Antônio Frederico de Castro Alves

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Castro Alves
Castro Alves.jpg
Nome completo Antônio Frederico de Castro Alves
Nascimento 14 de março de 1847
Local Muritiba/BA
Morte 6 de julho de 1871
Local Salvador/BA
Ocupação

Antônio Frederico de Castro Alves

Biografia

Antônio Frederico de Castro Alves nasceu em 14 de março de 1847 em Curralinho, na Bahia. É filho de Antônio José Alves e Clélia Brasília Castro.

Castro Alves viveu num tempo da história brasileira marcado por novos traços de transformação de um país latifundiário, patriarcal e escravagista. Quando nasceu, o tráfego negreiro já havia sido proibido por lei brasileira, muito embora não fosse adequadamente respeitada. Instaurava-se, naquele tempo, a Segunda República na França. Na Inglaterra, Marx e Engels publicavam o Manifesto comunista (1848). O Brasil era governado, há sete anos, por Pedro II. É que em 1840, contrariando a norma constitucional (Constituição Imperial de 1824), em nome da paz e da tranquilidade interna do país, foi decretada a maioridade do imperador menino, D. Pedro II, que contava com quatorze anos de idade. O Brasil mergulhava numa crise econômica ímpar da sua história e era sacudido por revoltas e lutas sangrentas que ameaçavam todo o seu território. Eram os balaios no Maranhão, os farroupilhas nos pagos gaúchos, os liberais em São Paulo e Minas, a Revolução Praieira em Pernambuco e outras. Tratava-se de revoltas populares a que D. Pedro II herdava com a coroa. Era uma época de grandes figuras brasileiras: Rui Barbosa, Gonçalves Dias, José de Alencar, Casimiro de Macedo, Joaquim Manuel de Macedo, Machado de Assis.

A despeito de tudo isso, no Brasil lia-se A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, e os Primeiros cantos, de Gonçalves Dias. A produção literária do Brasil contrastava com essa realidade política, social e econômica. O jovem Castro Alves, por sua vez, iniciou-se numa atmosfera literária, produzida pelos oiteiros, ou saraus, festas de arte, música, poesia, declamação de versos. Aos 17 anos, fez suas primeiras poesias. Em maio de 1863, já em Recife, tentou sem sucesso entrar na Faculdade de Direito, mas foi tribuno e poeta requisitado em sessões públicas da Faculdade, sociedades estudantis, plateia de teatros.

Castro Alves conseguiu entrar na Faculdade de Direito de Recife, onde, em 10 de agosto de 1865, recitou O Sábio na Faculdade de Direito. Também alistou-se a 19 de agosto no Batalhão Acadêmico de Voluntários para a Guerra do Paraguai. Seu pai morreu em 1866. Castro Alves voltou ao Recife, matriculando-se no segundo ano da faculdade. Nessa ocasião fundou, com Rui Barbosa e outros amigos, uma sociedade abolicionista.

Em 1866, tornou-se amante de Eugénia Câmara. Nessa época, teve fase de intensa produção literária e a do seu apostolado por duas grandes causas: uma, social e moral, a da abolição da escravatura; outra, a república, aspiração política dos liberais mais exaltados. Data de 1866 o término de seu drama Gonzaga ou a Revolução de Minas, representado na Bahia e depois em São Paulo, no qual conseguiu consagrar as duas grandes causas de sua vocação. No dia 29 de maio, resolveu partir para Salvador, acompanhado de Eugénia. Na estreia de Gonzaga, dia 7 de setembro, no Teatro São João, foi coroado e conduzido em triunfo.

Em janeiro de 1868, embarcou com Eugénia Câmara para o Rio de Janeiro, sendo recebido por José de Alencar e visitado por Machado de Assis. Em março, viajou com Eugénia para São Paulo, onde decidira continuar seus estudos e se matriculou no terceiro ano.

Continuou principalmente a produção intensa dos seus poemas líricos e heroicos, publicados nos jornais ou recitados nas festas literárias, que produziam a maior e mais arrebatadora repercussão. No dia 25 de outubro, foi reapresentada sua peça Gonzaga no Teatro São José, musicada pelo compositor mineiro, então residente em São Paulo, Emílio do Lago. Em fevereiro de 1870, seguiu para sua cidade natal, na Bahia, para melhorar da tuberculose que se agravara, viveu na fazenda Santa Isabel, em Itaberaba. Em setembro, voltou para Salvador, onde faleceu aos 6 dias de julho de 1871.

Entre suas obras de poesia, estão Tragédia no mar e ainda O navio negreiro (1869); Espumas flutuantes (1870); A cachoeira de Paulo Afonso (1876); Os escravos (1883); Hinos do Equador (em edição de suas Obras Completas, em 1921). Escreveu também para teatro a Gonzaga ou a Revolução de Minas (1875).

Castro Alves é patrono da cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras.

Títulos, prêmios e honrarias

  • 1975- Patrono da APLetras cadeira nº 29[1]

Livros e publicações de sua autoria

Livros e publicações com sua participação

Conteúdos de seu acervo

Conteúdos relacionados

Referências

  1. SANTOS, Sabino R. (1975). Anuário APLetras 1975. Passo Fundo: Berthier. 70 páginas. Fragmento
  2. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 52
  3. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 53