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'''Conversas de bar''' uma coleção de crônicas escritas por Miguel Augusto Guggiana, publicado em 2017.
'''Conversas de bar''' Brinda-nos, Guggiana,  com  mais uma coletânea das suas deliciosas conversas de bar. A primeira, Garçom, a Saideira! É, agora, seguida por Con­versas de Bar e nesta reencontramos os personagens com os quais já trava­mos conhecimento no tomo anterior. O contador de causas, sua audiência inquieta e palpiteira, o garçom amigo, Otacílio, Esmeralda e Bidu, a inefável Delegada Helô entre outros, caracte­rizando a retomada dos elementos que para o autor/narrador funcionam como verdadeiros acepipes de bar, azeitadores de uma boa conversa. E esta flui com delicioso sabor, quase todas permeadas de uma picardia instigante da leitura, aguçando a vontade de chegar ao clímax, como nos entrechos de amor, sem que o percurso deixe de ser menos prazeroso. É que neste Conversa, revela o autor, a maturidade no trato com as palavras, o que o deixa mais à vontade para lhes explorar todos os recursos escondi­ dos, como o personagem do conto Mulher Escondida, caça no bar a mulher adormecida naqueles exemplares menos percebidos.   Assim, por obra de mãos habilidosas, passamos do encanto da primeira abordagem (ou deveria dizer catada?), quando o contador de causas anuncia mais um conto, aos meneios das palavras, com as descrições apimentadas dos meneios e atributos femininos até o clímax - ou anticlímax, já que até das desventuras dos seus personagens o narrador con­ segue extrair o melhor destes casos de amor frustrados. Literariamente, porém, muito bem resolvidos.


== Apresentação ==
== Apresentação ==
''Prefácio, por [[Tânia Du Bois]]''
PONTO DE ENCONTRO -
Nietzsche diz que ''“O homem moderno é, cada vez mais, um produtor e um consumidor de informações”.''
Neste livro, contar e ouvir causos marca o ponto de encontro no Bar, onde os personagens revivem, ao se reconhecerem nas tradições gauchescas, em histórias com viés trocista e na analogia da tradição como transmutação da realidade.
Miguel Guggiana, com espírito humorístico, traduz, através da construção de palavras, o ritmo do brega e trágico, feio e bonito, sensual e amoroso, nas disputas com seus personagens que frequentam o Bar, revelando “quase” uma zorra literária em que mistura a farsa, o mito, a aparência a tradição como heroísmo e glória.
Posso dizer que Guggiana conta seus causos no Bar, elencando as tradições gauchescas com laivos de machismo, arrogância, religiosidade, maledicência, politicagem e sacanagem. Enrosca-se em fio narrativo, como se novela fosse, ao criar o espetáculo no oferecer reflexões sobre o supérfluo.
Reproduz o ambiente do bar (quase boteco de beira de estrada ou de fim de linha) no plano guiado por suas inquietações e fantasias literárias (co)existentes. Instiga a vida ao espalhar – e espelhar - ironicamente o emocional dos seus personagens. Deixa no ar reminiscências e vivências, para o leitor questionar sobre as intenções habitadas nas entrelinhas, na comunhão do homem cujo destino, desde sempre, leva aos conflitos devastadores da paixão e dor de cotovelo.
O autor usa da malícia para demonstrar a vontade como o “abismo” que a mulher pode significar entre os personagens. É nesse “machismo” que revela o tumulto e as malandragens dos amores entre as intrigas do dia a dia, em jogo possibilitado pela literatura.
O autor usa da malícia para demonstrar a vontade como o “abismo” que a mulher pode significar entre os personagens. É nesse “machismo” que revela o tumulto e as malandragens dos amores entre as intrigas do dia a dia, em jogo possibilitado pela literatura.


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O autor transcende a realidade, para nos dar o prazer da leitura; rompe o cotidiano e, metaforicamente, dá sentido ao ponto de encontro: Conversas de Bar.
O autor transcende a realidade, para nos dar o prazer da leitura; rompe o cotidiano e, metaforicamente, dá sentido ao ponto de encontro: Conversas de Bar.


da Apresentação
== Índice ==
 
* PREFÁCIO - PONTO DE ENCONTRO 7
* A GUAIACA DO FALECIDO 9
* ENROSCO FAMILIAR 19
* VIDA CACHORRA 31
* A MORTE DE OTACÍLIO 43
* VAMOS DANÇAR? É UMA LENTA. 53
* CAMBICHO BRABO 63
* MULHER ESCONDIDA 75
* CASO DE FAMÍLIA 83
* LEI DELEGADO FIGUEIREDO 91
* A DERROCADA DO MAESTRO ALCIDES 103
* A CARNE É FRACA 113
* BAR E BORRACHARIA CHULETA 121
* DESFILE DE SONHOS 135


== Conteúdos relacionados ==
== Conteúdos relacionados ==
O livro foi lançado na 31ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida de 11 de novembro de 2017.
[[File:Convite Conversas de bar.jpg|left|thumb|150x150px]]
[[File:Convite Conversas de bar.jpg|left|thumb|300x300px]]
 
* O livro foi lançado na 31ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida de 11 de novembro de 2017.
 
== Referências ==
[[Category:Livros]]
[[Category:Livros]]
[[Category:Editados por Projeto Passo Fundo]]
[[Category:Editados por Projeto Passo Fundo]]
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Latest revision as of 09:00, 30 January 2022

Conversas de bar
Descrição da obra
Autor Miguel Augusto Guggiana
Título Conversas de bar
Assunto Crônica
Formato E-book (formato PDF)
Editora Projeto Passo Fundo
Publicação 2017
Páginas 152
ISBN 978-85-8326-290-9
Formato Papel 15 x 21 cm
Editora Projeto Passo Fundo
Publicação 2017

Conversas de bar Brinda-nos, Guggiana,  com  mais uma coletânea das suas deliciosas conversas de bar. A primeira, Garçom, a Saideira! É, agora, seguida por Con­versas de Bar e nesta reencontramos os personagens com os quais já trava­mos conhecimento no tomo anterior. O contador de causas, sua audiência inquieta e palpiteira, o garçom amigo, Otacílio, Esmeralda e Bidu, a inefável Delegada Helô entre outros, caracte­rizando a retomada dos elementos que para o autor/narrador funcionam como verdadeiros acepipes de bar, azeitadores de uma boa conversa. E esta flui com delicioso sabor, quase todas permeadas de uma picardia instigante da leitura, aguçando a vontade de chegar ao clímax, como nos entrechos de amor, sem que o percurso deixe de ser menos prazeroso. É que neste Conversa, revela o autor, a maturidade no trato com as palavras, o que o deixa mais à vontade para lhes explorar todos os recursos escondi­ dos, como o personagem do conto Mulher Escondida, caça no bar a mulher adormecida naqueles exemplares menos percebidos.   Assim, por obra de mãos habilidosas, passamos do encanto da primeira abordagem (ou deveria dizer catada?), quando o contador de causas anuncia mais um conto, aos meneios das palavras, com as descrições apimentadas dos meneios e atributos femininos até o clímax - ou anticlímax, já que até das desventuras dos seus personagens o narrador con­ segue extrair o melhor destes casos de amor frustrados. Literariamente, porém, muito bem resolvidos.

Apresentação

Prefácio, por Tânia Du Bois

PONTO DE ENCONTRO -

Nietzsche diz que “O homem moderno é, cada vez mais, um produtor e um consumidor de informações”.

Neste livro, contar e ouvir causos marca o ponto de encontro no Bar, onde os personagens revivem, ao se reconhecerem nas tradições gauchescas, em histórias com viés trocista e na analogia da tradição como transmutação da realidade.

Miguel Guggiana, com espírito humorístico, traduz, através da construção de palavras, o ritmo do brega e trágico, feio e bonito, sensual e amoroso, nas disputas com seus personagens que frequentam o Bar, revelando “quase” uma zorra literária em que mistura a farsa, o mito, a aparência a tradição como heroísmo e glória.

Posso dizer que Guggiana conta seus causos no Bar, elencando as tradições gauchescas com laivos de machismo, arrogância, religiosidade, maledicência, politicagem e sacanagem. Enrosca-se em fio narrativo, como se novela fosse, ao criar o espetáculo no oferecer reflexões sobre o supérfluo.

Reproduz o ambiente do bar (quase boteco de beira de estrada ou de fim de linha) no plano guiado por suas inquietações e fantasias literárias (co)existentes. Instiga a vida ao espalhar – e espelhar - ironicamente o emocional dos seus personagens. Deixa no ar reminiscências e vivências, para o leitor questionar sobre as intenções habitadas nas entrelinhas, na comunhão do homem cujo destino, desde sempre, leva aos conflitos devastadores da paixão e dor de cotovelo.

O autor usa da malícia para demonstrar a vontade como o “abismo” que a mulher pode significar entre os personagens. É nesse “machismo” que revela o tumulto e as malandragens dos amores entre as intrigas do dia a dia, em jogo possibilitado pela literatura.

Para mim, o Bar existe pelas histórias, contadas e ouvidas, vivenciadas naquele ponto de encontro. O lugar de conversas mansas e fornidas de “sabedoria” de que exala fuxicos – uns sóbrios, outros tragicomédias, fosse o proposto pelos personagens, onde a mulher é jogo de conteúdo.

O autor transcende a realidade, para nos dar o prazer da leitura; rompe o cotidiano e, metaforicamente, dá sentido ao ponto de encontro: Conversas de Bar.

Índice

  • PREFÁCIO - PONTO DE ENCONTRO 7
  • A GUAIACA DO FALECIDO 9
  • ENROSCO FAMILIAR 19
  • VIDA CACHORRA 31
  • A MORTE DE OTACÍLIO 43
  • VAMOS DANÇAR? É UMA LENTA. 53
  • CAMBICHO BRABO 63
  • MULHER ESCONDIDA 75
  • CASO DE FAMÍLIA 83
  • LEI DELEGADO FIGUEIREDO 91
  • A DERROCADA DO MAESTRO ALCIDES 103
  • A CARNE É FRACA 113
  • BAR E BORRACHARIA CHULETA 121
  • DESFILE DE SONHOS 135

Conteúdos relacionados

Convite Conversas de bar.jpg
  • O livro foi lançado na 31ª Feira do Livro de Passo Fundo ocorrida de 11 de novembro de 2017.

Referências