cantou Castro Alves, verde ninho murmuroso de eterna poesia?. Em setembro do mesmo ano, a Revolta. Refugia-se na Legação do Chile. Sob ameaça de morte, exila-se em Buenos Aires. Em 1º de março de 1894, candidatou-se a presidente, obtendo o quarto lugar. Ainda em exílio, no ano seguinte, Ruy viajou a Londres, de onde escreveu as Cartas da Inglaterra para o Jornal do Commercio, a partir de 7 de janeiro de 1895. No ano seguinte, produziu textos a serviço dos insurrectos de 1893. Escreveu na imprensa: ?E jornalista é que nasci, jornalista é que eu sou, de jornalista não me hão de demitir enquanto houver imprensa, a imprensa for livre??

Em 1897, recusou convite para ser ministro plenipotenciário do Brasil na questão da Guiana, feita por Manuel Vitorino, então vice-presidente do governo de Prudente de Morais. Criticou a intervenção militar em Canudos. E recebeu de Joaquim Nabuco a seguinte citação, no livro Minha Formação: ?Ruy Barbosa, hoje a mais poderosa máquina cerebral do nosso país?.

Em 3 de abril de 1902, publicou um parecer crítico ao projeto do Código Civil. Ao final do ano, em 31 de dezembro, lançou réplica às observações feitas pelo filólogo Ernesto Carneiro Ribeiro, seu antigo mestre na Bahia. A tréplica de Carneiro só veio a público em 1923. Foi a maior polêmica filológica da língua portuguesa. Três anos depois, em 1905, chegou a se candidatar a presidente, porém retirou sua candidatura para apoiar a de Afonso Pena.

Em junho de 1907, foi à Conferência de Haia, sendo sua consagração mundial. Em 21 de outubro de 1908, discursou em francês, na ABL, em recepção a Anatole France. A partir do ano seguinte, e até 1910, iniciou a Campanha Civilista. Já em 1911, retornou ao Diário de Notícias. Nesse período, ao responder à carta de um correligionário civilista, escreveu uma das mais importantes obras sobre deontologia jurídica: O dever do advogado.

Para a eleição de 1º de março de 1910, integrou com o presidente de São Paulo, Dr. Albuquerque Lins, a chapa dos candidatos da soberania popular, na Campanha Civilista, sendo Ruy candidato a presidente, Albuquerque a vice. Em junho de 1913, iniciou sua terceira candidatura à Presidência pela Convenção Nacional, no Teatro Politeama do Rio de Janeiro, a maior solenidade popular registrada na história brasileira. Na iminência de perder para Wenceslau Brás, lançou em dezembro o Manifesto à nação, renunciando à candidatura. Em 1917, colaborou no projeto Tradução Brasileira. Ocorreu, em 1918, o Jubileu Cívico e Paul Claudel, ministro da França, entregou-lhe as insígnias de Grande Oficial da Legião de Honra.

Em 13 de abril de 1919, concorreu pela quarta e última vez à Presidência, e, como anteriormente, contra a sua vontade. Perdeu as eleições para Epitácio Pessoa. Promoveu conferências pelo sertão da Bahia. Ainda em 1919, dada a intervenção de Epitácio Pessoa na Bahia, reiterou a recusa, feita um ano antes, de representar o Brasil na Liga das Nações, durante a Conferência de Versalhes, que estipulou os termos da paz entre vitoriosos e derrotados na Primeira Guerra.

Em 1921, com o ?coração enjoado da política?, renunciou à cadeira de senador. A Bahia, que ele chamou de ?mãe idolatrada?, reelegeu-o senador e ele declarou: ?É um ato de obediência em que abdico da minha liberdade para me submeter às exigências do meu estado natal?. Recusou o cargo de juiz permanente na Corte de Haia (ocupado posteriormente por Epitácio Pessoa). Ainda no mesmo ano, recusou projeto do senador Félix Pacheco para que fosse concedido a Ruy um prêmio nacional em dinheiro, dizendo: ?A consciência me atesta não estar eu na altura de galardão tão excepcional?.

A 1º de março de 1923, faleceu em Petrópolis, à tarde, aos 73 anos de idade.

Títulos, prêmios e honrarias

  • 1961 - Patrono da APLetras cadeira nº 13[1]
  • 1955 - Nome de Rua[2]

Livros e publicações de sua autoria

Livros e publicações com sua participação

Conteúdos de seu acervo

Conteúdos relacionados

Referências

  1. SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. Passo Fundo: NI. 80 páginas. 30-33
  2. «Lei Ordinária 660 1955 de Passo Fundo RS». leismunicipais.com.br.
  3. SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. Passo Fundo: NI. 80 páginas. 38
  4. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 45
  5. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 49
  6. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 50
  7. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 52
  8. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 54