Difference between revisions of "Salve-se quem puder..."
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'''Salve-se quem puder...''' | '''Salve-se quem puder...''' Simplesmente sensacional! Este é um livro para ser lido por todas as gerações. Apresenta as vivências de uma turma que se divertia, “aprontando” todas, mas de uma forma inocente. Relata a época em que crianças e adolescentes gastavam as energias com brincadeiras e brigadeiras, como diz sabiamente a autora, mesmo sabendo que sofreriam os devidos castigos. Retrata o tempo em que socorrer-se de psicólogos, era apelar ao Doutor Chinelo ou Doutora Vara, e não se preocupar em trabalhar a autoestima dos revoltados. | ||
== Apresentação == | == Apresentação == | ||
''Apresentação, por [[Eládio Vilmar Weschenfelder]]''<ref>Professor de Literatura na UPF</ref> | |||
É do senso comum que a expressão, para haver uma realização pessoal perfeita, há que se ter realizado três feitos: gerado um(a) filho(a), plantado uma árvore e publicado um livro. Sob esta ótica, a autora Sani Vidal, com a publicação da autobiografia ''Salve-se quem puder'', alcança o desejo natural de poucos compatriotas, ainda mais num país em que, segundo a pesquisa Retrato da Leitura no Brasil, os brasileiros estão lendo menos, tanto que os considerados leitores caiu de 95,6 milhões (55% da população estimada), em 2007, para 88,2 milhões (50%), em 2011. Outro dado mostra que só 26% dos brasileiros entre 15 e 64 anos encontram-se no nível pleno de alfabetização, isto é, têm condições de ler e compreender integralmente um texto longo. | |||
Não é possível pensar que exista um país, com o crescimento nosso, que possua uma taxa de 70% de analfabetos funcionais. Sendo tão poucos os competentes leitores brasileiros, menos ainda são seus escritores. Nesta lógica, Sani Vidal, ao publicar a obra ''Salve-se quem puder'', salvou-se, duplamente, como leitora e como escritora. | |||
Escrevendo na forma de confissão, a autora estabelece uma viagem espaço-temporal à medida que fixa a década de 60, do século XX, para viajar mentalmente em busca dos fios da memória, os quais vão desde a infância até os primeiros sinais da adolescência. | |||
Sob o ponto de vista espacial, as narrativas mostram que os fatos desta imbricada teia, deram-se, preferencialmente, em dois espaços: Cruzeiro do Sul/RS e Água Santa/RS. A primeira situada numa região de forte colonização germânica; a segunda, onde a presença da colonização italiana é acentuada. Trafegando entre os dois espaços, a garota peralta percebe que há uma diversidade cultural acentuada, não só em termos de linguística, mas na culinária e na religiosidade. A regra era “vigiar e punir” as crianças, sendo os adultos os grandes bisbilhoteiros de suas traquinagens, tanto que a autora recorda a leitura do romance ''Tambores Silenciosos'', de Josué Guimarães, associando seu tempo de infância aos “tempos bicudos” em que brasileiros eram vigiados e amordaçados. | |||
A exemplo da boneca Emília, do escritor Monteiro Lobato, a menina enfrenta todas as adversidades com senso de humor, ironia e crítica a um tempo em que o moralismo e o autoritarismo contra as crianças era flagrante. Não é por nada que a autora, no Prefácio, evoca o Estatuto da Criança e do Adolescente. Assim, à medida que a narradora de si mesma seleciona e conta as histórias idas e vividas com certo grau de fidelidade, ela pratica, humoristicamente, a catarse, confessando aos leitores as peripécias de uma menina que, agora adulta, salva-se como Sherazade, das ''Mil e Uma Noites.'' Por isso, o acerto no título ''Salve-se quem Puder''. | |||
Boa leitura, leitor(a)! | |||
== Índice == | == Índice == | ||
* Manifesto / 11 | |||
* Apresentação: Salve-se quem puder / 13 | |||
* A primeira concorrência / 15 | |||
* As criaturas de boa esperança / 17 | |||
* A “venda” e a captação de clientes / 20 | |||
* A invenção! Gasosa de xixi / 22 | |||
* As criaturas e suas profissões / 25 | |||
* O porão dos medos, prazeres e dos “ovos-bala” / 28 | |||
* As criaturas e suas armas / 31 | |||
* A descoberta do fogo / 32 | |||
* Os reis “magros” e a resina “mirraculosa” / 34 | |||
* Cine “te vê” / 37 | |||
* Patente, “a casa mata” / 38 | |||
* O “pintão” da eva / 40 | |||
* O poder do ohhhh!!!! / 42 | |||
* A guerra das bolitas / 45 | |||
* Ferida cabeluda, prego na cabeça e piercing na narina / 48 | |||
* Gastronomia perigosa / 51 | |||
* O clã do sr. armando x o clã das criaturas / 55 | |||
* Meu jacaré / 58 | |||
* O mestre / 62 | |||
* Planejar tentar capotar / 65 | |||
* Criação de girinos / 68 | |||
* A comilança do “corpo e sangue de cristo” / 70 | |||
* Avó maria a mãe de açúcar / 77 | |||
* O namorado do contra / 79 | |||
* “Torpeidos” / 83 | |||
* A saga! a “viaje” a três de maio / 85 | |||
* O abraço que afaga a memória / 89 | |||
* O “pão” que era “pom” / 92 | |||
* Escola Santa Inês / 95 | |||
* Os pretendentes / 98 | |||
* O dono da “pelada” / 100 | |||
* O peixe no leite / 103 | |||
* A chave mágica – fiat lux / 106 | |||
* Nespereira, o nicho das carpideiras / 109 | |||
* A catapulta e a bomba voadora / 111 | |||
* A corrida com os carrinhos de bebê / 113 | |||
* Titi, berico, dodi / 115 | |||
* O primeiro sutiã, impossível esquecer / 117 | |||
* “Para não dizer que não falei de flores” / 119 | |||
* A dor da perda / 123 | |||
* Sentimentos atávicos / 125 | |||
== Conteúdos relacionados == | == Conteúdos relacionados == | ||
[[File:Convite Salve-se quem puder....jpg|left|thumb|150x150px]] | |||
* Lançado na III Semana das Letras da Academia Passo-Fundense de Letras ocorrida de 08 de abril de 2014. | |||
== Referências == | == Referências == |
Revision as of 21:01, 22 February 2022
Salve-se quem puder... | |
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Descrição da obra | |
Autor | Rosani Lermenn Vidal |
Título | Salve-se quem puder... |
Assunto | Crônicas |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2013 |
Páginas | 132 |
ISBN | 978-85-8326-048-6 |
Impresso | Formato 15 x 21 cm |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2013 |
Salve-se quem puder... Simplesmente sensacional! Este é um livro para ser lido por todas as gerações. Apresenta as vivências de uma turma que se divertia, “aprontando” todas, mas de uma forma inocente. Relata a época em que crianças e adolescentes gastavam as energias com brincadeiras e brigadeiras, como diz sabiamente a autora, mesmo sabendo que sofreriam os devidos castigos. Retrata o tempo em que socorrer-se de psicólogos, era apelar ao Doutor Chinelo ou Doutora Vara, e não se preocupar em trabalhar a autoestima dos revoltados.
Apresentação
Apresentação, por Eládio Vilmar Weschenfelder[1]
É do senso comum que a expressão, para haver uma realização pessoal perfeita, há que se ter realizado três feitos: gerado um(a) filho(a), plantado uma árvore e publicado um livro. Sob esta ótica, a autora Sani Vidal, com a publicação da autobiografia Salve-se quem puder, alcança o desejo natural de poucos compatriotas, ainda mais num país em que, segundo a pesquisa Retrato da Leitura no Brasil, os brasileiros estão lendo menos, tanto que os considerados leitores caiu de 95,6 milhões (55% da população estimada), em 2007, para 88,2 milhões (50%), em 2011. Outro dado mostra que só 26% dos brasileiros entre 15 e 64 anos encontram-se no nível pleno de alfabetização, isto é, têm condições de ler e compreender integralmente um texto longo.
Não é possível pensar que exista um país, com o crescimento nosso, que possua uma taxa de 70% de analfabetos funcionais. Sendo tão poucos os competentes leitores brasileiros, menos ainda são seus escritores. Nesta lógica, Sani Vidal, ao publicar a obra Salve-se quem puder, salvou-se, duplamente, como leitora e como escritora.
Escrevendo na forma de confissão, a autora estabelece uma viagem espaço-temporal à medida que fixa a década de 60, do século XX, para viajar mentalmente em busca dos fios da memória, os quais vão desde a infância até os primeiros sinais da adolescência.
Sob o ponto de vista espacial, as narrativas mostram que os fatos desta imbricada teia, deram-se, preferencialmente, em dois espaços: Cruzeiro do Sul/RS e Água Santa/RS. A primeira situada numa região de forte colonização germânica; a segunda, onde a presença da colonização italiana é acentuada. Trafegando entre os dois espaços, a garota peralta percebe que há uma diversidade cultural acentuada, não só em termos de linguística, mas na culinária e na religiosidade. A regra era “vigiar e punir” as crianças, sendo os adultos os grandes bisbilhoteiros de suas traquinagens, tanto que a autora recorda a leitura do romance Tambores Silenciosos, de Josué Guimarães, associando seu tempo de infância aos “tempos bicudos” em que brasileiros eram vigiados e amordaçados.
A exemplo da boneca Emília, do escritor Monteiro Lobato, a menina enfrenta todas as adversidades com senso de humor, ironia e crítica a um tempo em que o moralismo e o autoritarismo contra as crianças era flagrante. Não é por nada que a autora, no Prefácio, evoca o Estatuto da Criança e do Adolescente. Assim, à medida que a narradora de si mesma seleciona e conta as histórias idas e vividas com certo grau de fidelidade, ela pratica, humoristicamente, a catarse, confessando aos leitores as peripécias de uma menina que, agora adulta, salva-se como Sherazade, das Mil e Uma Noites. Por isso, o acerto no título Salve-se quem Puder.
Boa leitura, leitor(a)!
Índice
- Manifesto / 11
- Apresentação: Salve-se quem puder / 13
- A primeira concorrência / 15
- As criaturas de boa esperança / 17
- A “venda” e a captação de clientes / 20
- A invenção! Gasosa de xixi / 22
- As criaturas e suas profissões / 25
- O porão dos medos, prazeres e dos “ovos-bala” / 28
- As criaturas e suas armas / 31
- A descoberta do fogo / 32
- Os reis “magros” e a resina “mirraculosa” / 34
- Cine “te vê” / 37
- Patente, “a casa mata” / 38
- O “pintão” da eva / 40
- O poder do ohhhh!!!! / 42
- A guerra das bolitas / 45
- Ferida cabeluda, prego na cabeça e piercing na narina / 48
- Gastronomia perigosa / 51
- O clã do sr. armando x o clã das criaturas / 55
- Meu jacaré / 58
- O mestre / 62
- Planejar tentar capotar / 65
- Criação de girinos / 68
- A comilança do “corpo e sangue de cristo” / 70
- Avó maria a mãe de açúcar / 77
- O namorado do contra / 79
- “Torpeidos” / 83
- A saga! a “viaje” a três de maio / 85
- O abraço que afaga a memória / 89
- O “pão” que era “pom” / 92
- Escola Santa Inês / 95
- Os pretendentes / 98
- O dono da “pelada” / 100
- O peixe no leite / 103
- A chave mágica – fiat lux / 106
- Nespereira, o nicho das carpideiras / 109
- A catapulta e a bomba voadora / 111
- A corrida com os carrinhos de bebê / 113
- Titi, berico, dodi / 115
- O primeiro sutiã, impossível esquecer / 117
- “Para não dizer que não falei de flores” / 119
- A dor da perda / 123
- Sentimentos atávicos / 125
Conteúdos relacionados
- Lançado na III Semana das Letras da Academia Passo-Fundense de Letras ocorrida de 08 de abril de 2014.
Referências
- ↑ Professor de Literatura na UPF