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* 02 Vital não pensou mais no Seminário | * 02 Vital não pensou mais no Seminário | ||
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* 16 Piedoso por inclinação natural | * 16 Piedoso por inclinação natural | ||
* 17 Vai recrudescer no Noviciado | * 17 Vai recrudescer no Noviciado | ||
* 18 Desta vez me escapei | | | ||
*18 Desta vez me escapei | |||
* 19 Com o andar dos meses | * 19 Com o andar dos meses | ||
* 20 Durante todo o tempo do Noviciado | * 20 Durante todo o tempo do Noviciado | ||
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* 35 Afinal, que doença | * 35 Afinal, que doença | ||
* 36 Realizara-se o milagre | * 36 Realizara-se o milagre | ||
* 37 Naquele domingo | | | ||
*37 Naquele domingo | |||
* 38 Após o tombo do cavalo | * 38 Após o tombo do cavalo | ||
* 39 O voto de pobreza | * 39 O voto de pobreza | ||
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* 53 Decorridos alguns dias | * 53 Decorridos alguns dias | ||
* 54 Conversando um dia | * 54 Conversando um dia | ||
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== Conteúdos relacionados == | == Conteúdos relacionados == | ||
== Referências == | == Referências == | ||
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Latest revision as of 13:53, 5 October 2023
Caminhos do Senhor | |
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Descrição da obra | |
Autor | Fidélis Dalcin Barbosa |
Título | Caminhos do Senhor |
Subtítulo | romance |
Assunto | Romance |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2012 |
Páginas | 236 |
ISBN | 978-85-8326-045-5 |
Formato | Papel 15 x 21 cm |
Editora | Sulina |
Publicação | 1990 |
Caminhos do Senhor: romance Esta é a dramática história do Pe. Paulo, um sacerdote religioso, que passa 30 anos debatendo-se em conflitos do coração, disputado por uma dezena de garotas. Caminhando trepidante, por caminhos escabrosos beirando abismos, vinha ele, afanosamente buscando mão amiga que o socorresse, colocando-o em lugar seguro. Um dia ele tem um lampejo. Escrevendo um conto, prenuncia simbolicamente a sua conversão. Extenuado e desfalecido cai em leito hospitalar, onde uma freirinha amorosa lhe conquista o coração. Tira-o do meio dos escombros da tragédia e o coloca em antecâmara do céu. Acontece a conversão. O Pe. Paulo celebrando a santa missa, se converte. Converte-se precisamente na festa da conversão de Santo Agostinho, enquanto o coral das freirinhas entoa o cântico: Ó meu Jesus, sou vosso enfim!
Apresentação
APRESENTAÇÃO, por João Basílio Schmitt
Desde o ano passado que os originais de "Caminhos do Senhor" estão sobre a mesa, sempre esperando a vez entre mil prioridades que a gente vai acumulando e inventando. Valeu o lembrete. Criei vergonha e reservei alguns dias para uma leitura atenta e crítica, para poder fazer uma apreciação objetiva.
Iniciada a leitura, logo nos primeiros capítulos, substituí a "critica" por proveitosa e me arrependi de ter passado tanto tempo com um tesouro intocado sobre a mesa, sem ter dele me aproveitado.
Achei fantástico este romance. É, sem dúvida, o que gostaria de dizer a grande maioria dos padres que deixaram o ministério e não o dizem por não terem tempo, nem condições e, muito menos, o dom que você possui de comunicar por escrito e de forma agradável pensamentos e experiências.
De início, julguei que o romance séria, como não poucas vezes se vê, um libelo acusatório contra pessoas e instituições ou um simples depoimento. Mas, percebi logo que não tinha a intenção de apontar pessoas, identificar congregações ou dioceses, definir lugares. Nem deveria fazer, porque o romance não visa retratar apenas uma realidade singular, mas descrever o paradigma de uma época. Todas as congregações agiam assim. Todos os seminários deformavam assim. Todos os religiosos padeciam mais ou menos assim. Todos os padres imaturavam assim.
Felizmente essa época está ficando para trás, não tão rapidamente quanto desejaríamos, mas está sendo superada. Entretanto, permanecem as consequências. Trágicas consequências. Quantos padres e religiosos vivem ainda presos Caminhos do senhor - Fidélis Dalcin Barbosa - 6 por complexos e traumas adquiridos no período de seminário e noviciado! E o pior é que as pessoas e instituições agiam de boa-fé, achando que era assim mesmo que deveriam agir. Nós mesmos, quantos absurdos cometemos em nossos primeiros anos de apostolado, guiados por aqueles condicionamentos! Por isso tudo que é preciso falar, escrever, refletir, demitizar, desmascarar caridosamente e compreendendo, como faz seu personagem central, Pe. Paulo.
Outra coisa que me chamou a atenção foi que o herói do seu romance reconhece as próprias fraquezas e tropeços, não esconde nem tenta se esconder, mas levanta e luta. Sobretudo reza. Reza muito. Não descuida a missa, o breviário, a leitura da Bíblia, a devoção a Maria, a visita ao Santíssimo, a meditação, a confissão e, de modo especial, a invocação ao Espírito Santo. Existe hoje uma afirmação constante nos meios eclesiásticos e religiosos de que os padres que optaram pela vida civil perderam a vocação por terem se descuidado da oração. Para isso, forjam-se pseudo-declarações e depoimentos que contradizem a experiência vivida pelos egressos. O testemunho do Pe. Paulo é o melhor desmentido dessa caluniosa difamação que se quer lançar contra os egressos.
Mais ainda, achei o romance duplamente profético, para o padre que deixa o ministério e para a própria Igreja que o discrimina. O padre que opta pela vida matrimonial e automaticamente e forçado a deixar o ministério sacramental bem que poderia encontrar dezenas de ministérios alternativos e passíveis, na descoberta de sua verdadeira vocação e na liberdade dos filhos de Deus. Profético também para a Igreja, no sentido de que deponha, de uma vez por todas, qualquer preconceito e discriminação com que trata ainda os padres que se casam e não dispense a colaboração que deles passa receber. Que ela entenda tratar-se, não de uma defecção ao ministério - se fosse concedido, a maioria continuaria a exercê-lo - mas, simplesmente de uma opção amadurecida pelo matrimônio. Poderia, no plano de Deus, um sacramento excluir o outro?
Por essas e por outras observações, julgo que o autor captou e expressou, em seu romance, de modo muito feliz, agradável e respeitoso, os sentimentos tanto dos padres que continuam na ativa quanto dos que dela saíram, em relação ao tipo de formação distorcida dos seminários, dependência despótica de superiores e o drama de uma nova opção, no contexto dos condicionamentos de uma formação causadora de traumas e complexos.
Faltou, talvez, abordar no livro - e aqui fica a sugestão para outro - a beleza, grandeza e utilidade dos novos ministérios que os padres casados estão desempenhando no contexto civil, apoiados por esposas corajosas e valentes que souberam enfrentar a avassaladora onda de preconceitos e ficar ao lado do marido e a realização libertadora com que o fazem. Não estaria nesse rumo a chave para a solução do problema, tanto de renovação do ministério em si como da realização pessoal dos ministros?
Índice
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Conteúdos relacionados
Referências
- ↑ BARBOSA, Fidélis D. (1990) Caminhos do Senhor: romance -Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2012 236 páginas. E-book