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'''Pedro Corrêa Garcez'''  filho de Marcos Dias Garcez e Maria Corrêa Dias, nasceu em 26 de novembro de 1893, em São Martinho da Serra, casou-se com Amália Ferreira Dias, da união nasceram Acari, Iná, Maria do Carmo, Ena, Dora, José Carlos e Eni. Viúvo em 1957, casou-se em 1960 com Santina Vieira, e dessa união nasceu Dóris Maria. Faleceu em 13 de maio de 1963.


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== Biografia, Histórico ==
 
Descendente dos primeiros colonizadores que ocuparam o atual Rio Grande do SuL, a partir de 1750,Pedro Corrêa Garcez nasceu em 26 de novembro de 1893, em São Martinho, então sexto distrito de Santa Maria, hoje município de São Martinho da Serra. Em decorrência da diáspora familiar que se seguiu ao esbulho das terras dos avós, mudou-se ainda criança, com seis irmãos e os pais, Marcos Dias Garcez e Maria Corrêa Dias, para as margens do rio Ivaí, no atual Município de Júlio de Castilhos, onde o pai foi barqueiro por alguns anos.
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|Morte
Muito jovem ainda, seguiu só para Cruz Alta, onde aprendeu o ofício de barbeiro. O jovem Pedro Corrêa Garcez chegou a Soledade antes de 1915. Nesse ano, casou-se com Amália Ferreira Dias, descendente dos fundadores do lugar, filha de D. Adelaide Dias Hilário e do então Delegado de Polícia, José Ferreira de Andrade. Ela era sobrinha do intendente municipal, Coronel Antônio João Ferreira, e neta de José Ferreira de Camargo, fiscal municipal de 1852 a 1879, tempos em que Soledade era distrito de Cruz Alta. Da união nasceram Acari, Iná, Maria do Carmo, Ena, Dora, José Carlos e Eni. Viúvo em 1957, casou-se em 1960 com Santina Vieira, e dessa união nasceu Dóris Maria. Faleceu em 13 de maio de 1963. Hoje seus descendentes se espalham pelo país, exercendo as mais diversas profissões.


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Recém chegado a Soledade, no início da década de 1910, exerceu brevemente o ofício de barbeiro aprendido em Cruz Alta, mas logo iniciou estudos autodidatas em Direito. Mais adiante, prestou provas duas vezes por ano, em Passo Fundo e Porto Alegre, obtendo licença para advogar, o que passou a fazer regularmente, desde meados da década de 1920. Antes disso, muito pouco depois de sua chegada a Soledade, já fazia valer as capacidades de ler e escrever, no exercício de funções administrativas e de assessoria, junto a diversas instâncias da vida pública da cidade e do município, o que faria até o fim da vida. Foi guarda da Coletoria Estadual (1914-1919) e cobrador da Dívida Ativa do Estado (1919-1926) e do Município (1924-1925, 1938). Foi Secretário Geral interino (1922-1923) do Município, na gestão do Intendente Sebastião Schleninger Júnior, subdelegado de polícia (1925-1926). Nas últimas gestões de Intendências, antes da Revolução de 1930, foi membro e presidente do Conselho Municipal, instância equivalente às atuais Câmaras de Vereadores, e chefe do serviço da Intendência de Guerra, das Forças Revolucionárias (1930).


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Logo a seguir, foi Secretário Geral do Município (1931-1932), posto que ocupou novamente, nas gestões dos prefeitos eleitos, Osvaldo Vieira (1955-1959) e João Chaves Campello (1959-1963).


|Local
Militou na cena política desde a década de 1920, como membro do Partido Republicano Castilhista, em cujo Álbum Ilustrado (1934) aparece retratado na mesma página em que consta a biografia do concunhado, Agenor Chaise. Em um dos episódios mais conturbados da história política brasileira, vivido em Soledade, foi protagonista dos incidentes em torno da Revolução Constitucionalista, de 1932. Fiel ao anúncio inicial de apoio do interventor Flores da Cunha à Frente Única Rio-Grandense, atendeu à nomeação como Tenente Corone, l para liderar o 44º Corpo Auxiliar, que agiria em conjunto com o outro batalhão provisório, criado em Soledade, sob a liderança de Cândido Carneiro Júnior.


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Após iniciada a ação e ficando claro o blefe do Interventor, os dois corpos foram rechaçados, na assim chamada Batalha do Fão, quando Pedro Corrêa Garcez foi detido e levado ao presídio de Cruz Alta, situação que mais tarde se reverteu. Em 1935, foi nomeado membro da subcomissão diretora do Partido Republicano Liberal em Soledade.


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Mais tarde, filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro, tendo servido como secretário-geral do diretório municipal do PTB, na década de 1950.


|Ocupação
Como advogado atuante na região de Soledade, desde os anos 1920, fez-se membro da Ordem dos Advogados do Brasil e estabeleceu-se com escritório próprio. Para agilizar trâmites junto às instâncias jurídicas, em Porto Alegre, manteve correspondência profissional regular com Tarso Dutra, que advogava na Capital antes, de tornar-se Senador da República e Ministro de Estado.


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Realizou inúmeros inventários e intermediou questões judiciais, tanto de particulares como de entidades públicas e privadas, redigindo e elaborando estatutos, inclusive da primeira Lei Orgânica do município de Soledade. Teve também atuação destacada no estabelecimento de instituições da sociedade civil soledadense. Entre outras atividades, foi cofundador do Clube Comercial, da Loja Maçônica “Liberdade e Progresso”, dos Centros Espíritas “Dias da Luz” (1925) e “Luz e Caridade” (1942), da União Operária Soledadense (1947), bem como da primeira Cooperativa de Consumo dos municipários de Soledade.


Atuou também como jornalista, tendo sido diretor de alguns dos primeiros órgãos de imprensa de Soledade, entre eles o jornal, “A Pátria”, que circulou em 149 edições entre 1922 e 1925. Em fases posteriores desse periódico local (1931, 1934), foi também redator e diretor. Em “A Pátria” também fez publicar, ocasionalmente poemas e ensaios próprios e de outros autores. Foi ainda correspondente, em Soledade, dos jornais


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A Federação (órgão do Partido Republicano Rio-Grandense), A Noite (Rio de Janeiro), O Nacional (Passo Fundo) e Diário da Manhã (Passo Fundo). Em mais de uma ocasião, foi chamado para contribuir com a memória do Município de Soledade. Para tanto, realizou pesquisa histórica sobre a ocupação da região, tendo produzido uma monografia, que foi talvez a primeira peça historiográfica acerca da formação e desenvolvimento de Soledade, de que se valeu o historiador Sérgio da Costa Franco, em sua obra de referência: Soledade na História.
'''Pedro Corrêa Garcez'''


== Biografia, Histórico ==
Como funcionário público, advogado, jornalista e político, Pedro Corrêa Garcez foi um legítimo homem de letras, que participou intensamente da vida pública e privada de Soledade, em boa parte do século 20, sendo, portanto, justo e digno patrono das letras soledadenses, no século 21.


== Títulos, prêmios e honrarias ==
== Títulos, prêmios e honrarias ==
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== Conteúdos relacionados ==
== Conteúdos relacionados ==
* 2012 - [[Pedro Corrêa Garcez, dados biográficos]] ''Em 30/04/2012, por [[Odilon Garcez Ayres]]''


== Referências ==
== Referências ==
[[Category:Pessoas]]
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[[Category:Pessoas Notáveis]]

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Pedro Corrêa Garcez
Foto:
Nome completo Pedro Corrêa Garcez
Ocupação advogado


Pedro Corrêa Garcez filho de Marcos Dias Garcez e Maria Corrêa Dias, nasceu em 26 de novembro de 1893, em São Martinho da Serra, casou-se com Amália Ferreira Dias, da união nasceram Acari, Iná, Maria do Carmo, Ena, Dora, José Carlos e Eni. Viúvo em 1957, casou-se em 1960 com Santina Vieira, e dessa união nasceu Dóris Maria. Faleceu em 13 de maio de 1963.

Biografia, Histórico

Descendente dos primeiros colonizadores que ocuparam o atual Rio Grande do SuL, a partir de 1750,Pedro Corrêa Garcez nasceu em 26 de novembro de 1893, em São Martinho, então sexto distrito de Santa Maria, hoje município de São Martinho da Serra. Em decorrência da diáspora familiar que se seguiu ao esbulho das terras dos avós, mudou-se ainda criança, com seis irmãos e os pais, Marcos Dias Garcez e Maria Corrêa Dias, para as margens do rio Ivaí, no atual Município de Júlio de Castilhos, onde o pai foi barqueiro por alguns anos.

Muito jovem ainda, seguiu só para Cruz Alta, onde aprendeu o ofício de barbeiro. O jovem Pedro Corrêa Garcez chegou a Soledade antes de 1915. Nesse ano, casou-se com Amália Ferreira Dias, descendente dos fundadores do lugar, filha de D. Adelaide Dias Hilário e do então Delegado de Polícia, José Ferreira de Andrade. Ela era sobrinha do intendente municipal, Coronel Antônio João Ferreira, e neta de José Ferreira de Camargo, fiscal municipal de 1852 a 1879, tempos em que Soledade era distrito de Cruz Alta. Da união nasceram Acari, Iná, Maria do Carmo, Ena, Dora, José Carlos e Eni. Viúvo em 1957, casou-se em 1960 com Santina Vieira, e dessa união nasceu Dóris Maria. Faleceu em 13 de maio de 1963. Hoje seus descendentes se espalham pelo país, exercendo as mais diversas profissões.

Recém chegado a Soledade, no início da década de 1910, exerceu brevemente o ofício de barbeiro aprendido em Cruz Alta, mas logo iniciou estudos autodidatas em Direito. Mais adiante, prestou provas duas vezes por ano, em Passo Fundo e Porto Alegre, obtendo licença para advogar, o que passou a fazer regularmente, desde meados da década de 1920. Antes disso, muito pouco depois de sua chegada a Soledade, já fazia valer as capacidades de ler e escrever, no exercício de funções administrativas e de assessoria, junto a diversas instâncias da vida pública da cidade e do município, o que faria até o fim da vida. Foi guarda da Coletoria Estadual (1914-1919) e cobrador da Dívida Ativa do Estado (1919-1926) e do Município (1924-1925, 1938). Foi Secretário Geral interino (1922-1923) do Município, na gestão do Intendente Sebastião Schleninger Júnior, subdelegado de polícia (1925-1926). Nas últimas gestões de Intendências, antes da Revolução de 1930, foi membro e presidente do Conselho Municipal, instância equivalente às atuais Câmaras de Vereadores, e chefe do serviço da Intendência de Guerra, das Forças Revolucionárias (1930).

Logo a seguir, foi Secretário Geral do Município (1931-1932), posto que ocupou novamente, nas gestões dos prefeitos eleitos, Osvaldo Vieira (1955-1959) e João Chaves Campello (1959-1963).

Militou na cena política desde a década de 1920, como membro do Partido Republicano Castilhista, em cujo Álbum Ilustrado (1934) aparece retratado na mesma página em que consta a biografia do concunhado, Agenor Chaise. Em um dos episódios mais conturbados da história política brasileira, vivido em Soledade, foi protagonista dos incidentes em torno da Revolução Constitucionalista, de 1932. Fiel ao anúncio inicial de apoio do interventor Flores da Cunha à Frente Única Rio-Grandense, atendeu à nomeação como Tenente Corone, l para liderar o 44º Corpo Auxiliar, que agiria em conjunto com o outro batalhão provisório, criado em Soledade, sob a liderança de Cândido Carneiro Júnior.

Após iniciada a ação e ficando claro o blefe do Interventor, os dois corpos foram rechaçados, na assim chamada Batalha do Fão, quando Pedro Corrêa Garcez foi detido e levado ao presídio de Cruz Alta, situação que mais tarde se reverteu. Em 1935, foi nomeado membro da subcomissão diretora do Partido Republicano Liberal em Soledade.

Mais tarde, filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro, tendo servido como secretário-geral do diretório municipal do PTB, na década de 1950.

Como advogado atuante na região de Soledade, desde os anos 1920, fez-se membro da Ordem dos Advogados do Brasil e estabeleceu-se com escritório próprio. Para agilizar trâmites junto às instâncias jurídicas, em Porto Alegre, manteve correspondência profissional regular com Tarso Dutra, que advogava na Capital antes, de tornar-se Senador da República e Ministro de Estado.

Realizou inúmeros inventários e intermediou questões judiciais, tanto de particulares como de entidades públicas e privadas, redigindo e elaborando estatutos, inclusive da primeira Lei Orgânica do município de Soledade. Teve também atuação destacada no estabelecimento de instituições da sociedade civil soledadense. Entre outras atividades, foi cofundador do Clube Comercial, da Loja Maçônica “Liberdade e Progresso”, dos Centros Espíritas “Dias da Luz” (1925) e “Luz e Caridade” (1942), da União Operária Soledadense (1947), bem como da primeira Cooperativa de Consumo dos municipários de Soledade.

Atuou também como jornalista, tendo sido diretor de alguns dos primeiros órgãos de imprensa de Soledade, entre eles o jornal, “A Pátria”, que circulou em 149 edições entre 1922 e 1925. Em fases posteriores desse periódico local (1931, 1934), foi também redator e diretor. Em “A Pátria” também fez publicar, ocasionalmente poemas e ensaios próprios e de outros autores. Foi ainda correspondente, em Soledade, dos jornais

A Federação (órgão do Partido Republicano Rio-Grandense), A Noite (Rio de Janeiro), O Nacional (Passo Fundo) e Diário da Manhã (Passo Fundo). Em mais de uma ocasião, foi chamado para contribuir com a memória do Município de Soledade. Para tanto, realizou pesquisa histórica sobre a ocupação da região, tendo produzido uma monografia, que foi talvez a primeira peça historiográfica acerca da formação e desenvolvimento de Soledade, de que se valeu o historiador Sérgio da Costa Franco, em sua obra de referência: Soledade na História.

Como funcionário público, advogado, jornalista e político, Pedro Corrêa Garcez foi um legítimo homem de letras, que participou intensamente da vida pública e privada de Soledade, em boa parte do século 20, sendo, portanto, justo e digno patrono das letras soledadenses, no século 21.

Títulos, prêmios e honrarias

Conteúdos de seu acervo

Conteúdos relacionados

Referências