Difference between revisions of "Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha"

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== Títulos, prêmios e honrarias ==
== Títulos, prêmios e honrarias ==


* 1975 - Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 5<ref>SANTOS, [https://projetopassofundo.wiki.br/images/8/88/Anu%C3%A1rio_APLetras_1975.pdf Sabino R. (1975). Anuário APLetras 1975]. Passo Fundo: Berthier. 70 páginas. Fragmento</ref>
* 1975 - Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 5<ref>SANTOS, [https://projetopassofundo.wiki.br/images/8/88/Anu%C3%A1rio_APLetras_1975.pdf Sabino R. (1975). Anuário APLetras 1975]. Passo Fundo: Berthier. 70 páginas. Fragmento.</ref>


== Livros e publicações de sua autoria ==
== Livros e publicações de sua autoria ==

Revision as of 11:20, 27 September 2021

Euclides da Cunha
Euclides da Cunha.jpg
Nome completo Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha
Nascimento 20 de janeiro de 1866
Local Cantagalo/RJ
Morte 15 de agosto de 1909
Local Cantagalo/RJ
Ocupação

Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha

Biografia

Euclides da Cunha nasceu em 20 de Janeiro de 1866, na fazenda Saudade, Cantagalo (RJ). Morreu no bairro da Piedade, aos 42 anos, assassinado pelo jovem cabo Dilermando Reis, amante de sua mulher, Ana Maria Cunha, filha do Coronel Sólon Ribeiro, importante personalidade da República. A vida de Euclides da Cunha foi marcada pela tragédia. Órfão de mãe aos três anos de idade, foi entregue aos cuidados de vários parentes. Do Rio de Janeiro foi para Salvador e depois para São Paulo. Sua vida era feita de diferentes casas, bairros e afetos entrecortados. Sua mente, uma sucessão de múltiplas paisagens. Composições que só ajudariam o geógrafo, o sociólogo e o antropólogo surpreendentes que ele se revelaria anos mais tarde.

Desde muito cedo, Euclides da Cunha foi tido como gênio por seus contemporâneos. Sua mente lúcida impressionava. Apesar do temperamento arredio e turbulento, sempre soube preservar as amizades. Foi amigo de intelectuais e de gente poderosa, como o barão do Rio Branco. Mas nunca conheceu o afeto feminino.

Um homem de personalidade obsessiva e passional, assim foi o escritor Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha, que levou uma vida errante e aventureira. Muitas vezes, como jornalista, outras como engenheiro e militar, viajou por todo o país. Escreveu dois livros de ensaios. Contrastes e confrontos, de 1907; A margem da História, de 1909, e um relatório técnico, Peru versus Bolívia, de 1907. Sua grandeza como escritor, porém, deve-se à obra Os sertões.

Até a Campanha de Canudos, Euclides da Cunha foi um defensor incondicional do novo regime. Sua história se confunde em muitos momentos com a própria história da República. No Colégio Aquino, onde cursou o secundário, foi aluno do grande mentor republicano, Benjamim Constant. Logo depois, Euclides ingressou no Exército ? onde chegou a tenente ? e também na Escola Militar do Rio de Janeiro, que formava engenheiros para a construção de estradas, portos e pontes.

Republicano apaixonado, o escritor desembarcou no dia 7 de setembro de 1897, em Monte Santo ?base da operação militar? ao lado do ministro da Guerra, general Machado Bittencourt. Pensava defender a República contra um levante bárbaro e monarquista. A quarta Campanha contra Canudos estava no final e Euclides da Cunha jamais seria o mesmo. Caberia a ele questionar a República que se formava e ser um dos maiores críticos do Exército Brasileiro. Foi, então, cobrir o evento, como enviado de guerra. O livro Os sertões nasceu de uma reportagem sobre a Guerra de Canudos para o jornal O Estado de São Paulo.

Para compreender a revolta de Canudos era necessário que o sertão viesse à tona, numa nova tradução. Foi essa a grande proeza do jornalista e engenheiro militar Euclides da Cunha, ao publicar seu livro Os sertões, em 1902. Uma obra contundente, que destruía o sonho brasileiro da República e da civilização branca europeizada. Toda a sua obra é marcada por suas viagens. Além de conhecer o Nordeste, visitou o Norte do Brasil, onde chefiou a comissão brasileira que atuava na demarcação das fronteiras. Conheceu de perto, e num curto intervalo de tempo, o ?inferno verde da Amazônia? e o ?Saara vermelho? do sertão e da seca nordestina. Foi um dos primeiros escritores brasileiros a mostrar a miséria e o isolamento a que estava condenada parte dessas populações. Desenvolveu uma literatura das massas marginalizadas do país, sem confissões ou excessos emocionais.

Ele foi o primeiro escritor brasileiro a diagnosticar o subdesenvolvimento do Brasil, referindo-se à existência de dois países contraditórios: o do litoral e o do sertão. Canudos resultou do confronto entre esses dois Brasis, distintos entre si, no espaço e no tempo, pelo atraso de séculos em que vivia mergulhada a sociedade rural.

Títulos, prêmios e honrarias

  • 1975 - Acadêmico ocupante da cadeira APLetras nº 5[1]

Livros e publicações de sua autoria

Livros e publicações com sua participação

Conteúdos de seu acervo

Conteúdos relacionados

Referências

  1. SANTOS, Sabino R. (1975). Anuário APLetras 1975. Passo Fundo: Berthier. 70 páginas. Fragmento.
  2. SANTOS, Sabino R. (1965). Academia Passo Fundense de Letras: Breve Histórico. Passo Fundo: NI. 80 páginas. 38
  3. «Relação de Acadêmicos e Patronos da APLetras em 11 Maio 2008 - WikiName». projetopassofundo.wiki.br.
  4. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 50
  5. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 53
  6. LECH, Osvandré LC. (2013). 75 anos da Academia Passo-Fundense de Letras. Passo Fundo: Méritos. 312 páginas 55