Difference between revisions of "Jesus Algacir Costa"
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Nasceu em 10 de outubro de 1944, em Vila Teixeira, 7º Distrito de Passo Fundo, hoje Tapejara. Criou-se na Vila Vera Cruz. Foi inclinado à música desde criança. Iniciou com seu irmão “Preto”, tocando em dupla no Programa do Clube do Titio, depois no C.T.G Lalau Miranda e foram crescendo e abraçando a arte musical e se profissionalizando. | |||
Estudou música com muito afinco e logo começou ensinar. Criou um método pioneiro para tocar gaita de botão, e um método de iniciação ao violão, um próprio ara piston e outro método inovador de solfejo, leitura musical. | |||
Escreveu arranjos de músicas individuais, para conjuntos e até para corais. Foi compositor, musicista, poeta exímio, intérprete e até pajador. | |||
Participou em mais de vinte e cinco Festivais de Música Nativista como compositor, instrumentista, intérprete e noutros como jurado e respeito. Formou o Grupo “Os Fronteiriços” e com ele levou o nome de Passo Fundo por todo o Brasil e além-fronteiras – Buenos Aires, Festival Del Litoral; Posadas – Missiones e no 25º Festival Internacional de Folklore em Santarém, Portugal. | |||
Tocava gaita de botão, violão, baixo, cavaquinho, piston, trombone, piano e, por último, teclado. Mesmo já doente, ainda escrevia musicas a partir do seu teclado, onde deixou muitas inéditas. | |||
Começou a gravar, em 1963, um disco de 78 rotações. O seu segundo, foi um compacto em 1966 e mais 4 LPs solo. Com o Grupo “Os Fronteiriços”, gravou 8 LPs. | |||
Algacir escreveu o livro “Décimas”, de 291 páginas, de vida e sabor. Antes de partir para a Querência Eterna (18.01.97), deixou seu filho Diamandú já bem encaminhado na vida artística como excelente violinista e exímio cantor. Algacir ainda gravou um belíssimo CD, que foi a sua última gravação. Deixou muitas músicas inéditas e belas lições de vida. | |||
Publicou o livro: 1996 - '''DÉCIMAS''', | Publicou o livro: 1996 - '''DÉCIMAS''', | ||
Revision as of 10:04, 8 December 2021
Algacir Costa | |
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Nome completo | Jesus Algacir Costa |
Nascimento | 11 de outubro de 1944 |
Local | Vila Teixeira, Passo Fundo/RS |
Morte | 18 de janeiro de 1997 |
Local | Porto Alegre/RS |
Ocupação | músico
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Jesus Algacir Costa Jesus Algacir Costa, músico e compositor, nasceu em Vila Teixeira, na época distrito de Passo Fundo, hoje município de Tapejara, no dia 11 de outubro de 1944. Estudou música no Conservatório de Passo Fundo entre 1968 e 1969. Estudou também violão e pistom clássico em Recife e em João Pessoa em 1981. Professor de música e criador de métodos de aprendizagem musical. Compositor, intérprete e jurado de festivais musicais.
Biografia, Histórico
Nasceu em 10 de outubro de 1944, em Vila Teixeira, 7º Distrito de Passo Fundo, hoje Tapejara. Criou-se na Vila Vera Cruz. Foi inclinado à música desde criança. Iniciou com seu irmão “Preto”, tocando em dupla no Programa do Clube do Titio, depois no C.T.G Lalau Miranda e foram crescendo e abraçando a arte musical e se profissionalizando.
Estudou música com muito afinco e logo começou ensinar. Criou um método pioneiro para tocar gaita de botão, e um método de iniciação ao violão, um próprio ara piston e outro método inovador de solfejo, leitura musical.
Escreveu arranjos de músicas individuais, para conjuntos e até para corais. Foi compositor, musicista, poeta exímio, intérprete e até pajador.
Participou em mais de vinte e cinco Festivais de Música Nativista como compositor, instrumentista, intérprete e noutros como jurado e respeito. Formou o Grupo “Os Fronteiriços” e com ele levou o nome de Passo Fundo por todo o Brasil e além-fronteiras – Buenos Aires, Festival Del Litoral; Posadas – Missiones e no 25º Festival Internacional de Folklore em Santarém, Portugal.
Tocava gaita de botão, violão, baixo, cavaquinho, piston, trombone, piano e, por último, teclado. Mesmo já doente, ainda escrevia musicas a partir do seu teclado, onde deixou muitas inéditas.
Começou a gravar, em 1963, um disco de 78 rotações. O seu segundo, foi um compacto em 1966 e mais 4 LPs solo. Com o Grupo “Os Fronteiriços”, gravou 8 LPs.
Algacir escreveu o livro “Décimas”, de 291 páginas, de vida e sabor. Antes de partir para a Querência Eterna (18.01.97), deixou seu filho Diamandú já bem encaminhado na vida artística como excelente violinista e exímio cantor. Algacir ainda gravou um belíssimo CD, que foi a sua última gravação. Deixou muitas músicas inéditas e belas lições de vida.
Publicou o livro: 1996 - DÉCIMAS,
Algacir Costa recupera uma das mais caras tradições da poemática popular do Rio Grande do Sul: a décima. Esta é um tipo de poema ( e não forma estrófica também do mesmo nome), onde são narrados acontecimentos, fatos, emoções. Décima seria a correspondente clássico romance (tipo de poema). Aliás, as décimas, como as conhecem os poetas populares do Rio Grande, também são encontradas noutras partes do mundo (veja-se Poesias Completas de Juan Cristóbal Lopes Fajardo, Ediciones Huracan, La Habana, 1974).
O livro do poeta nascido em Vila Teixeira, 7º Distrito de Passo Fundo, hoje Tapejara, em 11 de outubro de 1944, pode ser dividido em duas partes bastante diferenciadas. Na primeira, encontramos poemas de uma feição mais tradicional, mais gauchesca. É o caso de ORELHANO, que abre o volume. São poemas onde há o apelo às coisas letúricas dos pagos sulinos, ao peão, à china e à prenda. Já, a segunda espécie- diga-se assim-, é formada por composições dedicadas a lembranças de leituras do Autor, como os poemas onde fala sobre elementos da história, da cultura e da indumentária gaúcha e outros onde lembra locais e pessoas com que manteve contato nos seus longos anos de músico profissional.
do texto "As décimas de Algacir Costa"
O Pedro da minha vila
conhecí desde guri
um chiru em minha Vila
changueando por qualquer pila
o Pedro, pra lá e pra cá
fazia, era só mandar
qualquer serviço caseiro
e até pelo potreiro
ia o caalo buscar
pra arranjar changa parava
já no primeiro vizinho
andava sempre sozinho
basquetiando todo o dia
se era pobre, nem sabia
por que canha e bóia tinha
cuidava bem da velhinha
e a pobreza repartia
a Vila toda gostava
do Pedro que compartia
tristezas e alegrias
ralhava com a gurizada
porfias e patacuadas
batia uma continência
pro quartel de sua inocência
sempre mais uma alvorada
no tranco a vida changueava
um dia aqui, outro ali,
pra virar horta e carpir
sempre era requisitado
davam almoço ao coitado
e plata até uns sessenta
para meia de água benta
erva, café e guizado
na lenheira do seu Granja
lá as vezes trabalhava por
mil achas que cortava
o Alemão ia anotando
só no sábado cobrando
para pegar reunido
tudo o que tinha bebido
na bodega ia pagando
pra esquina do seu Joãozinho
sempre o Pedro se mudava
e as vezes pilotava
a gaiota com o tostado
com mil achas carregado
ia faceiro entregar
com o reio a reboliar
no rancho do João Machado
o Pedro vinha embocando lá
pela boca da esquina
um piá gritava, Celina
e era aquele movimento
uns pra fora, outros pra dentro
pra ver o Pedro passar
e com medo le chamar
Pedro, Pedro, só um momento
quando tratava com ele ia
chegando bem cedo
contava o sonho em segrêdo
para depois perguntar
quanto le iam pagar
depois da horta virada
se era de apa ou de enchada
para o preço se ajustar
era certo que a tardinha
o Pedro vinha voltando
as vezes mamau, cantando
como cigano de festa
o Pedro da Dna. Ernesta
que todo mundo queria
a Vila inteira sorria
hoje só a lembrança resta
assim foi tranqueando a vida
Pedro Mole, Pedro, Pedro,
quem sabe quanto segredo
chinas, sonhos, fantasia,
de ombro arma a alegria
na posição de sentido
como um clarim carcomido
da velha Cavalaria
sabes, Pedro, que a vida,
é uma boca de funil
vai afunilando a mil
e dela ninguém escapa
nem a terra que nos tapa
não consegue meu querido
nos enterrar no olvido
é um segredo sem mapa
depois que me vim embora
o Pedro partiu também
pr’onde ele foi ninguém vem
eu penso que descansou
sei que um dia também vou
como índio guacho, sem manhã
deixe que a meia de cãnha
bom Pedro sou eu que dou
Denomina a Praça Algacir Costa
- 1998 - Praça Algacir Costa - Passa a denominar-se Algacir Costa , compositor, musicista, poeta, cantor e professor de música, Passo Fundo/RS, 11.10.1944, Porto Alegre/RS - 18.01.1997, a praça de esportes localizada na rua Taquara, no quarteirão formado pela rua Serafim Lemos de Mello, rua São Francisco e ruas inominadas - na Vila Vera Cruz.
- Localização[1]
Títulos, prêmios e honrarias
Conteúdos de seu acervo
Conteúdos relacionados
- 1996 - As décimas de Algacir Costa Em 11/10/1996, por Paulo Domingos da Silva Monteiro
- 1998 - Destaques que projetaram Passo Fundo, biografia [2]
- 2005 - As Décimas de Algacir Costa II Em 31/07/2005, por Paulo Domingos da Silva Monteiro
Comentários
- De: mariabernartti@hotmail.com Enviado em: 15/08/2014 às 17:43:24 horas
- Adorei rever Este artista maravilhoso, inteligente. saudades deste que também foi meu amigo em Passo Fundo.
- De: fabidarosa14@gmail.com Enviado em: 13/03/2015 às 21:56:43 horas
- Saudades de td do Algacir da gringa do preto do Pablo .vivia dentro da casa deles sou parente de tds. uma saudade tremenda do tempo de Passo Fundo. Ate do Pedro Mole que ganhou uma musica do Algacir.
- De: fabidarosa14@gmail.com Enviado em: 13/03/2015 às 22:07:05 horas
- Queria mais informações sobre a historias de Algacir costa e o grupo os fronteiriços.
- De: projetopassofundo@gmail.com Enviado em: 14/03/2015 às 08:03:31 horas
- Fabi, pesquise pelo nome do Autor, vai encontrar as referencia de que dispomos. Obrigado pela visita ao nosso site. Abs.- Curador
- De: fabidarosa14@gmail.com Enviado em: 13/03/2015 às 22:07:05 horas
- Queria mais informações sobre a historias de Algacir costa e o grupo os fronteiriços.
- De: mariabernartti@hotmail.com Enviado em: 17/05/2016 às 08:44:30 horas
- Gostaria também de ver inserido o nome do irmão do Algacir Costa que também era um baita músico, obrigada
- De: projetopassofundo@gmail.com Enviado em: 17/05/2016 às 13:23:56 horas
- Você pode enviar os dados do irmão de Algacir que veremos como inclui-lo na biografia de Algacir. Abç.- Curador.-
- De: mariabernartti@hotmail.com Enviado em: 17/05/2016 às 08:44:30 horas
- Gostaria também de ver inserido o nome do irmão do Algacir Costa que também era um baita músico, obrigada
Referências
- ↑ «Praça Algacir Costa». Google maps.
- ↑ MELO, Orfelina V (1998). Resgate da música gaúcha em Passo Fundo: Ediupf, 1998. il.,144 p., E-book, (2013) 146 p; 115-122