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'''Conversas de bar''' Brinda-nos, Guggiana, com mais uma coletânea das suas deliciosas conversas de bar. A primeira, Garçom, a Saideira! É, agora, seguida por Conversas de Bar e nesta reencontramos os personagens com os quais já travamos conhecimento no tomo anterior. O contador de causas, sua audiência inquieta e palpiteira, o garçom amigo, Otacílio, Esmeralda e Bidu, a inefável Delegada Helô entre outros, caracterizando a retomada dos elementos que para o autor/narrador funcionam como verdadeiros acepipes de bar, azeitadores de uma boa conversa. E esta flui com delicioso sabor, quase todas permeadas de uma picardia instigante da leitura, aguçando a vontade de chegar ao clímax, como nos entrechos de amor, sem que o percurso deixe de ser menos prazeroso. É que neste Conversa, revela o autor, a maturidade no trato com as palavras, o que o deixa mais à vontade para lhes explorar todos os recursos escondi dos, como o personagem do conto Mulher Escondida, caça no bar a mulher adormecida naqueles exemplares menos percebidos. Assim, por obra de mãos habilidosas, passamos do encanto da primeira abordagem (ou deveria dizer catada?), quando o contador de causas anuncia mais um conto, aos meneios das palavras, com as descrições apimentadas dos meneios e atributos femininos até o clímax - ou anticlímax, já que até das desventuras dos seus personagens o narrador con segue extrair o melhor destes casos de amor frustrados. Literariamente, porém, muito bem resolvidos. | |||
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== Apresentação == | == Apresentação == | ||
''Prefácio, por [[Tânia Du Bois]]'' | |||
PONTO DE ENCONTRO - | |||
Nietzsche diz que ''“O homem moderno é, cada vez mais, um produtor e um consumidor de informações”.'' | |||
Neste livro, contar e ouvir causos marca o ponto de encontro no Bar, onde os personagens revivem, ao se reconhecerem nas tradições gauchescas, em histórias com viés trocista e na analogia da tradição como transmutação da realidade. | |||
Miguel Guggiana, com espírito humorístico, traduz, através da construção de palavras, o ritmo do brega e trágico, feio e bonito, sensual e amoroso, nas disputas com seus personagens que frequentam o Bar, revelando “quase” uma zorra literária em que mistura a farsa, o mito, a aparência a tradição como heroísmo e glória. | |||
Posso dizer que Guggiana conta seus causos no Bar, elencando as tradições gauchescas com laivos de machismo, arrogância, religiosidade, maledicência, politicagem e sacanagem. Enrosca-se em fio narrativo, como se novela fosse, ao criar o espetáculo no oferecer reflexões sobre o supérfluo. | |||
Reproduz o ambiente do bar (quase boteco de beira de estrada ou de fim de linha) no plano guiado por suas inquietações e fantasias literárias (co)existentes. Instiga a vida ao espalhar – e espelhar - ironicamente o emocional dos seus personagens. Deixa no ar reminiscências e vivências, para o leitor questionar sobre as intenções habitadas nas entrelinhas, na comunhão do homem cujo destino, desde sempre, leva aos conflitos devastadores da paixão e dor de cotovelo. | |||
O autor usa da malícia para demonstrar a vontade como o “abismo” que a mulher pode significar entre os personagens. É nesse “machismo” que revela o tumulto e as malandragens dos amores entre as intrigas do dia a dia, em jogo possibilitado pela literatura. | O autor usa da malícia para demonstrar a vontade como o “abismo” que a mulher pode significar entre os personagens. É nesse “machismo” que revela o tumulto e as malandragens dos amores entre as intrigas do dia a dia, em jogo possibilitado pela literatura. | ||
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O autor transcende a realidade, para nos dar o prazer da leitura; rompe o cotidiano e, metaforicamente, dá sentido ao ponto de encontro: Conversas de Bar. | O autor transcende a realidade, para nos dar o prazer da leitura; rompe o cotidiano e, metaforicamente, dá sentido ao ponto de encontro: Conversas de Bar. | ||
== Índice == | |||
* PREFÁCIO - PONTO DE ENCONTRO 7 | |||
* A GUAIACA DO FALECIDO 9 | |||
* ENROSCO FAMILIAR 19 | |||
* VIDA CACHORRA 31 | |||
* A MORTE DE OTACÍLIO 43 | |||
* VAMOS DANÇAR? É UMA LENTA. 53 | |||
* CAMBICHO BRABO 63 | |||
* MULHER ESCONDIDA 75 | |||
* CASO DE FAMÍLIA 83 | |||
* LEI DELEGADO FIGUEIREDO 91 | |||
* A DERROCADA DO MAESTRO ALCIDES 103 | |||
* A CARNE É FRACA 113 | |||
* BAR E BORRACHARIA CHULETA 121 | |||
* DESFILE DE SONHOS 135 | |||
== Conteúdos relacionados == | |||
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* O livro foi lançado na 31ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida de 11 de novembro de 2017. | |||
== Referências == | |||
O livro foi lançado na 31ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida de 11 de novembro de 2017. | |||
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Latest revision as of 09:00, 30 January 2022
Conversas de bar | |
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Descrição da obra | |
Autor | Miguel Augusto Guggiana |
Título | Conversas de bar |
Assunto | Crônica |
Formato | E-book (formato PDF) |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2017 |
Páginas | 152 |
ISBN | 978-85-8326-290-9 |
Formato | Papel 15 x 21 cm |
Editora | Projeto Passo Fundo |
Publicação | 2017 |
Conversas de bar Brinda-nos, Guggiana, com mais uma coletânea das suas deliciosas conversas de bar. A primeira, Garçom, a Saideira! É, agora, seguida por Conversas de Bar e nesta reencontramos os personagens com os quais já travamos conhecimento no tomo anterior. O contador de causas, sua audiência inquieta e palpiteira, o garçom amigo, Otacílio, Esmeralda e Bidu, a inefável Delegada Helô entre outros, caracterizando a retomada dos elementos que para o autor/narrador funcionam como verdadeiros acepipes de bar, azeitadores de uma boa conversa. E esta flui com delicioso sabor, quase todas permeadas de uma picardia instigante da leitura, aguçando a vontade de chegar ao clímax, como nos entrechos de amor, sem que o percurso deixe de ser menos prazeroso. É que neste Conversa, revela o autor, a maturidade no trato com as palavras, o que o deixa mais à vontade para lhes explorar todos os recursos escondi dos, como o personagem do conto Mulher Escondida, caça no bar a mulher adormecida naqueles exemplares menos percebidos. Assim, por obra de mãos habilidosas, passamos do encanto da primeira abordagem (ou deveria dizer catada?), quando o contador de causas anuncia mais um conto, aos meneios das palavras, com as descrições apimentadas dos meneios e atributos femininos até o clímax - ou anticlímax, já que até das desventuras dos seus personagens o narrador con segue extrair o melhor destes casos de amor frustrados. Literariamente, porém, muito bem resolvidos.
Apresentação
Prefácio, por Tânia Du Bois
PONTO DE ENCONTRO -
Nietzsche diz que “O homem moderno é, cada vez mais, um produtor e um consumidor de informações”.
Neste livro, contar e ouvir causos marca o ponto de encontro no Bar, onde os personagens revivem, ao se reconhecerem nas tradições gauchescas, em histórias com viés trocista e na analogia da tradição como transmutação da realidade.
Miguel Guggiana, com espírito humorístico, traduz, através da construção de palavras, o ritmo do brega e trágico, feio e bonito, sensual e amoroso, nas disputas com seus personagens que frequentam o Bar, revelando “quase” uma zorra literária em que mistura a farsa, o mito, a aparência a tradição como heroísmo e glória.
Posso dizer que Guggiana conta seus causos no Bar, elencando as tradições gauchescas com laivos de machismo, arrogância, religiosidade, maledicência, politicagem e sacanagem. Enrosca-se em fio narrativo, como se novela fosse, ao criar o espetáculo no oferecer reflexões sobre o supérfluo.
Reproduz o ambiente do bar (quase boteco de beira de estrada ou de fim de linha) no plano guiado por suas inquietações e fantasias literárias (co)existentes. Instiga a vida ao espalhar – e espelhar - ironicamente o emocional dos seus personagens. Deixa no ar reminiscências e vivências, para o leitor questionar sobre as intenções habitadas nas entrelinhas, na comunhão do homem cujo destino, desde sempre, leva aos conflitos devastadores da paixão e dor de cotovelo.
O autor usa da malícia para demonstrar a vontade como o “abismo” que a mulher pode significar entre os personagens. É nesse “machismo” que revela o tumulto e as malandragens dos amores entre as intrigas do dia a dia, em jogo possibilitado pela literatura.
Para mim, o Bar existe pelas histórias, contadas e ouvidas, vivenciadas naquele ponto de encontro. O lugar de conversas mansas e fornidas de “sabedoria” de que exala fuxicos – uns sóbrios, outros tragicomédias, fosse o proposto pelos personagens, onde a mulher é jogo de conteúdo.
O autor transcende a realidade, para nos dar o prazer da leitura; rompe o cotidiano e, metaforicamente, dá sentido ao ponto de encontro: Conversas de Bar.
Índice
- PREFÁCIO - PONTO DE ENCONTRO 7
- A GUAIACA DO FALECIDO 9
- ENROSCO FAMILIAR 19
- VIDA CACHORRA 31
- A MORTE DE OTACÍLIO 43
- VAMOS DANÇAR? É UMA LENTA. 53
- CAMBICHO BRABO 63
- MULHER ESCONDIDA 75
- CASO DE FAMÍLIA 83
- LEI DELEGADO FIGUEIREDO 91
- A DERROCADA DO MAESTRO ALCIDES 103
- A CARNE É FRACA 113
- BAR E BORRACHARIA CHULETA 121
- DESFILE DE SONHOS 135
Conteúdos relacionados
- O livro foi lançado na 31ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida de 11 de novembro de 2017.