Difference between revisions of "O comunitário na identidade da Universidade de Passo Fundo"

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== Índice ==
== Índice ==
Apresentação..................................................................... 7
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|Apresentação 7


Introdução..........................................................................13
Introdução13


Ao protagonista da universidade comunitária:
Ao protagonista da universidade comunitária: uma homenagem 15
 
uma homenagem................................................................15


Agostinho Both
Agostinho Both


A inserção social dos idosos e a Universidade de
A inserção social dos idosos e a Universidade de Passo Fundo 18
 
Passo Fundo.......................................................................18
 
Agostinho Both


Rita De Marco
Agostinho Both e Rita De Marco


A regionalização da Universidade de Passo Fundo...........29
A regionalização da Universidade de Passo Fundo 29


Agostinho Both
Agostinho Both


Influência da Universidade de Passo Fundo no ensino
Influência da Universidade de Passo Fundo no ensino superior no sul do Piauí 36


superior no sul do Piauí ....................................................36
Raimunda Maria da Cunha Ribeiro e Mirian Folha de Araújo Oliveira


Raimunda Maria da Cunha Ribeiro
Polo de Modernização Tecnológica em Alimentos: história 49
 
Mirian Folha de Araújo Oliveira
 
Polo de Modernização Tecnológica em Alimentos: história.49


Irineu Fioreze
Irineu Fioreze


Formação de professores em serviço no sistema de ensino:
Formação de professores em serviço no sistema de ensino: cursos de férias 56
 
cursos de férias .................................................................56


Elydo Alcides Guareschi
Elydo Alcides Guareschi


Saúde comunitária: o pioneirismo da Faculdade de
Saúde comunitária: o pioneirismo da Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo 61


Medicina da Universidade de Passo Fundo..................... 61
Carlos Antonio Madalosso e Sandra Malheiros Mendonça


Carlos Antonio Madalosso
A origem das escolas e das universidades do DGE-38: sua natureza pública e comunitária  67


Sandra Malheiros Mendonça
Agostinho Both e Telmo Frantz


A origem das escolas e das universidades do DGE-38:
A Universidade de Passo Fundo e a municipalização da merenda escolar 78
 
sua natureza pública e comunitária ................................ 67
 
Agostinho Both
 
Telmo Frantz
 
A Universidade de Passo Fundo e a municipalização da
 
merenda escolar .............................................................78


Elmar Luiz Floss
Elmar Luiz Floss


A mística do comunitário na missão da Universidade de
A mística do comunitário na missão da Universidade de Passo Fundo 91


Passo Fundo.................................................................. 91
Irany Clemente Comin e Salete Cleusa Bona


Irany Clemente Comin
A Universidade de Passo Fundo e os cuidados com as comunidades rurais: projeto Unidades Móveis de Iniciação ao Trabalho 113
 
Salete Cleusa Bona
 
A Universidade de Passo Fundo e os cuidados com as
 
comunidades rurais: projeto Unidades Móveis de Iniciação
 
ao Trabalho .................................................................113


Irany Clemente Comin
Irany Clemente Comin


As feiras de ciências na comunitária Universidade
As feiras de ciências na comunitária Universidade de Passo Fundo 126


de Passo Fundo .........................................................126
Luiz Eurico Spalding e Luiz Eduardo Schardong Spalding


Luiz Eurico Spalding
Extensão universitária: o fortalecimento da identidade comunitária144


Luiz Eduardo Schardong Spalding
Bernadete Maria Dalmolin, Marcio Tascheto da Silva, Munira Medeiros Awad e Adriano José Hertzog Vieira


Extensão universitária: o fortalecimento da identidade
Sobre os autores e organizadores 188
 
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comunitária.................................................................144
 
Bernadete Maria Dalmolin
 
Marcio Tascheto da Silva
 
Munira Medeiros Awad
 
Adriano José Hertzog Vieira
 
Sobre os autores e organizadores ...........................188


== Conteúdos relacionados ==
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Latest revision as of 14:52, 4 October 2023

O comunitário na identidade

da Universidade de Passo Fundo

O comunitário na identidade da Universidade de Passo Fundo[1]
Descrição da obra
Autor Agostinho Both
Título O comunitário na identidade

da Universidade de Passo Fundo

Assunto Ensino
Formato Livro (formato PDF)
Editora Ed. Universidade de Passo Fundo
Publicação 2019
Páginas 191
ISBN 978-85-523-0016-8 Impresso
Impresso Formato 15 x 21 cm

O comunitário na identidade da Universidade de Passo Fundo Como não podia deixar de ser, este livro é cheio de significados: alguns resgatados com maestria pela memória dos acontecimentos e registros dos que escreveram, e outros que somente a experiência, no sentido larrosiano, pode dar. Em um contexto no qual, entre as velocidades e os excessos de trabalhos, temos de fazer paradas obrigatórias, temos que “[...] pensar mais devagar, olhar mais devagar, e escutar mais devagar; parar para sentir, sentir mais devagar, demorar-se nos detalhes [...]” (BONDÍA, 2002, p. 24)1.

Se hoje falamos em inovação, vale a pena conferir o que os nossos antepassados criaram...

Apresentação

Apresentação

Atarefa de apresentar uma obra é sempre complexa, ainda mais quando ela reúne textos que evocam tantas pessoas especiais, memórias e histórias de uma Universidade que se enlaça com nossas próprias histórias de vida. Como dizia o eterno Saramago, em seu Protopoema:

Do novelo emaranhado da memória, da escuridão dos

nós cegos, puxo um fio que me aparece solto.

Devagar o liberto, de medo que se desfaça entre os dedos.

É um fio longo, verde e azul, com cheiro de limos,

e tem a macieza quente do lodo vivo.

É um rio.

Corre-me nas mãos, agora molhadas.

Toda a água me passa entre as palmas abertas, e de

repente não sei se as águas nascem de mim, ou para

mim fluem.

Continuo a puxar, não já memória apenas, mas o

próprio corpo do rio. [...]

O fragmento do poema de José Saramago traduz meu sentimento ao apresentar esta obra. Cada vez que mergulho nas memórias da UPF, lembro-me que nascemos de um sonho coletivo, permeado por muito trabalho e dedicação.

Nesse percurso, fundem-se as memórias do passado às expectativas do futuro, tudo se conecta, se transforma e se enriquece. Foi assim que vivi um dos “encontros” mais intensos durante a minha gestão na Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, quando recebi os organizadores desta obra, acompanhados de alguns autores. Todos, colegas professores, afastados do cotidiano acadêmico, mas com a Universidade viva e pulsante dentro de si, como imagino tenham sido todos os dias em que nela trambalharam. Entusiasmados, foram tecendo um enredo de momentos e histórias que constituíram a potente identidade educacional e comunitária da nossa querida UPF.

As “janelas” das memórias e subjetividades produzidas foram dando formato a capítulos possíveis sobre tempos que mereciam ser memoráveis e compartilhados. Assim se fez. Ao final do encontro, o esboço já estava desenhado pelos experientes professores. A obra encontrou percalços no caminho, tais como o adoecimento e a perda do padre Alcides Guareshi. Após esse momento, foi difícil retomar os trabalhos, mas os fiéis companheiros prosseguiram e, juntos, fizeram o que o nosso sempre magnífico reitor faria sem hesitar.

Como não podia deixar de ser, este livro é cheio de significados: alguns resgatados com maestria pela memória dos acontecimentos e registros dos que escreveram, e outros que somente a experiência, no sentido larrosiano, pode dar. Em um contexto no qual, entre as velocidades e os excessos de trabalhos, temos de fazer paradas obrigatórias, temos que “[...] pensar mais devagar, olhar mais devagar, e escutar mais devagar; parar para sentir, sentir mais devagar, demorar-se nos detalhes [...]” (BONDÍA, 2002, p. 24)[2]

Sem a pretensão de uma ordem cronológica ou, então, de esgotar as experiências comunitárias, o texto reúne uma diversidade de informações, narrativas, acontecimentos e reflexões. Além disso, o leitor atento verá que há uma base comum, processual e perene, sustentando todo percurso. Muito antes de uma Vice-Reitoria de Extensão, a Instituição dava sinais de que não se apequenaria em envidar esforços para o desenvolvimento econômico e social e de que dedicaria seus melhores esforços em prol do fortalecimento dos laços comunitários e do compromisso com a formação e a produção do conhecimento.

Se hoje falamos em inovação, vale a pena conferir o que os nossos antepassados criaram...

A área da Educação foi embrionária e alavancadora, dando suporte aos professores para a formação universitária e/ou a complementação dos seus estudos. Antes, ainda, da oficialização da Universidade, diante de um cenário em que a maioria dos professores do “Ginásio” não tinha curso superior, a então Faculdade de Filosofia deu passos firmes na formação de professores, fazendo nascer os cursos de licenciatura, em modalidades factíveis para quem já trabalhava com educação e não podia realizar seus estudos num regime presencial. Aproveitando as experiências e buscando adensar novos conhecimentos nessa interlocução, criou- -se o regime especial de férias.

Paralelamente a isso, outra via, também descentralizada e regionalizada, sinalizava que o endereço da UPF haveria de se espraiar por uma vasta região. Os cursos de formação de professores também ocorreriam em municípios fora de Passo Fundo, intensificando-se na década de 1970 | O comunitário na identidade da Universidade de Passo Fundo 10 com a implantação do Centro Regional de Educação, e, na década de 1980, com a constituição dos Centros de Extensão Universitária (CEUs), que mais tarde materializariam o projeto de universidade multicampi, aprovado em 1993. Esse percurso e essa ligação da, hoje, chamada educação básica com a educação superior fez parte da UPF desde os seus primórdios, de modo que a Instituição se constituiu como a grande responsável pela educação na região Norte do estado do Rio Grande do Sul.

E, na onda da descentralização, voos mais longos fizeram a UPF influenciar o Ensino Superior no Piauí! Surpresa? Eu também não sabia! Foi um intenso e (relativamente) longo percurso de assessoramento, mediado pelo Ministério de Educação, fortalecendo as bases para que uma pequena cidade do interior do Piauí pudesse fortalecer a educação superior, a partir do modelo implantado na UPF.

O livro também registra os caminhos traçados na área de Alimentos, com o governo do estado do Rio Grande do Sul, por meio do Conselho de Desenvolvimento (Condepro) e da Secretaria de Ciência e Tecnologia, quando, no início da década de 1990, criou-se o Polo de Modernização Tecnológica em Alimentos. Um projeto inovador que envolveu múltiplos esforços da Emater, da Universidade, de empresas particulares, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, do Sindicato Rural e de Prefeituras municipais.

Fatos inusitados como a problematização da qualidade dos alimentos que chegava às escolas, o desrespeito à cultura alimentar das diferentes regiões de um país com extensão continental e os altos custos com a logística fizeram com que a instituição protagonizasse a indução da municipalização da merenda escolar.

Ainda na década de 70 do século passado, grupos preocupados com o futuro que se anunciava desencadearam estudos sobre o envelhecimento, criando espaços de experiências e formação que, mais tarde (1990), se materializaram na criação de um Centro de Estudos para a Terceira Idade, o Creati. Tal iniciativa criou raízes e impulsionou políticas públicas para o segmento em toda a região. Hoje, 40 anos após a primeira dissertação-marco que desencadeou o Creati, obtivemos a aprovação do nosso Doutorado em Envelhecimento Humano.

Nessa mesma direção, a UPF fez nascer a Saúde Comunitária nos bairros da cidade, proposta embrionária de descentralização e atendimento ambulatorial, o que, mais tarde, ressignificado pelo acesso universal, pela integralidade e pela participação da população, veio a ser proposto pelas Diretrizes Curriculares da Saúde.

Permeado pelo espírito científico, o estímulo à investigação, a melhoria da qualidade dos produtos e serviços e a “devolução” das produções às comunidades são marcos crescentes dessa força vitalizadora que – acredito – é traduzida por Comin como a mística da UPF.

No embalo de tantas lutas e glórias, muitas das quais à espera de novas escritas, chegamos a 2010! Então, eis a última parte do livro, em que registramos a gestão da Extensão e dos Assuntos Comunitários até junho de 2018, um trabalho coletivo e um viver em grupo, com compromisso e sensibilidade em cada etapa do projeto implementado.

Meu agradecimento e gratidão pela oportunidade de conhecer um pouco melhor alguns precursores da nossa história, o que me permite dizer que a UPF que temos hoje resulta do que fizeram aqueles que nos antecederam, moldando uma instituição compromissada, ao mesmo tempo, com a excelência e com o seu papel social. Uma instituição com raízes profundas na região, mas com o olhar voltado para o mundo, consciente de seu tempo e de seu lugar. Fica lançado o convite à leitura e à continuidade do debate em torno deste grande patrimônio. Ficamos à espera de novas investigações e de novos diálogos sobre as Instituições Comunitárias de Educação Superior que, pela voz desses e de tantos outros atores, possam trazer novas criações e perspectivas.

Bernadete Maria Dalmolin

Reitora

Índice

Apresentação 7

Introdução13

Ao protagonista da universidade comunitária: uma homenagem 15

Agostinho Both

A inserção social dos idosos e a Universidade de Passo Fundo 18

Agostinho Both e Rita De Marco

A regionalização da Universidade de Passo Fundo 29

Agostinho Both

Influência da Universidade de Passo Fundo no ensino superior no sul do Piauí 36

Raimunda Maria da Cunha Ribeiro e Mirian Folha de Araújo Oliveira

Polo de Modernização Tecnológica em Alimentos: história 49

Irineu Fioreze

Formação de professores em serviço no sistema de ensino: cursos de férias 56

Elydo Alcides Guareschi

Saúde comunitária: o pioneirismo da Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo 61

Carlos Antonio Madalosso e Sandra Malheiros Mendonça

A origem das escolas e das universidades do DGE-38: sua natureza pública e comunitária  67

Agostinho Both e Telmo Frantz

A Universidade de Passo Fundo e a municipalização da merenda escolar 78

Elmar Luiz Floss

A mística do comunitário na missão da Universidade de Passo Fundo 91

Irany Clemente Comin e Salete Cleusa Bona

A Universidade de Passo Fundo e os cuidados com as comunidades rurais: projeto Unidades Móveis de Iniciação ao Trabalho 113

Irany Clemente Comin

As feiras de ciências na comunitária Universidade de Passo Fundo 126

Luiz Eurico Spalding e Luiz Eduardo Schardong Spalding

Extensão universitária: o fortalecimento da identidade comunitária144

Bernadete Maria Dalmolin, Marcio Tascheto da Silva, Munira Medeiros Awad e Adriano José Hertzog Vieira

Sobre os autores e organizadores 188

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Referências

  1. BOTH, Agostinho. (2019) O comunitário na identidade da Universidade de Passo Fundo -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 190 páginas. E-book
  2. BONDÍA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Tradução de João Wanderley Geraldi. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 19, p. 20-28, jan./abr. 2002.